1 / 91

Grande Queimado

Grande Queimado. Suporte Avançado de Vida no Trauma. Apresentação : Paulo Nogueira Cirurgia Geral/Cirurgia Pediátrica. Pequeno Queimado. A CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE EXTENSÃO E GRAVIDADE DAS QUEIMADURAS. GRANDE QUEIMADO

lefty
Download Presentation

Grande Queimado

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Grande Queimado Suporte Avançado de Vida no Trauma Apresentação: Paulo Nogueira Cirurgia Geral/Cirurgia Pediátrica

  2. Pequeno Queimado

  3. A CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE EXTENSÃO E GRAVIDADE DAS QUEIMADURAS GRANDE QUEIMADO • Queimaduras de 1º e 2º graus, área corporal atingida maior do que 25%, ou • Queimaduras de 3º grau com mais de 10% da área corporal atingida, ou Queimadura de períneo • Queimadura de qualquer extensão : • lesão inalatória, • politrauma, trauma craniano, • trauma elétrico, choque, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, insuficiência hepática, distúrbios de hemostasia, embolia pulmonar, infarto agudo do miocárdio, • quadros infecciosos graves decorrentes ou não da queimadura, síndrome compartimental e doenças consuptivas.

  4. O Paciente Grande Queimado • “É um paciente traumatizado grave, • Grande risco, • Necessita de atendimento emergencial, multidisciplinar e pré-programado”.

  5. Introdução • Princípios Importantes do Tratamento das Lesões Térmicas: • Atenção para possível presença de comprometimento da via aérea • Manutenção da normalidade hemodinâmica • Queimaduras elétricas • Controle da temperatura • Remoção do doente do ambiente causador

  6. Medidas Imediatas para Salvar a Vida do Doente Queimado Vias aéreas Interrupção do Processo de Queimadura Acesso Venoso Avaliação do doente queimado

  7. Medidas Imediatas para Salvar a Vida do Doente Queimado A via supra-glótica é extremamente susceptível à obstrução quando exposto ao calor Identificar sinais de desconforto respiratório e iniciar as medidas de suporte. Indicadores clínicos de lesão por inalação: Via Aérea

  8. Edema

  9. Medidas Imediatas para Salvar a Vida do Doente Queimado Queimaduras faciais e/ou cervicais Chamuscamento dos cílios e das vibrissas nasais Depósitos de carbono e alterações inflamatórias agudas na orofaringe Escarro Carbonado Rouquidão História de Confusão Mental e/ou de confinamento no local do incêndio História de explosão com queimaduras de cabeça e tronco Níveis sanguíneos de carboxi-hemoglobina maiores que 10% se o doente foi envolvido em um incêndio. Lesão Inalatória aguda A presença de qualquer um destes achados sugere lesão inalatória aguda

  10. Lesão Inalatória aguda O tratamento é feito dependendo da severidade do quadro. Nos casos leves e moderados pode ser administrado ar umidificado rico em O2. Em casos mais graves, com hipoxemia refratária, indica-se TOT com ventilação mecânica. Não há necessidade de corticoterapia.

  11. Medidas Imediatas para Salvar a Vida do Doente Queimado Lesão Inalatória aguda: Transferência para CTQ A presença de estridor é indicação imediata para intubação endotraqueal Queimaduras circunferenciais do pescoço podem produzir edema dos tecidos ao redor das vias aéreas: Intubação precoce.

  12. Medidas Imediatas para Salvar a Vida do Doente Queimado Toda a roupa deve ser removida Tecidos sintéticos: derretem Qualquer roupa impregnada com substância química deve ser removida com cuidado A superfície corpórea deve ser então enxaguada copiosamente com água corrente Interrupção do Processo de Queimadura

  13. Medidas Imediatas para Salvar a Vida do Doente Queimado • Qualquer doente com queimadura >20% SCQ: reposição de volume • Acesso venoso periférico de grosso calibre, RL; • Pele toda queimada: • Puncionar veia através da pele queimada Acesso Venoso

  14. Avaliação do Doente Queimado • A vítima pode sofrer lesões associadas durante a tentativas para escapar do fogo: • Explosões: podem arremessar o paciente • Provocam fraturas, lesões SNC, miocárdicas, pulmonares e abdominais; • Tempo de queimadura • Lesão inalatória aguda • História clínica: • Doenças preexistentes, alergias, imunização tétano • Histórico Médico (mnemônico “ARDEU?” ) • A – Alergias? • R – Remédios? • D – Doenças prévias, Doenças atuais, Data da última menstruação (gravidez?) • E – Eventos relacionados com a lesão? • U – Última refeição?

  15. Fisiopatologia A lesão provocada pelo trauma térmico leva a alterações em todos os órgãos, com extensão de duração das disfunções orgânicas proporcionais à extensão da lesão. Alterações Hemodinâmicas • O efeito direto do calor e a liberação de substâncias vasoativas na área de injúria pela microcirculação e células inflamatórias (histamina, tromboxane A2, leucotrienos, e outros) alteram as forças trasnvasculares, levando à perda de líquido do espaço intravascular para o extravascular. • A magnitude dessa perda é proporcional à extensão da área lesada e é evidenciada clinicamente pelo edema que ocorre nas áreas lesadas.

