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TROPICALIA. O QUE É?. “Assumir completamente tudo o que a vida dos trópicos pode dar, sem preconceitos de ordem estética, sem cogitar de cafonice ou mau gosto, apenas vivendo a tropicalidade e o novo universo que ela encerra, ainda desconhecido. Eis o que é.” Torquato Neto.
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O QUE É? “Assumir completamente tudo o que a vida dos trópicos pode dar, sem preconceitos de ordem estética, sem cogitar de cafonice ou mau gosto, apenas vivendo a tropicalidade e o novo universo que ela encerra, ainda desconhecido. Eis o que é.” Torquato Neto
INTERNACIONAL • Em 1959 a Revolução Cubana transforma Fidel Castro e Che Guevara em heróis internacionais, o que atiça a pressão do bloco capitalista sobre os países de terceiro mundo. • Em 1964 a Guerra Fria nutria conflitos na América Latina e no país. A Guerra Fria alterou a lógica das relações interamericanas, elevando a proteção da “segurança nacional” ao topo da agenda da política externa dos EUA e transformando a América Latina (e outras áreas do Terceiro Mundo) simultaneamente no campo de batalha e no prêmio do conflito entre capitalismo e comunismo, Ocidente e Leste, EUA e URSS.
NOBRASIL • O presidente João Goulart promove uma série de reformas de base para tentar atenuar o problema da desigualdade social e também as pressões políticas que vinha sofrendo dos movimentos de esquerda. • Contra a proposta de João Goulart, acusadas de comunistas, se desenvolveu um movimento da direita política, que recomendava uma atualização conservadora. • Com a participação das classes média e alta, e do Congresso, esse grupo venceu por meio do golpe militar de 31 de maio.
Começa o período de ditadura no Brasil. • Em 1968 as greves operarias e manifestações estudantis – com a consequente repressão policial – se intensificaram. • As guerrilhas rural e urbana aumentaram suas ações. • Com o crescimento da oposição, o presidente Costa e Silva responde com endurecimento político. • Em 13 de dezembro de 1968, o AI-5 decretou o fim das liberdades civis e de expressão.
Sincrético e inovadas vanguardas históricasdor, aberto e incorporador, o Tropicalismo misturou rock mais bossa nova, mais samba, mais rumba, mais bolero, mais baião.Sua atuação quebrou as rígidas barreiras que permaneciam no País. Pop x folclore. Alta cultura x cultura de massas. Tradição x vanguarda. Essa ruptura estratégica aprofundou o contato com formas populares ao mesmo tempo em que assumiu atitudes experimentais para a época. • O Tropicalismo surge como o fruto desse momento de crise, tanto dos projetos de poder dos anos 60, quanto da própria crise.
A ORIGEM DO TERMO • Em 1969, Hélio Oiticica tentou definir a sua obra-ambiência, chamada Tropicália, montada numa exposição no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro em 1967 e que, pouco tempo depois, emprestaria o nome para a composição de Caetano Veloso. • “Eu criei um tipo de cena tropical, com plantas, areias, cascalhos. O problema da imagem é colocado aqui objetivamente, mas desde que é um problema universal, eu também propus este problema num contexto que é tipicamente nacional, tropical e brasileiro. Eu quis acentuar a nova linguagem com elementos brasileiros, numa tentativa extremamente ambiciosa em criar uma linguagem que poderia ser nossa, característica nossa, na qual poderíamos nos colocar contra uma imagética internacional da pop e pop art, na qual uma boa parte dos nossos artistas tem sucumbido. “ (Hélio Oiticica)
O início da música pop no Brasil • O rock chega ao Brasil com a música Rock AroundtheClock • Jovem Guarda • Guerra à guitarra elétrica
FESTIVAIS DE MPB • Os Festivais na década de 60 • http://www.youtube.com/watch?v=oqsR46k-FM0 • O Festival de 1967 http://www.youtube.com/watch?v=U0wpVAf1NwA
A Tropicália • Neoantropofagismo • Tropicália ou Panis etCircencis • Descendentes da tropicália
O fim do tropicalismo • A herança
Tropicalismo e o Cinema Novo Com uma câmera na mão e uma idéia na cabeça
“ A arte é tão difícil quanto o amor.” • “nossa cultura é a macumba e não a ópera. Somos um país continental, uma nação sem gravata.” • “ A violência não é um simples sintoma, é um desejo de transformação, é a mais nobre manifestação cultural da fome.”
