1 / 51

Cultura Escolar e Currículo: conceitos básicos

Equipe Pedagógica Nre-Londrina. Cultura Escolar e Currículo: conceitos básicos.

jaden
Download Presentation

Cultura Escolar e Currículo: conceitos básicos

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Equipe Pedagógica Nre-Londrina Cultura Escolar e Currículo: conceitos básicos

  2. Cheguei a uma conclusão aterrorizante! Sou eu o elemento decisivo na sala de aula. É a minha abordagem pessoal que cria o clima. É o meu estado e ânimo diário que dita o tempo. Como professor, possuo o tremendo poder de tornar a vida de uma criança miserável ou cheia de alegria.

  3. Posso ser um instrumento de martírio ou de inspiração divina. Posso humilhar ou alegrar, ferir ou cicatrizar. Em todas as situações é a minha atitude que determinará se uma crise será bem ou mal conduzida e, então, uma criança poderá ser humanizada ou marginalizada.Haim Ginott

  4. Como toda boa reflexão pede questionamentos, lanço, de antemão, alguns:O que é ser professor? Quais são os pressupostos?

  5. Vamos iniciar tentando refletir sobre: O que é ser professor? A etimologia da palavra nos diz: Professor - palavra do séc. XIV, do latimprofiteri = declarar publicamente, ensinar em público, professar, o que se dedica a, o que cultiva; professar = declarar em voz alta, ter um sentimento, uma crença.

  6. Das definições apresentadas, gostaria de destacar a seguinte: “professor é aquele declara em voz alta ter um sentimento, uma crença.” E relacioná-la a um segundo sentido: “o que se dedica a, o que cultiva”.

  7. Professor é aquele que professa uma crença! Qual é a crença?- Acreditar em nossas ações e em nossos conhecimentos; - Acreditar em nossos educandos e em sua capacidade de aprender.É essencial percebermos que só professa quem se compromete.

  8. A palavra professor traz, em seu sentido, o comprometimento com... Este é o caminho para que possamos acreditar em nossas ações, nossos conhecimentos, nossos educandos. Como comprometer-se?Professor é aquele que se dedica, cultiva.

  9. Etimologia da palavra compromisso:Compromisso - palavra do séc. XII, do latim jurídico compromittere = remeter à decisão de um árbitro. Deste sentido fundamental, passamos ao de "aceitar um compromisso". Atualmente, arranjamento no qual se fazem concessões mútuas, tomar parte ou envolver-se em.

  10. A etimologia da palavra professor traz, além do compromisso, o “cultivo de” – lat. Cultivare: desenvolver, aperfeiçoar pelo culto, cuidado, trato contínuo.

  11. Segunda constatação:a palavra professor traz, em seu sentido, também o sensibilizar. Pois, só cuidamos ou desenvolvemos algum tipo de trato para aquilo que nos é “caro”, para o que nos sensibiliza.

  12. Sensibilizar - lat. sensibilis, é o que está sujeito aos sentidos, sensível; capaz de sentir e captar o que existe e de expressá-lo; ligar por ato solidário; tornar-se emocionalmente consciente e compreensivo.

  13. Ser professor é:professar algum sentimento – quem professa está comprometido com – comprometer-se é cultivar – só cultiva quem é sensível a... é solidário com ...

  14. Reflexão:Nós somos professores de sensibilidade, de cultivo e de compromisso?Elemento central de nossa reflexão: nós, professores.

  15. Três tópicos desta reflexão: Ser professor é: professar algum sentimento, uma crença; Ser professor é: comprometer-se, é cultivar; Ser professor é: ser sensível a ... é estar solidário com...

  16. Ser professor é: professar algum sentimento, um compromisso.

  17. Em que o professor deveria acreditar? Acreditar em si, nos seus conhecimentos, no seu aluno, ou seja, acreditar no ensino.Sabemos o que é ensinar?

  18. A etimologia da palavra: Ensinar - palavra do séc. XII, do latim popular insignare, pelo clássico insignire = colocar uma marca, assinalar, designar; palavra derivada de signum = signo.

