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Climate Risk in Agribusinnes

Risco climu00e1tico e agronegu00f3cio brasileiro. TCC

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  1. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS FRANCISCO IGOR ROCHA PAIVA RONILDO OLIVEIRA SILVEIRA FARIAS DISCLOSURE AMBIENTAL: AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E OS RISCOS REPORTADOS PELO SEGMENTO AGROPECUÁRIO CAPANEMA 2019

  2. FRANCISCO IGOR ROCHA PAIVA RONILDO OLIVEIRA SILVEIRA FARIAS DISCLOSURE AMBIENTAL: AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E OS RISCOS REPORTADOS PELO SEGMENTO AGROPECUÁRIO Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito para obtenção de nota final do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis da Universidade Federal Rural da Amazônia. Orientadora: Luciana da Silva Moraes Sardeiro. Coorientadora: Jamillie Carla Oliveira Araújo CAPANEMA 2019 FRANCISCO IGOR ROCHA PAIVA RONILDO OLIVEIRA SILVEIRA FARIAS

  3. DISCLOSURE AMBIENTAL: AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E OS RISCOS REPORTADOS PELO SEGMENTO AGROPECUÁRIO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis da Universidade Federal Rural da Amazônia, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis. Aprovado em ___ de novembro de 2019. Coonceito:_____________________ Banca Examinadora ___________________________________________ PROF. Msc LUCIANA DA SILVA MORAES SARDEIRO Universidade Federal Rural da Amazônia ORIENTADORA __________________________________ PROF. THAIS ALVES LIRA Universidade Federal Rural da Amazônia __________________________________ PROF. EDUARDO FELIPE DE SOUSA BRITO Universidade Federal Rural da Amazônia Francisco Igor Rocha Paiva Quero agradecer primeiramente à Deus, o grande arquiteto do universo por todas as graças alcançadas e por mais essa vitória a mim concebida. E dedicar esse

  4. este momento aos meus pais, Maria Dayse e Antônio Elinaldo, juntamente com a minha avó Anésia Pereira, meu irmão Iago, assim como tias, Raimunda Albuquerque, Regina Lúcia e primos que sempre foram espelhos na minha vida, sempre me instigando a buscar mais foram eles: Marcos Melo, Marcelo Melo e Luana Albuquerque, que foram as pessoas que sempre acreditaram em mim acima de tudo e em todos os momentos, juntamente a toda minha família ao qual tive como base fundamental para minha formação em todos os níveis escolares até aqui alcançados. Durante esta longa e árdua caminhada até aqui, muitas pessoas foram essenciais, amigos de curso, amigos do cotidiano como, Cássio Felix, quero deixar meus sinceros agradecimentos à minha namorada Pattylla Revoredo, que sempre meu apoiou apesar de tudo e da distância sempre esteve ao meu lado, assim como toda a sua família que nos últimos dois anos me acolheram de coração e me tratam como um filho. Quero agradecer ao meu parceiro de trabalho Ronildo Oliveira, e agradecer a todos os meus professores (a) desde o primário até aqui pois foram excepcionais e muito importante para minha obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis, a minha orientadora professora Me. Luciana da Silva Moraes Sardeiro por ter me incentivado a elaboração deste, juntamente com a coorientadora Jamille Carla Araújo que em suas aulas sempre incentivou bastante, sucessivamente mostrando que sou capaz. A pessoa fundamental na minha trajetória até aqui sempre será minha mãe Maria Dayse que apesar da distância está comigo todos os dias, sejam nos nossos pensamentos e orações. E a Deus por me ter permitido e me abençoado chegar até aqui e somente agradecer por todas bênçãos alcançadas e por outras que ainda estão por vir. “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus;eu te fortaleço, e te ajudo,…” Isaías 41:10.

  5. RESUMO A geração de informações faz parte da contabilidade, como essência da ciência contábil que busca reportar eventos de diversas naturezas que afetam o patrimônio. Neste âmbito, os fatos sociais, ambientais e econômicos que repercutam na riqueza gerada pelas organizações constituem-se como elementos a serem estudados pela contabilidade. Diante disso, o objetivo geral desta pesquisa consistiu em verificar os aspectos evidenciados no disclosure das mudanças e riscos climáticos, nas companhias do setor agropecuário listadas na B3 no período de 2016 a 2018. O método adotado foi o indutivo, com estudo de duas companhias contempladas pelos critérios de inclusão na amostra. A análise de dados foi realizada com o auxílio do software IRAMUTEQ para pesquisa qualitativa. Os resultados encontrados indicam que das companhias analisadas somente duas reportam os riscos climáticos. Dentre as instituições que reportam os riscos climáticos estão a BRASILAGRO e a SLC Agrícola. A SLC AGRÍCOLA possui correlação positiva significativa com os padrões de qualidade e gestão da cadeia de suprimentos. Já a BRASILAGRO está mais diretamente vinculada a promoção da saúde e segurança do trabalhador. Foi verificado que os riscos estão previstos nas políticas contábeis. Os resultados denotam a necessidade ampliar o reporte climático diante dos riscos observados, como forma de prestação de contas a investidores e a sociedade. Indicam ainda que existem oportunidades de captação de recursos e incremento dos reportes realizados, Os resultados corroboram com a Teoria da Legitimidade e contrapõem-se a Teoria Institucional. Palavras-Chaves: Agropecuária, Gases de Efeito Estufa, Riscos Climáticos, Disclosure climático, Divulgações ambientais.

  6. ABSTRACT The generation of information is part of accounting, as the essence of accounting science that seeks to report events of various natures that affect equity. In this context, the social, environmental and economic facts that impact on the wealth generated by the organizations constitute the elements to be studied by accounting. Given this, the general objective of this research was to verify the aspects evidenced in the disclosure of climate change and risks, in the agricultural companies listed in B3 from 2016 to 2018. The adopted method was inductive, with study of two companies contemplated. inclusion criteria. Data analysis was performed with the aid of IRAMUTEQ software for qualitative research. The results indicate that of the companies analyzed only two report climate risks. Among the institutions that report climate risks are BRASILAGRO and SLC Agrícola. SLC AGRÍCOLA has a significant positive correlation with quality standards and supply chain management. BRASILAGRO, on the other hand, is more directly linked to the promotion of worker health and safety. It has been found that the risks are foreseen in the accounting policies. The results show the need to expand climate reporting as a way of rendering accounts to investors and society. The results corroborate with the Theory of Legitimacy and contrast with the Institutional Theory. Keywords: Agriculture, Greenhouse Gases, Climate Risks, Climate Disclosure, Environmental Disclosures.

  7. LISTA DE SIGLAS B3 Brasil, Bolsa, Balcão CA Contabilidade Ambiental CAQDAS Computer Aided Qualitative Data Analysis Software CFC Conselho Federal de Contabilidade CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis GRI Global Reporting Initiative IAS International Accounting Standard IFRS International Financial Reporting Standards IPCC Intergovernamental Panel on Climate Change IPPC Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática NASA A National Aeronautics and Space Administration NBC Normas Brasileiras de Contabilidade OMN Organização Meteorológica Mundial RSC Responsabilidade Social Corporativa SASB Sustainability Accounting Standards Board SEC Security Exchan-ge Comission

  8. LISTA DE FIGURAS Figura 1:. ................................................................................................................... 22 Figura 2:......................................................................................................................25 Figura 3: .................................................................................................................... 27 Figura 4:......................................................................................................................28 Figura 5:......................................................................................................................28 Figura 6:......................................................................................................................29 Figura 7:. ................................................................................................................... 30 Figura 8:. ................................................................................................................... 33 Figura 9: .................................................................................................................... 34 Figura 10: .................................................................................................................. 35 Figura 11: .................................................................................................................. 35 Figura 12: .................................................................................................................. 36

