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Terapia Nutricional nas Hepatopatias, Distúrbios do Sistema Biliar e Pâncreas. Fígado. Órgão central do metabolismo; É a maior glândula do corpo humano, Pesa ±1500g; 1500 ml de sangue por minuto circulam através do fígado; Armazena e ativa vitaminas e sais minerais;
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Terapia Nutricional nas Hepatopatias, Distúrbios do Sistema Biliar e Pâncreas
Fígado • Órgão central do metabolismo; • É a maior glândula do corpo humano, • Pesa ±1500g; • 1500 ml de sangue por minuto circulam através do fígado; • Armazena e ativa vitaminas e sais minerais; • Forma e excreta a bile; • Converte a amônia em uréia.
Metabolismo das Proteínas (transaminação e desaminação), síntese e degradação de proteínas; Metabolismo dos Carboidratos (glicogênese, glicogenólise, gliconeogênese) Fígado Central metabólica Ciclo da uréia Formação e excreção da bile Armazenamento e ativação das vitaminas (lipossolúveis, zinco, ferro, cobre, magnésio e vitamina B12); Metabolismo dos Lipídios (síntese de triglicerídios, colesterol e lipoproteínas)
Hepatopatias • Agudas ou crônicas; • Causas: • Agentes químicos, virais, farmacológicos; • Alteram a estrutura morfológica e capacidade funcional dos hepatócitos.
Hepatopatias • Hepatite – vírus A, B, C, D e E ou componentes tóxicos • Hepatite Crônica – curso de 6 meses de hepatite; • Hepatopatia Alcoólica; • Hepatopatia Colestática; • Tumores.
Hepatopatia Alcoólica: Esteatose Hepática Hepatite Alcoólica Cirrose Consumo de etanol persistente por 15-20 anos . Taxa de mortalidade 30-60%. Necrose Comum em 80% dos casos. Acúmulo de triglicerídios no citoplasma celular
Bebida Unidade mL Etanol (g) Cachaça dose 50 17 garrafa 660 220 Destilados ( whiskey, vodka ) dose 50 +/- 16 Aperitivos ( martini, campari ) dose 50 +/- 8 Cerveja copo 250 9 lata 350 13 garrafa 660 25 Fonte: Neves, MM e cols. Concentração de etanol em bebidas alcoólicas mais consumidas no Brasil. GED 8(1):17-20, 1989
Cirrose • Processo difuso de fibrose e formação de nódulos, acompanhando-se freqüentemente de necrose hepatocelular.
Complicações da Cirrose Eritema palmar Cabeça de medusa (umbigo) Ascite Distribuição alterada de pelos Atrofia testicular Icterícia Contusões Perda muscular Encefalopatia Varizes Esofágicas Hipertensão
Encefalopatia hepática • Excesso de produtos tóxicos provenientes da alimentação e do próprio fígado, que deveria eliminá-las. • A encefalopatia surge quando o fígado torna-se incapaz de eliminar ou transformar esses tóxicos pela destruição das suas células
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA • Hipóteses: • Amônia: Fígado incapaz de converter a amônia em uréia – tóxica para o cérebro; • Neurotransmissor Alterado: Desequilíbrio de aminoácidos (AA). • CÉREBRO - altos níveis de aa aromáticos - AAA -fenilalanina, triptofano e tirosina levam à formação de falsos neurotransmissores, os quais parecem produzir a encefalopatia.
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA • A amônia livre favorece o transporte dos AAA para dentro do SN; • Pacientes portadores de doença hepática terminal têm proporções relativamente elevadas de AAA; • Como tratar? Formulações enterais e parenterais com baixos níveis de AAA
Avaliação Nutricional • Avaliação dietética: recordatório alimentar de 24 horas, registro alimentar de 3 dias; • Avaliação Subjetiva Global + Exame Clínico; • Exames Bioquímicos; • Avaliação Antropométrica: IMC, dobras cutâneas, circunferência muscular do braço, circunferência abdominal - edema; • Medicamentos; • Situação psico-sócio-econômica - família
Terapia Nutricional • Reversão da desnutrição; • Melhora do prognóstico (retardar complicações); • Favorecer a aceitação da dieta e melhorar o aproveitamento dos nutrientes; • Atender necessidades orgânicas – ganho de peso; • Aporte de aa adequado para regeneração hepática – cuidar encefalopatia.
