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Professor Edley. www.professoredley.com.br. Mineração. Crise Colonial. Contradições e Declínio de um Sistema de Exploração

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  1. Professor Edley www.professoredley.com.br

  2. Mineração

  3. Crise Colonial • Contradições e Declínio de um Sistema de Exploração • O Sistema Colonial implementado por Espanhóis e Portugueses na América começou a ser afetado por uma série de transformações a partir de meados do Século XVIII. • Alguns elementos emergentes fizeram com que a ordem colonial estabelecida entrasse em crise na América. • Vejamos uma interpretação desta questão: • – A Expansão do Capitalismo Industrial • Cujos pressupostos e necessidades – como livre mercado e o aumento do mercado consumidor, com a transformação do trabalho escravo em trabalho assalariado – entravam em conflito com o Sistema Colonial;

  4. Crise Colonial • – O Desenvolvimento das Colônias • Que gera conflitos de interesses entre as ElitesColoniais e a Metrópole, devido a uma contradição interna do sistema colonial: • Desenvolver a colônia versusexplorar a colônia. • Em outras palavras, para continuar a explorando a colônia, a Metrópole precisa desenvolvê-la. • Mas, ao fazê-lo, os Colonos fortaleciam-se para lutar contra a exploração sofrida. • Então, a Metrópole adotava medidas restritiva para contê-los e reforçar a exploração, o eu criava dificuldades à Exploração Econômica Colonial. • No Brasil Colônia, não foi diferente. O Advento do Capitalismo Industrial foi a principal causa, de natureza externa, da desestruturação do sistema colonial no país. Aliado a esse fator, crises internas abalaram as relações sociais, políticas e econômicas entre a Colônia e a MetrópolePortuguesa, culminado no processo de Independência do Brasil.

  5. Crise Colonial • Vejamos, então, um pouco dessa situação interna. Como era a Sociedade Colonial no final do Século XVIII como estavam a relação Político-Econômicas com a Metrópole? • A Sociedade Colonial • No final do Século XVIII, a maior parte da população do Brasil colonial – aproximadamente 3,25 milhões de pessoas – concentravam-se na faixa litorânea, apesar da formação de núcleos urbanos no interior, decorrentes, por exemplo, da exploração de ouro e diamantes em Minas Gerais. • Avalia-se que essa população ocupasse apenas a vigésima parte – cerca de 324 mil km2– do território estabelecido pelo Tratado de Madri (1750) – acordo firmado entre Portugal e Espanha que definia as fronteiras entre as colônias dos dois países europeus na América. As capitanias mais povoadas eram Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, Pará, Maranhão, São Paulo e Minas Gerais. • Devido às grandes distâncias entre os núcleos econômicos da colônia e a deficiência dos meios de transporte, a população colonial mantinha mais relações comerciais com a MetrópolePortuguesa do que internamente, com as DiferentesCapitanias.

  6. Crise Colonial • – Grupos Socioeconômicos • Com base nas relações políticas, econômicas e sociais estabelecidas entre a Colônia e a Metrópole, alguns historiadores propõe que é possível distinguir três grupos básicos na População Colonial. • Colonizadores ou Reinóis como era freqüentemente chamados • Constituíam o grupo que representava, mais diretamente, os interesses do Governo Português e sua política colonial. • Compunham esse grupo por exemplo, comerciantes de produtos importados e do Tráfico Negreiro Atlântico, Governadores das Capitanias, Magistrados – Juízes e Desembargadores – Militares de alta patente, Bispos e Arcebispos. Ocupavam a maior parte dos cargos administrativos na Colônia, dominavam o comércio com a Metrópole e defendiam a permanência da Relação Colonial.

  7. Crise Colonial • Colonizados • Constituíam mais de 80% da população colonial e eram os mais oprimidos socialmente. • Esse grupo era composto, por exemplo, de escravos africanos, indígenas e brancos livres e pobres – enfim, aqueles que desempenhavam os mais diversos trabalhos na lavoura, nas minas, nas oficinas artesanais, no comércio urbano, etc. • Colonos • Constituíam parte do grupos dominantes da colônia, só que menos vinculados ao interesse do Governo Metropolitano. • Compunham esse grupo, por exemplo, Senhores de Engenho, Fazendeiros de algodão e tabaco, pecuaristas, donos de charqueadas, proprietários de minas de ouro e diamante, comerciante de escravos, etc.

