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. Fonte: United Colors of Benetton. Problemas dermatol
E N D
1. Afecções dermatológicas
2.
Fonte: United Colors of Benetton
3. Problemas dermatológicos – A pele A pele é o maior órgão do corpo humano
envolve o corpo determinando seu limite com o meio externo.
16% do peso corporal e exerce diversas funções.
órgão vital e, sem ela, a sobrevivência seria impossível.
A cor, a textura e as pregas da pele ajudam a caracterizar os indivíduos.
4. Problemas dermatológicos – A pele Qualquer alteração da função ou do aspecto da pele pode acarretar consequências importantes para a saúde física e mental.
É formada por três camadas:
epiderme,
derme e
Tecido subcutâneo
da mais externa para a mais profunda, respectivamente.
6. Pele - a epiderme Camada mais externa da pele
Constituída por células epiteliais (queratinócitos) com disposição semelhante a uma "parede de tijolos".
Estas células são produzidas na camada mais inferior da epiderme (camada basal ou germinativa) e na sua evolução em direcção à superfície sofre processo de queratinização ou cornificação, que dá origem à camada córnea, composta basicamente de queratina (a proteína responsável pela impermeabilização da pele).
8. Problemas dermatológicos – A pele - a epiderme A renovação celular constante da epiderme faz com que as células da camada córnea sejam gradativamente eliminadas e substituídas por outras.
Queratinócitos
Melanócitos (produzem o pigmento que dá cor à pele -melanina e células de defesa imunológica (células de Langerhans).
9. A pele A epiderme dá origem aos anexos cutâneos: unhas, pêlos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas.
A abertura dos folículos pilossebáceos (pêlo + glândula sebácea) e das glândulas sudoríparas na pele formam os orifícios conhecidos como poros.
12. A pele - anexos cutâneos - unhas As unhas são formadas por células corneificadas (queratina) que formam lâminas de consistência endurecida. Esta consistência dura, confere protecção à extremidade dos dedos das mãos e pés.
14. A pele - anexos cutâneos - pêlos Podem ser minúsculos e finos (lanugos) ou grossos e fortes (terminais).
No couro cabeludo, os cabelos são cerca de 100 a 150 mil fios e seguem um ciclo de renovação no qual aproximadamente 70 a 100 fios caem por dia para mais tarde darem origem a novos pêlos.
15. Este ciclo de renovação apresenta 3 fases: anágena (fase de crescimento) - dura cerca de 2 a 5 anos, catágena (fase de interrupção do crescimento) - dura cerca de 3 semanas e telógena (fase de queda) - dura cerca de 3 a 4 meses.
17. Problemas dermatológicos – A pele - anexos cutâneos As glândulas sudoríparas produzem o suor e têm grande importância na regulação da temperatura corporal.
São de dois tipos: as écrinas, que são mais numerosas, existindo por todo o corpo e produzem o suor eliminando-o directamente na pele. E as apócrinas, existentes principalmente nas axilas, regiões genitais e ao redor dos mamilos.
São as responsáveis pelo odor característico do suor, quando a sua secreção sofre decomposição por bactérias.
18. Problemas dermatológicos – A pele - anexos cutâneos As glândulas sebáceas produzem a oleosidade ou o sebo da pele. Mais numerosas e maiores na face, couro cabeludo e porção superior do tronco, não existem nas palmas das mãos e plantas dos pés.
Estas glândulas eliminam sua secreção no folículo pilo-sebáceo.
19. Problemas dermatológicos – A pele - A derme A derme, está localizada entre a epiderme e a hipoderme, é responsável pela resistência e elasticidade da pele.
É constituída por tecido conjuntivo (fibras colágenas e elásticas envoltas por substância fundamental), vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e terminações nervosas.
Os folículos pilossebáceos e glândulas sudoríparas, originadas na epiderme, também se localizam na derme.
20. Problemas dermatológicos – A pele - A hipoderme A hipoderme, também chamada de tecido celular subcutâneo, é a porção mais profunda da pele é composta por feixes de tecido conjuntivo que com os adipócitos formam lobos de gordura. A sua estrutura fornece protecção contra traumas físicos, além de ser um depósito de calorias.
21. Funções da pele
22. Funções da pele Protecção
Regulação do calor
Percepção sensorial
Excreção
Produção de Vit. D
Expressão
23. Variações da pele com a idade …
24. Variações da pele com a idade …
25. Colheita de dados
26. Dados subjectivos História do utente
Se o utente refere alguma alteração cutânea ao longo da sua história de vida deve se colher a seguinte informação:
Condição normal da pele: aparência, cor, humidade textura e integridades usuais.
Aparecimento do problema: locais iniciais
Alterações desde o aparecimento: alterações na localização das lesões; alterações na aparência; aumento do tamanho; novos sintomas como dor e prurido
Causas específicas conhecidas (ex: contacto com algo)
27. Dados subjectivos Se a causa é desconhecida:
Exposição recente a substancias sensibilizadoras
Prescrição de novos medicamentos
Actividades novas de recreio (pintura, campismo)
Exposição ao sol ou ao frio
Factores que aliviam: prescrição médica
Reacção psicológica às alterações cutâneas: uso de cosméticos.
28. Dados objectivos A pele pode ser observada por inspecção e observação directa sem instrumentos mas com boa luminosidade.
A palpação também é usada na obtenção de dados sobre alguns tipos de lesões.
Podem se identificar muitos distúrbios cutâneos simplesmente através do exame visual.
29. Dados objectivos Parâmetros de avaliação geral da pele:
Coloração
Pigmentação
Pele escura
Aporte de sangue
Temperatura
Humidade
Elasticidade, mobilidade e turgescência
Textura
Espessura
Odor
30. Dados objectivos Estruturas
Cabelo
Unhas
31. Dados objectivos Lesões
Tipo
Cor
Tamanho
Forma e configuração
Textura
Teste de branqueamento
Disposição
Distribuição
Variedade
32. Exames de diagnóstico Os exames de diagnóstico geralmente são feitos para confirmar diagnósticos de certas doenças de pele.
Contudo, a maior parte das doenças cutâneas são diagnosticadas por exame físico
33. Exames de diagnóstico – testes laboratoriais Teste de Tzanck - ajuda a diagnosticar infecções cutâneas virais
As doenças vesiculares podem ser diferenciadas pelo teste de TzancK
O topo da vesícula é cortado e retirada uma amostra da base da vesícula sendo posteriormente examinado o material ao microscópio.
A identificação de células com tamanho aumentado ou agrupadas indica uma infecção viral.
O exame da amostra pode revelar um vírus, ou células acantolíticas (as células escorregam, passando umas pelas outras e o líquido acumula-se entre elas.
34. Exames de diagnóstico – testes laboratoriais Teste de hidróxido de potássio
Se se considerar o factor causal um fungo, pode ser efectuado o exame de hidróxido de potássio (KOH)
A lesão é raspada com uma lamina e a raspagem é colocada sobre uma lamela, que é colocada numa solução de >KOH para estudo microscópico.
35. Exames de diagnóstico – testes laboratoriais Cultura
Se a lesão primária é uma pústula, pode ser obtida uma cultura do seu conteúdo para identificar o microorganismo causador.
Streptococcus e estafilococcus são geralmente identificados.
36. Exames de diagnóstico - Testes especiais Pode ser necessário fazer uma biopsia para exame microscópico.
As espécimes cutâneas podem ser obtidas tanto por incisão e sutura como por biopsia por punção, a qual não exige sutura.
Para realizar este procedimento simples, o médico comummente anestesia uma pequena área da pele com um anestésico local e, utilizando um bisturi, remove um fragmento de pele .
Frequentemente o corte é fechado com um ponto.
