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Consumo Específico de Energia e Demanda de Potência no Processamento em Moedores de Milho. Luiz Henrique de Souza [1 ] ; Denílson E. Rodrigues [2] ; Gutemberg P. Dias [3] . [1] Mestrando em Engenharia Agrícola. Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa.
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Consumo Específico de Energia e Demanda de Potência no Processamento em Moedores de Milho. • Luiz Henrique de Souza[1] ; Denílson E. Rodrigues[2] ; Gutemberg P. Dias[3]. • [1] Mestrando em Engenharia Agrícola. Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa. • [2] Doutorando em Engenharia Agrícola. Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa. • [3] Prof. Adjunto do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa.
1- Introdução • A produção de ração dos animais em uma propriedade agrícola deve ser desintegrada ou triturada, utilizando-se para isto equipamentos denominados DPM (Desintegrador/Moedor/Picador). • Estas máquinas são acionadas, em sua maioria, por motores elétricos, que nem sempre, são dimensionados de maneira adequada, resultando em aumento no consumo de energia elétrica. • Torna-se inevitável assim, a necessidade de racionalizar o uso de energia elétrica, contribuindo-se com a diminuição do risco de um colapso no sistema de fornecimento de energia num futuro próximo.
A preocupação com a redução do consumo específico de energia e a eficiência dos diversos equipamentos disponíveis no mercado nacional levou instituições como, Agência alemã de Cooperação Técnica (GTZ), Companhia Energética de Minas gerais (CEMIG), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural-MG (EMATER) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a patrocinarem um grande programa de teste de equipamentos, no qual este trabalho está inserido.
2 - Objetivo • Estudar a avaliação de dois moedores de milho, com relação ao consumo específico de energia e à demanda de potência.
3 – Material e Métodos • Foi utilizado o milho (Zea mays L), proveniente da fábrica de rações da UFV, com umidade conhecida. • Os testes foram realizados no Laboratório de Ensaio de Máquinas Agrícolas do Departamento de Engenharia Agrícola da UFV. • Microcomputador, sistema de aquisição de dados, motor monofásico de 5 e 20 cv, duas unidades DPM (cada uma de um fabricante), com potência de acionamento de 5cv e rotação nominal de 3000 a 4000 rpm. • Avaliou-se o torque demandado pela máquina por intermédio de um torquímetro com capacidade de até 1 kmN.
Um sistema de aquisição de dados fazia a leitura dos pulsos, por intermédio de um sensor magnético posicionado ao eixo do torquímetro, em uma base de tempo determinada pelo software (Catman), resultando por meio de cálculos o valor da velocidade angular. Com estes valores obteve-se então, a demanda de potência (kW). • O material processado foi coletado em um recipiente próprio colocado na saída e levado a uma balança para ser pesado. Juntamente com o tempo gasto no processamento (obtido na análise do gráfico gerado pelo sistema de aquisição), determinou-se a capacidade de processamento (t/h). • O consumo específico (kWh/t) foi determinado, relacionando-se a taxa de produção (t/h) com a potência demandada (kW) para acionamento da máquina.
Para avaliação do desempenho de um dos moedores utilizou-se 5 velocidades angulares (rpm), 4 taxas de alimentação, conseguidas com a colocação de placas com aberturas adequadas em uma saída regulável e três diâmetros de peneiras (3, 5 e 10mm). Utilizou-se neste caso um motor de 20cv. • No outro moedor, o desempenho foi avaliado mantendo-se o mesmo operando sem taxa de alimentação, com e sem ventilador.
Para a produção de farelo de milho, o aumento da taxa de produção acarretou, na maioria das vezes, na diminuição do consumo específico de energia. 4 - Resultados e Discussão
Para todos os casos analisados, deve-se salientar que tem-se um ponto ótimo de funcionamento, ou seja, um ponto que fornece determinada taxa de produção com menor consumo específico
Para o caso do moedor operando vazio, observa-se que, há uma diminuição da demanda de potência a partir do momento que aumentamos a velocidade angular para os dois casos. Se mantivermos constantes as rotações, observa-se que há uma maior demanda de potência para o caso do moedor operando com ventilador, afirmando a hipótese do mesmo contribuir para um maior consumo de potência.
Valores de velocidade angular para a melhor relação entre a taxa de produção, potência demandada e consumo específico de energia.
5 - Conclusões • Existem condições adequadas de regulagens, capazes de proporcionar o consumo específico mínimo de energia, mesmo que este ponto nem sempre seja relativo à máxima produção. • Para as peneiras 3, 5 e 10mm, o consumo específico mínimo de energia foi 7.54, 3.79 e 1.81 kWh/t, para as velocidades angulares de 1304, 1300 e 1304 rpm respectivamente.