  16. Alterações Hemodinâmicas O edema pode ocorrer em áreas sadias devido às medidas de restauração da volemia realizadas no grande queimado. Minutos após o trauma, o DC cai devido à intensa vasoconstrição periférica, com aumento da resistência vascular periférica. Algumas horas depois, o DC tende a cair mais acentuadamente, decorrente da queda da volemia e aumento na viscosidade sangüínea. Assim, nas primeiras 24 horas pós trauma, há hiperdinamismo do coração com aumento da FC. Com a queda do DC, vários órgãos como o rim e o SNC são afetados, levando à oligúria, IRA e confusão mental com agitação.

  17. Alterações Pulmonares As alterações são variáveis e dependem da extensão e local da injúria. A liberação de mediadores da resposta inflamatória leva à intensa vasoconstrição pulmonar, logo o edema pulmonar como complicação da ressuscitação volêmica é muito raro.

  18. Alterações Hematológicas No início há aumento do Hto devido à perda de edema e hemoconcentração. Nos dias seguintes há queda do Hto por reabsorção do edema, reposição volêmica adequada e intensa destruição eritrocitária nos grandes queimados, que varia de 8 a 12% da massa eritrocitária total por dia. Essa destruição decorre da lise de células pelo calor, com liberação de substâncias de efeito agregante, o que produz tromboses microvasculares das áreas afetadas e conseqüente anemia microangiopática.

  19. Alterações Hematológicas Com relação ao sistema de coagulação, há também alterações bifásicas. Na primeira fase há formação de microtromboscom isquemia de algumas regiões, levando a diminuição do nível de plaquetas e fibrinogênio, além do aumento dos produtos de degradação da fibrina. Na 2o fase, após a reanimação volêmica, há aumento desses fatores descritos em associação com aumentos dos fatores V e VIII. Cerca de 3 dias após o trauma, há diminuição da antitrombina III e proteína C, aumentando ainda mais o estado homeostático.

  20. Alterações Gastrointestinais No grande queimado há íleo paralítico, que tende a voltar ao normal no 3o – 5o dia pós-trauma. Há isquemia gastroduodenal com diminuição na produção da barreira mucosa, levando a formação de ulcerações se não for feito uso de protetores de mucosa (úlcera de Curling). Outras alterações são a colecistiteacalculosa, pancreatite e necrose intestinal por isquemia em pacientes muito graves.

  21. Outras alterações • Alterações Neurológicas • Alterações específicas são vistas no paciente com queimadura elétrica, com lesões medulares focais, sendo as motoras mais comuns que as sensoriais. • Alterações Imunes • Perda da pele como barreira protetora, se refletem no fato em que a maior causa de óbito nesses pacientes é a infecção. Aproximadamente no 6o dia há esgotamento dos fatores imunes, propiciando ao surgimento de sepse. • Alterações Metabólicas • A resposta metabólica varia de acordo com a extensão da lesão, chegando ao dobro do normal em pacientes com mais de 75% de área queimada. • O hipermetabolismo se apresenta com aumento do consumo de O2, aumento do DC e FR, aumento da temperatura corporal, perda de massa corporal e aumento na excreção urinária de nitrogênio. • O mecanismo é o mesmo da resposta metabólica ao trauma. As necessidades calóricas aumentam, devendo ser corrigida a dieta do paciente.

  22. Avaliação do Doente Queimado A “regra dos nove” Diferente para criança Área de Superfície Corpórea

  23. Calculando a área queimada Regra dos Nove • Rápido • Prático • Fácil de memorizar • Pouco preciso A palma da mão representa 1% Obs. Em caso de não existir um método disponível pode-se usar a Palma da mão como medida de 1% para o cálculo

  24. Calculando a área queimada LUND BROWDER (1955) • O mais avançado método de calculo de área queimada • Leva em consideração as várias faixas de idade com precisão • Ele reconhece o percentual da ASCT de diversas regiões anatômicas

  25. Avaliação do Doente Queimado • Queimaduras de primeiro grau: • Ex: queimaduras solares • Eritema, dor, ausência de bolhas • Não determinam risco de vida • Não necessitam reposição endovenosa de fluidos Profundidade da Queimadura

  26. Lesão de I grau

  27. Avaliação do Doente Queimado • Queimaduras de segundo grau de espessura parcial: • Aparência vermelha ou mosqueada • Presença de bolhas • Superfície com aparência “lacrimejante” ou úmida • Hipersensível: dor intensa inclusive com corrente de ar

  28. Queimadura de II grau

  29. Avaliação do Doente Queimado • Queimaduras de terceiro grau ou de espessura total: • Escuras e aparência de couro; • Pele tb pode apresentar-se translúcida, mosqueada ou esbranquiçada, aspecto de cera • A superfície pode ser vermelha e não mudar de cor à compressão local • A superfície é indolor e geralmente seca