37. Diagnóstico de Distúrbios Cutâneos Lampada de Wood
Num exame com luz de Wood, uma determinada frequência de luz ultravioleta (negra) torna alguns fungos visíveis e pode, ainda, tornar algumas alterações da pigmentação mais visíveis.
38. Uso de lente de aumento
O uso de uma lente de aumento pode clarificar uma alteração que estamos a observar
39. Diagnóstico de Distúrbios Cutâneos Em resumo:
As características reveladoras de anomalia incluem:
tamanho,
forma,
cor
localização da anomalia,
além da presença ou ausência de outros sinais ou sintomas.
40. Diagnóstico de Distúrbios Cutâneos Atenção:
Muitos problemas que ocorrem na pele são limitados à ela.
Contudo, a pele, algumas vezes, revela uma doença sistémica, por exemplo, os indivíduos com LES apresentam uma erupção cutânea avermelhada incomum nas bochechas, geralmente após a exposição à luz solar.
41. Lupus
42. Diagnóstico de Distúrbios Cutâneos Atenção:
Consequentemente, deve se levar em conta muitas causas possíveis ao avaliar distúrbios cutâneos.
O exame de toda a superfície cutânea e a busca de determinados padrões de uma erupção cutânea podem auxiliar na identificação de qualquer doença possível.
43. Diagnóstico de Distúrbios Cutâneos Atenção:
Para verificar a distribuição de um distúrbio cutâneo, pode se solicitar ao paciente que ele se dispa completamente, mesmo que este tenha percebido somente uma pequena alteração em uma pequena área do corpo.
Podem também ser solicitados exames de sangue ou outros exames laboratoriais mesmo quando o indivíduo apresenta um problema limitado exclusivamente à pele.
44. Testes de reacção alérgica
45. Nomenclatura para as Lesões e Tumores da PeleLesões primárias Pele atrófica: Pele enrugada e da espessura do papel.
Escoriação: Uma área crostosa, escavada ou linear, causada pelo acto de arranhar, friccionar ou picar a pele.
Abcesso: concentração de pus circunscritos que envolvem as camadas mais profundas da pele .
46. Lesões primárias Mácula: Uma mancha plana e com coloração anormal com qualquer forma e com menos de 1 cm de diâmetro. As sardas, os nevos planos, as manchas cor vinho do Porto e muitas erupções cutâneas são máculas. Uma mancha é como uma mácula, porém maior.
Nódulo: Uma formação sólida, que pode ser elevada. Algumas vezes, ele parece formar-se abaixo da superfície cutânea e pressionar para cima (lipomas).
Pápula: Uma protuberância sólida com menos de 1 cm de diâmetro, elevada palpável firme e circunscrita. As verrugas, as picadas de insectos, os pólipos cutâneos e alguns cancros de pele são pápulas.
47. Lesões primárias Pústula: É uma lesão elevada, superficial com conteúdo purulento (acumulo de leucócitos)
48. Lesões primárias Telangiectasia: Vasos sanguíneos dilatados localizados no interior da pele e que apresentam um aspecto tortuoso. Etiologia desconhecida ou decorrente do uso de corticóides.
49. Lesões primárias Vesícula: Um pequeno ponto cheio de líquido com diâmetro inferior a 0,5 cm. Uma bolha é uma vesícula maior. As picadas de insectos, o herpes zoster, a varicela, as queimaduras e as irritações produzem vesículas e bolhas.
Urticária: Edema de uma área da pele que produz uma elevação macia e esponjosa que aparece subitamente e, em seguida, desaparece. As urticárias são reacções alérgicas habituais a medicamentos, picadas de insectos ou a algo que tenha entrado em contacto com a pele.
50. Lesões secundárias Escamas: Áreas de células epidérmicas mortas e aglomeradas que produzem uma crosta seca e descamativa. As escamas ocorrem em casos de psoríase, dermatite seborréica e em muitos outros distúrbios.
Crosta: Sangue, pus ou líquidos da pele secos sobre a superfície da pele. A crosta pode formar-se em qualquer lugar onde ocorreu uma lesão cutânea.
Erosão: Perda parcial ou total da superfície da pele. As erosões ocorrem quando a pele é lesada por infecção, pressão, irritação ou calor.
51. Lesões secundárias Escoriação: Uma área crostosa, escavada ou linear, causada pelo acto de arranhar, friccionar ou picar a pele.
Cicatriz: Área onde a pele normal foi substituída por tecido fibroso. As cicatrizes formam-se após a destruição de alguma parte da derme.
52. Lesões secundárias Úlcera: Como uma erosão, porém mais profunda, penetrando a derme pelo menos parcialmente. As causas são as mesmas que as das erosões.
Pele atrófica: Pele enrugada e da espessura do papel.
53. Glossário de termos importantes… Abcesso – Colecção de pus localizado
Alopecia – Ausência de pêlos ou cabelos onde habitualmente existem
Antraz – Grande abcesso com necrose central (colecção de furúnculos)
Bolha – colecção líquida na epiderme, geralmente com mais de 5 mm de diâmetro
Celulite – Infecção da pele e tecido subcutâneo
Descamação – libertação de pequenas escamas da porção superficial da pele
54. Glossário de termos importantes… Enantema – erupção localizada na superfície de uma mucosa, geralmente na cavidade oral
Erosão – desintegração localizada das camadas exteriores da pele
Exantema – rash cutâneo
Exantema herpetiforme – aglomerado de vesículas
Fissura – risca cutânea linear superficial
Furúnculo – nódulo cutâneo contendo pús geralmente com início num folículo piloso
55. Glossário de termos importantes… Liquenificação – espessamento cutâneo com acentuação das marcas da pele
Mácula – área da pele não elevada e circunscrita de dimensões reduzidas
Nódulo – lesão arredondada sólida geralmente com mais de 1 cm de diâmetro e mais profunda do que a pápula
Pápula urticariforme – zona da pele com elevação branco- avermelhada bem circunscrita causada por edema
Petéquias – pequenas manchas hemorrágicas de 1 a 2 mm de diâmetro e que não desaparecem com a pressão
56. Glossário de termos importantes… Púrpura – situação resultante da saída de sangue dos vasos sanguíneos, geralmente sob a forma de petéquias ou equimoses
Pústula – pequena área de elevação da pele contendo pús (células inflamatórias)
Queratose – espessamento da pele com aumento de dureza
Telangiectasia – dilatações localizadas dos pequenos vasos superficiais ao nível da pele
57. Denominação das lesões cutâneas Anelar – em forma de anel
Centrífuga – afectando predominantemente as extermidades
Centrípta – atingindo predominantemente cabeça e tronco
Pleomórfica – em diferentes formas
Reticular – com aspecto de rede
Simétrica/ Assimétrica
58. Problemas dermatológicos Infecções Fúngicas
Dermatofitoses
Infecções bacterianas
Doenças virais
Acne
Dermatite
Doenças pápulo-descamativas
Doenças bulhosas
59. Problemas dermatológicos Infecções Fúngicas
61. Infecções Fúngicas Os fungos são maiores e mais complexos do que as bactérias.
Podem ser unicelulares (ex. fermentos), ou multicelulares (bolores)
Muitos tipos são patogénicos para o ser humano, causando doenças de pele comuns ou doenças sistémicas sérias
62. Infecções Fúngicas Candidíase
63. Infecções Fúngicas – candidíase A Candida albicans é um fungo tipo fermento, geralmente habita o tracto gastrointestinal, a boca e a vagina, mas não está geralmente presente na pele.
A Candidíase (monolíase), é a inflamação associada ao crescimento do microorganismo na pele, é causada pelas toxinas que são libertadas.
64. Candidiase cutânea
65. Infecções Fúngicas – candidíase Factores predisponentes:
Gravidez
Uso de pílula contraceptiva
Malnutrição
Antibioterapia
Diabetes Mellitus
Outras doenças endócrinas
Inalação de corticosteroídes
Doenças imunosupressoras
66. Infecções Fúngicas – candidíase Fisiopatologia
desenvolve-se num ambiente quente e húmido como o períneo, espaços interdigitais.
