1 / 33

RAQUEL BATISTA DANTAS - HMOB JUNHO DE 2009

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES MELLITUS NO CONTEXTO DA TERAPIA INTENSIVA. RAQUEL BATISTA DANTAS - HMOB JUNHO DE 2009. VERTENTES EPIDEMIOLÓGICAS. Diabetes Mellitus: “problema de saúde pública”

saeran
Download Presentation

RAQUEL BATISTA DANTAS - HMOB JUNHO DE 2009

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES MELLITUS NO CONTEXTO DA TERAPIA INTENSIVA RAQUEL BATISTA DANTAS - HMOB JUNHO DE 2009

  2. VERTENTES EPIDEMIOLÓGICAS Diabetes Mellitus: “problema de saúde pública” OMS 2000: 177 milhões de portadores da doença com expectativa para 350 milhões em 2025 Brasil: 6 milhões de portadores (2006) expectativa de 10 milhões de portadores para o ano de 2010 9% da Taxa de mortalidade mundial total

  3. VERTENTES EPIDEMIOLÓGICAS Impacto econômico SUS: Diálise por IRC, cirurgias para amputações, internações em unidades de terapia intensiva Queda da expectativa de vida: DM1 (15 anos) e DM2 (5-7 anos) Impacto Social (BRASIL, 2006)

  4. CONCEITO DE DIABETES MELLITUS “O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros” (BRASIL, 2006) DOENÇA METABÓLICA CRÔNICA CARACTERIZADA POR HIPERGLICEMIA COM DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS, LIPÍDEOS E PROTEÍNAS

  5. CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES MELLITUS Classificação em tipos DM Tipo I: CAUSA PRIMÁRIA *10% dos casos; *Destruição das células β deficiência absoluta de insulina *Processo auto-imune: anti–GAD (Descarboxilase do Ácido Glutâmico), anti-ICA (ilhotas), anti-insulina; *Presença de antígenos de histocompatibilidade: 95 % dos casos com HLA DR3 e DR4; *Pode estar associado a causas idiopáticas; * Doenças auto-imunes: Tireóide de Hashimoto, D. Addison, Miastenia Grave.

  6. CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES MELLITUS Classificação em tipos DM Tipo I: CAUSA PRIMÁRIA *Pico de incidência: 10 e 14 anos; *Ocorrência em adultos: “LADA” (Latent Autoimmune Diabetes in Adultos) DM Tipo II: CAUSA PRIMÁRIA *Presença de 2 fatores principais: Sensibilidade dos tecidos periféricos à insulina Secreção pancreática de insulina em resposta à glicose

  7. CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES MELLITUS Classificação em tipos DM Tipo II: CAUSA PRIMÁRIA *Diagnóstico em pacientes com idade > 40 anos e obesos (80%); *Etiologia: predisposição genética + fatores ambientais + hábitos de vida *Fatores Predisponentes: obesidade central e sedentarismo Níveis de ácidos graxos inibe captação celular da glicose Células adiposas liberação de TNF - α

  8. CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES MELLITUS DM Tipo II: Fatores indicativos de maior risco *Idade >45 anos. *Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25). *Obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para mulheres, medida na altura das cristas ilíacas). *Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes. *Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg). *Colesterol HDL d”35 mg/dL e/ou triglicerídeos e”150 mg/dL. *História de macrossomia ou diabetes gestacional. *Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos. *Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida.

  9. CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES MELLITUS DM : CAUSAS SECUNDÁRIAS: *DROGAS: CBZ, hormônio tireoidiano, corticóides, agonistas β-adrenérgicos, interferon. *PANCREATOPATIAS: Pancreatite, neoplasia, trauma pancreático. *INFECÇÕES: Citomegalovírus, Rubéola congênita *ENDOCRINOPATIAS: Doença de Cushing, Hipertireoidismo. *GENÉTICA: síndromes (Klinefelter, Down), distrofia miotônica. GESTACIONAL: hiperglicemia e intolerância à glicose detectada pela 1ª vez na gestação

  10. CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES MELLITUS DM GESTACIONAL: *Presente em 4% das gestações. *Intolerância à glicose que surge durante a gestação, entre a 24ª e 28ª semanas, estando associada a complicações materno-fetais (macrossomia fetal, polidrâmnio, hipoglicemia neonatal). *Etiologia: Ainda não estabelecida hormônios da gestação x resistência à insulina)

  11. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DIABETES MELLITUS Histórico Clínico + Exames Laboratoriais + Exame físico QUATRO P`s: POLIFAGIA, POLIDPSIA, POLIÚRIA, PERDA INVOLUNTÁRIA DE PESO Critérios laboratoriais para o diagnóstico de diabetes: glicemia casual >200 mg/dL (realizada a qualquer hora do dia, independentemente do horário das refeições); OU Glicemia de jejum >126 mg/dL*; OU Glicemia de 2 horas e>200 mg/dL no teste de tolerância à glicose*. * Devem ser confirmados com nova glicemia.

