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CEAP : CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ. DISCIPLIN A : TEORIA E ENSINO DO JOGO. PROF.ESP . SAMANDA NOBRE. JOGOS COOPERATIVOS. O que são Jogos Cooperativos?
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CEAP:CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ DISCIPLINA:TEORIA E ENSINO DO JOGO PROF.ESP.SAMANDANOBRE
JOGOS COOPERATIVOS O que são Jogos Cooperativos? Jogos cooperativos são dinâmicas de grupo que têm por objetivo, em primeiro lugar, despertar a consciência de cooperação, isto é, mostrar que a cooperação é uma alternativa possível e saudável no campo das relações sociais; em segundo lugar, promover efetivamente a cooperação entre as pessoas, na exata medida em que os jogos são, eles próprios, experiências cooperativas (BARRETO apud SOLER, 2006, p. 21).
PORQUE OS JOGOS COOPERATIVOS? • Nos jogos competitivos as regras são rígidas. • Nos jogos cooperativos as regras são alteradas durante o jogo de acordo com o interesse e a vontade do grupo a fim de torná-lo mais divertido. • OBS: O professor de Educação física é responsável pelo desenvolvimento dos seus aprendizes. Logo, é necessário compreender melhor a importância dos jogos cooperativos no desenvolvimento humano.
OBJETIVOS DOS JOGOS COOPERATIVOS • Promover a ética cooperativa em busca da melhoria de vida para todos, sem exceções. A diferença é que nos jogos competitivos uns jogam contra os outros e nos cooperativos uns jogam com os outros, ou seja, neste último o mais importante não é o jogo, mas com quem e como se joga. • Para Soler (2006) e Brotto (2001), os jogos cooperativos buscam a participação de todos com uma meta em comum, ele nos liberta da necessidade de competição e de eliminação. Se praticarmos a coletividade e o objetivo congruente, todas as atitudes destrutivas e desumanas são automaticamente reprovadas pelo grupo, nos libertando da agressão física. Nos jogos cooperativos as regras são flexíveis. A contribuição de todos na elaboração das mesmas é fundamental. Desta forma estamos exercitando a capacidade de criar. • Se como educador o professor de Educação Física tem responsabilidade no desenvolvimento físico-motor, educacional e psicossocial dos seus alunos, aumenta sua responsabilidade em decidir entre jogar com ou jogar contra.A importância dessa decisão vai fazer a diferença na formação desse indivíduo, podendo levá-lo a um outro padrão de comportamento na sua vida pessoal e também na sociedade.
Um dos percursores dos Jogos Cooperativos é Terry Orlick, da Universidade de Ottawa no Canadá, que em 78 publicou o livro "WinningThroughtCooperation" ( Editado em português como "Vencendo a Competição) obra reconhecida mundialmente, como uma das principais fontes de inspiração e compreensão dos Jogos Cooperativos. Segundo Terry Orlick, "a diferença principal entre Jogos Cooperativos e competitivos é que nos Jogos Cooperativos todo mundo coopera e todos ganham, pois tais jogos eliminam o medo e o sentimento de fracasso. Eles também reforçam a confiança em si mesmo, como uma pessoa digna e de valor."
Orlick, classifica o Jogo Cooperativo em categorias • O Jogo Cooperativo sem perdedores. • Jogos de resultado Coletivo. • Jogo de inversão. • Jogos Semicooperativos.
Tipos e Categorias de Jogos Cooperativos – Terry Orlick 1. Jogos Cooperativos sem perdedores: Jogos plenamente cooperativos, onde todos jogam para superar um desafio comum e pelo prazer de jogar. Nesta categoria, todos os participantes fazem parte de um mesmo time e o resultado é compartilhado. Muitas vezes, são jogos onde simplesmente não existe competição, mudando a visão de que só é divertido e só tem graça quando um ganha do outro. 2. Jogos de resultado coletivo: Jogos que permitem a existência de duas ou mais equipes, sem que haja competição entre ambas, pois os objetivos e resultados são comuns, favorecendo a cooperação dentro de cada equipe e entre as equipes. Podemos, por exemplo, dividir uma equipe de basquete em dois grupos, que se posicionam um em cada tabela e tentam converter lances livres. O resultado é a soma dos pontos dos dois grupos. Podemos estabelecer uma meta comum para a equipe. Por exemplo, o desafio será considerado superado somente quando a soma dos dois grupos for maior que 100 pontos.