A candidíase das mucosas tem um aspecto de aftas. As lesões são brancas e podem estender-se até ao esófago (“sapinhos”)
Ao nível vaginal causa prurido intenso, com corrimento vaginal branco e espesso
67. Infecções Fúngicas – candidíase Fisiopatologia
A candidíase da pele aparece como áreas de erupção, pruriginosas, húmidas, inflamadas, com vesículas e pústulas e ocorre mais frequentemente nas pregas cutâneas, como sulco infra mamário e sulco intra-nadegueiro, ou na região inguinal.
68. Infecções Fúngicas – candidíase Epidemiologia:
Não disponível
Diagnóstico:
Aparência clínica
Exame microscópico
69. Infecções Fúngicas – candidíase Cuidados em colaboração:
Manter a pele seca, para evitar maceração
Usar roupas larga e de algodão
Aplicação dos medicamentos tópicos:
Nistatina
Anfotericina
Clotrimazol
Ciclopirox
Quetoconazol
70. Possíveis Diagnósticos de Enfermagem 1.Oportunidade de aprendizagem cognitiva [acerca da] candidíase;
2. Oportunidade de aprendizagem de capacidades regime terapêutico
3. Auto-estima alterada
4. Risco de maceração
5.Não adesão ao regime terapêutico
6.Bem-estar físico alterado
7. Prurido presente
71. Possíveis Intervenções de Enfermagem 1. Informar [acerca da] candidíase
2. instruir/treinar/assistir/supervisionar/avaliar [implementação do] regime medicamentoso.
3. Estabelecer relação com o doente
3. Escutar o doente
3. Informar acerca do curso da doença
4. vigiar a pele
Executar tratamento à ferida
72. Possíveis Intervenções de Enfermagem 5. Gerir ambiente físico
6. Ensinar para o uso de roupas largas
7. Ensinar acerca de regime medicamentoso
8. Ensinar acerca de regime terapêutico
a. gerir ambiente físico
b. Ensinar acerca de regime terapêutico
c. Aplicar água fria.
73. Infecções Fúngicas – candidíase Ensino ao doente e família
Prevenção
Eliminação de factores como o ambiente quente e húmido
Ensino para a a detecção precoce (ensinando a pessoa a a avaliar as mucosas e as pregas cutâneas)
O doentes imunodeprimidos devem receber terapia preventiva.
74. Dermatofitoses
75. Dermatofitoses Tinea capitis - etiologia Inadequadamente designada por tinha do couro cabeludo.
Pode ser causada por:
Microsporum
Trichophyton
Microsporum audouinii.
76. Dermatofitoses Tinea capitis - Fisiopatologia A lesão característica é redonda com eritema, uma ligeira descamação e algumas pústulas que aparecem nos bordos da lesão.
Queda de cabelo temporária
Pode desenvolver-se uma situação inflamatória - Quérion
77. Dermatofitoses Tinea capitis – diagnóstico e tratamento Quando colocados sob uma luz de Wood os cabelos aprecem com cor azul-esverdeada flurescente.
Tratamento
Griseofulvina (500mg P.O)
Tolnaftato (1%) aplicado 2x dia
78. Dermatofitoses Tinea capitis – Ensinos ao utente Compreender a razão do tratamento
O couro cabeludo deve ser lavado pelo menos 2x por semana
Se ocorrer inflamação o couro cabeludo deve ser lavado diariamente.
79. Dermatofitoses Tinea corporis e cruris - etiologia infecções dermatológicas
Tinea corporis - crianças que vivem em climas quentes e húmidos
Tinea cruris - mais frequente em homens especialmente nos que têm pé de atleta (tinha do pé) - Tinea Pedis e nos que utilizam frequentemente apoios atléticos ou calções apertados.
Também ocorre em mulheres que usam collants ou calças apertadas
80. Dermatofitoses Tinea corporis e cruris - epidemiologia As lesões da Tinea corporis ocorrem em partes do corpo que não têm cabelo e apresentam-se de forma rasa com um bordo escamoso e eritematoso e um centro mais claro.
As lesões da Tinea cruris ocorrem nas áreas quentes, húmidas na região inguinal. As lesões são bilaterais e estendem-se para fora, a partir da região inguinal, ao longo da face interior da coxa. A cor vai do castanho ao vermelho, não há descamação e geralmente existe prurido.
82. Dermatofitoses Tinea corporis e cruris – tratamento Aplicação de fungicidas tópicos
Griseofulvina
83. Dermatofitoses Tinea corporis e cruris – ensino ao utente As áreas afectadas devem ser mantidas limpas e secas
Evitar tomar demasiados banhos
A roupa interior deve ser larga
84. Dermatofitoses Tinea pédis A forma mais comum é a interdigital (especialmente no 4.º espaço), pode estender-se para debaixo dos dedos ou para a planta dos pés
O doente pode:
estar assintomático,
ter prurido e queimadura na área afectada
As unhas podem tornar-se descoloridas, espessas ou tortas.
Pode ser confundida com outras patologias.
85. Tinea pedis
86. Dermatofitoses Tinea pédis – cuidados em colaboração O tratamento depende do estado da infecção
Geralmente resolve com a aplicação de um anti-fungico
Se as lesões são espessas é necessário aplicar um unguento para que o anti-fungico consiga penetrar.
87. Dermatofitoses Tinea pédis – ensinos ao utente Ensino acerca:
Higiene dos pés
Manter a pele seca, (secar entre os dedos após o banho)
Aplicação do anti-fungico
Roupa
As meias devem ser de algodão
Se possível usar sandálias, ou andar descalço
88. Infecções bacterianas Erisipela
Impetigo
Furúnculos
89. Erisipela
90. Erisipela - definição Infecção bacteriana da pele que atinge sua porção mais profunda (derme profunda e tecido adiposo).
Streptococcus hemolítico e S. Aureus.
91. Erisipela - Manifestações clínicas
92. Erisipela - Manifestações clínicas Caracteriza-se por:
Inflamação localizada e edema da pele e tecidos cutâneos subjacentes.
A progressão é rápida, podendo atingir áreas extensas em pouco tempo.
A pele lisa, avermelhada e quente e, em alguns casos, pode haver a formação de bolhas (erisipela bolhosa) ou feridas.
Febre e mal estar geral e habitualmente ocorre o aumento dos gânglios linfáticos regionais e tornam-se dolorosos.
93. Erisipela - Manifestações clínicas Mais comummente, a infecção ocorre na face, nos membros superiores ou inferiores.
Algumas vezes, esta infecção inicia-se numa área de pele lesada. Esta é então a porta de entrada da bactéria para os tecidos profundos da pele.
Uma linha nítida e brilhante separa a pele doente da pele normal.
A infecção propaga-se por via linfática e hemática.
94. Erisipela - Manifestações clínicas Na erisipela da perna é muito comum a porta de entrada ser uma frieira entre os dedos dos pés
Os indivíduos com infecções particularmente graves apresentam febre e calafrios.
Surtos repetidos de erisipela podem causar a elefantíase nostra, na qual o local apresenta aumento de volume devido a um edema duro e persistente, podendo a pele adquirir aspecto verrucoso.
95. Erisipela - Tratamento O tratamento é feito com ATB específica para a bactéria causadora.
Deve ser tratada também a origem da infecção (porta de entrada da bactéria), para evitar a recidiva da doença (erisipela de repetição) e a possibilidade do surgimento da elefantíase de difícil tratamento.
96. Erisipela - Tratamento Penicilina ou Eritromicina administradas por via oral, durante 2 semanas, curam as infecções leves.
