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Prevalência do Beber e Dirigir em Belo Horizonte - MG

Prevalência do Beber e Dirigir em Belo Horizonte - MG. Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira UNIAD/UNIFESP Co- orientador: Sérgio Duailibi Aluno: Valdir Ribeiro Campos Artigo submetido para publicação no Cadernos de Saúde Pública desde 15/05/2007. Introdução.

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Prevalência do Beber e Dirigir em Belo Horizonte - MG

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  1. Prevalência do Beber e Dirigir em Belo Horizonte - MG Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira UNIAD/UNIFESP Co- orientador: Sérgio Duailibi Aluno: Valdir Ribeiro Campos Artigo submetido para publicação no Cadernos de Saúde Pública desde 15/05/2007

  2. Introdução • A OMS, estima que existam 2 bilhões de consumidores de bebidas alcoólicas em todo o mundo, sendo 76,3 milhões com diagnóstico de transtornos relacionados ao uso de álcool. (OMS, 2004) • Entre 1/4 e metade dos acidentesde trânsito com vítimas fatais estão associados ao uso do álcool por algum dos responsáveis envolvidos. (PERRINE & COL., FARRELL & STRANG, 1990) • A bebida proporciona ao motorista um falso senso de confiança, prejudicando habilidades como: a atenção; a coordenação; a acuidade visual, e o julgamento de velocidade, tempo e distância. (ROSPA, 2005) • Uso de álcool em adolescentes x risco de acidentes: aumenta após uma dose de bebida,dobra após duas e aumenta dez vezes após cinco doses.(CHOU, S. P. et al., 2005) • Maioria dos acidentes fatais ocorre na faixa etária dos 21 aos 24 anos e 80% deles no período de 20 às 4 horas da manhã das noites dos fins de semana. (CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2002) • O álcool diminui a eficiência cerebral e reduz a visão noturna em 25% e o tempo de reação em até 30%. Esses efeitos são mais intensos quanto maior a tolerância ao álcool. (SHULTS, R. A., et al., 2001)

  3. Introdução • Década de 80 – mudanças em vários países em relação a legislação, com ações preventivas e coibitivas relacionadas ao ato de dirigir alcoolizado. • Nos EUA entre 1976 a 1983, houve queda de 1/3 ou mais nas taxas de acidentes fatais após a adoção do uso do bafômetro.( LUND & WOLFE, 1991) • Hospital das Clínicas/ USP- 53% dos acidentes de trânsito atendidos na urgência estavam com alcoolemia superior aos permitidos pelo Código de Trânsito Brasileiro, sendo em sua maioria do sexo masculino com idade entre 15 e 29 anos. (Ministério da Saúde, 2004) • Em Belo Horizonte – 15% dos acidentados consumiram bebidas alcóolicas, com maior percentual para motoristas (27,7%). Período de maior incidência foi entre 0 e 6 horas da manhã de sábado e domingo. (PBH/BHTRANS, 2001)

  4. Objetivos Geral : • Realizar levantamento de dados referente ao comportamento dos motoristas em relação ao beber e dirigir numa determinada região da cidade de Belo Horizonte. Específicos: • Educar e conscientizar a população sobre a relação entre o “beber e dirigir”; • Testar a aplicabilidade e aceitabilidade dos bafômetros (passivos e ativos) como instrumento na coleta de dados de pesquisa • Auxiliar na configuração de desenhos de pesquisas para orientação de Políticas Públicas que permitam intervenções no campo do “beber e dirigir”, com o objetivo de reduzir os problemas relacionados ao consumo do álcool.

  5. Metodologia • Levantamento em dezembro de 2005 e dezembro de 2006 nas noites de sexta e sábado no horário de 23 às 3 horas da manhã. • “Postos de fiscalização de sobriedade” (sobriety checkpoint) em vias públicas estratégicas e de tráfego mais intenso, com maiores concentrações de bares, restaurantes e casas noturnas. • Apoio da Subsecretaria Antidrogas, Polícia Militar, residentes de psiquiatria, acadêmicos de psicologia, supervisores e coordenadores. • Questionário anônimo com 10 perguntas sobre: dados sócio-econômicos e demográficos; comportamento quanto ao padrão do uso de bebidas alcoólicas; comportamento quanto ao padrão do uso de bebidas alcoólicas e direção; conhecimento sobre parte da lei que rege esses assuntos no trânsito, e opinião sobre o uso do bafômetro. • Aplicação do teste do bafômetro • Avaliação do estado geral do condutor pelo entrevistador, tipo de veículo, número de passageiros e uso de equipamento de segurança. • Medidas de segurança. • A pesquisa foi conduzida dentro dos padrões da Declaração de Helsinky e aprovada pela comissão de ética da UNIFESP/EPM.

