1 / 53

POLÍTICA INDUSTRIAL E DESENVOLVIMENTO Ana Carolina Garcia Hugo Costa Kaleandra Hirata

POLÍTICA INDUSTRIAL E DESENVOLVIMENTO Ana Carolina Garcia Hugo Costa Kaleandra Hirata Raphael Reis Rodrigo Alves Novembro/2011. Objetivos. Apresentar as definições de política industrial; Aprofundar conceitos da análise schumpteriana ;

emma
Download Presentation

POLÍTICA INDUSTRIAL E DESENVOLVIMENTO Ana Carolina Garcia Hugo Costa Kaleandra Hirata

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. POLÍTICA INDUSTRIAL E DESENVOLVIMENTO Ana Carolina Garcia Hugo Costa Kaleandra Hirata Raphael Reis Rodrigo Alves Novembro/2011

  2. Objetivos Apresentar as definições de política industrial; Aprofundar conceitos da análise schumpteriana; - Comparar diferenças de interpretações sobre política industrial no Brasil.

  3. Definição de política industrial • Dois grupos com visões opostas: 1) Senso mais restrito e a política industrial é orientada pelo mercado para corrigir falhas de mercado ou para melhorar seu funcionamento ; 2) Senso mais amplo e inclui não apenas políticas industriais- específicas, também inclui medidas mais gerais que afetam a performace industrial;

  4. Teoria Neoclássica Análise estática comparativa; As intervenções do governo levam a economia para um ponto de Pareto-eficiente; Racionalidade substantiva; Estruturas de mercados são dadas;

  5. Teoria Neoclássica • Vantagens comparativas estáticas; • Conhecimento é um bem público; • Política industrial é passiva e tem como objetivo corrigir as falhas de mercado;

  6. Teoria Neo-schumpeteriana • Análise dinâmica dos mercados e instituições; • As intervenções do governo tem como objetivo o ambiente econômico; • Racionalidade procedual; • Estruturas de mercado evoluem interagindo com o ambiente e com as estratégias das firmas;

  7. Teoria Neo-schumpeteriana • Vantagens comparativas dinâmicas; • Conhecimento é tácito e específico; • Política industrial é ativa e visa a competitividade sistêmica;

  8. Áreas políticas • Diretrizes da política industrial e programas específicos; • Relacionamento entre a política macroeconomia e a política industrial; • Políticas de mercado, financiamento, promoção e regulação;

  9. Áreas políticas • Políticas de investimento em infra-estrutura, políticas de ciência e tecnologia, educação; • Orientação das políticas;

  10. Restrições • Desigualdade de distribuição de renda, desequilíbrios regionais de desenvolvimento e desemprego crescente; • Tendências internacionais e regulação;

  11. Política industrial Competitividade Inovação é a base do progresso econômico e geradora de vantagens absolutas por parte das empresas Deve ter papel central na política industrial

  12. As funções básicas da política industrial em contexto de mudança tecnológica • Redução da incerteza • Incentivo ao aprendizado e à cooperação • Recuperação do perfil da estrutura produtiva;

  13. A importância da estrutura herdada para a política industrial • Caráter histórico, local, específico das economias nacionais • Política Industrial e o grau de abrangência e intensidade • Distância em relação a fronteira tecnológica (hiato) • Defasagem: inclui capacidade de inovar e aprendizado, grau de eficiência dinâmica • Padrão de evolução da estrutura produtiva de cada economia

  14. O argumento neo-schumpeteriano • Políticas industriais mais ativas e abrangentes nos países atrasados • Argumentos: 1)Estrutura herdada eficiência dinâmica ciclo virtuoso realimentação 2)Diferenças de aderência aos critérios de eficiência, cada país possui um padrão de especialização produtiva

  15. Fatores importantes para formulação de políticas industriais • Eficiência dinâmica de determinado padrão alocativo • Competitividade • Composição setorial da pauta de produção e de comércio internacional • Indicadores podem ser utilizados como proxy , exemplos: indicadores razoáveis de hierarquia dinamismo tecnológico e econômico Resultado: Orientação geral a favor de atividades mais intensivas em tecnológica / complexo eletrônico como tendência de maior importância