  12. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DIABETES MELLITUS Interpretação dos resultados da glicemia de jejum e do teste de tolerância à glicose. Classificação Glicemia em jejum (mg/dL) Glicemia 2h após TTG-75g (mg/dL) Glicemia em Jejum : Normal <110 Alterada: 110-125 Glicemia 2h após TTG-75g (mg/dL) : Tolerância à glicose diminuída 140-199 Normal < 140 Diabetes Mellitus: Glcemia em Jejum > e”126 ou TTG – 75 mg >200

  13. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS Pâncreas: Glândula Anfícrina (Ácinos e Ilhotas de Langerhans) Células α Glucagon Células β Insulina Células γ Somatostatina

  14. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS Metabolismo da Glicose: *INSULINA *GLUCAGON *CATECOLAMINAS *H. CRESCIMENTO *CORTISOL

  15. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS Ações da Insulina: *Promove permeabilidade da glicose aos tecidos periféricos: músculos, adipócitos e fígado (não se aplica ao cérebro e hemácias) *Aumenta permeabilidade celular aos íons K+ , Mg 2+, PO4- e a proteínas *GLICOGÊNESE : hepática(60% glicose ingerida – até 100gr) e muscular *Inibe: GLICOGENÓLISE, PROTEÓLISE, LIPÓLISE, GLICONEOGÊNESE *Promove: Armazenamento de ácidos graxos no fígado e tecido adiposo

  16. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS AUSÊNCIA da Insulina: *Aumento dos hormônios contra-insulinares : HIPERGLICEMIA *Ativação da LIPASE: fonte de energia TEC. ADIPOSO triglicerídeos Ác. Graxos Sangue Glicerol aterosclerose FÍGADO Ác. Graxos Fosfolipídeos Sangue Colesterol Ácido ACETACÉTICO e C.C( Acetona + Acetoacetato + Beta- hidroxibutirato)

  17. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS

  18. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS AGUDAS: CAD Glicemia > 250 mg/dl pH arterial ≤ 7,3 e BIC < 15 mEq/l Cetonúria fortemente positiva EHH Glicemia 600 mg/dl Osmolaridade sérica estimada > 320mOsm/l pH > 7,3 MARTINS, et al, 2009

  19. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS CAD: *Desenvolve-se de forma aguda e grave *DM – I (presença de cetogênese) *Taxa de mortalidade: 5% *Quando em DM – II apresenta alta taxa de mortalidade (stress intenso ------------------sepse, IAM) CAUSAS: *Infecções (30%) *Primodiagnóstico (25%) *Causas incomuns

  20. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS CAD:

  21. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS CAD: DIAGNÓSTICO LABORATORIAL *Glicemia elavada (> 200 mg/dl) *Sódio: inicialmente diminuído (desvio da água LIC LEC) se aumentado (desidratação grave) *Formação de corpos cetônicos (ACETATO, ACETONA, HIDROXIBUTÍRICO) liberação H+ ACIDOSE + sistema tampão ( K)

  22. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS CAD: DIAGNÓSTICO LABORATORIAL *Diminuição do Bicarbonato *Leucocitose até 20.000 /mm3 é esperado *Cálculo do ânion GAP: [(Na+ + K+ ) – (Cl- – HCO3-)] = 12 + mEq/l Valores > 18m Eq/l CAD importante (permite analisar o tipo de acidose: perda de base (HCO3-) com compensação de CL ou de ânions não mensuráveis nos métodos convencionais (acetoacetato, OH - Butirato)

  23. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS CAD: QUADRO CLÍNICO *Instalação rápida (muitas vezes em horas) *Poliúria, Polifagia, Polidipsia, mal estar indefinido *Dor abdominal, náuseas e vômitos *Respiração de KUSSMAUL (taquipnéia e hiperpnéia) *Desidratação severa *Hálito cetônico *Acidose metabólica *Paciente normalmente alerta

  24. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS CAD: TRATAMENTO *Hidratação e reposição de eletrólitos : K, Na, PO4- (Usar SF 0,9% ou 0,45% se Na > 150 mEq/l) *Desidratação Moderada: 10% perda corpo (reposição de 5 a 7 litros de solução) 2 a 3 litros nas primeiras 2 horas e o restantes nas próximas 24 horas *Bicarbonato: se pH entre 7,o e 7,1 (pode piorar hipocalemia) *Insulina: 10 UI em bolus + dose intermitente (10UI/ hora – na BIC) até Glicemia = 180-200 mg/dl (esquema: 500 SFo,9% + 50 UI). Após Glicemia diminuída (200 mg/gl) substituir SF 0,9% por SGI 5%.

