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CAUSAS DE VARIA ES DOS RESULTADOS DOS EXAMES LABORATORIAIS

Causas de varia

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CAUSAS DE VARIA ES DOS RESULTADOS DOS EXAMES LABORATORIAIS

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    1. CAUSAS DE VARIAÇÕES DOS RESULTADOS DOS EXAMES LABORATORIAIS Adagmar Andriolo adagmar.andriolo@fleury.com.br 13/04/2003

    3. Sexo Além das diferenças hormonais específicas e características de cada sexo, outros parâmetros sangüíneos e urinários se apresentam em concentrações distintas entre homens e mulheres em decorrência das diferenças metabólicas.

    4. Idade Muitos parâmetros possuem concentração ou atividade distintas em relação à idade do indivíduo, na dependência de diversos fatores, tais como maturidade funcional dos órgãos e sistemas metabólicos e massa corporal. Em situações específicas, os intervalos de referência devem considerar essas diferenças.

    5. Coleta de sangue Jejum Oportunidade Posição Tipo e local Procedimento Anticoagulante Gel separador

    6. Jejum Tempo Dieta prévia Habitual Regimes Álcool Medicamentos

    7. Jejum Jejum habitual é de 8 horas, podendo ser reduzido a 3 horas e, em situações especiais, para 1 ou 2 horas. Estados pós-prandiais se acompanham de turbidez do soro. Para triglicérides o jejum é de 12 a 16 horas. Acima de 24 horas ocorre elevação na concentração deste lipídeo por estímulo fisiológico mobilizando os lípides.

    8. Dieta Mesmo respeitado o jejum, pode haver interferência na concentração de alguns componentes bioquímicos. Alterações bruscas, como nos primeiros dias de regime ou internação hospitalar. Mesmo para outros materiais biológicos, alguns exames exigem dieta prévia específica, onde devem ser incluídos ou excluídos determinados alimentos.

    9. Oportunidade Ritmo circadiano Sazonalidade Atividade física Monitorização terapêutica Pico Vale

    10. Atividade física Possui efeito transitório sobre alguns componentes sangüíneos em decorrência da mobilização de água e outras substâncias, além das variações nas necessidades energéticas do metabolismo. Aumento na atividade sérica de algumas enzimas que pode persistir por 12 a 24 horas. Por esta razão, prefere-se a coleta com o paciente em condições basais.

    11. Ritmo circadiano (variação % entre 08:00 e 14:00h) ALT, U/L 56 Ferro, mg/dL 37 AST, U/L 25 Uréia, mg/dL 22 F. alcalina, U/L 20 DHL, U/L 16 Colesterol, mg/dL 15 Creatinina, mg/dL 14,5 Ácido úrico, mg/dL 11,5 Fósforo, mg/dL 10,7 Potássio, mEq/L 7,1 Proteínas, g/dL 4,8 Cloro, mEq/L 3,8 F. ácida, U/L 3,0 Cálcio, mg/dL 3,2 Winkel et al., Am J Clin Pathol, 64:433-447, 1975

    12. Posição Da posição supina para a ereta ocorre afluxo de água e substâncias filtráveis do espaço intravascular para o intersticial. Substâncias não filtráveis terão sua concentração relativa elevada. Albumina, colesterol, triglicerídeos, hematócrito, hemoglobina, drogas que se ligam às proteínas e o número de leucócitos podem ser superestimados de 8 a 10% da concentração inicial.

    13. Posição Em posição supina, um adulto possui 600 a 700 mL a menos de volume intravascular do que quando em decúbito. Tempo para equilíbrio De pé deitado 30 minutos Deitado em pé 10 minutos

    14. Hospitalização Em 4 dias o hematócrito se eleva em até 10% O PSA pode reduzir até 50% após dois dias de permanência no leito Permanência prolongada no leito Hemodiluição Redução de proteína e albumina (0,5 e 0,3 g/dL) Aumenta cálcio ionizado Reduz potássio sérico

    15. Condição clínica Febre Hemoconcentração Eleva creatinina, cortisol, ácido úrico Trauma / dor Elevam insulina, cortisol, renina, hormônio de crescimento

    16. Causas de variação Grandes cirurgias podem elevar (%) CK total 76 AST 50 LDL-5 20 LDL-1 18 CK-MB 6 Krafft et al., Ann Clin Biochem, 14:294-296,1977

    17. Exercício mais intenso Hipoglicemia Lactato – pode se elevar em até 10 vezes CK – pode se elevar em até 10 vezes Renina – pode se elevar em 400 % Abolição do ritmo de cortisol Catecolaminas e cortisol urinários elevados