Infecção é grave = antibiótico injectável, geralmente a penicilina.
97. Erisipela – cuidados em colaboração As lesões devem ser imobilizadas e elevadas para diminuir o edema local
Pensos húmidos podem diminuir a dor
Se ocorrer a formação de abcesso, pode estar indicado a sua incisão e drenagem.
98. Ensino ao doente e á família ?
99. Furúnculo
100. Furúnculo – definição/etiologia É uma Infecção bacteriana da pele que causa a necrose do folículo pilosebáceo.
Os furúnculos são áreas grandes, elevadas, dolorosas e inflamadas causadas por uma infecção por Staphylococcus em torno dos folículos pilosos.
101. Furunculo
102. Furúnculo - Manifestações clínicas A lesão inicia-se por um nódulo muito doloroso, vermelho, inflamatório, endurecido e quente e centrado por um pêlo, onde pode aparecer um pequeno ponto de pus.
Com a evolução do quadro ocorre o rompimento do nódulo e a eliminação do seu conteúdo (geralmente, eles eliminam um exsudado esbranquiçado e discretamente sanguinolento). deixando a área ulcerada que vai cicatrizar.
103. Furúnculo - Manifestações clínicas pescoço
mamas
face
nádegas
virilhas
particularmente dolorosos quando se formam em torno do nariz, das orelhas ou nos dedos.
Quando ocorrem repetidamente, a doença recebe o nome de furunculose e está associada à uma deficiência do organismo em evitar a infecção do folículo.
Quando várias lesões surgem simultaneamente, próximas e interligadas, o quadro recebe o nome de antraz, ocorrência mais comum na região da nuca.
104. Antraz
105.
FURÚNCULO
106. Furúnculo - Tratamento Colecta de uma amostra do exsudado para o exame laboratorial
Prescrição de um antibiótico, local ou sistémico.
Nos casos muito dolorosos e com superfície amolecida, pode ser feita a drenagem da lesão, com alívio imediato da dor.
107. O calor húmido favorece o acúmulo do pus e pode fazer com que o furúnculo drene espontaneamente.
À medida que o furúnculo drena, deve haver o cuidado para manter o conteúdo fora da pele circundante, para evitar recorrências.
108. Furúnculo - Tratamento A melhor maneira de se prevenir esta infecção ou a sua disseminação a outros é a manutenção da pele limpa, preferencialmente com sabão líquido anti bacteriano.
Os indivíduos com furúnculos recorrentes podem ter que tomar antibióticos durante meses ou mesmo anos.
Quando ocorre a furunculose, deve-se pesquisar o que está a favorecer o aparecimento das lesões e estimular a defesa orgânica do indivíduo.
109. Fúrunculo – que intervenções?
110. Furúnculo – cuidados em colaboração Penso quente e húmido até que ocorra drenagem
Manter a drenagem infectada fora da pele circundante.
Elucidar o utente relativamente a:
Prevenção e propagação da infecção;
Cuidados com a higiene das mãos
111. Impetigo
112. - Definição O impetigo é uma infecção bacteriana cutânea causada por Staphylococcus ou por Streptococcus B hemolítico que se caracteriza pela formação de pequenas pústulas.
113. Impetigo - epidemiologia Esta doença afecta sobretudo as crianças e pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas frequentemente as lesões ocorrem na face, nos membros superiores e inferiores.
114. O impetigo pode ocorrer após uma lesão ou uma doença que provoca uma lesão cutânea (infecção fúngica,queimadura solar ou picada de insecto).
115. Impetigo - Fisiopatologia A doença caracteriza-se pelo aparecimento de vesículas e bolhas com pus que rapidamente se rompem (muitas vezes as bolhas nem são vistas) deixando áreas erosivas recobertas por crostas espessas de aspecto semelhante ao mel ressecado.
As bolhas podem ser do tamanho de uma ervilha ou até de anéis grandes.
116. Impetigo - Diagnóstico Através do quadro clínico
Cultura e coloração Gram
117. Impetigo - Manifestações clínicas As lesões podem involuir espontaneamente mas muitas vezes propagam-se às regiões próximas formando novas lesões.
Mais frequente nas épocas quentes do ano, a doença atinge principalmente as áreas de dobra da pele.
No caso do impetigo Streptocócico, há o risco de ocorrência de glomerulonefrite, devido a um fenómeno alérgico.
118. Impetigo - Manifestações clínicas Como infecção estafilocócica origina frequentemente lesões localizadas
As lesões são similares a crostas amarelo- douradas
119. Impetigo
120. Impetigo – cuidados em colaboração O tratamento consiste:
Na remoção das crostas e limpeza das lesões 2 a 3x por dia.
Antibioticoterapia local nos casos mais simples e oral (p.ex., penicilina ou cefalosporina) nos casos mais graves ou com risco de glomerulonefrite.
O tratamento precoce pode evitar que o impetigo afecte as regiões mais profundas da pele.
Raramente, o impetigo causado por Streptococcus pode levar a uma insuficiência renal.
121. Impetigo – ensino ao utente Ajudar o utente a compreender como se faz o tratamento
Na remoção das crostas e limpeza das lesões 2 a 3x por dia.
Prevenção da propagação da infecção
Após o contacto lavar as mãos com sabão anti bacteriano
Usar toalhas individualizadas
122. Doenças virais Herpes simples
Herpes Zoster
Molusco contagioso
123. Herpes
124. Herpes
125. Herpes Simples- definição Um dos vírus mais comuns nos seres humanos é o vírus do herpes simples (VHS).
Existem duas estirpes semelhantes, mas serologicamente diferentes: tipo 1 e o tipo 2.
O tipo 1 encontra-se principalmente em lesões da face e da boca, olhos e cérebro
O tipo 2 está associado a uma lesão dos genitais que pode ser transmitida por contacto sexual.
127. Herpes Simples- Epidemiologia O herpes é uma infecção causada pelo Herpes simplex virus.
Fases da infecção por VHS:
I fase - adquirida por exposição directa ao vírus, geralmente através do contacto com a pele e mucosas de um individuo afectado
O contacto com o vírus ocorre geralmente na infância, mas muitas vezes a doença não se manifesta nesta época.
128. Herpes Simples- Epidemiologia II fase - O vírus atravessa a pele e, percorrendo um nervo, instala- se no organismo de forma latente num gânglio sensitivo, até que venha a ser reactivado
A reactivação do vírus provoca recorrência da doença.
129. Herpes Simples - definição A reactivação do vírus pode ocorrer devido a diversos factores desencadeantes tais como:
exposição à luz solar intensa,
fadiga física e mental,
Stress emocional,
Febre
Alimentos salgados
Outras infecções que diminuam a resistência orgânica.
130. Herpes Simples - Manifestações clínicas Algumas pessoas tem maior possibilidade de apresentar os sintomas do herpes.
Outras, mesmo em contacto com o vírus, nunca apresentam a doença, pois a sua imunidade não permite o seu desenvolvimento.
As localizações mais frequentes são:
os lábios e a região genital, mas o herpes pode aparecer em qualquer lugar da pele.
131. Herpes Simples - Fisiopatologia Uma vez reactivado, o herpes apresenta- se da seguinte forma:
prurido
ardência no local onde surgirão as lesões.
pequenas vesículas agrupadas como num boquet sobre área avermelhada e edemaciada, ou como inflamação da córnea com fotofobia e lacrimejo.
As lesões do tipo 2 ocorrem na vagina ou no colo do útero ou na pele do pénis.
132. Herpes Simples - Fisiopatologia as bolhas rompem-se libertando líquido rico em vírus e formando uma ferida. É a fase de maior perigo de transmissão da doença.
a ferida começa a secar formando uma crosta que dará início à cicatrização.
a duração da doença é de cerca de 5 a 10 dias.
O VHS pode ser identificado pelo teste de Tzanck.