  8. Crise Colonial • – Insatisfação dos Colonos • Muitas vezes os colonos se sentiam prejudicados pelas normas e pelo controle excessivo que a Metrópole exercia sobre a Colônia. Entre outros impedimentos, aos colonos era proibido: • – Exercer o ofício de ourives na região das Minas Gerais (1751), para evitar o extravio do ouro. Em 1766, esta medida foi estendida para a Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro; • – Manter Manufaturas Têxteis (1785), com exceção daquelas que produziam panos grosseiros de algodão, destinados à vestimenta dos escravos ou à confecção de sacos. A medida tinha como objetivo concentrar a mão de obra da colônia essencialmente em duas atividades: A AgriculturaExportadora e a Extração de Minérios. Desse modo, os tecidos usados pelos colonos e outras manufaturas deveria ser importados por meio do Comércio Metropolitano; • Instalar a Indústria do Ferro (até 1795), o que obrigava os colonos a importar da Europa as ferramentas e utensílios de que necessitavam.

  9. Crise Colonial • Por essas e outras normas e medidas, havia muito descontentamento na colônia, provocando, ao longo do tempo, o acúmulo de tensões e conflitos entre colonos e colonizadores • No final do Século XVIII, um colono português, professor de grego e latim em Salvador, Luiz dos Santos Vilhena, manifestou assim sua insatisfação: • Não é das menores desgraças o viver em colônias.

  10. Rebeliões Coloniais • Conflitos entre Colonos e Colonizadores • Durante o período colonial houve várias rebeliões envolvendo parte da População e representantes da Metrópole. Analisando o conjunto das rebeliões, podemos dizer que as primeiras delas tiveram como objetivos modificar aspectos da política da colônia, mas sem a determinação de separar a região rebelada de Portugal. Foi o caso, por exemplo: • – Revolta de Beckman (1684); • – Guerra dos Mascates (1710); • – Revolta de Vila Rica (1720). • Já no final do Século XVIII e início do Século XIX, aconteceram revoltas como: • – Conjuração Mineira (1789); • – Conjuração Baiana (1798); • – Revolução Pernambucana (1817). • Que se distinguiam das primeiras porque tinham, entre seus objetivos, o propósito de romper com a dominação por parte da Metrópole e estabelecer a Independência Política das regiões rebeladas. • Eram, portanto, expressões do esgotamento do Sistema Colonial.

  11. Inconfidência Mineira

  12. Inconfidência Mineira • – Conjuração Mineira (1789) • Em Minas Gerais, grande parte da população colonial mineradora vivia na pobreza fazia muito tempo. Essa situação agravou-se com o declínio da exploração do ouro, a partir da segunda metade do Século XVIII. • Independente ao que acontecei com a população mineira, o Governo Português continuou cobrando dos mineradores pesados Impostos, pois, atribuía ao contrabando do ouro a queda na arrecadação. • Um clima de tensão e revolta tomou conta dos proprietários das minas de ouro quando o Governador da Capitania, Visconde de Barbacena, anunciou que haveria uma nova Derrama – a cobrança forcada dos impostos atrasados. • Membros da Elite Colonial começaram a se reunir e a planejar um movimento contra as Autoridades Portuguesas e a Cobrança da Derrama. Esse movimento ficou conhecido pelo nome de Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira.

  13. Inconfidência Mineira • – Quem Eram os Inconfidentes • Entre os principais Inconfidentes estavam: • – Cláudio Manuel da Costa – fazendeiro e poeta, formado na Universidade de Coimbra; • – Inácio de Alvarenga Peixoto – minerador e latifundiário; • – Tomás Antônio Gonzaga – poeta e jurista; • – Toledo e Melo – padre e minerador; • – Abreu Vieira e Oliveira Lopes – Coronéis; • Um dos poucos participantes da Inconfidência que não fazia parte da Elite Econômica Mineira era Joaquim José da Silva Xavier, apelidado de Tiradentes porque exercia, entre outros o Ofício de Dentista. • Boa parte dos Líderes Intelectuais deste movimento conhecia aspectos do pensamento de Filósofos Iluministas Europeus – como Rousseau, Montesquieu, Voltaire e Diderot – e inspirava-se em alguns ideais que impulsionaram a Independência dos Estados Unidos (1776) e a Revolução Francesa (1789).

