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ENCONTRO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA E SAÚDE. O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES PARTICULARES NO DESENVOLVIMENTO DA PÓS-GRADUAÇÃO NACIONAL EM SAÚDE. POLÍTICA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA. PAÍSES DESENVOLVIDOS. Final da 2ª guerra mundial e anos 50
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O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES PARTICULARES NO DESENVOLVIMENTO DA PÓS-GRADUAÇÃO NACIONAL EM SAÚDE
PAÍSES DESENVOLVIDOS • Final da 2ª guerra mundial e anos 50 Compreensão do papel da pesquisa apoiada e orientada pelo estado (grandes programas governamentais voltados para objetivos militares, de segurança e de prestígio nacional) para o desenvolvimento nacional.
Anos 60 Começo do questionamento, por parte da sociedade e do congresso americanos sobre os grandes gastos x retorno econômico. • Anos 70 Mudanças de: • Prioridade – saúde e energia • Modo de financiamento – divisão entre público e privado (público passa de 67% em 1965 para 27% em 2000)
Anos Bush Pai • Investimentos maiores em performance das industrias e em pequenas empresas inovadoras • Papel do estado mais estimulador que coordenador. • Anos 80 – mudança sobre patentes aumenta a parceria entre universidades e empresas. Dinheiro para projetos com elevado poder de inovação e difusão – público complementa o privado.
Governo como coordenador e não mais líder do processo de inovação. (André Toni Furtado, Novos arranjos produtivos, estado e gestão da pesquisa pública, Ciencía eCultura vol,. 757 no 1 são paulo Jan/ Mar 2005)
ESTADOS UNIDOS MAIOR SISTEMA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO MUNDO 15 milhões de alunos
Instituição se adapta ao nível do aluno – 40% dos americanos que entraram no nível superior tiveram que fazer nivelamento. • Só pequeno número de instituições fazem ensino, pesquisa e extensão. • Valorização do PhD só em matemáticas e físicas, nas áreas aplicadas valoriza-se a experiência.
Sistema extremamente competitivo entre públicas e privadas, que dependem de fundos. • Todos pagam, em quantidades diferentes, dependendo da escola. Média das públicas = 2535 dólares/ano Média das privadas = 11 007 dólares • Governo federal “pinga” 50 bilhões de dólares.
Não há isonomia salarial. • Não há Ministério da Educação ou CFE. • As profissões não são regulamentadas por lei com exceção de medicina, direito, enfermagem ( profissões com riscos).
As regras são flexíveis ou nem existem para aberturas de cursos Problemas • Custos subiram muito. • Evasão preocupante: 40% nas públicas e 16% nas privadas • Muita pesquisa inexpressiva • Babel curricular devido ao grande número de possibilidades de escolha dos alunos de cursos ou disciplinas
Remédios duros para os problemas detectado: fechamento de escolas por propaganda enganosa, de departamentos e cursos: 200 cursos superiores foram extintos nos últimos anos • Imagem externa marcada por um pequeno conjunto de escolas de elite - Harvard a mais famosa (escolas inicialmente religiosas mas que hoje fazem parte do “publish ou perish – publique ou caia fora”)
Só 3% das instituições de ensino superior se dedicam predominantemente à pesquisa.
Nesta universidades o que conta é a Pós-graduação. A graduação é vista pelos professores como um “mal necessário ou até mesmo desnecessário”. • A qualidade da graduação é muito variável. Em Harvard há aulas com 1000 alunos. • Melhor que o ensino é a qualidade dos alunos que ingressam – elite intelectual.
Melhor graduação está em instituições que não fazem pesquisa regular ou institucionalizada e que, em geral não têm pós-gradução. • 86% deste grupo é de escolas privadas - destas 18% deliberadamente não têm pós-graduação e oferecem programas que não profissionalizam – ensino enfoca predominantente as humanidades e alguma ciência.
São melhores em ensino do que a maioria das grandes universidades (mesmo as que lideram em pesquisa como Berkeley, Michigam ou Indiana). • O ensino nestes Colleges pode ser de igual qualidade com o das Ivy Leagues (como Harvard). • 637 “Liberal Arts Schools”, alguns elitizados, voltados para as humanidades formam os profissionais buscados para dirigir as 500 maiores empresas (revista Fortune) dos EEUU.
700 universidades americanas têm pós-graduação divididas igualmente entre públicas e privadas, com cerca de 5 milhões de alunos.
Luta para estabelecer uma identidade e criar uma imagem de qualidade que possibilite atrair alunos e fundos.
Sacrifício da graduação (fazem de tudo). • Das 25 instituições cuja alta reputação não se estende à graduação, 23 são universidades e 2 colleges.
Escolas para todos os tipos de alunos • Escolas baratas e de fácil acesso - segunda chance - essas escolas são as que mais inovam em pedagogia para dar conta da clientela. • Escolas voltadas para interesses coorporativos de empresas. • Universidades coorporativas como a da Motorola ou do Mac Donald’s. • Faculdades profissionalizantes com cursos para cozinheiro, pedreiro, massagista, etc.
693 pequenas escolas, quase todas privadas, só com um ou dois cursos e poucos alunos voltadas para uma atividade específica diretamente relacionada á uma atividade econômica existente na região onde atua. • Open University – hoje 500 instituições oferecem cerca de 10.000 cursos à distância.
