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AVALIAÇÃO DA SOROPREVALÊNCIA DE ERLIQUIOSE EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFPR-CAMPUS PALOTINA.
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AVALIAÇÃO DA SOROPREVALÊNCIA DE ERLIQUIOSE EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFPR-CAMPUS PALOTINA Evelyn Regina MarchioroIniciação Científica (IC - Voluntária)Orientador: Flavio Shigueru Jojima Colaboradores: Anuzia Cristina Barini Nunes, Pedro Argel Zadinello Moreira e Vanessa Tomazoni Stona Introdução e Objetivos ErliquioseMonocítica Canina é uma importante doença com distribuição mundial, causada por uma bactéria intracelular obrigatória, Gram Negativa da ordem rickettsia do gênero Ehrlichia, transmitida pelo carrapato Rhipicephalussanguineus. (HARRUS & WANER, 2010) Infecção com Ehrlichia canis ocorre principalmente durante a estação quente quando o vetor carrapato está ativo. A E. canis, pode infectar todas as raças de cães e não possui predileção por idade ou sexo. (HARRUS &WANER, 2010) O diagnóstico da doença pode ser difícil devido a suas diferentes fases e manifestações clinicas. Para isso temos como base o histórico clinico associado a exames hematológicos, citológicos e sorológicos. O presente estudo irá avaliar e comparar os sinais clínicos, os resultados dos exames hematológicos comparando com o resultado do exame sorológico SNAP 4DX test. O objetivo do presente estudo é avaliar a soroprevalência de Erliquiose em cães com sinais clínicos e laboratoriais sugestivos da doença. Correlacionando alterações clínicas e laboratoriais com o resultado positivo do teste, determinando os fatores de risco associados com a soropositividade. Resultados e Discussão Inicialmente avaliamos sinais clínicos, tais como febre, anorexia, apatia, palidez de mucosas, perda de peso, vômitos, hiporexia, epistaxe bem como a presença de ectoparasitos. Foram avaliados 39 (100%) animais que apresentavam sinais clínicos e todos foram submetidos a teste sorológico para Erlichia canis SNAP 4DX test, destes 18 pacientes (46%) foram positivos. Segundo Borda et al., 2002 e Labarthe et al., 2003 uma maior frequência de hemoparasitoses é encontrada no Nordesde e Centro-oeste, e menor em estados de cilma temperado como Paraná. Essa diferença de reagentes para E.canis, obeservadas entre os estados do Nordeste e do Sul, podem estar relacionadas a uma melhor adaptação e, consequentemente ao maior número de carrapatos em climas quentes e úmidos, do que em climas temperados. Uma análise na população de cães com tromocitopenia, atendidos em Hospitais Veterinarios no sul do Brasil, encontrou 20%de prevalência da infecção por E.canis, identificada pela PCR. (Dagnone et al., 2003). Nos pacientes positivos no teste sorologico SNAP 4DX , a trombocitopecina foi a alteração hematólogica mais frequente com 82%, seguida da linfocitose com 15%. Foi verificado que 18% de animais soropositivos nao apresentavam tais alterações hematológicas. Os sinais clínicos encontrados nos animais positivos foram: apatia com 83%, anorexia em 50% hiporexia em 28%, vômito em 33%, hipertermia em 18% e mucosas pálidas em 44%. A presença de ectoparasitos foi registrada em 33% dos cães sorologicamente Positivos. Concordando com Harrus et. al., (1997), Moreira et. Al., (2003), que em seus estudos apontavam além dos sinais clinicos citados também depressão, letargia, emaciação, ixididiose recorrente, [erda de peso. Hepatomegalia, esplenomegalia, linfadenopatia, epistaxe e hemorragia. A raça nao parece ser um fator que interfere com a ocorrencia de hemoparasitas. Contudo alguns autores relatam que cães SRD, podem estar expostos aos vetores transmissores da doença devido a forma de vida livre, dos animais positivos no teste sorológico 72% eram SRD, enquanto Cocker, Pinscher, PitBull, Yorkshaire e Fila americano representavam 6% cada. A associação de sinais clinicos e resultados laboratoriais é essencial para o diagnóstico precoce da erliquiose. Uma vez que na fase crônica e subaguda o animal dificilmente apresenta sinais clinicos, contudo os anticorpos estão presentes, neses casos o teste sorológico é importante para chegar ao diagnóstico. Materias e Métodos Após a anamnese e exame físico, animais com sinais clínicos de Ehrlichia Canis são submetidos à coleta de sangue com anticoagulante para o exame hematológico, e sem anticoagulante para o bioquímico e SNAP 4DX Test. A amostra de sangue sem anticoagulante para o SNAP é deixada em repouso por cinco minutos, após essa é colocada na centrifuga por mais cinco minutos a 3.000 RPM, para a separação do soro sanguíneo. E em seguida feito o exame conforme recomendações do fabricante, por fim é feita a leitura do teste. Com os resultados em mãos comparamos o hemograma e o teste sorológico, ReferênciasBibliográficas DAGNONE, A. S.; DE MORAIS, H. S. A.; VIDOTTO, M. C. JOJIMA, F. S.; VIDOTTO, O. Erlichiosis in anemic, thrombocytopenic, or tick-infested dogs from a hospital population in south Brazil. Veterinary Parasitology, Amsterdam, v. 117, n. 4, p. 285-90, 2003. HARRUS, S. et al. Canine monocyticehrlichiosis: a retrospective study of 100 cases,and an epidemiological investigation of prognostic indicators for the disease. Veterinary Record, v. 141, n. 14, p. 360-363, 1997 HARRUS S. WARNER T. 2010Diagnosis of canine monocytotropicehrlichiosisEhrlichiacanis): An overview. The Veterinary Journal, 187 (2011) 292–296 LABARTHE, N.; PEREIRA, M.C.; BARBARINI, O.; MCKEE, W.; COIMBRA,C.A. E HOSKINS,J. SerologicprevalenceofDirofilariaimmitis, EhrlichiacanisandBorreliaburgdoferiinfections in Brazil. Veterinary Therapeutics, v.4, n.1,p. 67-75, 2003. MOREIRA, S. M. et al. Retrospectivestudy (1998-2001) oncanineehrlichiosis in Belo Horizonte, MG, Brazil.Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 55, n. 2, p. 141-147, 2003. Conclusões Podemos concluir através dos resultados que a avaliação clinica é ideal para o direcionamento dos exames complementares, nesse estudo tais como hemograma e teste sorológico. Contudo o paciente debilitado apresenta diminuição de anticorpos sendo assim o teste sorológico pode dar um falso negativo. Para confirmação do diagnóstico é importante à leitura do exame hematológico que apresenta os números de plaquetas e linfócitos.