  14. Imagens da Inconfidência Mineira • A Inconfidência Mineira teve diversas interpretações ao longo do tempo, assim como aconteceu com a figura de Tiradentes, que se tornou um dos personagens mais importantes do movimento. • Sobre as diferentes maneiras de analisar a Inconfidência, o historiador Boris Fausto dá explicações interessantes. De acordo com ele, entre o final do Século XVIII e a Independência, a versão dos colonizadores prevaleceu,pois o próprio nome “Inconfidência” quer dizer falta de fidelidade, traição, desobediência ao Soberano, e foi dado pelas autoridades que reprimiram o movimento. • Durante Período Imperial, esse episódio continuou sendo incômodo aos governantes – descendentes da Monarquia Portuguesa, a mesma que mandara reprimir a Inconfidência e punir seus líderes. • Somente ao longo do Período Republicano os governantes mudaram a imagem que tinham da inconfidência. O movimento passou a ser visto como sendo o primeiro a lutar pela Independência, Tiradentes tornou-se “Herói Nacional” e o dia 21 de abril – data em que Tiradentes foi executado – passou a ser Feriado Nacional • Anos após, em 1936,o Governo Republicano tomou medidas para conferir à inconfidência uma Memória Oficial. • Em 1965, Tiradentes foi considerado, por lei, o “Patrono Cívico da Nação Brasileira”.

  15. Inconfidência Mineira • – Plano dos Inconfidentes • São poucas as fontes de que os historiadores dispõe para analisar os planos e os objetivos dos inconfidentes mineiros. • A maior parte dos dados provém do depoimento dos réus e das testemunhas no Processo Judicial – Autos da Devassa da inconfidência Mineira – que o Governo Português moveu contra eles. • Assim, esse é um tema sobre o qual temos poucas certezas. Acredita-se, porém, que os projetos dos Inconfidentes incluíam medidas como: • – Separar a região de Portugal, criando uma República com capital em São João del Rei; • – Adotar uma Bandeira, que teria um Triângulo no centro com a frase latina Libertas quaeseratamem– “Liberdade Ainda que Tardia”; • – Implantar indústrias na região; • – Criar uma Universidade em Vila Rica, uma vez que a Elite preocupava-se • com a educação de Nível Superior; • – Criar um Serviço Militar Obrigatório; • – Incentivar a natalidade – para favorecer ao povoamento – oferecendo pensões • para as mães com muitos filhos.

  16. Inconfidência Mineira • – Criar uma Universidade em Vila Rica, uma vez que a Elite preocupava-se • com a educação de Nível Superior; • – Criar um Serviço Militar Obrigatório; • – Incentivar a natalidade – para favorecer ao povoamento – oferecendo pensões para as mães com muitos filhos. • Para realizar estes planos, havia pouca organização estratégica. • Os Inconfidentes não tinham Tropas nem armas para conquistar o poder. • Também não contavam efetivamente com a participação popular, pois o movimento não tinham propostas para melhorar as condições de vida da população em geral. • Na concepção de muitos historiadores, a Inconfidência Mineira não foi, portanto, uma Revolta de Caráter Popular.

  17. Inconfidência Mineira • Visava basicamente o Fim da Opressão Portuguesa, que prejudicava a Elite Mineira. • Não havia o propósito, entre os líderes, de acabar com a Exploração Interna – a escravidão, por exemplo – que atingia a maioria da população. • Segundo parece, chegou-se a uma solução de compromisso, pela qual seriam libertados os escravos nascidos no Brasil.