3. Jogos de inversão: • Jogos onde os jogadores experimentam situações de troca entre as equipes, favorecendo a consciência de interdependência, respeito, empatia, valorização dos parceiros de jogo e diminuição da preocupação excessiva com o resultado. • Tipos de Inversão: • Rodízio: • Os jogadores mudam de lado de acordo com situações pré-estabelecidas, como por exemplo: depois de sacar ou após a cobrança de um escanteio • Inversão do goleador: • O jogador que marca o ponto (gol, cesta etc.) muda para o outro time; • Inversão de placar: • O ponto (gol, cesta etc.) conseguido é marcado para o outro time; • Inversão total: • É uma combinação das duas inversões anteriores. Tanto o jogador que fez o ponto como o ponto conseguido, passam para o outro time.
4. Jogos Semi-Cooperativos: Jogos indicados para iniciar a aplicação dos Jogos Cooperativos, especialmente num contexto de aprendizagem esportiva. Basicamente, são jogos com estruturas competitivas que contêm elementos de cooperação, favorecendo a diminuição gradativa da competição. Dentre estes elementos, podemos citar: • Todos jogam: Todos que querem jogar e recebem o mesmo tempo de jogo; • Todos tocam/Todos passam: A bola deve ser passada entre todos os jogadores do time, para que seja validado o ponto; • Todos marcam ponto: Para que um time vença, é preciso que todos os jogadores tenham feito pelo menos um ponto. Dependendo do grau de habilidade do grupo, podemos considerar as tentativas que resultaram em bola na trave, aro da tabela ou um saque correto; • Todas as posições: Todos os jogadores passam pelas diferentes posições no jogo. • Passe misto: A bola deve ser passada, alternadamente, entre meninos e meninas; • Resultado misto: Os pontos são convertidos, ora por menino, ora por menina. A compreensão destas diferentes categorias de Jogos Cooperativos serve, entre outras funções, para facilitar sua aplicação de forma coerente com o ritmo e as características de um determinado grupo.
Toque importante: a formação de equipes • Fábio Brotto (2001) sugere que, após a escolha do tipo de jogo que será aplicado, comecemos a criar um ambiente propício para a aceitação e não discriminação entre os participantes. Para “abrir estas panelinhas” podemos dividir os times de uma maneira mais criativa e cooperativa, separando os jogadores pelos critérios abaixo, conforme o próprio autor nos sugere (p.88): • Mês de nascimento: grupo do 1º trimestre, grupo do 2º trimestre e assim por diante; • Dia de nascimento: grupo da 1º quinzena, 2º quinzena e assim por diante; • Preferências: quem prefere tal comida de um lado e quem prefere outra de outro lado; • Inicial do nome: de A até H de um lado e de I até O do outro.
Manifestações e desenvolvimentos estimulados pelo Jogo Cooperativo Plano Emocional • Sentimentos • Atitudes • Padrões de Comportamento • Relacionamento Interpessoal • Ideologias Plano Espiritual • Valores Essenciais • Metas de Vida • Questionamentos • Intuição • Criatividade • Consciência Grupal • Ideais Plano Físico • Habilidade dos Jogadores • Movimentação do Jogo • Linguagem Corporal • Energia dos Jogadores • Energia do Local Plano Mental • Pensamento • Imaginação • Raciocínio • Conhecimento • Idéias
A partir de 1980, iniciaram-se os primeiros passos para integrar os Jogos Cooperativos no Brasil, onde podemos destacar Fábio OtuziBrotto, como representante principal de Orlick. Fábio Brotto: "Podemos vivenciar os Jogos Cooperativos como uma prática re-educativa, capaz de transformar nosso Condicionamento Competitivo em Alternativas Cooperativas para realizar desafios, solucionar problemas e harmonizar os conflitos."
Soler (2005) Os Jogos Cooperativos buscam a participação de todos, sem que alguém fique excluído o objetivo e a diversão de tais jogos estão centrados em metas coletivas e não em metas individuais.
Segundo Soler, (2003), os Jogos Cooperativos possuem • algumas características próprias: • Os participantes jogam uns com os outros e não uns contra os outros. • Joga-se para superar desafios e não para derrotar alguém. • Busca-se atingir um objetivo comum e não fins mutuamente exclusivos. • Aprende-se a considerar o outro, que joga como um parceiro, um solidário, em vez de se tê-lo como temível adversário. • A pessoa que joga passa a ter consciência dos próprios sentimentos. • Colocam-se uns no lugar dos outros, priorizando o trabalho em equipe. • Joga-se para se gostar do jogo, pelo prazer de jogar com os outros. • Reconhece-se que todos os jogadores são importantes para se alcançar o objetivo final. • Não há comparação de habilidades, muito menos de performances anteriores.