  19. Ao ensinar, realizamos marcas, e estas nos fazem perceber que ser professor é acreditar na vida. Esta deveria ser a nossa crença.Acreditamos na vida, e só podemos ensinar, deixar marcas, quando acreditamos que a “aprendizagem é vida”[1].[1] MATURANA, H. ; VARELA F. A árvore do conhecimento. São Paulo: Palas Athenas, 2001.

  20. Aprender e viver são ações indissociáveis, que envolvem várias dimensões humanas e não somente a racionalidade. Se aprendizagem é vida, viver é sentir; portanto, racionalidade, emoções, sentimentos, instintos, consciente e inconsciente participam da aprendizagem.

  21. Talvez o fracasso de nosso sistema escolar esteja muito vinculado à ação impossível que muitos educadores, baseados em diversas teorias educacionais, empreenderam no sentido de reconhecer a si mesmo e ao educando como uma grande cabeça racional.

  22. Precisamos refletir sobre que tipo de marcas cunhamos no educando, se estas são realmente necessárias a ele, se realmente favorecem o seu crescimento. As verdades que professamos, em que acreditamos sempre expressarão algum tipo de sentimento.Professar é expressar sentimento.

  23. O auto-reconhecimento é inevitável para o entendimento pleno de que vida e aprendizagem são inseparáveis; para entendermos e reconhecermos o educando como um ser total. E, portanto, seus êxitos ou fracassos escolares não estão intimamente vinculados somente à inteligência racional; à valorização excessiva do logos (razão).

  24. Não é possível definir ensinar sem envolver o aprender. Mas o que é aprender?

  25. Aprender - palavra do séc. XII, do latim popular aprendere: tomar posse materialmente; alguns autores eclesiásticos deram o sentido de "tomar posse pelo espírito"; mais tarde, passou a denominar-se "se familiarizar com alguma coisa", depois a "aprender a conhecer por si" e, enfim, de "fazer conhecer alguma coisa pelo outro".

  26. No francês moderno, por exemplo, há dois sentidos:o subjetivo, que é adquirir um conhecimento, seja pelo intelecto ou pela experiência; e o objetivo, que é fazer conhecer, levar ao conhecimento de alguém.

  27. se o ensinar traz implícito inevitavelmente o aprender, o inverso também é verdadeiro: o aprender também traz o ensinar.Ambos trazem a idéia de viver, sentir, desejar!“Desejar e Querer”: verbos que precisam ser sentidos, vivenciados por todos os agentes envolvidos no processo educativo.

  28. “Todo conhecimento tem uma inscrição corporal e se apóia numa complexa interação sensorial. O conhecimento humano nunca é pura operação mental. Toda a ativação mental da inteligência está entretecida de emoções”. ASSMANN, H. Metáforas novas para reencantar a educação: epistemologias e didática. p. 33.

  29. Assmann[1] afirma que vida é diversidade (diferença). Podemos então questionar: como considerar um ser humano sem diferenças? Como acreditar em uma escola de iguais?[1] Ibidem, p. 32

  30. A escola atual parece negar que as diferenças individuais e a diversidade da vida presente nas pessoas são partes essenciais do processo de ensino e aprendizagem.

  31. Ao mesmo tempo, há uma contradição:Apesar de negar as diferenças, a escola reconhece que aprendizagem é construção de conhecimento.Isso supõe considerar diferenças!Construir conhecimentos negando diferenças é impossível.

  32. Só há situações reais de aprendizagem onde há o comprometimento de ensinar por parte do professor, e de aprender por parte do educando.Aliança = compromisso entre diferentes.

  33. Uma “escola para todos” deve considerar as diversidades individuais, e não negá-las a favor da homogeneidade.

  34. O que é colocar a escola em sintonia com o mundo, como dizem alguns educadores?

  35. Colocar a escola em sintonia com a diversidade da vida humana, pois o humano é diverso. As marcas que imprimimos nos educandos são únicas e próprias, mas é preciso estar atento, pois eles também imprimem marcas em nós.