  18. Conjuração Baiana

  19. Conjuração Baiana • – Conjuração Baiana (1798) • Quase 10 anos depois da inconfidência Mineira, ocorreu na Bahia um novo movimento revolucionário, que deferia ao episódio mineiro por um motivo fundamental: foi promovido por Brancos e Negros Pobres. • Até mesmo alguns homens ricos e letrados que participaram da conjuração afastaram-se deste movimento quando perceberam seu alcance popular. • Participaram da Conjuração Baiana soldados, negros livres e escravos, e profissionais como alfaiates, pedreiros e sapateiros, motivo pelo qual o movimento também ficou conhecido pelo nome de Revolta dos Alfaiates. • Plano dos Revoltosos • Os planos dos Revoltosos Baianos incluíam medidas como: • – O fim da dominação portuguesa na região; • – A Proclamação de uma República Democrática; • – A Abolição da Escravatura;

  20. Conjuração Baiana • – O Aumento da Remuneração dos Soldados; • – A abertura dos Portos Brasileiros a navios de todas as Nações; • – A melhoria nas condições de vida da população. • Inspirados pela idéia de Liberdade, Igualdade e Fraternidade da Revolução francesa, por meio de panfletos distribuídos nas portas das igrejas e cartazes colados em muros e outros lugares públicos, os revoltosos conclamaram o povo a participar do movimento. • Um deles dizia: Está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade. O tempo em que todos seremos Irmãos. • O tempo em que todos seremos Iguais. • O Soldado Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga foi apontado pelas autoridades do governo como provável autor deste panfletos.

  21. Conjuração Baiana • Violenta Repressão • O Governador da Bahia naquela época, Fernando José de Portugal e Castro, procurou descobrir quem eram os autores dos cartazes e panfletos que promoviam a revolta. • Não faltaram informantes que denunciassem o Plano dos Conspiradores. • Mais de 30 participantes da Revolta dos Alfaiates foram presos e processados. • Ao final, as penas mais severas, recaíram sobre os líderes mais pobres. Em novembro de 1799, quatro líderes mulatos foram enforcados e esquartejados: • – Os alfaiates João de Deus Nascimento e Manuel Faustino dos Santos e; • – Os soldados Lucas Dantas e Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga. • Tais métodos violentos de repressão tinham o objetivo de espalhar o pânico entre possíveis opositores do Sistema Colonial.

  22. Família Real no Brasil

  23. Família Real no Brasil

  24. Família Real no Brasil • Caminhos da Emancipação Brasileira • No início do Século XIX os exércitos de Napoleão Bonaparte, Imperador da França, dominavam diversos países Europeus. • A única força capaz de resistir aos Franceses era a poderosa Marinha de Guerra da Inglaterra. • Não podendo dominar a Inglaterra pela força militar, Bonaparte tentou vencê-la pela força Econômica. • Para isso, decretou em 1806 o Bloqueio Continental, o qual determinava que os países da EuropaContinental deveriam fechar seus portos ao Comércio Inglês.

  25. Família Real no Brasil • Fuga da Corte Portuguesa • Nessa época, Portugal era governado pelo Príncipe Regente D. João, pois, sua mãe, a Rainha D. Maria I, tinha problemas mentais. • O Governante Português não podia cumprir as ordens de Napoleão e aderir ao Bloqueio Continental, já que os comerciantes de Portugal mantinham importantes relações com o Mercado Inglês. • Além disso, a Marinha Inglesa poderia reagir, atacando as Colônias Portuguesas, como o Brasil. • Assim D. João tratou de se manter neutro nesse conflito entre Franceses e Ingleses. • O Governo Francês não aceitou essa indefinição e determinou a Invasão de Portugal. • Sem condições de Resistir à Invasão das tropas napoleônicas, D. João e a Corte Portuguesa fugiram para o Brasil, sob proteção de uma esquadraInglesa. • Chegaram à Bahia em 22 de janeiro de 1808.

  26. Família Real no Brasil • O Governo de D. João no Brasil • Um mês depois de sua chegada à Bahia, a Corte Portuguesa instalou-se no Rio de Janeiro, onde D. João organizou a estrutura administrativa da Monarquia Portuguesa. • – Nomeou Ministros de Estado; • – Colocou em funcionamento diversos Órgãos Públicos; • – Instalou Órgãos de Justiça; • – Criou o Banco do Brasil. • Analisando as diversas medida econômicas, culturais e administrativas que D. João adotou, podemos dizer que algumas contribuíram para o Processo de Emancipação Política do Brasil.