  9. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12 1.2. OBJETIVOS ....................................................................................................... 14 1.2.1. Objetivo Geral ................................................................................................ 14 1.2.2. Objetivos Específicos ................................................................................... 14 2. REFERÊNCIAL TEÓRICO .................................................................................... 15 2.1. CONTABILIDADE E DISCLOSURE AMBIENTAL .............................................. 15 2.2. TEORIAS RELACIONADAS A EVIDENCIAÇÃO CONTÁBIL ............................. 18 2.3. AGRICULTURA E MUDANÇAS CLIMATICAS ................................................... 19 2.4. RISCOS E MUDANÇAS CLIMÁTICAS .............................................................. 23 3. METODOLOGIA ................................................................................................... 26 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................. 29 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 39 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 40

  10. 1. INTRODUÇÃO Atualmente a apresentação de dos relatórios divulgados pelas companhias tem sido uma das principais estratégias para informar aos acionistas sobre a real situação da empresa. Assim, hodiernamente vem surgindo cada vez mais demandas acerca das informações que agora buscam divulgar questões econômicas, sociais e ambientais contribuindo com o tripé da sustentabilidade. (GOMES, 2018). O disclosure das divulgações de caráter ambiental é um instrumento para legitimação da imagem das organizações perante a sociedade, uma vez que as empresas passam a sofrer pressão social. Assim, as companhias tendem a buscar o maior número de divulgações informações ambientais, de forma voluntária, utilizando a evidenciação como ferramenta para modificar o conceito que a sociedade forma em relação as suas atividades e ações das companhias. (CLARKSON, LI, RICHARDSON & VASVARI, 2008, SANTANA et al, 2008). Alguns estudos mostram, que companhias atuantes em atividades de alto impacto ambiental, estão divulgando um nível mais elevado de disclosure ambiental, ou seja, de forma mais significativa, do que empresas que contribuem com um impacto menor. Desse modo, estas companhias, vem buscando um possível efeito denominado de enforcement da legislação, pois objetiva-se reunir esforços para que as empresas possam minimizar os riscos da ocorrência de possíveis sinistros ambientais, o que influencia diretamente em uma maior representatividade do disclosure ambiental, segundo Viana Junior e Crisóstomo (2016). A Organização das Nações Unidas (ONU) demonstra um grande e importante papel na conscientização e prevenção em relação às Mudanças Climáticas (MC), e tem o pioneirismo nos esforços para salvaguarda dos recursos naturais do planeta. Na conferência RIO 92, a Cúpula da Terra, foi criada a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCC) e seu principal objetivo foi alertar e conscientizar sobre os riscos climáticos e suas implicações. Desta forma instaurou-se um dos primeiros e mais importantes passos no combate ao problema atual (ONU 2019). A convenção aduzida teve uma aceitação expressiva, pois 197 países aprovaram a UNFCC e passaram a ser chamados de partes integrantes da comissão. O alvo do tratado é garantir que as ações humanas e o protagonismo dos países possam contribuir com a mitigação e adaptação às MC (ONU, 2019) Ao se falar de riscos e ter como enfoque as MC, estudiosos alertam sobre a gravidade do tema para a sociedade. Ribeiro e Assunção, (2002), explanam que as

  11. mudanças climáticas podem acarretar em grandes efeitos negativos para comunidade planetária de forma direta ou indiretamente. Tais efeitos das MC podem ocorrer desde ameaças aos sistemas alimentares, impacto na saúde pública e desastres econômicos, dentre outros aspectos. (RIBEIRO e ASSUNÇÃO, 2002). Um dos marcos da relação entre a contabilidade e meio ambiente ocorreu em 1998 quando o comitê das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNCTAD) desenvolveu um relatório intitulado de ISAR com as diretrizes para o tratamento operacional das informações ambientais no contexto da contabilidade. (FERREIRA, 2003). Aos poucos, alguns padrões de contabilidade ambiental foram implementados por organizações contábeis proeminentes, como o Financial Accounting Standards Board e do Comité Executivo de Normas Contábeis do Instituto Americano de CPAs. (SAREMI E NEZHAD, 2014). Em 2011 o Sustainability Accounting Standards Board, SASB, uma organização não governamental, foi fundado nos EUA, com intuito de disseminar padrões para contabilidade e relatórios de sustentabilidade. (SCHOOLEY & ENGLISH, 2015). O que diferencia o SASB das demais formas de reporte é que a matriz de materialidade, ou seja, o que é relevante para a mensuração, registro e disclosure ambiental é segmentado por setor conforme os impactos ambientais produzidos pelo segmento. (SASB, 2015). Assim existem orientações específicas para o setor agropecuário sobre os aspectos mais importantes de serem abordados em função das emissões de GEE que o segmento emite. Neste contexto, o presente trabalho teve como problemática saber: Quais os aspectos relativos ao disclosure das mudanças e riscos climáticos, estão sendo evidenciados pelas companhias do segmento agropecuário? A investigação teve como enfoque as companhias do setor agropecuário não industrial listadas na bolsa de valores brasileira (B3) no período de 2016 a 2018. Como justificativa, verifica-se que o tema disclosure ambiental relacionado às MC e riscos climáticos ainda são temas escassos na comunidade cientifica, conforme exposto por Murcia e Santos (2009). O fato da agropecuária ser dentre os setores produtivos, o mais representativo em termos de emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa), conforme elucidado por Abdala, Lee e Ferreira (2016) e Scharlemann et. al.. (2014), já torna o tema alvo de políticas e estudos. O setor é apontado diretamente no Brasil como responsável por 24% das emissões totais dos GEE. (ABDALA, LEE e FERREIRA 2016,

  12. SCHARLEMANN et al., 2014). Além do mais, é evidente a representatividade do setor da agropecuária na economia do pais, pois representa 23,5% do PIB brasileiro. (ARAÚJO e PONTES, 2018). O meio ambiente sofre constantemente inúmeras consequências causadas pelos meios de produção gerados pelos seres humanos nos últimos séculos. Deste modo, as organizações estão enfrentando inúmeras dificuldades como prejuízos ambientais, desemprego, concentração de riquezas, entre outras circunstâncias, afetando a relação com as empresas e o meio ambiente (ALMEIDA, 2007; OLIVEIRA, 2010, CHO e PATTEN, 2013; ROSA et al, 2012). Assim a realização deste estudo, poderá contribuir com uma melhor compreensão de como as companhias brasileiras do setor reportam o tema. O Brasil instituiu a Política Nacional de Mudanças sobre Mudança do Clima na Lei no 12.187 de 2009, que ratificou o acordo de Paris sobre o clima com o compromisso voluntário assumido o qual continua a vigorar (BRASIL, 2009). Além disso, o reporte das mudanças climáticas procura minimizar os riscos operacionais, de política ou de reputação associados aos gases de efeito estufa por parte das organizações. (PLAMBECK, 2012; SMITH, 2013). Beddington, (2009, 2011) reforça que a avaliação de megatendências globais, observa os impactos sociais, econômicos e ambientais interligados dos sistemas mundiais de alimentos e energia, os quais incluem, especialmente a ameaças à segurança alimentar e energética, à biodiversidade, à escassez de água, ao clima e à saúde humana aliado ao crescimento da população mundial. 1.2. OBJETIVOS A seguir serão apresentados o objetivo geral e os objetivos específicos. 1.2.1. Objetivo Geral Verificar os aspectos evidenciados no disclosure das mudanças e riscos climáticos, nas companhias do setor agropecuário listadas na B3 no período de 2016 a 2018. 1.2.2. Objetivos Específicos  Identificar os aspectos evidenciados no reporte do disclosure climático;  Elencar os riscos climaticos reportados no disclosure das companhias.

