E N D
1. EVOLU��O HIST�RICA DO TURISMO
2. IDADE CL�SSICA
Per�odo que vai desde os prim�rdios das primeiras civiliza��es at� � primeira metade do s�culo XVIII
3. Sum�rios
inven��o da moeda
desenvolvimento do com�rcio
escrita cuneiforme
inven��o da roda
Primeiras condi��es que possibilitaram a realiza��o das viagens
4. Romanos e Gregos criaram maior rede de estradas (100.000 km), alguns dos tra�ados ainda hoje s�o utilizados;
possibilidade de viajar mais de 100 km por dia utilizando mudas de cavalos;
Pausanias (ge�grafo e viajante grego) escreveu �Descri��o da Gr�cia�, que pode ser considerado como o primeiro guia tur�stico, indicando os diversos caminhos, as est�tuas, os t�mulos, as ruas, os templos, os est�dios, os teatros, etc.;
Junto dos templos gregos existiam facilidades para pernoitar e divers�es como teatros e est�dios para eventos atl�ticos;
5. Romanos e Gregos Desenvolveu-se o esp�rito de hospitalidade, que passou a ser um acto honroso, e institui-se a obriga��o de receber com benevol�ncia os estrangeiros que chegassem a uma cidade;
Com os romanos desenvolveram-se os Hospes (estalagens), os Hospitium (Hot�is) e os Hospitalia (Estalagens P�blicas);
Her�doto, o pai da Hist�ria e o primeiro grande escritor de viagens percorreu toda a Gr�cia, norte de �frica, Sic�lia, �feso na Turquia, Babil�nia, Egipto, L�bia e S�ria. Os seus livros descrevem os pa�ses que visitou e os seus costumes.
6. Crist�os A hospitalidade continuou a ser um dever e um direito sagrado que devia ser concedida gratuitamente;
No s�culo IV foram abertas as primeiras casas de ref�gio para os viajantes e asilos, as Xenodochia;
Uma das exig�ncias do conc�lio de Niceia foi que toda a cidade deveria possuir as suas Xenodochias e os seus Hospitia, dos quais o mais c�lebre foi o Hospice du Grand-Saint-Bernard, estabelecido em 962, nos Alpes;
7. Crist�os As viagens tinham como principal raz�o as peregrina��es sendo c�lebres as que se dirigiam a Santiago de Compustela, em Espanha, Canterbury, em Inglaterra, � Terra Santa, na Palestina e a Meca, na Ar�bia;
No s�culo XIV, existiam j� guias de viagem que forneciam aos peregrinos informa��es detalhadas sobre as regi�es que tinham de atravessar e os tipos de alojamento que poderiam utilizar;
Para apoiar as peregrina��es � Terra Santa foram criadas diversas Ordens que constru�ram centros de assist�ncia aos viajantes;
8. Crist�os
Com as Descobertas iniciadas pelos portugueses e continuadas pelos espanh�is, franceses, ingleses e holandeses chegou uma nova era para o mundo das viagens;
9. Atrac��es tur�sticas da idade cl�ssica h� mais de 500 anos eram organizadas viagens pelo Nilo para visitar v�rios templos;
romanos e gregos viajavam para visitar os templos e as sete maravilhas do mundo (Pir�mides de Gize, Jardins Suspensos da Babil�nia, Est�tua de Zeus em Ol�mpia, Mausol�u de Halicarnasso, Templo de Art�mis em �feso, Colosso de Rodes e o Farol de Alexandria);
Jogos Ol�mpicos, P�ticos, �stmicos e Nemeus ofereciam grande n�mero de atrac��es (produ��es teatrais, banhos termais, competi��es atl�ticas e festivais);
10. Atrac��es tur�sticas da idade cl�ssica Progn�sticos dos Or�culos (Dodona e Delfos). Eram oferecidos objectos para agradecimento aos deuses que deram origem aos primeiros museus;
Termas, iniciadas por Agripa, verdadeiros centros de turismo (existiam em todo o territ�rio imperial: It�lia, Fran�a, Espanha, Portugal, Inglaterra, Rom�nia, Norte de �frica e �sia Menor)
11. A idade cl�ssica do turismo, que se prolonga at� ao s�culo XVIII, caracteriza-se pelo facto das viagens serem individuais e se realizarem, predominantemente, por necessidades fundamentais como o com�rcio, as peregrina��es religiosas, a sa�de ou por raz�es pol�ticas e de estudo.
12. IDADE MODERNA A partir de meados do s�culo XVIII produzem-se grandes mudan�as, tanto do ponto de vista tecnol�gico, como do ponto de vista econ�mico, social e cultural, que introduzem altera��es significativas nas viagens.
Nesta �poca popularizam-se as viagens de recreio, entre as camadas sociais mais abastadas, como forma de aumentar os conhecimentos, procurar novos encontros e experi�ncias.