  27. Família Real no Brasil • – Fim do Monopólio Comercial • O Governo Inglês, sem perda de tempo, procurou tomar o máximo proveito da Proteção Militar que deu ao Governo Português. Interessado na expansão do mercado para suas Indústrias, pressionou D. João a acabar com o Monopólio Comercial sobre a Colônia. • Assim, seis dias após deu desembarque na Bahia, D. João decretou a Abertura dos Portos às “Nações Amigas”, isto é, ao Comércio Internacional. • Com essa medida, extinguia o Monopólio do Comércio Colonial, exceto para alguns poucos produtos, como Sal e Pau-Brasil. • Os comerciantes da colônia ganhavam Liberdade de Comércio e o Brasil começava a se Emancipar de Portugal. • Os donos de Indústria e Comerciantes Ingleses foram os grandes beneficiários da Abertura dos Portos, pois teriam o Mercado Brasileiro como Consumidor Potencial de seus produtos.

  28. Família Real no Brasil • – Tratado de 1810 • Em tese, a abertura dos portos às “Nações Amigas” se aplicava a outros países, além da Inglaterra, que desejassem comercializar com o Brasil. Por isso, o Governo Inglês procurou obter privilégios para seus produtos. • Isso foi conseguido com a assinatura do Tratado de Comércio e Navegação de 1810, que reduzia para 15% a Taxa Alfandegária sobre produtos ingleses vendidos no Brasil.Dos demais países, era cobrada uma Taxa de 24%, e mesmo dos artigos Portugueses cobrava-se 16% de Taxa Alfandegária. • Manufaturados ingleses inundaram o mercado brasileiro: sapatos, tecidos, guarda-chuvas, talheres, ferramentas, charutos e até caixões para defunto. • Na expressão de Gilberto Freyre, houve uma “britanização” sistemática da economia brasileira, e somente em 1816 ocorreria uma equiparação nas taxasalfandegárias para Ingleses e Portugueses. • Mas estes não tiveram condições de competir com o bem-montado esquema comercial e industrial inglês.

  29. Família Real no Brasil • – Liberdade Industrial • Em 1808, foi decretada a Liberdade da Atividade Industrial no Brasil. • Em outras palavras, estava autorizada a instalação de fábricas na colônia. • Essa medida não foi, porém, suficiente para promover a industrialização em nosso país, pois a Abertura dos Postos e a assinatura do Tratado de 1810 com a Inglaterra dificultavam esse processo. • Havia também problemas com a falta de capital para investir em máquinas, de mão de obra especializada e de tecnologia industrial. • Além disso, produtores e comerciantes ingleses apenharam-se em impedir a expansão industrial local, pois não queriam perder o mercado interno brasileiro.

  30. Família Real no Brasil • – Promoção da Vida Cultural • O Governo de D. João foi responsável pela implantação no Brasil de diversas Academias e instituições de interesse cultural, como: • – A Academia Militar e da Marinha e o Hospital Militar; • – As primeiras Instituições de Ensino Superior, com a • fundação de duas escolas de Medicina; • – O Jardim Botânico; • – A Biblioteca Real; • – A Imprensa Régia, que iniciou a publicação do • Jornal Gazeta do Rio de Janeiro; • – A Academia de Belas Artes.

  31. Família Real no Brasil • Também foram contratados artistas e professores estrangeiros, que chegaram ao Brasil em 1816. era a chamada Missão Francesa, chefiada por Joachim Lebreton, que trazia por : • – O pintor Jean-Baptiste Debret; • – O escultor Auguste Taunay; • – O arquiteto Grandjean de Montigny; • – O músico Sigismund Neukomm; • Entre outros, assim, as realizações de D. João no âmbito cultural, durante os 13 anos de sua permanência no Brasil, foram grandes e variadas. • Não expressavam porém, a preocupação do Governante em beneficiar a maioria da população que vivia no Brasil. • Seu propósito foi fundamentalmente o de satisfazer os anseios das ElitesColoniais e da Corte que migrara para a Colônia.

