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Alfabetização na Idade Certa

Alfabetização na Idade Certa. Possibilidades e limites do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa Nilcéa Lemos Pelandré /UFSC. PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA.

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Alfabetização na Idade Certa

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Presentation Transcript


  1. Alfabetização na Idade Certa Possibilidades e limites do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa Nilcéa Lemos Pelandré/UFSC

  2. PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA • O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental.

  3. DADOS IBGE 2010 • Taxas de não alfabetização • No Sul do País, as crianças na idade dos oito anos que não são alfabetizadas são 5%. • No Nordeste - 28 % das crianças não aprendem a ler e escrever no ciclo da alfabetização • No Maranhão - 34% de crianças não alfabetizadas no ciclo de alfabetização • Em Alagoas - 35% • No Paraná - 4,9% (a menor taxa do País ) • Em Santa Catarina - 5,1%. • A média nacional de crianças brasileiras não alfabetizadas aos oito anos é de 15,2% • 750.000 crianças chegaram ao 5º. ano sem saber ler e escrever.

  4. Pacto - Compromisso dos entes públicos: • I – alfabetizar todas as crianças em língua portuguesa e em matemática;II – realizar avaliações anuais universais, aplicadas pelo INEP, junto aos concluintes do 3º ano do ensino fundamental;III – no caso dos estados, apoiar os municípios que tenham aderido às Ações do Pacto, para sua efetiva implementação.

  5. AÇÕES DO PNAIC • As ações constituem-se em um conjunto integrado de programas, materiais e referências curriculares e pedagógicas que está sendo disponibilizado pelo MEC e que contribui para a alfabetização e o letramento, tendo como eixo principal a formação continuada dos Professores alfabetizadores.

  6. Eixos de atuação: • 1° - Formação continuada de professores alfabetizadores: curso presencial (02 anos) para os professores, ministrado pelos orientadores de estudos, educadores que fazem um curso específico, com duração total de 200 horas por ano, realizado pelas universidades públicas nacionais. O material para a capacitação foi desenvolvido pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com a colaboração de 11 instituições de ensino superior. 2 ° - Materiais didáticos e pedagógicos: livros, obras complementares, dicionários, jogos de apoio à alfabetização, entre outros materiais que são disponibilizados para os professores e alunos. • 3° - Avaliações: processo pelo qual o poder público e os professores acompanham os resultados do Pacto nas escolas participantes. Por meio dessas avaliações poderão ser implementadas soluções para as deficiências didáticas de cada localidade. • 4° - Gestão, controle social e mobilização: sistema de gestão e de monitoramento, com o intuito de assegurar a implementação das etapas do Pacto. O sistema de monitoramento (SisPacto), disponibilizado no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec), possibilita esse acompanhamento constante pelos atores envolvidos no Pacto.

  7. OBJETIVO DA FORMAÇÃO • Estimular os professores, a partir de diferentes estratégias formativas, a pensar novas possibilidades de trabalho que poderão incrementar e melhorar seu fazer pedagógico no dia a dia na escola.

  8. Organização da formação Polos • Polo 1 – Florianópolis (grande Florianópolis e municípios vizinhos) • Polo 2 – Joinville (região norte, Vale do Itajaí e adjacências) • Polo 3 – Fraiburgo (municípios da região meio oeste) • Polo 4 – Treze Tílias (região oeste e extremo oeste) • Polo 5 - Laguna (municípios da região sul e adjacências)

  9. Estar alfabetizado significa ser capaz de interagir por meio de textos escritos em diferentes situações; significa ler e produzir textos para atender a diferentes propósitos. A criança alfabetizada compreende o sistema alfabético de escrita, sendo capaz de ler e escrever, com autonomia, textos de circulação social que tratem de temáticas familiares a ela (alfabetização na perspectiva do letramento).