  16. Competitividade, crescimento e rentabilidade • Identificáveis / informação disponível • Por que os agentes econômicos não realocam seus investimentos nessa direção? • Devido as características/trajetórias tecnológicas : delimitam o mercado, as indústrias, competitividade, instituições e leque de restrições e oportunidades • “Patrimônio genético”: ativos, capacitações e rotinas que vinculam o passado e o futuro (path-dependent)

  17. A dimensão patrimonial da estrutura produtiva • Firma como unidade relevante do ponto de vista da política industrial • Poder de mercado • Âmbito global • Poder: conjunto de ativos e capacitações

  18. A questão das quase-firmas • O que são? • Microinstituições que se distinguem das firmais locais • Ditam a dinâmica industrial do país em análise • Escala de análise global • Infere diretamente no padrão de “sinais de mercado” para as empresas locais • Barreiras a entrada impostas à newcomers • Altera o padrão de rentabilidade e rivalidade

  19. A questão das quase-firmas • Auxilia as firmas locais: capacitação, competitividade, aprendizado, custo/qualidade • Formação de redes de aprendizado interativo • Incorporação das quase-firmas no âmbito da política industrial

  20. Condicionalidades da PI PI: - Foco nas cadeias produtivas e redes de aprendizado; - Redes articuladas em torno de indústrias nucleares; - Internacionalização seria o “alvo-móvel” da PI.

  21. Condicionalidades da PI 2 características da estrutura herdada: - Dimensão setorial - Conjunto de ativos e capacitações internalizadas na estrutura produtiva; - Dimensão institucional - Organização, coordenação e intreação entre os ativos e capacitações;

  22. Condicionalidades da PI Dimensão patrimonial - Associa grau de defasagem entre a economia e a fronteira internacional/ tecnológica; - Influencia na intensidade da PI; PI pode ser eficaz para domínio de firmas locais e ineficaz para domínio de “quase-firmas”;

  23. Oportunidades da Estrutura Herdada Intervenção da PI: - Tem de priorizar redes ou cadeias internalizadas em segmentos industriais de maior dinamismo; - Tem de aproveitar linhas de menor resistência para incrementar potencial dinâmico da estrutura herdada.

  24. Oportunidades da Estrutura Herdada Capacitações e ativos já introjetados na economia deve constituir uma plataforma básica: - Permitem a articulação e fortalecimento de novas capacitações e redes; Setores e redes internalizados podem nortear política de upgrading tecnológico.

  25. Repensando o papel das multinacionais Convivência de firmas nacionais e de quase-firmas estrangeiras; Contribuição das quase-firmas para o desenvolvimento local é limitada: - Depende da configuração institucional; Transferência de tecnologia é fundamental: - Depende da capacidade de absorção e das características estruturais da economia hospedeira.

  26. Repensando o papel das multinacionais Multinacionais: - Dependendo da tecnologia das atividades, pode gerar externalidades favoráveis; - Podem ter efeitos desestruturadores sobre as firmas locais, causando downgrading tecnológico da estrutura produtiva local: - Possuem poder de concorrência significativo; - Provocam enfraquecimento dos mecanismos de aprendizado local.

  27. Repensando o papel das multinacionais Política industrial deve orientar-se para: - Fortalecimento da capacidade inovativa e competitiva das empresas nacionais; - Integrar as quase-firmas em redes locais de aprendizado; - Reduzir a incerteza enfrentada pelos agentes nacionais; - Não conferir às multinacionais um papel protagonista na dinâmica e na PI.