  32. Família Real no Brasil • – Elevação do Brasil a Reino Unido • Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves. • Com essa medida, o Brasil adquiria Autonomia Administrativa e deixa de ser, na prática, Colônia de Portugal. • Além disso, consumava-se uma situação incomum para os portugueses: A Antiga Colônia tornava-se a Sede do Reino Unido. • Portugal e Brasil invertiam suas posições: A Colônia colonizando a Metrópole. • Essa “inversão colonial” foi crescentemente questionada em Portugal, sendo um dos fatores que impulsionaram o Movimento Recolonizador Português.

  33. Família Real no Brasil • Revolução Pernambucana (1817) • Quase duas décadas depois da Conjuração Baiana, durante a estada da Família Real Portuguesa no Brasil e o Governo de D. João VI, ocorreu um levante emancipacionista – dessa vez em Pernambuco – que ficaria conhecido como Revolução Pernambucana. Muitos pernambucanos estavam desgostosos com o crescente aumento dos Impostos, que serviam para sustentar o modo de vida da Corte Portuguesa instalada no Rio de Janeiro. • Além dessa insatisfação, outros dois problemas afetavam os habitantes da região: • – A Grande Seca de 1816 – que havia causado graves prejuízos à agricultura e • provocado fome no Nordeste; • – A Queda dos Preços do Açúcar e do Algodão – que eram importantes • produtos de Pernambuco, cujos preços estavam caindo no mercado • internacional devido à concorrência do açúcar antilhano e do algodão • Norte-Americano. • Tudo isso serviu de combustível para a Revolta contra o Governo de D. João VI.

  34. Família Real no Brasil • – Planos dos Revoltosos • Os diversos grupos sociais envolvidos nesse movimento tinham metas diferentes. Entretanto, era consensual o objetivo de Proclamar um República, que seria organizada conforme os ideais de Igualdade, Liberdade e Fraternidade que inspiraram a Revolução Francesa. • – Conquista do Poder • Ao tomar conhecimento da Revolta, o Governador de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, deu ordem às tropas para prender os Revoltosos. Estes, porém, conseguiram resistir à prisão e mataram os militares que tentavam dominá-los. O Governador, apavorado com a resistência, fugiu do palácio, mas foi preso pelos rebeldes pouco tempo depois. O movimento conseguiu, enfim, tomar o poder em Pernambuco e construir um Governo Provisório, que decidiu: • – Extinguir alguns Impostos; • – Elaborar uma Constituição; • – Decretar a Liberdade Religiosa e de Imprensa e a • Igualdade para todos, exceto para os Escravos. • Não querendo se indispor com os Senhores de Engenho da região, os rebeldes diziam que pretendiam libertar os negros da escravidão de modo “Lento, Gradual e Legal”.

  35. Família Real no Brasil • – Reação Governamental • D. João VI tratou de combater violentamente a Revolução Pernambucana, enviando para a região Tropas, Armas e Navios. • Os Rebeldes foram duramente atacados e, depois de muita luta, acabaram por se entregar. Os Líderes do Movimento: • – Teotônio Jorge; • – Padre Pedro de Souza Tenório; • – Antônio Henriques; • – José de Barros Lima, entre outros, foram Condenados à Morte • A Revolução Pernambucana é apontada como, praticamente, a Única Rebelião anterior à Independência Política do Brasil, que ultrapassou a fase de Conspiração. • Os Rebeldes tomaram o poder e permaneceram no governo por 75 dias, de 6 de março a 19 de maio de 1817.

  36. Família Real no Brasil • Retorno da Corte a Portugal • Em agosto de 1820, comerciantes da cidade portuguesa do Porto lideraram uma revolta conhecida como Revolução Liberal do Porto. • O movimento espalhou-se rapidamente por Portugal, encontrando apoio em diferentes setores da população: camponeses, funcionários públicos, militares, profissionais liberais, etc., chegou mesmo ate a conquistar adeptos no Brasil • Vitoriosos, os revoltosos conquistaram o poder em Portugal e decidiram elaborar uma Constituição, limitando os poderes de D. João VI. • Pretendiam também Recolonizar o Brasil, e exigiam o retorno do Rei D. João VI a Portugal. • O Rei queria ficar no Brasil e adiou o quanto pôde seu regresso à Europa. Entretanto, Tropas Portuguesas instaladas no Rio de Janeiro obrigaram-no a voltar para Portugal, no dia 26 de abril de 1821.