  10. FATORES IMPORTANTES PARA O ÊXITO DA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA (CICLO DA ALFABETIZAÇÃO) • Professores alfabetizadores bem preparados, motivados e comprometidos com o desafio de orientar as crianças nesta etapa da trajetória escolar.Materiais didáticos e pedagógicos apropriados e que estimulem a aprendizagem, tais como livros didáticos, paradidáticos, obras de literatura, jogos e mídias variadas.Acompanhamento continuo do progresso da aprendizagem das crianças, por meio de avaliações contínuas e bem estruturadas.

  11. PACTO NO PAÍS • 38 UNIVERSIDADES PÚBLICAS • 26 ESTADOS E DISTRITO FEDERAL • 5.424 MUNICÍPIOS • 15 MIL ORIENTADORES DE ESTUDO • 317 MIL ALFABETIZADORES

  12. O PNAIC EM SANTA CATARINA • 286 municípios aderiram ao Pacto (total de 295 municípios catarinenses). Em 2014 – 290 municípios • 545 orientadores de estudo: 438 das redes municipais e 107 da rede estadual. • 8037 professores alfabetizadores.

  13. POSSIBILIDADES E LIMITES • Resultados concretos em educação requerem tempo • Mudanças de atitudes por parte dos alfabetizadores - socialização dos projetos em andamento • O Pacto levará os municípios a discutirem suas demandas e especificidades educacionais • Um curso de dois anos não irá resolver todos os problemas • É imprescindível que esse processo de formação (que leva os professores a refletirem sobre suas práticas) continue - a continuidade na formação e nos processos de avaliação se faz necessária.

  14. Benefícios : - universalização da formação dos professores - reflexão sobre os conhecimentos a serem ensinados e as metodologias a serem desenvolvidas nas escolas, sobre os direitos de aprendizagem • articulação entre a avaliação, formação, material didático, como estímulo à docência • trabalho na perspectiva da construção de uma identidade profissional, o professor como sujeito capaz de construir e reconstruir suas práticas com criatividade e autonomia • estimulo ao professor a buscar alternativas, a realizar projetos para além de suas práticas individuais, a trabalhar de modo colaborativo, solidário, com vistas a ensinar as crianças a ler e escrever com autonomia no ciclo da alfabetização

  15. Outros ganhos: • Formação coordenada por universidades públicas • Grupos de formadores – não só das universidades, mas também formadores das redes e secretarias • Obrigatoriedade do acesso ao Sispacto – o letramento digital; todos têm de ter uma senha e acessar o sistema. Nele preencher cadastro, responder às demandas de informação do MEC, realizar a avaliação de seu orientador de estudos, postar fotos sobre os espaços de sala de aula (cantinho da leitura) • Acesso à tecnologia de informação - os municípios têm de disponibilizar redes informatizadas aos professores. A Internet se torna imprescindível à qualidade do trabalho docente.

  16. Limites: • Há conflitos e desequilíbrios a serem superados • Fatores externos à vontade do professor - para além da valorização da profissão (salário e existência de um plano de carreira) • Condições para o desenvolvimento do ensino: condições físicas da escola, materiais de apoio e tempo para preparar bem as aulas, estudar, socializar as experiências aos colegas de profissão • Falta de projetos educacionais coletivos mais consistentes e permanentes • Dificuldade de encontrar formadores com o perfil requerido pelo PNAIC. (Quem está formando o profissional para trabalhar na perspectiva interdisciplinar?)

  17. DESAFIOS • A formação atingir todos os municípios e professores alfabetizadores. • Os entes governamentais cumprirem com o estabelecido no Pacto. • Continuidade da formação na perspectiva da interdisciplinaridade – intercâmbio, integração recíproca entre os diferentes componentes curriculares (disciplinas e conhecimentos)

  18. Continuidade da formação para que os professores possam, pela prática da reflexão, da discussão coletiva mobilizar seus saberes e pelo seu fazer/saber docente ir mudando e melhorando sempre mais o ensino que realizam • Fortalecer a escola como lócus de formação • Consolidar o PNAIC como programa de Estado, política pública ( e não de governo) • PNAIC está provocando as universidades – repensar a formação inicial – cursos de pedagogia e demais licenciaturas

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