Deus e o diabo da na terra do sol - Glauber Rocha http://www.youtube.com/watch?v=QEsoB05RjGs
Terra em Transe - Glauber Rocha http://www.youtube.com/watch?v=TNCoMAUHoQA&feature=related
O bandido da luz vermelha - Rogério Sganzerla http://www.youtube.com/watch?v=PgomitfqCzM
HÉLIO OITICICA “A beleza, o pecado, a revolta, o amor dão a arte desse rapaz um acento novo na arte brasileira. Não adiantam admoestações morais. Se querem antecedentes, talvez este seja um: Hélio é neto de anarquista.” Mário Pedrosa, no artigo “Arte ambiental, arte pós-moderna, Helio Oiticica”. In: Correio da Manhã, 26/06/1966
Nasceu em 1937 no Rio de Janeiro • Foi um revolucionário artista de seu tempo uma vez que rompeu com o conceito de obra de arte. Sua “antiarte” buscava relacionar artista e público propondo uma nova maneira de ver e sentir a arte. Criou, então, a partir de seus próprios conceitos e teorias, objetos com os quais o público interagia, tocando e vestindo, por exemplo – relação dinâmica com a obra, ao invés de apenas contemplá-la. • Ele se importava com a função simbológica das atividades. Transforma os participantes “proporcionando-lhes proposições abertas ao seu exercício imaginativo”, visando “desalienar o indivíduo” para “torná-lo objetivo em seu comportamento ético-social”. Grifos de Hélio em Aparecimento do Suprassensorial na Arte Brasileira, de Aspiro ao Grande Labirinto – Fonte: Fios Soltos: a arte de Hélio Oiticica
Grupo Frente, 1954/55 - Foi um marco histórico do movimento construtivo no Brasil. Era composto por Lygia Pape, Lygia Clarck, Aluísio Carvão, Décio Vieira e alunos de Ivan Serpa de seus cursos no MAM/RJ. • Metaesquema, 1957/58 – Segundo Hélio, os metaesquemas "não podem nunca ser referidos como desenhos ou pinturas" e eles "representam obra de início antes da época NEOCONCRETA".
Grupo Neoconcreto, 1959, com Lygia Clarck e Ferreira Gullar – As obras geraram novas teorias que separaram os concretos cariocas dos paulistas, levando Ferreira Gullar a desenvolver a "Teoria do Não-Objeto", e o Manifesto Neoconcreto. • Relevos Tridimensionais, 1959 – Invasão do ambiente e imediata ação com o público. Rompimento da obra com espaço bidimensional para o tridimensional necessitando da maior capacidade sensorial do espectador.
Parangolés, 1964 – Auge da dessacralização da obra de arte. Relação com o Samba: “Foi durante a iniciação ao samba, que o artista passou da experiência visual, em sua pureza, para uma experiência do tato, do movimento, da fruição sensual dos materiais, em que o corpo inteiro, antes resumido na aristocracia distante do visual, entra como fonte total da sensorialidade” (Mário Pedrosa, no artigo “Arte ambiental, arte pós-moderna, Helio Oiticica”. In: Correio da Manhã, 26/06/1966).
Opinião 65, 1965 - Exposição no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAM/RJ que reuniu jovens artistas brasileiros e europeus com a ideia central de contrastar seus trabalhos. Foi um marco de um novo ciclo que se abria no cenário artístico-cultural do país: de intensos e apaixonados debates, atividades, performances, exposições coletivas. Necessidade de uma nova arte demonstrada por Hélio Oiticica nas artes plásticas e por outros artistas na música, no cinema, na literatura, justamente devido à conjuntura histórica-política da época. Teve o título emprestado de um show no qual a canção tema dizia: “ Podem me prender podem me bater podem até deixar-me sem comer que eu não mudo de opinião” Os Parangolés de Oiticica abriam a exposição, mas foram expulsos.
Penetráveis, Ninho e Éden – Relação com a favela. Era uma crítica ao excessivo racionalismo que existia na arquitetura moderna, que destruía manifestações culturais regionais.