  28. Política Industrial e Desenvolvimento no Brasil • Políticas Industriais impulsionaram a industrialização no Brasil no final dos 1970 • Fortalecimento de novos agentes políticos: associações industriais; sindicatos patronais e trabalhadores; órgãos regionais e setoriais, e a política econômica refletia o novo quadro político • Prevaleciam o desenvolvimento nacionalista e o intervencionismo estatal

  29. Doismomentosprincipais: • O Plano de Metas de JK: implementadoporexecutivosindustriaisquecontavam com a participação do setorprivado • II Plano Nacional de Desenvolvimento: implementadodurante a DitadurapeloautoritárioConselho de Desenvolvimento Econômico • Em ambos osprocessos, houveuma co-evolução de tecnologias, estruturaseconômicas e instituíções

  30. As Metas: relacionadas aos problemas do Balanço de Pagamentos > substituíção de importações e expansão das exportações de manufaturados • A PI nos anos 70 • Ocupava-se em construir setores para que a estrutura industrial convergisse com o padrão de países industrializados • Avançar no desenvolvimento do sistema de inovação – Sistema Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e no desenvolvimento de infra-estrutura econômica

  31. Organização da Economia no famoso Tripé: • Estado: infra-estrutra e indústrias de base • Capital estrangeiro: indústriad dinâmicas • Capital nacional: indústrias tradicionais e segmentos das dinâmicas • Construção institucional: • Orgãos de planejamento • Planos setoriais • Instituicoes e políticas de financiamento público, fomento e comércio exterior • Regulamentações de preços, tarifas, salários, trasferência tecnológicas, IDE.

  32. Articulação e instrumentoseramprecários: • Proteção aduaneira exagerada • Concessão indiscrimada de subsídios fiscais e financeiros • Ênfase tardia na exportação • Insuficiente atenção à inovação • Fortes distorções sobre preços, tarifas e salários

  33. Política Macroecômica era semelhante: • Expansiva com exceção nos dois anos inicais da Ditadura • Regimes cambiais discriminatórios com subsídio a importação e penalização de exportações até que fosse adotado o regime de mini desvalorizações • Estrutura tributária arcaica e regressiva • Contudo, houve avanço industrial e crescimento econômico, porém sem mudanças sociais no país

  34. Esse foi o momento (transição dos anos 70 para 80) de mudar a direção da PI, reduzir o foco na construção de setores e reconhecer o fim da substituição de importações como processo de industrialização e dar ênfase em metas qualitativas voltadas para inovação, progresso tecnológico e produtividade • Em 1979 essas mudanças começaram a acontecer até que foram atropeladas por alterações no comando da economia e pela crise macroeconômica no começo da década de 80

  35. Houve um retrocesso em tecnologias, das estruturas industriais e de instituições, deterioração da infraestrutura e abandono SNDCT • A política, a economia, o desenvolvimentismo e o intervencionismo estatal perderam a liderança, exercida pelo CDE • Com isso deixou de haver uma atitude pró PI e o foco foi a estabilização macroeconômica

  36. Os planos de desenvolvimento econômico e progresso científico e tecnológico foram desativados, instrumentos de políticas passaram a ser objetivos da estabilização macroeconômica, maiores restrições às importações, redução dos investimentos em infraestrutura, financiamentos para o SNDCT reduzidos

  37. Ao final dadécida de 80, algumasmudançastentaramemergircom a Nova Política Industral, porém o processoinflacionárioinviabilizouqualquerprograma de desenvolvimento • A décade de 90 começou com um únicoprocesso de PI: a aberturacomercial • Acordosmultilaterais • Sobrevalorização do Real • Abandono do sistema de fomento a indústria • Início do processo de privatização de indústria e infraestrutura

  38. Isso levou ao país, antes estagnado, à concorrência de importações e investimentos, resultando em desnacionalizção de indústrias e infraestrura • Com o ajuste industrial, as empresas buscaram a melhora qualitativa. Houve uma diminuição da participação industrial no PIB e uma nova forma de poder emergiu: o Estado Regulador, capital estrangerio dominante

  39. No início da década de 2000, vários desafios terai que ser vencidos para a umplantação de uma PI: • Superar a ideologia anti PI que se firmou após o pensamento econômico neolibral • Convergir a política macroeconômica aos objetivos de uma nova PI • Melhorar a organização institucional do setor público com o setor privado

  40. Liberalizar o financimento público e investimeto industrial pelo BNDES • Fortalecer o SNDCT • Organizar os intrumentos de política de comércio exterior, incentivos fiscais, competição e regulação • Melhorar a infraestrutura que estava deteriorada • Resolver os problemas sociais como desemprego, pobreza, distribuição de renda, educação