  13.  Discorrer sobre a importancia do disclosure climático no contexto dos negócios agropecuários. 2. REFERÊNCIAL TEÓRICO 2.1. CONTABILIDADE E DISCLOSURE AMBIENTAL Segundo Gonçalves e Heliodoro (2005) a Contabilidade Ambiental é o ramo da contabilidade que evidencia os prejuízos e benefícios que o desenvolvimento ou crescimento de um produto pode causar no meio ambiente. Os danos ambientais provocados pelas companhias seguido da grande preocupação dos Stakeholders tem causado um efeito positivo acerca de expectativas sociais. Muitas empresas demonstram preocupação com questões econômicas e ambientais, para Silva et al., (2015). A contabilidade ambiental (CA) neste sentido, visa a evidenciação de informações ambientais aos diversos interessados, assim estabelecendo uma ligação entre as empresas e a sociedade, portanto a contabilidade ambiental deve ser capaz de realizar registros, assim como a mensuração e evidenciação os custos, despesas, receitas, ativos e passivos ambientais por meio de demonstrativos ambientais (GUARNIERI, HASS; MONTEIRO, 2013). A CA precisaria dar suporte a todos os stakeholders, e ajudar nas divulgações e auxiliar nas tomadas de decisões e também se faz presente o uso da CA, para concretizar a importância da responsabilidade social provocada pelo uso dos recursos naturais (GARCIA et al. 2008). De acordo com Iudícibus (2015), o disclosure ambiental é a evidenciação ambiental contábil, definida como a capacidade que as organizações possuem de se comunicar com a sociedade, seja de natureza voluntária ou obrigatória. Os fundamentos e normas contábeis para a demonstração de relatórios ambientais evidenciam a saúde econômica, ambiental e riscos financeiros das empresas, com transparência e clareza aos diversos usuários da informação. Para Silva et al., (2015), tais informações discorrem sobre como as companhias promovem alterações no meio ambiente. Os supracitados autores afirmam que há também grandes preocupações e instigando cada vez mais a pesquisa cientifica acerca do disclosure ambiental das empresas. De acordo com Rover et al (2015) o disclosure ambiental pode ser de natureza obrigatória a exemplo de normas contábeis e ou ambientais que exigem tal

  14. evidenciação ou podem ainda ser de natureza voluntária a exemplo da divulgação de relatórios de sustentabilidade ou equivalentes. A divulgação de riscos é prática inerente da contabilidade no que diz respeito a transparência de informações por parte das companhias aos seus usuários, desta forma a evidenciação de riscos climáticos e informações ambientais nos mostram de que forma os mecanismos de produção de empresas são impactados pelas mudanças climáticas e como esses mecanismos são tratados nos diversos relatórios contábeis. Para Gray (1994) os relatórios de sustentabilidade precisam ser constituídos de informações que evidenciem o quanto as organizações estão reduzindo ou aumentando as emissões de GEE, cujo tem impacto diretamente nas gerações futuras. Segundo Fernandes (2012) a evidenciação e divulgação de informações ambientais pode ser um grande diferencial e impactar positivamente o desempenho financeiro das organizações, pois em casos de sua escassez pode demonstrar assimetria das informações e restringir o acesso ao mercado acionário. Em consequência da assimetria informacional, há uma diminuição da confiabilidade das informações. Porém para a preocupação com a evidenciação de informações ambientais está atrelada ao intuito de melhorar a imagem da empresa com todos os stakeholders (DA SILVA et. al. 2015). Em se tratando da divulgação os padrões brasileiros, estes tiveram um avanço significativo com a implementação das International Financial Reporting Standards (IFRS) no Brasil, pois a partir de então foi adotado um modelo global e unificado para que assim as divulgações contábeis de modo geral estivessem de acordo com os padrões mundiais. Para Ribeiro (2012) a implantação das IFRS no Brasil, teve um impacto significativo pois novos padrões foram adotados e isto trouxe benefícios, a exemplo da atratividade de novos investidores no país, alavancando ainda mais o mercado financeiro. A execução e o cumprimento das normas técnicas divulgadas através de órgãos normativos como Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), tem tido grande relevância de acordo com estudos nacionais e internacionais. E a identificação do nível de disclosure apresentado pelas companhias vem sendo tratada em uma ampla gama de estudos (SILVA, SILVA E LAURENCE, 2014). Sardeiro e Souza (2018) e Alves, Oliveira e Sardeiro (2019) abordam o disclosure obrigatório sob a ótica das normas contábeis, enfocando o CPC 27, que

  15. trata do ativo imobilizado e que requer o cálculo para desmobilização dos ativos, bem como o CPC 25 que evoca a necessidade de registro das provisões e contingências ativas e passivas sob o ponto de vista social e ambiental nas demonstrações contábeis. Para Ribeiro (2012) o CPC 25, compatível com a International Accounting Standard (IAS) de número 37, busca enfatizar a contabilização de provisões e divulgação de passivos contingentes, com a finalidade de determinar que as divulgações sejam feitas com embasamento em documentos legais. Uma importante ferramenta para o disclosure voluntário é o relatório de sustentabilidade que tem como um dos principais modelos o Global Reporting Initiative (GRI)que tem como objetivo estabelecer padrões para os reportes ambientais em todo o mundo (REIS, 2014). O GRI é uma tentativa de auxílio para se evidenciar ou minimizar os possíveis impactos ao meio ambiente, melhorando a reputação das companhias, permitindo aos stakeholders a compreensão dos valores de bens tangíveis e intangíveis em busca do desenvolvimento sustentável (GRI, 2019). De acordo com Souza e Sardeiro (2019), as instituições que emitem os Relatórios de Sustentabilidade motivam as organizações a realizarem a asseguração de tais documentos. Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (2012) existem dois tipos de asseguração: a asseguração razoável e a asseguração limitada. Sendo a asseguração razoável pressupõe um bom nível de segurança com a realização de testes de auditoria com maior acurácia, já a asseguração limitada conforme preconiza a NBC TA 00 reduz o risco do trabalho a um nível aceitável. (SOUZA e SARDEIRO, 2019). O GRI preconiza que: A asseguração independente consiste em um processo de verificação externa que objetiva aumentar a robustez, precisão e confiabilidade das informações divulgadas nos relatórios de sustentabilidade, surgindo da necessidade da opinião de terceiros sobre as informações reportadas acerca do desempenho em sustentabilidade das empresas (GRI, 2018) Os padrões internacionais de normas asseguração no contexto ambiental podem ser observados no documento AA1000AS, publicado pela Accountability e o ISAE3000, e republicado pelo Conselho Internacional de Normas de Asseguração e Contabilidade (International Assurance and Accounting Standards Board - IAASB) (SOUZA e SARDEIRO, 2019). Outra norma no âmbito do Conselho Federal de Contabilidade (CFF), foi emitida em 19 de agosto de 2004, através da resolução CFC nº 1.003/04, criou a NBC T 15 - Informações de Natureza Social e Ambiental – (Normas Brasileiras de Contabilidade),