  6. Resultados

  7. Dados sócio- econômicos e demográficos

  8. Dados sócio-econômicos e demográficos

  9. Dados sócio-econômicos e demográficos

  10. Dados sócio-econômicos e demográficos

  11. Dados sócio-econômicos e demográficos

  12. Padrão do consumo de bebidas alcoólicas/semana

  13. Padrão do consumo de bebidas alcoólicas • Bebidas mais consumidas- cerveja, vinho, destilados e ice. • Quantidade: 02 a 03 copos de cerveja/chope, 01 a 02 copos/taça de vinho e 01 a 02 doses de destilados. • Dos que participaram da pesquisa: 368 (40,3%) declararam ter ingerido bebidas alcoólicas no dia e 330 ( 36,1%) recusaram o teste do bafômetro.

  14. Padrão de consumo de álcool por semana Freqüência Porcentagem Nenhum 16 1,6 1 a 2 vezes 272 29,9 3 a 4 vezes 49 5,4 Mais de 8 vezes 11 1,2 Faz uso de 15/15 dias 5 0,5 Não tem periodicidade 8 0,9 Raramente usa ou só em festas 7 0,8 Total 368 40,3 Ingeriu bebida alcoólica no dia e padrão de consumo de álcool semanal. N= 368

  15. Padrão de consumo por semana Envolvidos em acidentes de trânsito Porcentagem Nenhum 74 8,1 1 a 2 vezes 200 22 3 a 4 vezes 36 4 Mais de 8 vezes 9 1 Faz uso de 15/15 dias 5 0,5 Não tem periodicidade 2 0,2 Raramente usa ou só em festas 8 0,9 Total 334 36,7% Envolvidos em acidentes de trânsito e padrão de consumo de álcool. N= 334* * Houve 03 perdas

  16. Faixa etária - anos Envolvidos em acidentes de trânsito Porcentagem 18 - 19 9 1 20 a 30 176 19,3 31 a 40 59 6,5 41 a 50 55 6 51 ou mais 35 3,8 Total 334 36,7% Envolvimento em acidentes de trânsito quanto a faixa etária. N= 334* * Houve 03 perdas

  17. Aceitação do bafômetro

  18. Valor em g/dl Freqüência Porcentagem Reações esperadas 0,00 358 62 - 0,01 a 0,02 51 8,8 Comprometimento da noção de distância e velocidade 0,03 a 0,05 56 9,6 Desatenção e campo visual restrito 0,06 a 0,08 35 6,0 Perda da noção de riscos, reflexos e intolerância a luz 0,09 a 0,15 51 8,8 Desconcentração e dificuldades de coordenar os movimentos 0,16 a 0,20 10 1,7 Visão dupla e letargia Acima de 0,21 18 3,1 Embriaguez acentuada e amplificação dos sintomas anteriores. Total 579 100 Valores obtidos no bafômetro e reações esperadas. N = 579

  19. Discussão • Metodologia internacional. • Amostra de conveniência- 990 foram entrevistados, sendo que 913 (92,2%) aceitaram participar. • Aceitaram o teste do bafômetro – 579 ( 63,4%). • Os valores obtidos no bafômetro passivo acusaram que: 19,6% apresentam níveis de alcoolemia iguais ou superiores aos limites legais, 18,4% algum nível de álcool no ar expirado, com um total de 38% dos que dirigiam com algum nível de álcool no sangue. • Mais da metade (55,5%) tem idade entre 18 e 30 anos, já se envolveram em acidentes de trânsito (20,3%), com padrão de uso de bebidas de 2x por semana (22,0%).

  20. Discussão • Influência das propagandas sob os hábitos culturais • O índice dos que são favoráveis ao uso do bafômetro foi de 83,8%, entretanto 368 (40,3%) dos entrevistados declararam ter ingerido bebida alcoólica no dia e 330 (36,1%) recusaram o teste do bafômetro, portanto apenas 9% dos que ingeriram bebidas no dia aceitaram ser submetido ao teste. • Na avaliação geral: 14% estavam visivelmente embriagados ou sob efeito de álcool. • A discrepância destes dados podem indicar que apesar da consciência do risco relacionados ao uso de bebida alcoólica e direção, muitos condutores poderiam estar com o senso subjetivo do beber seguro, mas também certos da ausência de medidas preventivas e coercitivas ao dirigir alcoolizado.

  21. Conclusão • O uso de bebidas alcoólicas e acidentes de trânsito, principalmente entre jovens, são amplamente estudados em países desenvolvidos por se tratar de um problema de saúde pública. • Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere quatro ações para controlar os problemas relacionados ao uso de bebidas alcoólicas e direção: redução dos limites de alcoolemia para dirigir; estabelecimento de postos de fiscalização e checagem de sobriedade com uso de bafômetro; maior rigor da lei em relação aos motoristas que dirigem alcoolizados, e graduação do licenciamento para motoristas novatos. • Contudo, o objetivo principal deste estudo foi o de fazer o primeiro levantamento de dados, numa grande capital do país, sobre o uso de bebida alcoólica e direção de veículos com o uso de um bafômetro, e possibilitar que essas informações venham realçar a necessidade de pesquisas permanentes, do desenvolvimento de políticas públicas específicas para o assunto e do eficaz cumprimento da lei existente.

  22. Obrigado pela atenção! Contato: vrcampos@terra.com.br

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