  41. Foi nesse cenário que a atual política industrial vem sendo implementada desde 2003 – a Política Industrial de Tecnologia e Comércio Exterior • Ainda londe de enfrentar os problemas por uma estratégia de desenvolvimento centrada na indústria, impulsionada pela inovação e tranformações tecnológicas, segundo o enfoque neoschumpteriano, é notável que a PI voltou a ocupar espaço na agenda Política e Econômica

  42. A PITCE tem como pontos forte: • Metas • Foca na inovação • Reconhecimento da necessidade de uma nova Organização Institucional • Os pontos fracos são: • Incompatibilidade entre PI e PM • Precariedade de infraestrutura • Insuficiência de C, T&I • Fragilidade de comando e coordenação da PI

  43. O desenvolvimento tecnológico é a principal ênfase dessa PI, porem isso ocorre não somente no setor indústrial • Agronegócio: criação da EMBRAPA • Aeronaves: a criação do Centro Tecnológico que deu origem a EMBRAER • Mas obviamente o foco na indústria é o mais importante: é a indústria que reúne a maioria dos setores difusores de inovações e progresso técnico

  44. “Pode-se dizer que a PI é uma política de estruturação, reestruturação, aprimoramento e desenvolvimento das atividades econômicas e do precesso de geração de riqueza.” É pela indústria que os efeitos da PI irradiam sobre o sistema econômico • Relação entre Governo e setor Privado para traçar as estratégias da PI • O objetivo da PITCE pretende restaurar o diversificado sistema industrial emergido no passado com processos qualitativos e sustentados

  45. A PITCE promoveu as exportações e colocou a inovação e o desenvolvimento tecnológico no centro de seu objetivo, selecionou setores difusores de inovações e tecnologias, definiu áreas portadoras de futuro como prioridade • Conta com uma boa organização institucional como BNDES para financiamento, Finep entre outros para apois à atividades de P&D e MRE e APEX para fomentar exportação e a criação de uma agencia para esses instrumentos, a ABDI

  46. A PM tem sidoobstáculopara a PITCE devidoaos altos jurosencarecendoosinvestimentos no setorprodutivos; a volatilidade cambial e sobravalorização do Real contrariaosesforços de promoçãodaexportação • A estruturatributáriadeixabrechasparaqueosempresáriostomematitudesquenemsemprejulgam ser as melhores • Faltamarticulações entre mecanismos e instrumentos e coordenação entre oscomandantesda PI. Hánecessidade de articularoferda e demanda, capacidades e necessidades, soluções e problemas

  47. A falta de infraestrutura física (energia, transportes, comunicações, portos) suprime o desenvolvimento nacional de inovação • O enfraquecimento das Universidades Públicas e de entidades de pesquisa e laboratórios, a inadequação do sistema educacional inviabilizam o desenvolvimento baseado em inovação e progresso técnico • Para que a PITCE consista em sucesso, necessita-se de persitência, de construção paulatina, acompamento, revisão e redefinição, e pensar necessariamente no longo prazo

  48. Artigo: “ Sobre a inexistente relação entre política industrial e comércio exterior ”PedroCavalcanti Ferreira Política industrial no sentido clássico; Ponto de partida para a crítica : Política industrial com objetivo de criar maior dinamismo nas contas externas; Argumentação micro, macro e comparativa;

  49. Argumento Micro • Leitura Evolucionária: Pauta de importações é rígida, o que implica numa vulnerabilidade externa (resposta do câmbio é insuficiente); - Solução : Investimento em tecnologia • Leitura clássica: Câmbio gera superávits, portanto é desnecessário intervenção; - Se objetivo é aliviar a restrição externa, por que não investir naquilo em que somos competitivos (apela para análises de função de bem-estar,custo benefício e o caso italiano)

  50. Efeito spillover tecnológico e aprendizado são superdimensionados; • Se valor presente dos investimentos são positivos dado os ganhos de produtividade, qual a necessidade do BNDES? • Política industrial : Argumentos políticos são mais fortes que econômicos

More Related