133. Herpes- Manifestações clínicas
134. Herpes- Manifestações clínicas
135. Herpes - Tratamento Os seguintes cuidados devem ser tomados durante um episódio de herpes:
Início muito precoce do tratamento
Deve ser aconselhado a aplicação de aciclovir tópico
Se as lesões forem graves deve ser ponderada a sua administração sistémica.
136. Herpes – cuidados em colaboração Deve-se aconselhar os utentes para :
evitar furar as vesículas;
evitar beijar ou falar muito próximo de outras pessoas, principalmente de crianças se a localização for labial;
evitar relações sexuais se for de localização genital;
lavar sempre bem as mãos após manipular as feridas pois a virose pode ser transmitida para outros locais do próprio corpo, especialmente as mucosas oculares, bucal e genital.
137. Herpes – Cuidados em colaboração Quando as recidivas do herpes forem muito frequentes, a imunidade deve ser estimulada para combater o vírus.
Os fenómenos desencadeantes devem ser evitados, procurando-se levar uma vida o mais saudável possível.
138. Herpes Zoster ou zona - Definição É causado pelo VZV, o mesmo vírus que causa a varicela.
Geralmente este é a resposta num hospedeiro imune ao VZV.
É menos contagioso que a varicela.
Só recorre em circunstancias raras
140. Herpes Zoster ou zona -Fisiopatologia No herpes zoster, as pequenas vesículas geralmente agrupam-se em linha.
Seguem o curso dos nervos sensitivos periféricos e frequentemente, são unilaterais.
Uma vez que seguem as vias nervosas, as lesões nunca cruzam a linha média do corpo.
2/3 das pessoas desenvolvem lesões nos dermatomas do tórax e as restantes apresentam envolvimento do nervo trigémeo com problemas da face, olhos e couro cabeludo.
142. Herpes Zoster ou zona -Fisiopatologia O Rash desenvolve-se 1.º como máculas, mas rapidamente progride para vesículas.
O líquido torna-se turvo e as crostas desenvolvem-se e caem em cerca de 10 dias.
144. Herpes Zoster ou zona – Manifestações clínicas Geralmente precedem o aparecimento das lesões:
Mal-estar
Febre
Prurido
Dor na área envolvida (esta persiste até cerca de 4 semanas)
Se as vesículas se desenvolverem dentro de 1 a 2 dias após os sintomas iniciais de dor, geralmente desaparecem em 2 a 3 semanas, mas se se desenvolverem durante uma semana, e de esperar um curso prolongado
145. Herpes Zooster
146. Herpes Zooster
147. Herpes zooster
148. Herpes Zoster ou zona – Tratamento Aciclovir P.O (400 a 800 mg) de 4 em 4 horas durante 5 – 6 dias.
Viradabina (tem mais efeitos secundários que o aciclovir)
Famciclovir
Analgésicos (os anti-inflamatórios geralmente não são eficazes)
Esteroídes (prednisolona)
Sedativos
O desconforto local pode ser aliviado com loções.
149. Herpes Zoster ou zona – Cuidados em colaboração Os utentes devem ser alvo de ensinos acerca de :
Uso de roupa larga
Prevenir a infecção
Tratamento e medicamentos
Auxilio para lidar com a neuralgia pós-herpética
150. Herpes Zoster ou zona – Cuidados em colaboração Neuralgia pós-herpética ocorre em cerca de 10% das pessoas após a infecção por herpes zoster.
A dor pode persistir durante um ano e em alguns casos pode durar alguns anos.
151. Erupções eritemato-escamosas Dermatite seborreica
Psoríase
152. Dermatite
153. Dermatite É uma inflamação superficial da pele, refere-se a diferentes doenças que resultam no mesmo tipo de lesões.
Contacto
Atópica
Líquen simples crónico
Seborreica
Numular
Estase
154. Tipos de dermatite
155. Dermatite de contacto
156. Líquen plano da mucosa
157. Rash em doente medicado com Carbamazepina
158. Dermatite seborreica
159. Dermatite seborreica A dermatite seborréica é uma inflamação das camadas superiores da pele, causando a formação de escamas no couro cabeludo, na face e, ocasionalmente, em outras áreas. Frequentemente, surge em indivíduos geneticamente predispostos
As erupções cutâneas características da doença ocorrem predominantemente nas áreas de maior produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas
160. Dermatite Seborreica - Face
161. Dermatite seborreica - causa A causa da dermatite seborréica é desconhecida mas a oleosidade excessiva e um fungo (Pityrosporum ovale) presente na pele afectada estão envolvidos no processo.
A maior actividade das glândulas sebáceas ocorre sob a acção das hormonas androgénicas, por isso, o início dos sintomas ocorre geralmente após a puberdade.
162. Dermatite seborreica - Manifestações clínicas A dermatite seborreica tem carácter crónico, com tendência a períodos de recidiva e remissão.
A doença costuma agravar se no Inverno e em situações de fadiga ou stress emocional.
As manifestações mais frequentes ocorrem no couro cabeludo e são caracterizadas por intensa produção de oleosidade (seborreia), descamação (caspa) e prurido.
A caspa pode variar desde uma fina descamação até a formação de grandes crostas aderentes ao couro cabeludo.
163. Dermatite seborreica - Manifestações clínicas Nos recém-nascidos com menos de um mês de vida, a dermatite seborreica pode causar a formação de uma lesão crostosa, amarela e espessa no couro cabeludo (crosta láctea) e, algumas vezes, uma descamação amarela atrás das orelhas e pápulas vermelhas sobre a face.
164. Frequentemente, uma erupção persistente na área da fralda acompanha a erupção do couro cabeludo. As crianças maiores podem apresentar uma erupção descamativa, espessa, persistente e com grandes escamas
165. Dermatite seborreica - Manifestações clínicas Quando atingem a pele, as lesões da dermatite seborreica são avermelhadas e com descamação gordurosa.
As áreas mais atingidas são a face (principalmente o contorno nasal, supraciliar e fronte), pavilhões auriculares e região retro auricular e o centro da região torácica
166. Dermatite seborreica - Manifestações clínicas
167. Dermatite seborreica - Manifestações clínicas Outras manifestações são a blefarite seborreica que atinge as pálpebras e a presença de lesões em áreas de dobra de pele, como as axilas e regiões infra-mamárias.
Casos graves de dermatite seborreica podem evoluir para a generalização das lesões, atingindo extensas áreas
168. Dermatite seborreica - Manifestações clínicas
169. Dermatite seborreica - Tratamento Não existe medicação que acabe definitivamente com a dermatite seborreica porém seus sintomas podem ser controlados.
Deve-se evitar a ingestão de alimentos gordurosos e de bebidas alcoólicas e o banho muito quente.
O tratamento geralmente é feito com medicações de uso local na forma de sabonetes, champôs loções capilares ou cremes, que podem conter anti-fúngicos ou corticoesteróides, entre outros componentes.
170. Dermatite seborreica - Tratamento Nos adultos, o couro cabeludo pode ser tratado com champôs contendo piritiona zinco, sulfeto de selénio, ácido salicílico, enxofre ou alcatrão.
Geralmente o utente utiliza esses champôs em dias alternados até controlar a caspa e, em seguida, duas vezes por semana.
Frequentemente, o tratamento continua durante muitos meses. Quando a dermatite retorna após a interrupção do tratamento, ele pode ser reiniciado.
As loções que contêm corticosteróides também podem ser aplicadas sobre a cabeça e outras áreas afectadas. Sobre a face, devem ser utilizadas somente loções de conticosteróides não muito fortes (p.ex., com hidrocortisona a 1%).
171. Dermatite seborreica - Tratamento Mesmo os corticosteróides pouco potentes devem ser utilizados com cautela, pois o seu uso prolongado pode reduzir a espessura da pele e causar outros problemas.