  30. Queimaduras de terceiro grau

  31. Queimaduras de terceiro grau 3º Grau 2º grau

  32. QUEIMADURAS DE 2º E 3º GRAU

  33. 4º Grau Necrose Total Carbonização Tecido negro

  34. QUEIMADURA DE IV- GRAU

  35. Exame Primário e Reanimação do Doente Queimado • A- Via Aérea: • História de confinamento em ambiente fechado • Sinais sugestivos de lesão precoce das VA • Lesões térmicas da laringe: • Edema acentuado da via aérea superior • As manifestações clínicas podem ser sutis e frequentemente não aparecem nas primeiras 24h.

  36. Exame Primário e Reanimação do Doente Queimado • B- Respiração: • Lesão Térmica Direta: • Edema e/ou • Obstrução da via aérea superior • Inalação de produtos de combustão incompleta e fumaça tóxica • Traqueobronquites químicas • Edema e pneumonia • Intoxicação por monóxido carbono

  37. Exame Primário e Reanimação do Doente Queimado • Monóxido de carbono: • História de exposição (ambientes fechado) • Níveis inferiores a 20% não costumam apresentar sintomas • Níveis mais elevados: • Cefaléia e náuseas (20-30%)/ Confusão (30-40%) • Coma (40-60%) Morte (>60%) • A coloração vermelho-cereja da pele é rara(reflete o tom vermelho vivo adaptado pela hemoglobina quando transporta moléculas de monóxido de carbono e devido a carboxiemoglobina que tinge de vermelho escarlate os tecidos) • É importante saber que a oximetriade pulso nessa situação pode levar a conclusões falsas. • O oxímetro de pulso mede a porcentagem de hemoglobina saturada, mas não diferencia a hemoglobina saturada com oxigênio da saturada com monóxido de carbono; conseqüentemente, o resultado obtido deve ser encarado com reservas.

  38. Exame Primário e Reanimação do Doente Queimado • Devido a grande afinidade do CO pela hemoglobina: • Receber desde início O2 alto fluxo, sem recirculação • Lesão por inalação: IOT e VM • Antes da intubação: • Pré-oxigenado com O2 umidecido • Gasometria arterial, valores de carboxi-hemoglobina • Elevação da cabeça e do tórax 20 30º (EXCLUIR LESÃO CERVICAL)

  39. Exame Primário e Reanimação do Doente Queimado • C- Volume sanguíneo circulante: • O Choque deve ser tratado segundo os princípios de reanimação; • A monitorização contínua do débito urinário: mais confiável • Diurese horária: 1ml/Kg/h para cças 30Kg • Diurese horária: 0,5 a 1ml/Kg/Hora - adultos Grande queimado adulto: iniciar 2.000 ml de Ringer com lactato para correr rápido (menos de 30 minutos); • Grande queimado criança: iniciar 20 ml/kg para correr em 20 minutos. Além disso devem ser monitoradas a freqüência cardíaca e a freqüência respiratória, e controlada a pressão arterial.

  40. Choque - Reposição Permeabilidade Vascular Rendimento cardíaco Hipovolemia (Burn Shock) Falência Renal

  41. Cálculo de Líquidos  24 h. • Adultos Fórmula Parkland • 4 ml x Peso kg x % SCQ • Crianças • 3 ml x Peso kg x % SCQ Após infusão na primeira hora (2000ml de RL), fazer o cálculo para reposição em 24 horas - MANUTENÇÃO RingerLactato ½ Volume 1ª s 8 h. do acidente ½ Volume  16 h.

  42. Cálculo de Líquidos  24 h. • Adultos Fórmula Parkland • 4 ml x 70 kg x 20% SCQ • 280 x 20= 5600ml • Crianças • 3 ml x Peso kg x % SCQ Ringer Lactato Em crianças é necessário acrescentar a este volume soluções de glicose ½ Volume 1ª s 8 h. do acidente ½ Volume  16 h. • Débito urinário • Adultos • 30 – 50 ml / h • Crianças • < 30 kg  1 ml / kg / h

  43. Monitorização - Reposição • Vários estudos mostraram que fluidos colóides não são essenciais para a reposição nas primeiras 24 horas, sendo indicado as soluções cristalóides, particularmente o Ringer-Lactatopor apresentarem o mesmo resultado com um menor custo. • Reposição com colóide ou de SOLUÇÕES HIPERTÔNICAS possuem uma retenção maior de sal pela menor excreção renal em relação aos pacientes com reposição de cristalóides. • Isso leva a uma maior incidência de complicações cardiopulmonares à médio prazo nesses pacientes. Se albumina < 3g/dl, prescrever albumina humana em crianças acima de 10% e adultos acima de 20% de superfície corporal queimada. Seguir laboratorialmente e prescrever albumina na quantidade necessária para manter o nível sérico igual ou maior que 3g/dl.

More Related