  25. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS EHH: *50% apresentam diagnóstico prévio de DM (TipoII) *30 a 60% Apresentam infecções como causas precipitantes (PNM, ITU, Pé Diabético) *Causas associadas a terapia irregular/ transgressões dietéticas *Secundária a doenças vasculares (IAM, AVE) *Uso de medicamentos : Glicocorticóides

  26. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS E AGUDASEEHNC Desidratação(diurese osmótica- Na e H2O) Insulina plasmática Hiperglicemia Gradiente G p /G LCR Desidratação cerebral Cetonemia Desidratação do LCR < Na do LCR Ausência de acidose Hiperosmolaridade Alterações SNC lesão pré-renal excreção de Glicose Hiperglicemia

  27. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS EHH : QUADRO CLÍNICO: *Evolução lenta do evento (7 a 10 dias) *Polidipsia , Poliúria e Perda de Peso; *Desidratação intensa *Sinais de Choque *25% podem apresentar CCTCG ou crises focais *O rebaixamento do nível de consciência é a rega

  28. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS EHH: DIAGNÓSTICO LABORATORIAL *Glicemia elavada (> 600 mg/dl) *Osmolaridade elevada: ≥310-320 mOsm/l Cálculo: 2. (Na + K) + G (mg%)/18 + uréia /6 *Sódio: inicialmente diminuído (desvio da água LIC LEC) se aumentado (desidratação grave) *Não há formação de corpos cetônicos *Acidose discreta pH> 7,3

  29. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS EHH: TRATAMENTO *Hidratação e reposição de eletrólitos : K, Na, PO4- (Usar SF 0,9% ou 0,45% se Na > 150 mEq/l) *Desidratação Grave: 15% perda corpo (reposição otimizada primeiramente e só após a insulinização do paciente) 2 a 3 litros nas primeiras 2 horas e o restantes nas próximas 24 horas (cautela em pacientes idosos, cardiopatas) *Insulina: 10 UI em bolus + dose intermitente (10UI/ hora – na BIC) até Glicemia = 180-200 mg/dl (esquema: 500 SFo,9% + 50 UI). Após Glicemia diminuída (200 mg/gl) substituir SF 0,9% por SGI 5%.

  30. CUIDADOS DE ENFERMAGEM DIANTE DAS COMPLICAÇÕES CRÔNICAS *Monitorização hemodinâmica intensiva a beira do leito (ECG, PNI, PIA, SaO2, PVC, DC) *Posicionamento confortável e adequado no leito (DD com alinhamento cervical anterior, ângulo de 30 ) *GC de 1/1 hora (primeiras 6-12 horas, evitar uso excessivo de álcool) *Punção de acessos venosos calibros (via exclusiva para K, insulina, e bicarbonato) datados e identificados com respectivas drogas

  31. CUIDADOS DE ENFERMAGEM DIANTE DAS COMPLICAÇÕES CRÔNICAS *SNE para DE o quanto possível, principalmente em pacientes idosos *Gasometria seriada 6/6 horas *Observação/ acompanhamento do padrão neurológico (ECG) e atentar para proteção das vias aéreas. *Cateter vesical se estado de choque (BH parcial 6/6 horas) *Estímulo ao auto-cuidado sempre que possível *Aspirar VA`s sempre que necessário, evitar presença de condensados nos sistemas de traqueia

  32. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, VE; DIAS, EP; RAMOS, AV. Emergências Hiperglicêmicas e Hipoglicêmicas. In: RATTON. Emergências Médicas e Terapia Intensiva. COUTO, C.R. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2005. cap. 38. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes Mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006.64 p. il. – (Cadernos de Atenção Básica, n. 16) (Série A. Normas e Manuais Técnicos) CONSENSO BRASILEIRO SOBRE DIABETES. Diagnóstico e Classificação do Diabetes Mellitus e Tratamento do Diabetes Mellitus Tipo 2. Versão Final e Definitiva. Recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes. maio – 2000. 60 p. Disponível em:<www.pncq.org.br/biblioteca/consenso.pdf >. Acesso em 10 jun.

  33. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NETO, RAB; MARTINS, HS; ADMONI, SN. Hiperglicemia. In: Emergências Clínicas. Abordagem Prática. MARTINS, H.S. São Paulo: Manole, 2009.cap. 65. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenças. 6ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1998 . cap. 52. PEDROSO, ERP; OLIVEIRA, RG. Blackbook – Clínica Médica. 2 ed. Blackbook editora Ltda, 2008. p.518-524

More Related