  16. esta norma estabelece procedimentos para evidenciação de informações de natureza social e ambiental, com o objetivo de demonstrar à sociedade a participação e a responsabilidade social da entidade. “Essa norma estabelece os elementos de evidenciação das informações de natureza social e ambiental, com o objetivo de demonstrar à sociedade a participação e responsabilidade social e ambiental das empresas” (BEUREN et al, 2010, p. 2). Um órgão com representatividade no cenário de sustentabilidade e do disclosure voluntário é o Sustainability Accounting Standards Board (SASB), que é uma organização americana fundada em 2011, com a premissa de disseminar padrões para contabilidade e relatórios de sustentabilidade. A premissa básica dos relatorios do SASB é transmitir para as companhias que elas devem incorporar uma missão de organização, governança corporativa, desempenho financeiro, social e ambiental, para a parti de então está fornecendo informações mais úteis e precisas para os stakehoulders e assim como a tomada de decisão (SCHOOLEY & ENGLISH, 2015). Atualmente muitas empresas tem se diferenciado das demais, disponibilizando informações fidedignas e transparentes referente ao seu papel social e ambiental, com a disponibilização destas informações transmitem mais segurança e diminuem o grau de risco para seus acionistas. A evidenciação da sustentabilidade pode trazer maior chance de valorização e competitividade no mercado o que pode vir a garantir a estabilidade e a sobrevivência da empresa (BOFF, et al, 2010). 2.2. TEORIAS RELACIONADAS A EVIDENCIAÇÃO CONTÁBIL A divulgação contábil é de suma importância para os diversos usuários da informação, pois é através dessas informações que serão tomadas as decisões tantos dos gestores quanto dos investidores acerca da empresa. De acordo com Eugénio (2010) a Teoria dos Stakeholders explica que as empresas são incentivadas a divulgar informações sobre os seus empreendimentos, programas e iniciativas específicas a grupos particulares ou não. Boaventura et. al. (2008) acrescentam que a definição de Freeman é a mais empregada, ao qual sugere que o conceito de stakeholders possa ser qualquer grupo de pessoas que por ventura possam estar afetando a obtenção dos objetivos da organização de forma direta ou indiretamente.

  17. A Teoria da agência por sua vez explica o modo como o proprietário e o agente se relacionam. Daí surge o conflito de agência, vinculado aos diferentes interesses dos proprietários em relação aos agentes (administradores). Assim o reporte das informações corporativas deve ser monitorado e prescinde de ferramentas de contábeis para aumentar a credibilidade. (ROCHA ET. al. 2012). Assim, verifica-se que existem benefícios na divulgação das informações sociais e ambientais, uma vez que corroboram com a melhoria da governança das companhias. De acordo com Machado e Ott (2005), a Teoria da Legitimidade explica que o disclosure ambiental das organizações, vincula-se a necessidade destas organizações buscarem a legitimidade no mercado e na sociedade. Segundo Beuren e Sothe (2009) desta forma, as companhias têm a necessidade de estarem demonstrando regularmente à sociedade a importância e legitimando seus atos, sempre respeitando o devido contrato social que existe entre a sociedade e a empresa. A teoria institucional, aborda a contabilidade como uma instituição que passa por constantes transformações, estas que podem vir surgir de meios internos e externos, mas sempre buscando determinar sentido para um grupo social. (Luz et all, 2018). A Teoria Institucional, deriva-se da Teoria da Legitimidade e explica o comportamento mimético das organizações especialmente quando comparadas como os setores em que atuam. (SARDEIRO e SOUZA, 2018). 2.3. AGRICULTURA E MUDANÇAS CLIMATICAS O aumento da temperatura mundial tornou-se pauta no cenário dos grandes debates internacionais sobre o meio ambiente, desta forma segundo Fernandes (2012) a consciência ambiental passou a ser refletida nas empresas. A partir da década de 70, surgiram várias conferências para discutir as mudanças climáticas no mundo. Neste âmbito o Protocolo de Kyoto criado em 1997, se destaca por ser um acordo que veio com objetivo de complementar à Convenção -Quadro das Nações Unidas, sobre mudanças climáticas. Deste momento em diante, iniciaram-se as discussões mundiais e a definição de metas para a redução das emissões de GEE, as quais enfocaram a princípio as emissões nos países desenvolvidos. (McMICHAEL, 2007).

  18. Segundo Dias (2017), a problemática envolvendo as mudanças do clima a nível mundial, irá ter fim quando houver uma participação bem efetiva de empresas, governos e cidadãos de modo geral, onde cada cidadão poderá e deverá estar dando sua contribuição, dentro de um processo onde as diversas organizações estarão fazendo um monitoramento constante. Considerando os impactos causados pelas MC, em 2015 na ocasião do Acordo de Paris, o Brasil apresentou suas pretensões assumindo internacionalmente a responsabilidade de implantar ações e medidas para incentivar a redução das emissões no pais. O Brasil estabeleceu dessa forma, suas metas na Contribuição Nacional Determinada (NDC) prevista na convenção derivada do Acordo de Paris com a proposição pública da redução de até 37% do GEE até 2020 e 43% até 2030. Para cumprir tais metas, determinou como estratégias as seguintes ações:  Cerrado, respectivamente;  Adotar, na agricultura, a recuperação de pastagens degradadas; promovendo práticas como a integração lavoura-pecuária (iLP);  Ampliar o uso do Sistema Plantio Direto (SPD) e da Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN); e  Aumentar a eficiência energética, o uso de bicombustíveis, a oferta de hidrelétricas e de fontes alternativas de biomassa, de energia eólica e de pequenas centrais hidrelétricas, assim como expandir o uso de carvão de florestas plantadas, na siderurgia. (OBSERVATÓRIO DO CLIMA, 2015) Reduzir em 80% e 40% a taxa de desmatamento na Amazônia e no Contudo, posteriormente tais metas foram aprimoradas com a inserção do sistema de Integração Lavoura Pecuária e Floresta (ILPF) no conjunto de técnicas adotadas como estratégias para o combate das emissões dos gases de efeito estufa. Outras medidas incorporadas foram, a ampliação dos sistemas agroflorestais (SAF) e o processamento e tratamento de dejetos animais. (OBSERVATÓRIO DO CLIMA, 2015). De acordo com Nobre o combate ao desmatamento, queimadas, inserção de manejo sustentável da produção, da água e dos solos, bem como a diversificação da matriz energética das propriedades contribuem com a redução das emissões dos GEE. O Brasil visando cumprir os acordos sobre o clima anteriores já havia instituido a Lei 12.187 de 2009, a qual criou o Plano Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC) regulamentado pelo Decreto 7.390 de 2010. Assim como a criação do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), o qual, deu origem a instituição de financiamentos com menores taxas de juros aos produtores agrícolas no intitulado

  19. Plano ABC, derivado do programa supracitado. O objetivo do Plano ABC é contribuir com a redução das emissões com medidas mitigadoras, ou seja, que minimizam o problema e a inserção de tecnologias de adaptação às mudanças do clima. O enfoque desta política pública na agropecuária. (OBSERVATÓRIO DO CLIMA, 2015). O Plano ABC (Plano Setorial de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas Visando à Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura) vai revolucionar a agricultura brasileira ao preconizar e fomentar sistemas de produção mais eficientes dos pontos de vista econômico e ambiental. Dois elementos fundamentais caracterizam a elaboração do Plano ABC: (i) a intensa e consistente utilização de informação científica relevante; e (ii) a inclusão abrangente e democrática de representantes dos atores nas discussões que levaram ao seu modelo final. (OBSERVATÓRIO DO CLIMA, 2015) Rosa (2018) registra que o Programa ABC representa menos de 2% do Sistema Nacional de Concessão de Crédito Agrícola e que o mesmo enfrenta desafios como o monitoramento e acompanhamento da sua efetividade junto aos produtores rurais, uma vez que os instrumentos para tal não atendem efetivamente ao propósito do programa. Vale ressaltar que as estratégias adotadas pelo Programa e Plano ABC são consubstanciadas nas pesquisas científicas conforme observado na citação relativa ao observatório do Clima aduzida. Tal afirmação pode ser observada na Figura 1 que relaciona as políticas e metas governamentais às fontes de emissões e as respectivas metas em forma de compromisso. Figura 1. Metas e Potencial de Mitigação por Fonte de Redução das Emissões de GEE Fonte: BRASIL (2012c) Outra preocupação eminente é o crescimento populacional e os estudos que apontam as áreas agriculturáveis no mundo que indicam que o Brasil é o pais com maior potencial de crescimento do setor, cerca de 40% de crescimento de 2016 a 2050. (EMBRAPA, 2016). Segundo Bruno e Fragra, (2018) o Brasil é o quarto maior