Desnutrição • Ingestão oral inadequada; • Anorexia: • Saciedade precoce (ascite); • Náusea; • Vômito; • Restrições dietéticas. • Má digestão; • Má absorção (esteatorréia); • Metabolismo anormal dos macro e micronutrientes;
Estratégias: • Refeições menores e freqüentes; • Encorajar suplementos líquidos orais • Sonda quando necessário (ingestão menor que 0,8g ptn/kg e menos de 30 Kcal/kg); • Restrição Sódio (edema); • Restrição líquido;
Calorias • Necessidades individualizadas; • Método prático: 25-35Kcal/kg peso/dia peso atual; Se edema ou ascite utilizar peso ideal; • Ascite eleva o Gasto Energético de Repouso em 10% - considerar;
Carboidratos • 50-60% VET; • HC Complexos; Lipídios • Até 30% do VET; • Excesso – desconforto abdominal, hiperlipidemias
Proteínas Pacientes hepatopatas estáveis: NORMO 0,8 – 1,0 g/kg PA ou PI/dia Para promover retenção nitrogenada, pacientes desnutridos ou com indicação para transplante, hepatectomia 1,2 a 1,8 g/kg peso/dia Encefalopatia hepática Não se indica restrição protéica Substituição de ptn animal por vegetal
Micronutrientes • Suplementação oral: • Zinco – melhora dos sintomas de câimbras musculares; • Ferro; • Sódio: Restrição severa = 250 a 500mg/dia = 0,63 a 1,3 g de NaCl; Garantir RDA
Alimentos que devem ser evitados para dieta rica em aminoácidos de cadeia ramificada: Queijo, Gema de ovo, Carne de vaca, de porco e frango e derivados – ricos em AA aromáticos
Produz bile Conecta a vesícula ao duodeno (passagem da bile) Armazena bile levando-a ao Duodeno (digestão das gorduras) Sistema biliar
LITÍASE BILIAR (colelitíase) Grego: “Lithos” - pedra É a formação de cálculos biliares na ausência de infecção da vesícula biliar. Assintomáticos Sintomáticos Cólicas, náusea, vômito (amarelada), febre, icterícia, dor à palpação profunda do quadrante superior direito do abdômen
Cálculos biliares: compostos de colesterol, bilirrubina e sais de cálcio
Cálculos biliares: compostos de colesterol, bilirrubina e sais de cálcio Cálculos de bilirrubina Cálculos de colesterol
Colecistite x Colelitíase • Passagem da bile ao duodeno é interrompida colecistite pode se desenvolver; • Sem bile absorção de gorduras é prejudicada • Evacuações claras (acolia), esteatorréia; • Icterícia em função da obstrução, os pigmentos da bile retornam para a circulação como bilirrubina. • Bilirrubina:0,2 – 1,3 mg/dl Valor de alerta: acima de 12 mg/dl • Se não corrigir este excesso de bile: dano hepático, cirrose ou pancreatite biliar; • Colecistectomia : cirurgia de remoção da vesícula e os cálculos (a bile será estocada no colédoco, que liga o fígado ao intestino delgado);
Causas da litíase biliar • Mulheres são vítimas mais freqüentes; • Obesidade associada; • Dieta hiperlipídica
Terapia Nutricional na Litíase Biliar Crise aguda: • Há obstrução por cálculo biliar; • Manter vesícula inativa: baixo teor de gordura da dieta – prevenir contrações da vesícula biliar; • Após remoção cirúrgica – DIETA NORMO
Terapia Nutricional na Litíase Biliar Crise crônica: • peso; • LIP: até 25% do VET; • PTN: 0,8 a 1,0 g/kg; • HC: 60% VET.
Alimentos Permitidos • Recomendado o uso de leite desnatado, queijo ricota ou cottage, cereais, gelatinas e pudins feitos com leite desnatado. Dar somente a clara do ovo. Não é permitido nenhum tipo de gordura para cozinhar ou adicionar ao alimento. Somente carnes magras grelhadas ou cozidas, verduras e legumes cozidos e refogados.
Alimentos Proibidos • Leite integral, manteiga, margarina, maionese, creme de leite, chantilly, chocolate, abacate, nozes, amendoim, avelã, coco e amêndoa Evitar bebidas alcoólicas, condimentos.
Pâncreas • Produz 2 a 2,5 litros dia de secreção de enzimas digestivas; • Estimulado por presença de ácidos, ácidos graxos e aminoácidos no duodeno; • Secreta as enzimas: tripsina, quimiotripsnina, aminopeptidases, amilase, lipase, fosfolipase e nucleases • Secreta hormônios: insulina e glucagon
Pancreatite • Pancreatite Aguda: processo inflamatório agudo; • Forma leve (edematosa); • Forma grave (necro-hemorrágico): 5 - 15 % dos casos. • Pancreatite Crônica: é uma doença decorrente de lesões anatômicas, de caráter irreversível e, muitas vezes progressivo, do pâncreas.
Pancreatite • Causas: alcoolismo crônico, cálculos biliares, hipertrigliceridemia, traumas abdominais. • Sintomas: • edema , hemorragia e necrose; • Náuseas, Vômitos, distensão abdominal, esteatorréia; • Sintomas pioram com ingestão alimentar,
Terapia Nutricional para Pancreatite Aguda Leve a Moderada (Critérios Ranson) • Pâncreas colocado em repouso; • Estágio 1 (2 – 5 dias): A alimentação via oral deve ser suspensa para não fornecer estímulos ao pâncreas; • Estágio 2 (3-7 dias) Fase de realimentação: Rica em carboidratos (70 - 80%), moderada oferta de ptn (1,0-1,5 gKg ptn), hipolípidica (< 20%); • Estágio 3 (a partir de 7 dias): Dieta Normal (observar lipídios)
Terapia Nutricional para Pancreatite Aguda Grave (Critérios Ranson) • Nutrição Enteral x Parenteral • NE jejunal elementar ou semi-elementar; • NE combinada com NP para completar o VET. • Utilizar lipídios via endovenosa. • VET: 25 – 35 Kcal/Kg/dia; • HC: 50-60% VET; • PTN: 1,2 a 1,5g/kg/dia; • Lip: 20% VET;
Pancreatite Crônica • Substituir gordura dietética – aliviar esteatorréia e melhorar ganho de peso; • Observar ácidos graxos essenciais; • Intolerância à glicose – orientações para DM;