  36. Problemas pedagógicos da escola = sinais positivos. Os “ditos problemas” = indícios da necessidade de avaliarmos nosso modelo educativo e, ao mesmo tempo, pistas para uma nova organização.

  37. “Ditos problemas” = diferenças.Diferenças = qualidade do que é diferente; o que distingue uma coisa de outra; falta de igualdade ou de semelhança; alteração digna de atenção, de reparo; modificação, transformação; falta de harmonia; divergência; falta de eqüidade; desproporção, desigualdade[1].[1]Hoaiss – versão eletrônica 1.0 ano 2001

  38. No alemão, diferença seria: Grenze - no sentido "real", significa fronteiras. Como as fronteiras delimitam, dão forma, assim nossas diferenças delimitam nossa individualidade, é o que nos dá forma.

  39. Ser professor é ser sensível a... é estar solidário com...

  40. Provocar sensibilidades pressupõe conduzir o aluno e criar e/ou oferecer ambientes de aprendizagem coletiva que apresentem o maior número possível de possibilidades para o aluno escolher seu caminho...

  41. Se partirmos do pressuposto de que não há vida sem aprendizagem, como docentes estamos diante do desafio de transformar a escola em espaços prazerosos de aprendizagem.

  42. Ambientes de aprendizagem = negociação, diálogo, interação, criatividade e inventividade.Não há trabalho docente fecundo se não houver um envolvimento pleno e prazeroso de nossa parte.

  43. Ser sensibilizador = eliminar a idéia de que a presença da afetividade no processo de aprendizagem é um ruído incômodo.Afetividade – com o aluno, com o conhecimento e consigo mesmo - condição essencial para a construção de práticas educativas inovadoras.

  44. O salto qualitativo da instrução para a construção, desejado por tantos educadores e apresentado em várias teorias pedagógicas, implica o reconhecimento anunciado por Assmann[1]: [1] Ibid., p. 29.

  45. “Precisamos reintroduzir na escola o princípio de que toda a morfogênese do conhecimento tem algo a ver com a experiência do prazer. Quando esta dimensão está ausente, a aprendizagem vira um processo meramente instrucional, (...) a experiência de aprendizagem implica, além da instrução informativa, a reinvenção e construção personalizada do conhecimento. E nisso o prazer representa uma dimensão chave”.

  46. Promover este tipo de aprendizagem implica o reconhecimento de professor/aprendente e do aprendiz/aprendente como pessoas que possuem histórias de vidas, anseios, desejos, crises e conflitos.

  47. Alarcão,[1] em seus últimos estudos, aponta a necessidade de uma escola reflexiva, fundamentada no trabalho coletivo. [1] Conf. Obras citadas no referencial bibliográfico.

  48. A indicação de um caminho

  49. “E é sempre melhor o impreciso que embala do que o certo que basta,Porque o que basta acaba onde basta, e onde acaba não basta,E nada que se pareça com isto devia ser o sentido da vida...’’Fernando Pessoa, 1999.

  50. REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO:ASSMANN, H. Metáforas para reencantar a educação: rumo a uma sociedade aprendente.7 ed. Piracicaba, SP: Unimep, 1998._______________. Metáforas para reencantar a educação: epistemologia e didática. 3° ed. Piracicaba: São Paulo. Editora Unimep, 2002. p. 32_____________. A metamorfose do aprender na sociedade da informação. In Ci. Inf.,v. 29, n. 2, p. 7-15, maio/ago. 2000 ALARCÃO, I. (org.). Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão. Porto: Porto Editora,2000. ___________. (Org.) Escola Reflexiva e Nova Racionalidade. Rio Grande do Sul: ARTMED, 2001.___________.(org.).Escola Reflexiva e Supervisão. Porto: Porto Editora,2001.____________. Do olhar supervisivo ao olhar sobre a supervisão. Em RANGEL, M. (Org.) Supervisão Pedagógica. Princípios e Práticas. São Paulo: Papirus, 2001. p.11-56.

More Related