Em casos muito intensos, medicações via oral podem ser utilizadas.
O tratamento adequado vai depender da localização das lesões e da intensidade dos sintomas.
172. Dermatite de contacto
173. Dermatite de contacto É causada por agentes externos
Pode afectar diferentes partes do corpo
Existe 2 tipos:
Dermatite de contacto irritativa
Dermatite de contacto alérgica
174. Dermatite de contacto irritativa Pode aparecer em qualquer pessoa, na presença de uma quantidade suficiente de irritante:
Irritantes químicos:
Ácidos, alcalinos, solventes, detergentes, óleos insecticidas,
Irritantes biológicos
Fezes, urina toxinas de insectos, de plantas aquáticas
175. Dermatite de contacto alérgica É uma reacção imunológica de hipersensibilidade celular devido ao contacto com um antigénio específico
Hera venenosa, sintéticos, industriais químicos drogas, metais.
176. Dermatite de contacto - fisiopatologia As lesões desenvolvem-se nas áreas expostas, particularmente nas mais sensíveis.
177. Dermatite de contacto – ensinos ao utente e família A prevenção deve ser a via privilegiada na abordagem desta patologia, passa por evitar o contacto com a substância irritante ou sensibilizadora.
O tratamento passa:
por aplicação de corticosteroídes tópicos e sistémicos
Administração de anti-histamínicos
Antibióticos sistémicos quando as lesões infectam
178. Acne
179. Acne definição A acne é uma doença cutânea comum na qual os poros cutâneos tornam-se obstruídos, acarretando a formação de pápulas e de abcessos inflamados e infectados.
A causa da acne é multifactorial.
181. Acne - fisiopatologia A acne tende a afectar os adolescentes devido a uma interacção entre hormonas, óleos cutâneos e bactérias que vivem sobre e no interior da pele e no cabelo.
Durante a puberdade, as glândulas sebáceas da pele tornam-se mais activas e produzem sebo em excesso, que passa pelo canal folicular, combinando-se com fragmentos de células de glândulas sebáceas, células da epiderme e bactérias.
183. Acne - fisiopatologia Frequentemente, o sebo ressecado, a pele descamada e as bactérias acumulam-se nos poros cutâneos formando um comedão, o qual impede que o sebo flua dos folículos pilosos, atravessando os poros.
184. Acne - fisiopatologia Quando a obstrução é parcial, ocorre a formação de um comedão aberto – ponto negro (a sua cor resulta da melanina de células adjacentes).
Quando ela é total, ocorre a formação de um comedão fechado. As bactérias crescem nos poros obstruídos e degradam algumas das gorduras do sebo, irritando ainda mais a pele.
Os comedões abertos e fechados causam as erupções cutâneas que são comumente conhecidas como espinhas - borbulhas.
185. Acne - fisiopatologia
186. Acne - fisiopatologia Quando a infecção e a irritação das borbulhas pioram, pode ocorrer a formação de um abcesso.
Se um indivíduo apresenta comedões, borbulhas e pústulas sem abcessos, a condição é denominada acne superficial.
Quando borbulhas inflamadas projectam-se para o interior da pele subjacente e surgem cistos cheios de pus que podem romper e evoluir para abcessos maiores, a condição é denominada acne profunda.
187. Acne - fisiopatologia As lesões inflamatórias desenvolvem-se, aparentemente, devido à saída de sebo para a derme, o que actua como irritante, causando uma reacção inflamatória.
A acne ocorre principalmente na face e no pescoço, na parte superior do tórax e na região dorsal.
O primeiro sinal visível é o comedão e a pele caracteristicamente oleosa.
188. Acne - fisiopatologia As lesões inflamatórias incluem:
Pápulas
Pústulas
Nódulos
Quistos
As lesões superficiais resolvem-se em 5-10 dias
As lesões grandes duram algumas semanas e frequentemente deixam cicatrizes.
189. Acne – cuidados em colaboração O tratamento pode ser:
Tópico
Sistémico
Intra-lesão
Cirúrgico
190. Acne – cuidados em colaboração 1. Tópico
Método terapêutico de base
Agentes: peróxido de benzoíla, Vit.A, antibióticos, loção sulfur-zinco.
2. Sistémico
Remoção de comedão com um extractor próprio
3. Terapêutica sistémica
Usado com a terapêutica tópica para a acne nodular grave ou para acne quística
Ácido retinoíco
Antibióticos sistémicos
Estrogénios para mulheres que não respondem a outras terapêutica.
191. Acne – cuidados em colaboração 4. terapia com corticosteroídes, intralesão, na acne cística ou grave
5. Cirúrgica: dermabrasão para remoção das cicatrizes.
192. Acne – ensino ao utente e família Elucidar o utente acerca de:
Formas de lidar com factores de stress (viste este ser um dos precipitantes)
Conhecimentos acerca da acne, para que os utentes compreendam os cuidados que necessitam de ter
Cuidados de higiene com a pele
Medidas preventivas
Toma da medicação
193. Acne – ensino ao utente 1. medidas preventivas:
Manter as mãos e cabelo afastados da face
Evitar roupa apertada sobre as lesões
Lavar o cabelo e couro cabeludo frequentemente
Evitar exposição a óleos e gorduras
Ingerir uma dieta equilibrada e evitar quaisquer alimentos precipitantes da acne.
2. Cuidados gerais à pele
Manter a pele limpa (limpando-a 2 a 3x ao dia)
Usar sabão medicamentoso
Evitar esfregar a pele vigorosamente
Usar cosméticos à base de água, em vez de creme
Nunca deixar os cosméticos na face durante a noite.
194. Acne – ensino ao utente 3. Durante a terapêutica
Seguir a terapêutica prescrita, mesmo que não se note melhoria durante 2 a 3 semanas.
Esperar que a pele descame
Evitar medidas de auto-medicação durante a terapia
Remover cosméticos antes da aplicação tópica de medicamentos
Evitar a exposição solar directa se estiver a utilizar tretinoína ou tetraciclinas
Evitar a gravidez se estiver a tomar roaccutan.
195. Psoríase
196. Psoríase A psoríase é uma doença genética, epidérmica e proliferativa.
A psoríase é uma doença crónica e recorrente caracterizada por proeminências descamativas prateadas e placas de vários tamanhos (áreas elevadas).
197. Psoríase A descamação é decorrente de uma taxa anormal elevada de crescimento e de substituição das células cutâneas.
A razão do crescimento celular rápido é desconhecido, mas acredita-se que mecanismos imunes desempenhem um papel importante.
198. Psoríase - epidemiologia Trata-se de uma doença comum, afectando 2 a 4% dos brancos.
Os negros apresentam menor tendência para a apresentar.
A psoríase manifesta se, mais frequentemente, em indivíduos com idades compreendidas entre os 10 e os 40 anos de idade, embora possa surgir em qualquer fase da vida todas
Atinge igualmente homens e mulheres.
199. Psoríase - causas A sua causa é desconhecida.
Fenómenos emocionais são frequentemente relacionados com o seu aparecimento ou sua agravação, provavelmente actuando como factores desencadeantes de uma predisposição genética para a doença.
Cerca de 30% das pessoas que têm psoríase apresentam história de familiares também acometidos.
Não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar o contacto físico com outras pessoas.
200. Psoríase - fisiopatologia O tempo de renovação normal da pele é 28 dias.
Após as células basais de dividirem, geralmente levam 14 dias para atingirem a camada córnea e mais 14 dias para serem destruídas.
Na psoríase este tempo é acelerado em 3 a 4 dias.
201. Psoríase - fisiopatologia As lesões da psoríase são elevadas, eritematosas e bem circunscritas, com descamação branca-prateda.