  20. emissor de gases do efeito estufa, perdendo apenas para China, que ocupa a primeira posição, seguida de Estados Unidos e União Europeia. No entanto, no Brasil ao contrário dos países mais desenvolvidos as principais fontes de emissões de GEE concentram-se na mudança do uso da terra com 40% das emissões e estão relacionadas indiretamente ao desmatamento e nas emissões geradas diretamente pela agropecuária são estimadas em 24% das emissões. (MAY et al, 2018). Das emissões diretas, em torno de 70% estão concentradas na pecuária, sendo a fermentação entérica do gado uma das principais fontes seguida das pastagens degradadas. As pastagens degradadas contribuem com as emissões pois, o solo é considerado um importante sumidouro de carbono. Estudos evidenciam que a conservação e equilíbrio dos aspectos, físicos, químicos e biológicos contribuem com a fixação do carbono, ou sequestro de carbono (PELEGRINO, ASSAD e MARIN, 2007; ASSAD et al. 2008). Conforme exposto na citação de Haberbrand (2018), as reduções das emissões na agropecuária podem ser intensificadas pela incorporação de técnicas agrícolas, menor uso de combustíveis fósseis e melhor manejo do solo. Enquanto que a maioria das emissões de GEEs relacionadas à ação humana deriva do uso de combustíveis fósseis, um terço do total tem origem nas mudanças do uso da terra, o que inclui a agricultura. A criação de animais, por si só, é responsável por mais GEEs do que o setor dos transportes2 . Três dos GEEs mais importantes estão envolvidos na atividade agrícola: dióxido de carbono, metano e óxido nitroso. O setor tem potencial significativo para redução real das emissões de GEEs por meio de: i) redução de suas emissões via aperfeiçoamento das práticas de gestão; ii) sequestro de carbono em solo agrícola via aperfeiçoamento das práticas do setor; iii) menor uso de combustíveis fósseis (por exemplo, via uso de biocombustíveis se eles, de fato, oferecerem reduções nas emissões de GEEs). (HABERBRAND, 2018, p. 18) Desse modo, um dos componentes estratégicos na redução da emissão dos GEE’ são os solos e o ciclo biogeoquímico do Carbono (C) associados à sua dinâmica ao armazenar cerca de quatro vezes mais C que a biomassa vegetal e quase três vezes mais carbono que a atmosfera, conforme apontado por Fidalgo et. al (2016) em um capítulo da publicação de Lima et. al. (2012). De acordo com estudos de Scharlemann et. al. (2014), os solos são considerados como o mais importante reservatório orgânico de carbono a longo-prazo em ecossistemas terrestres e podem contribuir com a segurança alimentar e a redução da pobreza (FAO, 2013; WHEELER e VON BRAUN, 2013; BAIN et. al.. 2013; PADULOSI et. al. 2013).

  21. 2.4. RISCOS E MUDANÇAS CLIMÁTICAS As empresas estão sujeitas a diversos tipos de riscos, desde os riscos que podem ser riscos de mercado ou até mesmo os riscos climáticos e estes são derivados da ação humana e merecem bastante atenção, uma vez que podem afetar toda cadeia de produção de uma companhia, além disso uma análise desses riscos pode evita desastres na produção e fornecimento de mercadoria para o mercado, assim estratégias de produção que são utilizadas por grandes companhias afim de melhorar o desempenho dessas empresas no mercado nacional e internacional podem trazer uma lucratividade ainda maior. Entretanto as empresas devem ter um compromisso social diante a sociedade, e assim não visando almejar somente o lucro (BEUREN et al, 2010). Segundo Bursztyn e Eiró (2015), as alterações no clima podem ser vistas como um acontecimento eloquente que serve para promover discursões sobre as mudanças climáticas, pois os números estão cada vez mais crescentes e assim como as pessoas que vem sofrendo impactos negativos dessas mudanças e consequentemente testemunhando essas transformações. O debate sobre as mudanças climáticas e seus possíveis riscos climáticos mostra que o assunto nunca foi tão discutido, como nos dias atuais uma pesquisa feita KPMG e Global Reporting Iniative (GRI), apontou que as companhias divulgam expressamente mais sobre possíveis potenciais e oportunidade do que os riscos de forma geral. (KPMG, 2008). De acordo com Gomes et al (2017) o Carbon Disclosure Project (CDP) e o Investor Network on Climate Risk – CERES, (2016), é possível definir categorias relacionadas aos riscos climáticos que são: “a) aumento da temperatura do ar; b) água; c) catástrofes naturais; d) energia; e) riscos climáticos e f) atmosfera”. (GOMES et al, 2017, p. 157). Conforme discutido pelos referidos autores, as categorias relativas aos riscos climáticos são apresentadas abaixo e subcategorização em 36 aspectos conforme apresentas na Figura 2.

  22. Figura 2 – Quadro de Riscos relacionados às Mudanças Climáticas Fonte: Gomes et al (2017) Em estudos realizados pela EMBRAPA (2012, p.188-189) por Pavão e Assad (2012), foram calculadas as estimativas dos riscos das perdas agrícolas no cenário das mudanças climáticas. Os cálculos foram feitos com base em adaptações condizentes com a realidade brasileiras a partir dos modelos de projeções climáticas do IPCC em relação aos cenários de aumento da temperatura global.

  23. Na Figura 3, são observadas perdas mais significativas na produção do trigo, feijão, soja, milho e arroz em escala decrescente até 2020 no cenário otimista. Já a pastagem a estimativa para o ano de 2020 é de perdas de 34%. Segundo o documento, “observou-se uma grande redução de área de alto risco no cenário pessimista, que pode ser explicado pela diminuição da frequência de geada em áreas de produção no sul do país”. A cana-de-açúcar há “um aumento na área de baixo risco com o aumento da temperatura, dessa maneira o aquecimento global é positivo para a produção”. Os resultados indicaram maiores perdas nos cenários pessimistas. (EMBRAPA, 2012, p.188-189) FIGURA 3. Impactos na produção, em porcentagem para os anos de 2020 e 2030 nas culturas agrícolas, no Brasil com as Mudanças Climáticas FONTE: EMBRAPA (2012, p.188). In: PAVÃO e ASSAD (2012) Assad et al (2008) realizam estimativas do impacto das mudanças climáticas sobre a produtividade agrícola e no padrão de distribuição geográfico produzidos pelo aquecimento global, apontando um cenário de risco na produção agroalimentar ao inferir sobre as possíveis perdas na safra de grãos estimadas em R$ 7,4 bilhões já em 2020, podendo atingir R$ 14 bilhões em 2070. Desse modo, observa-se que as perdas em termos quantitativos físicos e monetários são expressivas e podem impactar na economia do país. Verifica-se ainda que há um movimento relacionado ao seguro agrícola como estratégia para maior

