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A investiga
E N D
1. Metodologia de InvestigaçãoA investigação quantitativa: recolha e tratamento de dadosRepresentação visual de informação quantitativa
2. A investigação quantitativa: recolha e tratamento de dados
3. Sumário
1. Representação visual de informação quantitativa:
A excelência dos gráficos;
Perspectiva histórica e exemplos:
mapas de dados: a Cartografia e a Estatística;
séries temporais;
narrativas no espaço e no tempo (natureza multivariada);
gráficos relacionais.
A integridade dos gráficos:
distorção em gráficos de dados;
variação dos dados e variação do traçado gráfico;
área visual e dimensão numérica;
contexto dos dados.
Referências.
4. 1. Representação visual de informação quantitativa
Excelência em gráficos (Tufte, 1983)
A excelência em gráficos de Estatística consiste em comunicar ideias complexas com clareza, precisão e eficiência. A exposição gráfica deve:
apresentar os dados;
induzir o observador a pensar no fundamental em vez de pensar na metodologia, no “design” gráfico, na tecnologia de produção do gráfico, etc.;
evitar a distorção do que os dados “têm para dizer”;
apresentar muitos números num espaço pequeno;
tornar coerentes grandes quantidades de dados;
revelar os dados a vários níveis de detalhe, desde uma larga perspectiva até uma estrutura fina;
servir um propósito claro e razoável: descrição, exploração, tabulação ou decoração;
apresentar uma grande integração com as descrições estatísticas e verbais do conjunto de dados.
5.
Alguns exemplos dos princípios enunciados (Tufte, 1983):
o “quarteto de Anscombe”:
os 4 conjuntos de dados (I, II, III e IV) são descritos pelo mesmo modelo linear (pelo menos até ser efectuada uma análise de resíduos);
a sua representação gráfica revela, de forma clara, como são diferentes.
O “scatterplot” bivariado (Brier e Fienberg, 1980) revela a observação atípica (ponto A) que passa despercebida (do ponto de vista numérico) na distribuição marginal.
“garbage in, garbage out”; se os dados não fizerem sentido, não existe gráfco que lhes valha!
A correlação entre o desempenho das bolsas de NY e Londres em 1929 e a radiação solar (invertida).
6. 1. Representação visual de informação quantitativa
Perspectiva histórica e exemplos (Tufte, 1983)
Cartografia:
mapa detalhado da China (séc. XI):
feito à escala;
grande precisão na linha de costa e sistema fluvial .
A edição da COSMOGRAPHIA (1546) contem exemplos de desenho de mapas que revelam como os cartógrafos da época estiveram a um passo dos gráficos estatísticos:
o embrião do “scatterplot” bivariado?
Apenas no século XVII (cerca de 5000 anos após o desenho do 1º mapa geográfico em placas de barro) se combinou a cartografia com a estatística para produzir o Mapa de Dados
7.
Cartografia e estatística: os mapas de dados
mapa mundial dos ventos predominantes e monções (1686):
indicação da direcção e sentido do vento predominante;
na zona das monções a densidade de linhas é mais elevada.
localização das mortes por cólera em Londres (1854):
Dr John Snow representou no mapa da cidade:
a localização das mortes (pontos);
a localização dos locais públicos de abastecimento de água (cruzes).
observou um padrão: a maior parte das mortes (por cólera) ocorria entre os que viviam perto (e bebiam) da bomba de Broad Street.
mandou retirar a bomba contaminada e acabou com a epidemia (500 mortes).
exportação de vinhos de França (1864):
o mapa representa não só a quantidade mas também o destino das exportações.
8. mapa dos EUA (taxa de óbito devido a cancro, 3065 condados, 1950-1969):
cada mapa representa mais de 21000 números;
os dados podem ser vistos de “várias maneiras”, desde:
uma visão global (padrão geral);
à detecção de pequenos detalhes ao nível do condado.
exemplos:
taxas altas (globais) na região nordeste e em redor dos Grandes Lagos;
taxas mais elevadas para os homens, relativamente às mulheres, no sul (Louisiana); causa provável : a exposição ao amianto no trabalho nos estaleiros navais;
algumas localizações estranhas ao padrão global;
algumas diferenças em função do tipo de cancro, por exemplo uma maior incidência do cancro do estômago na parte norte-central; como causa provável é referido o consumo de peixe fumado.
vantagens: dirigem rápida e naturalmente a atenção do observador para o conteúdo substantivo dos dados e não para questões de metodologia e técnica.
desvantagens: atribuem (erradamente) a importância visual de cada condado à sua área geográfica e não ao nº de habitantes do condado (ou ao nº de mortes por cancro).