Tropicália, 1967 – Obra que conjuga experimentalismo e crítica. Foi apresentada no MAM/RJ na exposição Nova Objetividade, esta comprometida com a interpretação recíproca da experiência prática na arte e na vida.Oiticica objetiva o “sentido ético” como prática cultural, determinando a posição crítica que o distinguiu, pela coerência, radicalidade e lucidez, das demais propostas em desenvolvimento na vanguarda brasileira. A obra é como um conjunto de elementos acústicos, táteis, visuais e semânticos que só é descoberto a partir do envolvimento físico dos visitantes. Incitação literal de penetração do espectador nos espaços. “O que quer que aconteça ali só acontece com o espectador, não para o espectador”, Luiz Camnitzer. Outras formas de “experimentar” o tempo em Tropicália. SabethBuchmann, autora de um dos capítulos de Fios Soltos, a manifestação ambiental, ao permitir descobrir diferentes modalidades da percepção de tempo e espaço, consegue fazer uma diferenciação do que seria brasileiro ou não, isto é, o mundo do material tropicalista.
Homenagem à Cara de Cavalo, 1966, com a frase “Seja Marginal, Seja Herói” – manifestação de cunho político. Cara de Cavalo se tornou símbolo de revolta para Oiticica; era um bandido e foi morto pela polícia Em 1968 essa bandeira, exibida no show de Caetano Veloso na boate Sucata no RJ e apreendida provocando a interdição do espetáculo pela Polícia Federal. • Atuação no filme O Câncer, de Glauber Rocha. 1968
Década 1970, viveu em Nova York, como bolsista da Fundação Guggenheim. • Retornou ao Brasil em 1978, ano em que seus Parangolés foram pela primeira vez aceitos, pesquisados e expostos por um museu (em 1965, foram rejeitados pelo MAM-RJ), na coletiva Objeto na Arte - Brasil Anos 60, realizada no Museu de Arte da FAAP, em São Paulo. • Faleceu em 1980, no RJ, aos 43 anos, vítima de AVC. No ano seguinte foi criado o Projeto Helio Oiticica.
MARGINÁLIA • "Seja marginal, seja herói" - Hélio Oiticica
Literatura Marginal • Anos 70 / Hoje • Intuito • Obras de Destaque • Fim oficial
Poesia concreta • “Plano-Piloto para Poesia Concreta”. Edição número 4 da revista Noigandres
Poesia Marginal "Poesia eu não te escrevo eu te vivo e viva nós! " - Cacaso“Pense rápido Produto Interno Bruto ou brutal produto interno” - Cacaso
Um poemão "A sabedoria tá mais na rua que nos livros em geral..." - Charles
Teatro Alternativo • Opinião, arena ou oficina • Características • Transição
Imprensa Undeground • O Pasquim, 1969 • Navilouca, 1973
Bibliografia Música: • A desinvenção do som: leituras dialógicas do tropicalismo - Paulo Eduardo Lopes - Campinas, SP : Pontes : Anpoll, 1999 • Tropicália: a historia de uma revolução musical – Carlos Calado – 4ª Edição 2004 • http://www.youtube.com/ • Artes Plásticas: • Fios Soltos: a arte de Hélio Oiticica – Organização Paula Braga. Editora Perspectiva – 2008 • http://www.itaucultural.org.br • http://www.mac.usp.br • http://tropicalia.uol.com.br/site/internas/leituras_gg_objetividade2.php
Cinema: • Alegorias do subdesenvolvimento: cinema novo, tropicalismo, cinema marginal - Ismail Xavier – Editora Brasiliense – 1ª Edição 1993 • http://www.suapesquisa.com/musicacultura/tropicalismo.htm • http://paulo-v.sites.uol.com.br/cinema/cinemanovo.htm • http://tropicalia.uol.com.br/site/internas/marg_cinema.php • http://www.febf.uerj.br/tropicalia/tropicalia_cinema_glauber.html - • http://www.grupoescolar.com/materia/o_cinema_novo.html • http://www.achegas.net/numero/nove/pedro_simonard_09.htm • http://www.infoescola.com/cinema/novo/ • http://tropicalia.uol.com.br/site/internas/filmografia.php • http://www.youtube.com/
Jornalismo Noturno Segundo Semestre 2010 Arte Moderna e Contemporânea Profª Maria Inês Aline Cestari Amanda Arrivabene Jéssica Oliveira Larissa Gutierres Rafael Teixeira