  24. segurança financeira, contudo não existem seguros que cubram impactos que podem não ser reversíveis. Em estudo realizado por Guimarães et al (2017) foram realizadas análises da influência dos sinistros ocorridos em um ano sobre as contratações do ano seguinte, de 2003 a 2013, para Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Para realização da investigação foi feita a análise da relação entre sinistros e prêmios por regressão linear e a significância dos resultados estimada por testes de aleatorização. Os resultados evidenciam o risco da ocorrência de sinistros no seguro agrícola em áreas como Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo, em função dos fenômenos climáticos. Os autores comentam que tais incidentes “podem causar prejuízos ou quebra do mercado de seguros, recomenda- se verificar locais de ocorrência para investir em estratégias de adaptação”. Tais evidências reforçam a importância das ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas no âmbito da agropecuária. 3. METODOLOGIA O método de abordagem do estudo é classificado como indutivo, o qual parte de observações individualizadas para que se possam realizar conclusões generalizáveis. (PAVÃO, 2014). Segundo Gil (2008) o método indutivo é considerado o mais apropriado para investigação nas ciências sociais. Quanto aos objetivos, o estudo classifica-se como descritivo de caráter exploratório, pois visa realizar a descrição dos fatos e traçar um panorama geral inicial sobre o tema que é pouco explorado. (GIL,2008). Quanto aos instrumentos para coleta de dados, o estudo utilizou a pesquisa bibliográfica com a consulta a artigos, teses. Dissertações e livro, além da pesquisa documental auxiliada pela técnica da análise de conteúdo, pautada nos estudos de Bardin (2011). Os documentos utilizados no estudo foram os relatórios de Sustentabilidade das companhias analisadas que obedeciam ao modelo Global Reporting Initiative (GRI) e Demonstrações Contábeis com as suas respectivas notas explicativas. Quanto a abordagem em relação ao problema, a pesquisa foi classificada como qualitativa com uso de dados quantitativos. Segundo Raupp e Beuren (2006), o uso de dados quantitativos tais como percentuais, estimativas, não significa que o estudo se caracterize como quantitativo.

  25. A amostra foi composta pelas companhias integrantes do setor de agropecuária listadas na Bolsa de Valores, Brasil, Bolsa, Balcão (B3), utilizando-se como base de análise os anos 2016, 2017 e 2018. Os critérios para inclusão na amostra podem ser definidos em três aspectos: a) estar listada como companhia integrante da B3; b) pertencer ao segmento da agropecuária e não ser caracterizada como predominantemente industrial; b) possuir os relatórios documentais (Demonstrações Contábeis e Relatórios de Sustentabilidade) disponíveis nos anos de análise 2016 a 2018. Assim as companhias inclusas no universo de empresas listadas no segmento da agropecuárias estão: BRASILAGRO - CIA BRAS DE PROP AGRICOLAS; CTC - CENTRO DE TECNOLOGIA CANAVIEIRA S.A.; POMIFRUTAS S/A; SIDERURGICA J. L. ALIPERTI S.A.; SLC AGRICOLA S.A., TERRA SANTA AGRO S.A. Contudo, foram incluídas na amostra de acordo com os critérios definidos a BRASILAGRO e SLS AGRÍCOLA. Para sistematização dos dados coletados, estes foram reunidos e organizados com uso do software IRAMUTEQ, que é um programa para auxilio nas análises de dados qualitativos, o qual ampara-se em da linguagem estatística do software R com linguagem Pyton, do tipo software livre. (CAMARGO e JUSTO, 2013). Para Souza et al, (2018), a partir dos anos de 1980, e com os avanços tecnológicos a sociedade buscava novos meios para auxilio e a criação de programas computacionais e softwares que ofereciam o suporte para fazer análise de dados em pesquisas cientificas de uma forma mais confiável e eficaz. Para categorização e analise dos textos no programa IRAMUTEQ, foi utilizado como parâmetro os itens relativos a matriz de materialidade da SASB (2015), que definem os principais aspectos a serem evidenciados pelo setor da agropecuária em relação ao disclosure climático e os riscos associados a este segmento. A matriz de materialidade serviu como guia para identificar as variáveis a serem utilizas para as análises de texto, conforme abordado no Quadro 1. Quadro 1– Matriz de Materialidade da Agropecuária

  26. Fonte: Adaptada de SASB. Agricultural Products Sustainability Accounting (2015) O quadro 1 apresenta quatro categorias: Meio Ambiente, Capital Social, Capital Humano e Modelo de Gestão Negócios e Inovação. Sendo o item meio ambiente relacionado a: Emissões de GEE; Gerenciamento de Energia; Gerenciamento de Aguas e Afluentes. Já o item Capital Social, vincula-se: Qualidade e Segurança do Produto. O Capital Humano está para: Saúde e Segurança dos Funcionários. Já o Modelo de Negócio e Inovação relaciona-se a: Gestão da Cadeia de Abastecimento; Fornecimento e Eficiência de Materiais. Os sete tópicos elencados no Quadro 1 e descritos anteriormente, foram a base para o registro dos dados após leitura dos documentos descritos na metodologia. Após os registros e categorizações, os textos foram formatados para leitura do software IRAMUTEQ, pois cada um serviram como parâmetro para a coleta dos dados e também analise no programa. Os dados das empresas foram comparados entre as empresas do segmento a cada ano auxiliado pelas informações das estatísticas dos Segmentos de Texto (ST), as quais se constituem as unidades de textos em enfoque. Na Tabela 1 são apresentadas as principais técnicas de organização das informações geradas com auxílio do supracitado software: Tabela 1. Técnicas de Suporte à Análise de Conteúdo do IRAMUTEQ Técnicas Classificação Hierarquica Decrescente (CHD) Detalhamento Fontes O corpus do texto é dividido em unidade de contexto elementar (UCE) formando classes. Cada UCE é constituída de enunciados linguísticos definidos por proporções ou frases nos quais o pensamento é anunciado. Em seguida o software organiza a análise dos dados em um dendograma da CHD, que ilustra as relações entre as classes. CHD foi desenvolvido por Reinert. Caracteriza-se pelo cruzamento entre o vocabulário, verificada a sua frequência, “e as classes, gerando uma representação gráfica em plano cartesiano, na qual são vistas as oposições entre classes ou formas”. Permite avaliar a relação e a conexidade entre as palavras. Desta forma, por meio desta análise é possível verificar o foco Reinert (1990), Ratinaud, (2009) Camargo e Justo (2013). Análise fatorial de correspondência (AFC) Análise de Similitude (AS) Nascimento e Menandro (2006, p. 75). Marchand e Ratinaud (2012)

  27. estabelecido pelas organizações ao longo dos anos estudados. Embasada nas estatísticas produzidas anteriormente são formadas representações gráficas das palavras mais evidentes nos textos em análise Nuvem de Palavras Camargo e Justo, (2013). Fonte: Elaborado pelos autores (2019) 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS Com base nos resultados gerados pelas análises de conteúdo e após gerados os dados do software, os resultados dos dados gerados no corpus textual em análise, estão descritos na Figura 4. Figura 4. Gráfico CHD do ano de 2016. Fonte: Iramuteq, elaborado pelos autores No ano de 2016, houve a formação de três classes de análise onde a classe 1 foi a principal e as classes 2 e classe 3 foram descendentes da classe 1, desta forma o sistema separou as classes, apresentando níveis percentuais (%) de representatividade, onde a classe 1 obteve o valor correspondente a 29,8% sendo assim o valor mais baixo dentre as três classes analisadas, já a classe 2 veio a obter- se o valor percentual de 34,6%, a terceira e última classe analisada foi a 3, onde a mesma demonstrou maior representatividade diante as três classes analisadas, com os valores percentuais de 38,5%, de acordo com a figura. A figura 1 faz menção aos grupos de palavras em destaque nos relatórios, apresentando-se em forma de classes e valores percentuais, com acréscimo de

  28. palavras com maior representatividade no corpo do texto. De acordo com a classe 1 as principais palavras são: fornecedor, meio, avaliar, atuar e qualidade. Mediante as palavras pode-se concluir que a classe número 1 está mais preocupada com a cadeia de suprimentos, métodos de avaliação das técnicas utilizadas para avaliar os fornecedores, juntamente com atuação dos produtos. Relevante mencionar que a qualidade está entre as palavras com maior destaque e se faz muito importante diante de todo um processo em cadeia. Já a classe número 2 descente da classe 1, onde abrange palavras de maior representatividade ante à análise: água, uso, superficial, subterrâneo, captação, como, melhoria, unidade, bem e companhia. Ao se analisar a classe 2, é possível perceber um olhar voltado para o lado ambiental, pois nota-se uma preocupação com o uso e captação da água, e a busca de melhorias para as unidades produtivas. A terceira e última classe analisada obteve maior percentual de representatividade correspondendo a 38,5%. As palavras na classe 3 com maior destaque foram: treinamento, colaborador, segurança, safra. Nesta classe, evidencia- se as ações das companhias voltadas a promoção da saúde e segurança dos funcionários. É possível identificar que o objetivo principal dos treinamentos dos colaboradores é a segurança. Tais dados corroboram com os estudos de Nascimento e Moraes (2012) que enfocam que as propriedades rurais enfocam o meio ambiente do trabalho que inclui a saúde e segurança do trabalhador rural em função da norma regulamentadora do Ministério do Trabalho NR 31. Em seguida apresentamos o Gráfico de Similitude, no qual é possível verificar a relação entre palavras e suas ramificações, conforme apresentação na Figura 5. Figura 5. Gráfico de Similitude 2016.