  37. Rompimento Definitivo • O Resultado das Pressões Portuguesas • Percebendo o crescente processo de Autonomia Política que ocorria no Brasil, D. João VI deixou seu filho Pedro como Príncipe Regente do país. O Monarca Português acreditava que, com isso, a unidade da monarquia portuguesa seria, posteriormente, restabelecida. • Essa “solução dinástica”, no entanto, não correspondia à “solução política” pretendida pelos membros das Cortes de Lisboa – A Assembléia de Deputados que passou a controlar o Governo de Portugal após a Revolução Liberal do Porto e representava, de modo geral, os interesses da Burguesia Portuguesa. • Devido a seu propósito de Recolonizar o Brasil, as cortes adotaram medidas que restringiam a Autonomia do Governo Brasileiro, enfraquecendo a autoridade de D. Pedro. Depois, passaram a exigir a volta do Príncipe Regente a Portugal.

  38. Rompimento Definitivo • – O Dia do Fico • Os Latifundiários e os Grande Comerciantes do Brasil perceberam as intenções dos deputados das Cortes de Lisboa e o quanto isso poderia prejudicar seus negócios. • As elites brasileiras preferiram, obviamente, manter a liberdade de comércio e a autonomia administrativa. • Para isso, portanto, organizaram-se em torno de D. Pedro, dando-lhe apoio para resistir e desobedecer às ordens que chegavam de Lisboa. • Criou-se, então, o Partido Brasileiro, que reunia homens de diferentes posições políticas – como José Bonifácio, Cipriano Barata e Gonçalves Ledo – mas que se uniram momentaneamente para enfrentar as Cortes e seu projeto de Recolonizar o Brasil.

  39. Rompimento Definitivo • O Partido Brasileiro elaborou um documento, que reuniu cerca de 8 mil assinaturas, pedindo que D. Pedro não voltasse para Portugal, como era o desejo das Cortes. • Ao receber este documento,no dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro declarou: • Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, • estou pronto: diga ao povo que FICO. • Este episódio ficou conhecido como o Dia do Fico. • D. Pedro permaneceu no Brasil e, meses depois, decretou que as ordens vindas das Cortes só seriam cumpridas mediante Sua Autorização.

  40. Rompimento Definitivo • Proclamação da Independência • Os membros da Corte de Lisboa continuaram tomando uma série de medidas com o objetivo de limitar a autoridade de D. Pedro. • O confronto chegou a tal ponto que obrigou o Rompimento Político com Portugal decidido por D. Pedro e pelas forças que o apoiavam. • No dia 7 de setembro de 1822, foi oficialmente Proclamada a Independência do Brasil, na cidade de São Paulo. • Ao regressar ao Rio de Janeiro, o Príncipe foi aclamado Imperador, sendo coroado com o título de D. Pedro I, em 1° de dezembro de 1822.

  41. Rompimento Definitivo • – Limites da Independência • A Independência Brasileira foi um processo liderado, em grande parte, pelos grupos que mais se beneficiaram com a ruptura dos laços coloniais, isto é, os Grandes Proprietários de terra e os Grandes Comerciantes. • A Separação Política tinha como principais objetivos, preservar a autonomia administrativa do país e a liberdade de comércio. • Assim, não buscou alterar as condições da vida da maioria da população. A escravidão africana foi mantida, e a maior parte das pessoas não teve grandes motivos para comemorações. • A biografia dos homens que assumiram a direção do movimento da Independência no Rio de Janeiro vem confirmar que representavam as categorias mais importantes da sociedade. Estavam empenhados em manter a ordem, evitar a anarquia e os “excessos do povo”. • Organizar o Estado sem colocar em risco o domínio econômico e social e garantir as relações externas de produção seriam seus principais objetivos. • A fachadaliberal construída pela Elite Europeizada ocultava a miséria e a escravidão da maioria dos habitantes do país.

  42. Independência ou Morte

  43. Referência Bibliográfica • COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 2 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010. • FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo, Edusp, 1995. • MOTA, Carlos Guilherme. Brasil em Perspectiva. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1990. • Google Image • Wikipedia

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