13. IDADE MODERNA Em Fran�a desenvolve-se a constru��o de estradas e de redes de comunica��o necess�rias � circula��o de toda a esp�cie de carruagens puxadas a cavalo: dilig�ncias, coches, carro�as, etc.
Os diplomatas, estudantes e membros de fam�lias ricas inglesas faziam a Grand Tour (viagem de tr�s anos, pela Europa, com paragens obrigat�rias em Paris, Floren�a, Roma ou Veneza). Pela primeira vez passam a designar-se as pessoas que viajam como turistas;
14. IDADE MODERNA Muitos dos grandes escritores da �poca dedicam alguns dos seus livros �s viagens (Montesquieu �Lettres Persanes, Goethe �Viagem em It�lia�, Stendhal �M�moires d�un Touriste�, Victor Hugo �Le Rhin�);
Multiplicam-se os guias tur�sticos que fornecem informa��es e conselhos �teis (Ebel �Manuel d�s Voyageurs en Suisse�, Hans Ottokar Reichard � Guide des Voyageurs en Europe�, �Conseils aux Touristes�, �Le Guide d�Espagne et Portugal�;
15. IDADE MODERNA O movimento dos ingleses para o continente europeu influencia o desenvolvimento dos transportes, da hotelaria e da restaura��o;
No s�culo XIX, o progresso da ci�ncia, a revolu��o industrial, a multiplica��o das trocas, o desenvolvimento dos transportes, em particular do comboio e a transmiss�o de ideias com a generaliza��o da publica��o de jornais, d�o um novo impulso �s viagens que come�am a encontrar a sua verdadeira identidade: um meio de as pessoas se interessarem pelas particularidades de cada povo, pelas tradi��es, pelo exotismo e por outros modos de vida e novas culturas;
16. IDADE MODERNA Surgem os primeiros hot�is alguns de cadeias ainda hoje existentes como a Pullman e a Ritz;
Thomas Cook inventou o turismo organizado. A primeira viagem organizada foi num comboio alugado por Thomas Cook, entre Leicester e Loughborough, destinada aos participantes de um congresso de m�dicos. As viagens organizadas de Thomas Cook, o lan�amento de uma nota circular, antecessora dos travellers cheques, marcaram uma das mais importantes etapas na hist�ria do turismo e est�o na origem do turismo dos nossos dias;
17. IDADE MODERNA Em 1840 nasce a primeira organiza��o de viagens em Portugal, a Ag�ncia Abreu;
A primeira d�cada do s�culo XX caracterizou-se por transforma��es e inova��es que alteraram profundamente os modos de vida: a descoberta do tel�grafo e do telefone, o alargamento da rede de caminhos de ferro, a extens�o das redes de estradas, o grande desenvolvimento industrial, que todos conduzem a uma maior democratiza��o das sociedades e a novos conceitos de vida;
18. IDADE MODERNA O tempo de trabalho diminui e alcan�a-se o direito ao repouso semanal pelo que o conceito de lazer surge como uma nova no��o;
O turismo transforma-se num fen�meno da sociedade, influencia o comportamento das pessoas e come�a a alcan�ar uma dimens�o econ�mica sem precedentes;
19. IDADE MODERNA O reconhecimento da import�ncia do turismo leva a que quase todos os pa�ses da Europa criem institui��es governamentais com o fim de o promover e organizar, sendo a �ustria o primeiro pa�s a faz�-lo;
Em Portugal surge, em 1911, a Reparti��o de Turismo de Portugal;
Os grandes destinos tur�sticos s�o as est�ncias termais, as esta��es clim�ticas da montanha com o lan�amento da helioterapia, as est�ncias balneares (Biarritz, Deauville, Miami, Riviera francesa e italiana);
20. IDADE MODERNA A Organiza��o Internacional de Trabalho estabelece o princ�pio das f�rias pagas;
Ap�s a I Guerra Mundial e as evolu��es aeron�uticas a ela ligadas, surgem as primeiras companhias a�reas comerciais (1918 Deutsche Lufthansa);
Est�o criadas as condi��es para o arranque do turismo enquanto actividade econ�mica, por�m a eclos�o da II Guerra Mundial faz atrasar o seu avan�o.
21.
Neste per�odo o turismo inicia a sua expans�o mundial, caracterizando-se pela procura de divers�o e descanso e pelas viagens culturais.
22. IDADE CONTEMPOR�NEA O desenvolvimento dos transportes, o reconhecimento do direito �s f�rias pagas, a cria��o de organiza��es nacionais e internacionais destinadas a promover o turismo e as novas ideias levaram a que, a partir do inicio do s�culo XX, o turismo passasse a ser considerado como uma actividade econ�mica relevante.