  29. Fonte: Iramuteq, elaborado pelos autores A figura 5 que aborda o Gráfico de Similitude, estabelece a correlação visual das palavras em destaque nos relatórios, mostrando o grau de ligação entre as palavras. A partir da análise do gráfico podemos observar o destaque das palavras “meio”, “promover” e “superficial” que estão interligadas em um eixo principal do gráfico. A palavra “meio” apresenta duas ramificações são elas “global” que se opõe a palavra “continuo” e relaciona-se ao trabalhador. Assim como a palavra promover que está vinculada de um lado ao bem e do outro lado ao trabalhador e contínuo. Já a palavra superficial vincula-se a subterrâneo. Ao realizar a leitura das frases agrupadas pelo software, percebe-se que: a palavra meio está vinculada a qualidade dos produtos no mercado global, já a palavra promover está mais correlacionada a saúde e segurança do trabalho, já a palavra superficial está relacionada a gestão dos recursos hídricos subterrâneos e superficiais. Na figura 6 a seguir, apresentamos a nuvem de palavras que simboliza os resultados elencados durante o ano de 2016. Figura 6. Nuvem de palavras 2016.

  30. Fonte: Iramuteq, elaborado pelos autores A Figura 6 as palavras com maior representatividade estatística são: Colaborador, Qualidade, Treinamento e Companhia são as que mais se destacam apresentando uma maior importância nos relatórios estudados, pois apresentam maior frequência e representatividade nos relatórios analisados neste ano, podemos desta forma perceber uma preocupação das empresas com a questão social de seus colaboradores. A figura 7, é referente as classes de palavras coletadas em 2017, a qual evidencia quatro classes de análise. A classe número 1 obteve percentual de representatividade de 19,6%, já a classe 2 alcançou em valores percentuais o correspondente à 34,8%, sendo a classe com maior representatividade, a classe 3 teve o mesmo valor da classe 1 de 19,6%. Já a classe 4 apresentou valor de 26,1% de representatividade sendo considerada a classe principal dentre as observadas. Figura 7. Gráfico de Alceste 2017.

  31. Fonte: Iramuteq, elaborado pelos autores A classe principal (classe 4) obteve destaque para questão social dos relatórios, onde as palavras “segurança”, “treinamento”, “saúde” e “colaborador” sobrepõem-se as outras, mostrando ainda uma preocupação em relação a mão de obra da empresa. As demais classes apresentam destaque voltado para parte ambiental e de produção dos relatórios, uma vez que palavras como “fazenda”, “meta”, “sistema”, “unidade” e “gestão” na classe 1, “agrícola” e “processo” na classe 2, “água”, “superficial” e “solo” na classe 3” mostram um aumento na preocupação com a divulgação da questão ambiental em seus relatórios em relação ao ano anterior. A seguir apresentamos o Gráfico referente a Análise de Similitude evidenciado na Figura 8. Figura 8. Gráfico de Similitude 2017.

  32. Fonte: Iramuteq, elaborado pelos autores No gráfico de similitude exposto na Figura 6 do ano de 2017, observou-se que de um lado do gráfico a palavra que teve maior destaque foi, agrícola, e as palavras que tiveram uma relação com ela foram, adequado, realizar, evitar e estabelecer, assim demonstrando um olhar voltado para os processos de produção do campo. Do outro lado podemos ver que a palavra com maior destaque é promover, e as demais que tiveram ligação com ela foram: avaliar, produzir, controlar diretamente vinculadas aos trabalhadores. Na figura 9, é apresentada a nuvem de palavras relatias ao ano de 2017. Figura 9. Nuvem de palavras 2017. Fonte: Iramuteq, elaborado pelos autores Neste ano (2017), nota-se um destaque para palavras relacionadas com a produção das empresas, onde são destaque “fazenda”, “agrícola”, “companhia”, “qualidade”, “colaborador”, “meio”, “água” e “promover”, em acordo com os gráficos anteriores deste mesmo ano, mostrando uma pequena evolução das palavras em destaques no ano anterior relacionadas com a produção e meio ambiente. A seguir apresenta-se a CHD, Gráfico Alceste do ano de 2018 na figura 10.

  33. Figura 10. Gráfico de Alceste 2018. Fonte: Iramuteq, elaborado pelos autores Na Figura 10 do ano de 2018, podemos observar que nenhuma classe é considerada a principal, pois temos dois grupos, onde a classe 1 com percentual de 28,6% está interligada a classe 2 (20%) e a classe 3 (31,4%) está interligada a classe 4 com 20% de destaque no texto. Desta forma, ao observarmos o gráfico de forma geral podemos perceber uma atenção maior para área de produção e questão social envolvendo seus funcionários, de forma que no primeiro grupo. A classe 2 tem destaque para palavras com “estar”, “bem” e “recurso”, já a classe 1 apresentou destaque para “segurança”, “fazenda” e “ocupacional” afirmando a preocupação com a questão social das empresas. O segundo grupo composto pela classe 4 e a classe 3 apresenta como destaque as palavras “contar” e “agrícola”, “insumo” e “fruta” apresentando uma relação com produção e abastecimento das empresas. Já a Figura 11, apresenta o Gráfico de similitude do ano de 2018. Figura 11. Gráfico de Similitude 2018.

  34. Fonte: Iramuteq, elaborado pelos autores O gráfico de Similitude em 2018 também apresenta destaque em dois grupos de palavras interligadas entre si, mostrando relação e reafirmando o interesse das empresas no que diz respeito a questão social e segurança de seus trabalhadores, além de um grupo onde há destaque da questão de produção e de forma tímida ao meio em que são produzidos. Na Figura 12, são apresentadas as palavras que representam a nuvem de frequência mais significativa neste âmbito. Figura 12. Nuvem de palavras 2018.