Experiências radicais - Universidade de Phoenix que proclama sem medo seus objetivos de lucro e cria cursos para responder às necessidades dos alunos, não tem campus próprio e só trabalha com salas alugadas em locais diferentes. Tem cerca 40.000 alunos. Modelo de Educação, Cláudo de Moura Castro veja.abril.com.br/190898/p_110.htlm
O apoio sistemático começa mais tarde • Década de 50 – criação do CNPq e da Capes. • Década de 70 – Idade do Ouro – criação de institutos públicos de pesquisa e desenvolvimento da pós-gradução nas universidades federais, criação do FNDCT e da Finep ( desenvolvimento tecnológico).
Década de 80 – sistema estaciona devido às crises econômicas mas instituições públicas de pesquisa e a academia amadurecem por terem se beneficiado dos investimentos da década anterior.
Sistema concentrado no Estado, com participação pequena da iniciativa privada e o setor produtivo, tanto no financiamento como na execução. • Mas há um crescimento gradativo (em 2000 – setor privado será responsável por 32% da execução e 38% do financiamento).
Menor ênfase nos grandes programas tecnólogicos. • Os programas dos governos militares diminuem progressivamente com a redemocratização. • Os setores de telecomunicaçoes, informática, aeronáutico e energético beneficiam-se dos investimentos dentro dos projetos estratégicos-militares do regime militar.
DESTAQUES Desde o início da política de P&D houve destaque para a agricultura e a saúde, por isso a pesquisa brasileira é muito expressiva nestas áreas.
A partir de 1993 - aumento do gasto público em C&T por meio das agências como Capes, CNPq e Finep, sendo seguido por governos estaduais, com a criação de agências estaduais de fomento. • Surgem projetos cooperativos entre empresas e universidade, há regionalização de recursos, mas em 1998 com a desvalorização do real são feitos cortes nas verbas que provocam uma grande crise nas universidades e centros de pesquisa.
2º Governo FHC • Criados os fundos setoriais, com novas fontes de receitas (exemplo é o do petróleo. com o intuito de suprir a pesquisa industrial antes realizada pela estatal). • A pesquisa acadêmica ganha o CTInfra, para reforçar infra-estrutura das instituições públicas de pesquisa. Os fundos não alcançam seu objetivo porque as verbas passam a ser contingenciadas. • O fomento para projetos cooperativos universidade-empresas ganha grande incentivo mas não leva a um aumento de gasto das empresas em pesquisa interna. André Toni Furtado, Novos arranjos produtivos, estado egestão da pesquisa pública, Ciencía eCultura vol,. 757 no 1 são paulo Jan/ Mar 2005) (
O sistema educacional brasileiro Anos de 1960 • uma centena de instituições; • maioria de pequeno porte; • centros urbanos; • transmissão do conhecimento; • corpo docente com escassa profissionalização acadêmica; • pouco mais de 100 mil estudantes
FIM DA DÉCADA DE 90 • 1097 instituições. • 2,4 milhões de alunos de graduação. • 80 mil alunos na pós-graduação stricto sensu, em todas as áreas do conhecimento. • Movimento de interiorização e regionalização da oferta de ensino.
Hierarquia de instituições • Indicadores vão comandar e dar legitimidade social e simbólica no campo acadêmico: • titulação dos docentes; • institucionalização da pesquisa e da produção intelectual; • qualidade da formação.
Diversidade de vocações institucionais é expressada na prática das instituições por meio das diferentes formas de desenvolver e combinar as atividades de ensino, pesquisa, extensão e formação profissional.
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA • Articulação estreita entre ensino e pesquisa. • Valorização das atividades de extensão. • Formação profissional para o mercado ocupacional.
UNIVERSIDADE BRASILEIRA IMAGINÁRIA Helena SAMPAIO. O ensino superior no Brasil: o setor privado. São Paulo Fapesp/Hucitec, 2000. 408 páginas.
“Essa tendência que, de certa maneira, tem prevalecido nos estudos sobre ensino superior no país, contribui para desviar a atenção do instigante fenômeno da diversidade de vocações acadêmicas, bem como do acirramento de conflitos manifestos e latentes entre as instituições e os diferentes atores que atuam no campo do ensino superior no país, desencadeados pela busca do reconhecimento social e acadêmico dessa pluralidade de formas de organizar e exercer suas atividades acadêmicas”.
Setor privado • Forte presença do setor privado no ensino superior no país é anterior ao crescimento ocorrido em meados dos anos de 1960. • Período republicano - origem Constituição da República de 1891 descentraliza a oferta de ensino superior, permitindo aos governos estaduais e à iniciativa privada a criação de estabelecimentos próprios.
Ampliação incipiente e diferenciação do funcionamento. • Até 1900 - 24 instituições não-universitários e voltadas para a atividade de formação profissional. • Até 1920 - criadas 56 novas instituições, (a maior parte iniciativa confessional católica e/ou de elites locais).
Década de 30 - 64% dos estabelecimentos já são privados, respondendo por 44% das matrículas existentes. • Meados de 1960 - consolidação e estabilização do setor. • Entre 1965 e 1980 - grande crescimento das matrículas do setor privado (passa a ser numericamente superior).
Entre 1960 e 1980 - número total de matrículas de graduação passa de cerca de 200 mil para 1,4 milhão de estudantes. • Metade da década de 1960 - setor privado é responsável por 43% do total das matrículas. • Início dos anos de 1980 - 63% do alunado.
Os grupos laicos tornam-se predominantes no setor, em detrimento dos confessionais. • O crescimento do setor, nas décadas de 1960 e 1970, ocorre por meio da criação de instituições de pequeno porte, com cursos noturnos, oriundas de antigas escolas secundárias.
A preferência foi por criar pequenas instituições não-universitárias, sem atividades de pesquisa. • Em 1971- 639 estabelecimentos privados, só dezesseis são instituições universitárias.