At� ao in�cio da II Guerra Mundial, o turismo alcan�ou dimens�es significativas para, a partir da�, ter praticamente desaparecido. S� a partir dos anos 50 e aliado � fase de progresso econ�mico e social � que o turismo se desenvolveu e consolidou.
23. IDADE CONTEMPOR�NEA A an�lise das altera��es produzidas, mais do que quaisquer outras considera��es, deixam perceber n�o s� a natureza do turismo e tamb�m as influ�ncias que nele exercem as altera��es que se produzem nos v�rios dom�nios do saber e do conhecimento, mas tamb�m que o turismo tem de ter capacidade para dar resposta �s necessidades de cada �poca que aquelas altera��es determinam.
24. 1945 a 1973 Ascens�o de um grande n�mero de pa�ses � independ�ncia;
Produ��o mundial aumentou � m�dia anual de 5%;
Crescimento de rendimento real por habitante de 3%;
Trocas internacionais multiplicaram-se por seis;
Os cr�ditos internacionais, o capital, a tecnologia e a m�o-de-obra registaram uma enorme mobilidade;
Emerg�ncia de grandes multinacionais;
Constitui��o de grupos econ�micos (CEE);
Aumento dos dias de f�rias pagas dos trabalhadores;
Lan�amento dos primeiros sat�lites e primeira viagem � Lua;
25. Efeitos produzidos a n�vel do turismo A n�vel da procura registou-se um aumento do tempo livre, um aumento do rendimento, uma transforma��o nas motiva��es (necessidade de diversifica��o e diferencia��o � necessidade de compensar os desequil�brios psicol�gicos ligados � vida profissional pela evas�o ao meio);
A n�vel da oferta as viagens a�reas conheceram um desenvolvimento r�pido e as viaturas individuais tornaram-se mais correntes. Os organizadores de viagens iniciaram a produ��o em s�rie de produtos de massa (per�odo fordista) tendo por base os transportes por avi�o fretado e as cadeias de hot�is do litoral. Foi a c�lebre �poca dos 3 S: Sun, Sea and Sand.
26.
Neste per�odo, o turismo interno era ainda um subproduto do turismo internacional nas orienta��es das pol�ticas tur�sticas, estando todas as preocupa��es concentradas no desenvolvimento do turismo internacional.
27. 1973 a 1990 Acentua-se a diferen�a entre o n�vel de vida dos pa�ses em vias de desenvolvimento e dos pa�ses industrializados;
A crise ou choque do petr�leo ocorrida em 1973 p�s fim � era da energia a baixo pre�o.;
As tens�es pol�ticas e o r�pido aumento das despesas militares intensificaram os problemas internacionais;
Varia��es r�pidas das taxas de c�mbio e crise de confian�a no sistema monet�rio mundial;
28. 1973 a 1990 Afrouxamento do crescimento econ�mico mundial, diminui��o da produ��o, acompanhados da estagfla��o e do desemprego;
Endividamento externo da generalidade dos pa�ses atingiu um n�vel tal que abalou os fundamentos do sistema financeiro internacional;
O homem d�-se conta de que a sua actividade p�e cada vez mais em perigo o ambiente f�sico em que vive, originando novas atitudes e novos comportamentos dos consumidores;
D�-se o colapso do comunismo e do bloco socialista dos pa�ses da Europa de Leste.
29. Efeitos produzidos a n�vel do turismo O turismo mundial n�o se reduziu mas sofreu uma altera��o estrutural ao mesmo tempo que reduziu o ritmo de crescimento;
A dist�ncia e a dura��o das viagens encurtaram-se e as f�rmulas de alojamento a baixo pre�o passaram a ser as mais procuradas;
Do lado da oferta multiplicaram-se os equipamentos desportivos e de anima��o e surgiram novas f�rmulas para a utiliza��o dos meios de alojamento tur�stico em regime de compropriedade e de utiliza��o peri�dica com car�cter de perman�ncia;
30. Efeitos produzidos a n�vel do turismo O turismo interno passou a adquirir uma import�ncia cada vez maior com o consequente desenvolvimento de equipamentos e promo��o suscept�veis de enquadrarem o turismo dos nacionais no interior do seu pr�prio pa�s;
Passou a enfatizar-se menos o papel econ�mico do turismo para atribuir import�ncia ao seu papel social, pol�tico, ecol�gico, cultural e educativo. Passou a ser encarado como uma das componentes essenciais da vida do homem (identidade, valoriza��o);
31. Efeitos produzidos a n�vel do turismo Relativamente � procura, houve uma redu��o ainda maior da dura��o do trabalho di�rio e semanal, os rendimentos reais diminu�ram, por�m sem ren�ncia �s viagens, que passaram a ser encaradas como um bem de primeira necessidade (em contrapartida � f�rias mais econ�micas e destinos mais pr�ximos). No dom�nio das motiva��es destaca-se a procura de programas de f�rias com a inclus�o de actividades culturais e desportivas.