    18. Menopausa Em geral, eleva (%) Fosfatase alcalina 25 ALT 12 AST 11 Ácido úrico 10 Colesterol 10 Fósforo 10 Ácido úrico 10 Wilding et al., Clin Chim Acta, 41:375-387, 1972

    19. Tipo e local da coleta Arterial Venosa Capilar Via cateter

    20. Tipo e local da coleta Arterial V.Central V.Periférico ALT, U/L 62 61 81 Amilase, U/L 149 148 177 CK, U/L 82 73 91 Proteína, g/dL 6,6 6,8 7,7 Uréia, mg/dL 32 31 25

    21. Aplicação do torniquete Torniquete por um tempo de 1 a 2 minutos causa aumento da pressão intravascular facilitando a saída de líquido e de moléculas pequenas para o espaço intersticial, resultando em hemoconcentração relativa. Se o torniquete permanecer por mais tempo, a estase venosa fará com que alterações metabólicas, tais como glicólise anaeróbica elevem a concentração de lactato, com redução do pH.

    22. Procedimento Torniquete aplicado por 3 minutos eleva (%) Lípides totais 4,7 Proteínas total 4,9 Colesterol 5,1 Ferro 6,7 Bilirrubina 8,4 AST 9,3 Potássio (reduz) 6,2 Statland et al., Clin Chem, 20:1513-1519, 1974

    23. Tubos adequados Padronização da cor da tampa Vermelha nenhum anticoagulante Púrpura clara EDTA-K3 ou K2 ou Na2 Verde heparina sódica ou lítica Azul citrato de sódio tamponado Vermelha/Preta gel separador Cinza fluoreto de Na e oxalato de K Amarela citrato-dextrose Azul escuro “metal free”

    24. Anticoagulantes Oxalato inibe Amilase DHL Fosfatase ácida Citrato inibe Amilase Oxalato, citrato e EDTA causam redução do cálcio total (método dependente)

    25. Gel separador Polímero “thixotropic” com densidade específica de 1,040 Sílica como acelerador da coagulação Laessig et al., Am J Clin Pathol, 66:653-657,1976 Podem liberar partículas que interferem com eletrodos seletivos e membranas de diálise, podem causar variação no volume da amostra e interferir em algumas dosagens Pseudo componente monoclonal Presença factual de algum composto

    26. Fosfatase ácida, U/L com gel sem gel Total 4,1 3,3 “Prostática” 1,8 0,5 Total 4,0 3,0 “Prostática” 2,1 0,8 Total 2,6 1,8 “Prostática” 1,4 0,6 Total 3,6 2,3 “Prostática” 2,1 0,7 Total 3,2 2,4 “Prostática” 2,4 1,5

    27. Condição da amostra Hemólise Lipemia Icterícia Auto anticorpos Drogas Alguns são relacionados à metodologia

    28. Hemólise Diferenciação in vivo – in vitro Hemólise in vivo Condição clínica Haptoglobina Hemólise in vitro Observar outros tubos DHL, potássio

    29. Hemólise Relação da concentração ou da atividade de alguns parâmetros nas hemácias e no soro: DHL 160:1 AST 40:1 Potássio 23:1 ALT 6,7:1 Glicose 0,8:1 Fósforo 0,8:1

    30. Hemólise Liberação de constituintes intracelulares Interferência óptica Hemoglobina Variável, dependendo da concentração, do tempo de armazenamento, do comprimento de onda utilizado, do uso de “branco” etc. Interferindo com as reações químicas Método dependente Adenilato quinase – CK Hemoglobina - bilirrubina

    31. Hemólise Liberação de constituintes intracelulares Aumentando no extracelular AST 400% DHL 100% ALT 50% HDL-colesterol 50% Potássio 20% CK 20%

    32. Lipemia Culpado: os triglicérides! Intensidade Ligeiramente turvo Turvo Leitoso Sempre deve ser referido no laudo

    33. Lipemia Significado: hipertrigliceridemia às custas da elevação de quilomicrons, de VLDL-colesterol ou de ambos. Diferenciação: repouso e refrigeração O grau de turbidez depende mais do tipo de lipoproteína presente do que da concentração dos triglicérides (tamanho da partícula)

    34. Lipemia Tipos de interferência Heterogeneidade da amostra Aspirar camada lipêmica ou aquosa Deslocamento de água Elevação artefacutal da concentração dos componentes da fase aquosa Eletrólitos por eletrodo ion seletivo Óptica Mecânica Impedimento de ligações e reações ag-ac