  35. Fonte: Iramuteq, elaborado pelos autores A nuvem de palavras reafirma o conversado nos gráficos anteriores deste mesmo ano, uma vez que se destacam as palavras “segurança”, “companhia”, “qualidade”, “agrícola”, e de forma secundária as palavras “água”, “fazenda”, “meio”, “fazenda”, atividade” e “melhoria”. Desta forma, em 2018 as companhias apresentam preocupação com questões sociais de seus colaboradores e com o sistema de produção. Os resultados dos anos de 2016, 2017 e 2018, apresentam correlação positiva da companhia SLC AGRÍCOLA com os padrões de qualidade e gestão da cadeia de suprimentos. Já a BRASILAGRO está mais diretamente vinculada a promoção da saúde e segurança do trabalhador. Foram identificados diversos riscos associados aos negócios das companhias, no entanto, somente a BRASILAGRO e SLC AGRÍCOLA fizeram referência aos riscos climáticos. A BRASILAGRO apresentou descontinuidade de divulgação do relatório de sustentabilidade e reportou os riscos associados ao clima nas demonstrações contábeis e no formulário de referência. Já a SLC AGRICOLA divulgou os relatórios de sustentabilidade de forma contínua e realizou o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa no Programa Brasileiro GHG Protocol nos anos de 2017 e 2018. A SLC AGRÍCOLA reporta em suas Demonstrações Financeiras que as projeções futuras de expansão de áreas plantadas e de rendimento das colheitas podem sofrer alterações causados pelos riscos climáticos. A referida companhia informa ainda que a estratégia adotada pela empresa para amenizar os riscos climáticos é não concentrar suas 16 unidades produtivas em uma só região geográfica. As informações reportadas nos relatórios de sustentabilidade e inventário de emissões evidenciam a crescente produção da companhia em termos de extensão territorial e emissões de gases de efeito estufa. Nenhuma das companhias analisadas tem seus relatórios de sustentabilidade e ou inventário de emissão auditados ou assegurados. Os resultados reportados pelas companhias corroboram com a Teoria da Legitimidade citada por Machado e Ott (2005), contudo, contrapõe-se a Teoria Institucional citada por Sardeiro e Souza (2018), uma vez que os resultados apresentados pelas duas companhias analisadas não são similares.

  36. Abaixo no Quadro 2 são evidenciados os riscos identificados pelas companhias estudadas. Quadro 2 – Reporte dos Riscos Associados às Mudanças Climáticas nas Demonstrações Contábeis. COMPANHIAS BRASILAGRO Riscos econômicos, incêndios, liquidez, regulatórios, acidentes e climáticos. SLC AGRICOLA Riscos climáticos, pragas e doenças, logística e cambiais. COMPANHIAS BRASILAGRO Riscos econômicos, incêndios, liquidez, regulatórios, acidentes e climáticos. SLC AGRICOLA Riscos climáticos, pragas e doenças, logística e cambiais. COMPANHIAS BRASILAGRO Riscos econômicos, incêndios, liquidez, regulatórios, acidentes e climáticos. SLC AGRICOLA Riscos climáticos, pragas e doenças, logística e cambiais. Fonte: Elaborado pelos autores. Com base nos resultados apresentados e nos estudos realizados é possível ANO: 2016 ANO: 2017 ANO: 2018 tecer considerações acerca do disclosure climático, reporte dos riscos climáticos e a importância do tema no agronegógio: 1. A matriz de materialidade adotada no estudo, a qual aponta as áreas em que são mais relevantes para o reporte climático no agronegócio, adequam-se ao modelo SASB principalmente nos itens Capital Social relativo ao enfoque na qualidade e segurança do produto e no Capital Humano, relacionado à Saúde e Segurança do Trabalhador; 2. Os riscos climáticos implicam em perdas significativas ao agronegócio e a economia brasileira. Urgem medidas de intensificação dos processos de mitigação, adaptação que sejam efetivamente promovidas monitoradas e estimuladas por políticas públicas, seja no Plano Safra, seja nas políticas setoriais; 3. Os riscos climáticos apontam cenários preocupantes em relação à ocorrência de sinistros no segmento da agropecuária; 4. O reporte climático apesar de ser pouco expressivo, dado o número de segmento de textos coletados, vem aumentando ao se comparar os resultados de 2016 para o ano de 2018, uma vez que o número de classes de correlações entre as palavras aumenta de duas para quatro classes, ou seja 50%; 5. A forma com que os riscos são registrados nas demonstrações contábeis e Relatórios de Sustentabilidade limitam-se ao processo de declaratório não pormenorizado em termos financeiros e ou operacionais;

  37. 6. Existem oportunidades de disclosure com maior qualidade da informação ao se cruzar os dados científicos reportados pelo potencial de sequestro de carbono implantadas nas técnicas de manejo das culturas que ainda não foram reportadas nos relatórios de sustentabilidade ou demonstrações contábeis. A exemplo da ILPF, adubação verde, Plantio Direto, SAF, etc.; 7. Existem oportunidades de captação e financiamento das operações como menores custo no âmbito ao se observar o Plano ABC, os títulos verdes como os Green Bonds, os quais podem intensificar o processo de mitigação e adaptação das organizações. Além do mais a melhoria do reporte tem o potencial de contribuir com a intensificação dos investimentos externos nas companhias brasileiras. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A geração de informações faz parte da contabilidade, como essência da ciência contábil, diante disso, o objetivo geral desta pesquisa consistiu em verificar os aspectos evidenciados no disclosure das mudanças e riscos climáticos, nas companhias do setor agropecuário listadas na B3 no período de 2016 a 2018. Os resultados encontrados indicam que das companhias analisadas somente duas reportam acerca do disclosure das mudanças e riscos climáticos. Dentre as instituições que evidenciam tais dados estão a BRASILAGRO e a SLC Agrícola. A SLC AGRÍCOLA possui correlação positiva significativa com os padrões de qualidade e gestão da cadeia de suprimentos. Já a BRASILAGRO está mais diretamente vinculada a promoção da saúde e segurança do trabalhador. Foi verificado que os riscos, as formas de identificação, de tratamento e monitoramento estão previstos nas políticas contábeis nas Demonstrações Contábeis em suas Notas Explicativas. As medidas de mitigação referentes as mudanças climáticas e ou emissões são evidenciadas nos relatórios de sustentabilidade ou relatórios auxiliares citados nos relatórios de sustentabilidade. Os achados do estudo sugerem que apesar de existir o reporte disclosure das mudanças e riscos climáticos ainda é baixo o nível de evidenciação, bem como o reporte das medidas de mitigação e ou adaptação às mudanças do clima por parte das companhias analisadas. Apesar disso, do ano de 2016 para o ano de 2018, o número de classes de correlações entre

  38. as palavras aumenta de duas para quatro classes o que indica que está havendo a melhoria do reporte ao logo dos anos. O estudo identificou que os relatórios de sustentabilidade não passam pelo processo de asseguração pelas companhias de auditoria. Quanto ao último objetivo que visou discutir a importância do disclosure climático no segmento, verifica-se que as evidencias coletadas, denotam a necessidade ampliar o reporte climático. As oportunidades de melhoria do reporte e posicionamento estratégico das organizações podem ser resumidas em: ampliação do leque de captação de recursos como; e na evidenciação física e monetária das técnicas, tecnologias e recursos de manejo agrícola de caráter sustentável que contribuem com a mitigação e adaptação às mudanças climática. Os achados corroboram com a Teoria da Legitimidade e contrapõem-se a Teoria Institucional. Futuros estudos podem ser realizados no sentido de investigar nas bolsas de valores nos mercados internacionais os reportes do segmento enfocado neste estudo. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABDALA, K. de O.; LEE, F.; FERREIRA, M. E. RISCO DE IMPACTOS AMBIENTAIS GERADOS PELA DINÂMICA DE USO DO SOLO NO ESTADO DE GOIÁS: UMA ABORDAGEM MULTIMÉTODOS. Revista Brasileira de Cartografia, v. 68, n. 2, 2016. ALMEIDA, F. Os desafios da sustentabilidade– uma ruptura urgente. Rio de janeiro: Elservier Campus, , 2007. 280 p. ROSA, amaral, M. Considerations on the use of IRAMUTEQ software for qualitative data analysis. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 53, p. e03468, 25 jun. 2012. ARAÚJO, Hellen Gomes de; PONTES, Jonathan Samuel Jesus. Participação do agronegócio no PIB brasileiro e sua dependência do sistema rodoviário para o escoamento da produção. REMIPE-Revista de Micro e Pequenas Empresas e Empreendedorismo da Fatec Osasco, v. 4, n. 2 jul-dez, p. 239-250, 2018.

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