A 1.ª lesão é uma pápula, estas juntam-se e formam placas as lesões podem ocorrer em todo o corpo, mas são encontradas mais frequentemente:
Couro cabeludo, cotovelos, maléolos, sulco intranadegueiro e tronco.
202. Psoríase -Manifestações clínicas Pode apresentar-se de várias maneiras, desde formas mínimas, com pouquíssimas lesões, até a psoríase eritrodérmica, na qual toda a pele está comprometida
A forma mais frequente de apresentação é a psoríase em placas, caracterizada pelo surgimento de lesões avermelhadas e descamativas na pele, bem limitadas e de evolução crónica.
203. Psoríase
204. Psoríase A psoríase em placas, em geral, apresenta se com poucas lesões mas, em alguns casos, estas podem ser numerosas e atingir grandes áreas do corpo.
Por serem lesões secas, as escamas da psoríase podem se tornar grossas e esbranquiçadas
As localizações mais frequentes são os cotovelos, joelhos, couro cabeludo e tronco.
205. Psoríase
206. Psoríase É comum ocorrerem fases de recidiva e remissão. Quando as placas regridem, costumam deixar área de pele mais clara no local afectado
Outra característica, chamada de fenómeno de Koebner, caracteriza-se pela formação de lesões lineares em áreas de trauma cutâneo, como arranhões.
As lesões de psoríase são geralmente assintomáticas, mas pode haver prurido discreto
207. Psoríase Apresentações menos comuns são a psoríase ungueal, com lesões apenas nas unhas, a psoríase pustulosa, com formação de pústulas principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés e a artrite psoriásica que, mais comum nos dedos das mãos, caracteriza-se por inflamação articular que pode causar até a destruição da articulação.
208. Psoríase Outra forma de apresentação é a psoríase gutata, com surgimento eruptivo de pequenas lesões circulares (em gotas), frequentemente associada com infecções de garganta.
209. Psoríase - Diagnóstico No início, a psoríase pode ser diagnosticada erroneamente porque muitos outros distúrbios podem produzir placas e descamação similares.
À medida que a psoríase evolui, o padrão descamativo característico é geralmente fácil de ser reconhecido e, por essa razão, os exames diagnósticos comummente não são necessários.
Contudo, para confirmar o diagnóstico, o médico pode realizar uma biópsia de pele.
210. Psoríase
211. Psoríase – cuidados em colaboração O tratamento da psoríase vai depender do quadro clínico apresentado, podendo variar desde a simples aplicação de medicação tópica nos casos mais brandos até tratamentos mais complexos para os casos mais graves.
O objectivo é tentar atrasar a actividade mitótica
O uso de pomadas e cremes emolientes,1 ou 2 vezes ao dia, consegue manter a pele húmida. Diminuindo a quantidade de escamas nas placas de psoríase, e a espessura da placa.
212. Psoríase – cuidados em colaboração As pomadas que contêm corticosteróides são eficazes e seu efeito pode ser ainda maior se as áreas onde elas são aplicadas forem recobertas com papel celofane.
Os cremes que contêm vitamina D também são eficazes em muitos pacientes.
213. Psoríase - cuidados em colaboração As pomadas e os cremes que contém ácido salicílico ou alcatrão também são utilizados no tratamento da psoríase.
A resposta ao tratamento também varia muito de um paciente para outro e o componente emocional não deve ser menosprezado.
Uma vida saudável, evitando-se o stress vai colaborar para a recuperação.
214. Psoríase - cuidados em colaboração Durante os meses de verão, as áreas afectadas da pele expostas ao sol podem regredir espontaneamente.
Frequentemente, os banhos de sol ajudam a eliminar as placas localizadas sobre áreas maiores do corpo.
A exposição controlada à luz ultravioleta é uma outra terapia comum.
215. Psoríase - cuidados em colaboração Para as formas graves de psoríase e para a psoríase generalizada, o médico pode prescrever o metotrexato.
Este medicamento é utilizado no tratamento de alguns tipos de cancro, interfere no crescimento e na multiplicação das células cutâneas.
Geralmente é utilizado em indivíduos que não respondem às outras formas de terapia.
Esta substância pode ser eficaz em casos extremos, mas pode causar efeitos adversos sobre a medula óssea, os rins e o fígado.
216. Psoríase - cuidados em colaboração Outra medicação eficaz, é a ciclosporina, também produz efeitos colaterais graves (esta também é utilizada nos transplantados).
As duas medicações mais eficazes para o tratamento da psoríase pustosa são o etretinato e a isotretinoína, (os quais também são utilizados no tratamento da acne grave).
217. Psoríase – cuidados em colaboração Estes utentes podem necessitar de apoio psicológico uma vez que esta doença pode afectar a sua imagem corporal e assim interferir com a sua qualidade de vida.
Não existe uma forma de se acabar definitivamente com a psoríase, mas é possível conseguir se a remissão.
218. Psoríase – ensino ao utente O utente deve ser elucidado relativamente a:
Natureza da psoríase (remissões e exacerbação de sintoma)
Evitar traumatismos da pele, temperaturas extremas e stress
Se o cabelo e couro cabeludo tiver placas: lavar o cabelo frequentemente, para as remover, utilizar um champô de alcatrão durante 10 minutos e utilizar um emoliente para as placas.
Evitar a automedicação
Aplicar a medicação tópica numa camada fina, na maior parte das lesões; usar uma camada mais espessas sobre as placas
Monitorizar efeitos secundários da medicação
Procurar acompanhamento médico durante os episódios de exacerbação.
219. Doenças bolhosas Pênfigo
220. Pênfigo – etiologia/epidemiologia A doença é causada por um reacção auto-imune contra as estruturas localizadas sobre as superfícies das células epidérmicas que mantêm o contacto intercelular e a textura do tecido.
O pênfigo ocorre mais frequentemente em indivíduos de meia-idade e idosos. Raramente ocorre em crianças.
Um mecanismo imunológico, auto-imune, faz com que os anticorpos ataquem a pele, provocando a perda da aderência entre as células da epiderme, causando as flictenas.
221. Pênfigo fisiopatologia O pênfigo é então uma doença incomum, algumas vezes fatal, na qual ocorre a formação de flictenas de vários tamanhos na pele, no revestimento da boca, na vagina, na pele que recobre o pénis e em outras membranas mucosas.
A doença é caracterizada por acantólise (as células escorregam, passando umas pelas outras e o líquido acumula-se entre elas)
222. Pênfigo Existem diferentes tipos de pênfigo.
Os 2 principais são o Pênfigo Vulgar e o Pênfigo Foliáceo.
223. Pênfigo Foliáceo Pênfigo Foliáceo: acomete principalmente adultos jovens e crianças que vivem em áreas rurais, próximo a rios.
A doença caracteriza-se pelo aparecimento de flictenas superficiais, que confluem e rompem-se facilmente, deixando a pele erosada, e formando regiões avermelhadas recobertas por escamas e crostas.
As flictenas começam pela cabeça, pescoço e parte superior do tronco e depois espalham-se por todo corpo, mas não ocorrem nas mucosas.
As lesões são dolorosas, com sensação de ardência e queimadura.
224. Pênfigo Vulgar Pênfigo Vulgar: é o tipo mais grave e aparece, na maioria das vezes, em indivíduos com idade entre 30 e 60 anos.
Em mais da metade dos casos, começa com lesões dolorosas na mucosa oral, semelhantes a aftas.
Mais tarde, surgem flictenas na pele contendo líquido límpido, turvo ou sanguíneo, que confluem e rompem-se deixando áreas erosadas, semelhantes a queimaduras, mais profundas que as observadas no Pênfigo Foliáceo.
As lesões também são extremamente dolorosas e o comprometimento da mucosa oral provoca dor ao engolir, dificultando a alimentação, o que contribui para o declínio do estado geral do paciente.