    35. Lipemia A intensidade da interferência é método dependente. Para triglicérides de 900 mg/dL Ácido úrico + 80% Proteínas totais + 40% Glicose + 40% CK – 25% Creatinina – 40% Modif. De Grafmeyer et al., Eur J Clin Chem Clin Biochem, 33:31-52, 1995

    36. Icterícia Bilirrubina interfere linear e negativamente com a dosagem de creatinina pelo método de Jaffé Lalekha et al., J Clin Lab Anal, 15(3):116-121. Jan 2001

    37. Autoanticorpos Artefactual increase in serum thyrotropin concentration caused by heterophilic antibodies with specificity for IgG of the family Bovidea. Bartlett et al., Clin Chem, 32:2214-2219, 1986 3 a 4 % dos indivíduos saudáveis apresentam anticorpos heterófilos Ward et al. Am J Clin Pathol, 108:417-421, 1997

    38. Autoanticorpos Heterophilic antibodies: a problem for all immunoassays Boscato & Stuart, Clin Chem, 34:27-33,1988 False diagnosis and needless therapy of presumed malignant disease in women with false-positive chorionic gonadotropin concentrations Rotmensch & Cole, Lancet, 355:712-715, Feb. 2000

    39. Autoanticorpos

    40. Crioglobulinas Podem Formar partículas Turvar a amostra Causar variações no volume pipetado Ser contados como elementos celulares Pseudo leucocitose Pseudo trombocitose

    41. Macroenzimas Macro CK Tipo I é um imunocomplexo da CK-BB Tipo II é um polímero da CK mitocondrial Ambas afetam determinação da atividade de CK-MB Macro amilase Macro lipase Mais observada em indivíduos idosos e/ou com doença crônica, mas também de 1 a 4% da população normal

    42. Drogas Efeitos fisiológicos Indução enzimática Inibição enzimática Competição metabólica Ação farmacológica Efeitos analíticos Ligação às proteínas Reação cruzada

    43. Drogas – efeitos fisiológicos

    44. Drogas – efeito analítico

    45. Drogas Anticoncepcionais orais Elevam enzimas hepáticas (fisiológico) Opiáceos Elevam enzimas pancreáticas (fisiológico) Diuréticos tiazídicos Elevam glicose e ácido úrico (fisiológico) Propanolol droga mãe não interfere O metabólito 4-OH propranolol eleva bilirrubinas (analítico) Fenitoína Reduz bilirrubina indireta e eleva enzimas hepáticas (fisiológico)

    46. Alcool Consumo esporádico de etanol provoca alterações significativas e quase imediatas na concentração plasmática de glicose e de ácido láctico e, mais tardias e de retorno à normalidade mais demorada de triglicerídeos. O uso continuado causa elevação da atividade da gama glutamiltransferase.

    47. Tabagismo e outras drogas Fumar promove elevação da concentração de hemoglobina, no número de leucócitos e hemácias e no volume corpuscular médio. Reduz a concentração de HDL-colesterol e eleva uma série de outras substâncias, tais como adrenalina, aldosterona, antígeno carcinoembriônico e cortisol. Administração de drogas pode causar variações nos resultados laboratoriais, seja pelo próprio efeito fisiológico “in vivo” ou pela interferência analítica, “in vitro”.

    48. Razões Os métodos laboratoriais têm se tornado cada vez mais sensíveis (às interferências!) Os métodos laboratoriais têm se tornado cada vez mais precisos (de atenção!) Os volumes de amostra utilizados são cada vez menores Cada vez mais indivíduos normais realizam mais exames A importância dos resultados laboratoriais nas decisões clínicas é cada vez maior

    49. Conseqüências O exame de laboratório, apesar das similaridades, não pode ser considerado como um processo fabril Cada material, cada amostra e cada teste têm particularidades que exigem cuidado, atenção e conhecimento específicos Cada diagnóstico, uma vida

    50. Referências National Committee for Clinical Laboratory Standards: interference testing in clinical chemistry. Proposed Guideline. Document EP7-P. (NCCLS) 1986. Effects of preanalytical variables on clinical laboratory tests. 2nd ed. Donald S. Young, AACC Pres, 1997. Effects of drugs on clinical laboratory tests. 4th edição. Donald S. Young, AACC Pres, 1995. Tietz textbook of clinical chemistry. 3th ed. Burtis & Ashwood (Eds.), 1999. Effects of disease on clinical laboratory tests. 4th ed. Donald S. Young, AACC Pres, 2001. Samples: from the patient to the laboratory. 2nd ed., Guder et al., Git Verlag, 2001.

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