225. Diagnóstico O exame microscópico de rotina e os exames imunológicos de uma amostra de pele para verificar a presença de depósitos de anticorpos permitem ao médico estabelecer o diagnóstico definitivo dessa doença.
O teste de Tzanck permite clarificar o diagnóstico
226. Penfigo cuidados em colaboração O objectivo principal do tratamento é impedir a formação de novas flictenas.
Muitas vezes o utente precisa ser hospitalizado até o controle da fase mais grave.
A supressão parcial do sistema imunitário com corticosteróides sistémicos (p.ex., prednisona) pode atingir esse objectivo.
Geralmente, nos 7 a 10 dias iniciais, o corticosteróide é administrado em doses elevadas e, a seguir, a dose é reduzida lentamente.
Para manter a doença sob controle, o utente deve tomar o medicamento durante vários meses ou mesmo anos.
227. Penfigo cuidados em colaboração Outras drogas que suprimem o sistema imune (p.ex., metotrexato, ciclofosfamida, azatioprina e sais de ouro) também podem ser prescritas.
No entanto, esses fármacos também produzem efeitos colaterais.
Os medicamentos imunossupressores também podem ser utilizados juntamente com a plasmaferece.
228. Acções de enfermagem Colchões de pressão alterna, de água ou ortopédicos podem ser necessários para ajudar a pessoa a mudar de posição, com menos dor e prevenir a pressão exercida nas zonas de contacto.
São importantes os cuidados gerais, como a limpeza das lesões, a hidratação e a dieta do paciente.
As superfícies cutâneas que se encontram com lesões abertas necessitam de cuidados extraordinários.
229. Acções de enfermagem Compressas com soluto de Dakin podem ser aplicadas nas lesões salientes, para ajudar a controlar o odor e a infecção
Antibióticos e outros medicamentos podem ser necessários para tratar as infecções de flictenas rompidas.
Pode ser necessária a aplicação de pensos impregnados com vaselina ou outros tipos de pensos podem proteger as áreas exsudativas na pele lesada.
230. Acções de enfermagem Apoio emocional ao utente e família são de extrema importância
Pelo elevado risco de alteração da imagem corporal
Ensino acerca:
dos cuidados gerais a ter com as lesões cutâneas
Toma da medicação e detecção de efeitos secundários.
231. Molusco Contagioso
232. Molusco Contagioso - definição O molusco contagioso é uma infecção cutânea causada por um poxvírus que produz protuberâncias lisas, e da cor da pele.
Habitualmente, as protuberâncias possuem menos de 1,5 cm de diâmetro e apresentam uma minúscula depressão no seu centro.
Algumas vezes, uma protuberância isolada pode atingir até 3,8 cm.
O vírus que causa o molusco é contagioso.
233. Molusco Contagioso - definição Ele dissemina-se através do contacto directo com a pele e é frequentemente transmitido sexualmente.
O vírus pode infectar qualquer parte da pele, embora seja mais frequente na virilha e na região pubiana (embora não ocorra geralmente no pénis ou na vagina).
As lesões do molusco contagioso são pequenas, elevadas, hemisféricas, da cor da pele, com aspecto translúcido e apresentando umbilicação central.
234. Molusco Contagioso - Manifestações clínicas Podem estar isoladas (mais comum) ou então agrupar se.
Em algumas crianças o molusco contagioso dissemina se rapidamente chegando a centenas de lesões.
As lesões são geralmente assintomáticas, mas pode haver prurido discreto.
Frequentemente, essas protuberâncias apresentam uma depressão central cheia de um material branco pastoso, tornado fácil o diagnóstico do molusco contagioso.
235. Molusco Contagioso - Tratamento O tratamento consiste na destruição das lesões que pode ser feita através de :
eletrocoagulação,
crioterapia,
curetagem,
cauterização química
ou expressão manual.
Quando curetada ou retirada através da expressão manual, elimina uma substância semelhante a uma "massa" de cor esbranquiçada.
236. Molusco Contagioso - Tratamento Deve-se iniciar o tratamento quando surgem as primeiras lesões, evitando a disseminação que ocorre.
Em alguns casos pode ser necessário o internamento para realizar o tratamento sob anestesia, devido ao incómodo causado pelos métodos de remoção.
237. Cisto/Quisto pilonidal (Cisto/Quisto dermóide)
238. Cisto/Quisto pilonidal - definição Quisto pilonidal é o nome específico que se dá para o mais comum dos quistos dermóides, quando este se localiza na região sagrada.
Os quistos dermóides podem aparecer também noutras áreas, além da região sagrada, tais como o pescoço, em torno das orelhas, nariz e olhos, mas não recebem o nome de quisto pilonidal.
Apesar do nome fazer crer se tratar de um cisto, na verdade ele não é um cisto verdadeiro e sim um resquício embrionário de pele.
239. Cisto/Quisto pilonidal - definição Durante o desenvolvimento do embrião,in útero, formam-se "dobras" de pele que são normalmente eliminadas.
Algumas destas "dobras" podem permanecer ocultas no interior da pele. São denominadas fendas embrionárias e, quando são grandes o suficiente para inflamarem ou serem notadas a olho nu, recebem o nome de quisto dermóide.
240. Cisto/Quisto pilonidal - definição Normalmente o cisto pilonidal contém no seu interior pêlos e glândulas sebáceas e sudoríparas.
Provavelmente é a presença destas glândulas sudoríparas que faz com que a lesão piore com o calor.
Isto porque com o aumento da temperatura no local elas produzem suor, que fica acumulado dentro da pele, podendo inflamar e até infeccionar.
241. Cisto/Quisto pilonidal - Manifestações clínicas Normalmente os primeiros sintomas surgem na adolescência ou no início da idade adulta.
A doença inicia se como uma inflamação na região sagrada.
Surge desconforto na região, principalmente quando permanecemos muito tempo sentados.
Com a evolução, percebe-se uma lesão nodular, que geralmente varia de 1 a 5 cm, de consistência amolecida e que pode ter sinais inflamatórios, como dor, calor e rubor.
242. Cisto/Quisto pilonidal - Manifestações clínicas O calor, calças apertadas e o atrito nesta região são importantes causas para o aparecimento da inflamação.
243. Cisto/Quisto pilonidal - Tratamento Tradicionalmente, os cistos dermóides, bem como o cisto pilonidal, são removidos cirurgicamente e deixados para cicatrizar por segunda intenção.
Actualmente, devido a um maior conhecimento da sua verdadeira origem, eles são removidos cirurgicamente e fechados também cirurgicamente, o que em muito facilita a vida dos pacientes, que tem uma rápida e tranquila cicatrização.
Entretanto, o encerramento cirúrgico só pode ser realizado se o cisto não estiver inflamado.
244. Cisto/Quisto pilonidal - Tratamento Logo, o momento ideal para a cirurgia é quando a lesão está silenciosa, sem incomodar.
Quando ela se encontra inflamada, o melhor é procurar um médico para reverter este processo (usualmente com antibióticos e drenagem, se houver pus) e, posteriormente, agendar a sua cirurgia.
245. Cistos Sebáceos
246. Cistos Sebáceos - definição Um cisto sebáceo (cisto queratinoso) é uma tumefação de crescimento lento que contém pele morta, excreções cutâneas e outras partículas cutâneas.
Estes cistos podem ser diminutos e podem localizar se em qualquer parte do corpo, mais frequentemente no couro cabeludo, nas orelhas, na face, na região dorsal ou na bolsa escrotal.
247. Cistos Sebáceos - manifestações clínicas Eles tendem a ser firmes e fáceis de serem movidos no interior da pele. Geralmente não são dolorosos.
Os cistos sebáceos costumam ter uma cor amarelada. Quando eles são puncionados, ocorre a drenagem de um material gorduroso e caseoso.
Ocasionalmente, os cistos sebáceos tornam-se infectados.