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CULTURA. “Cultura é aquele todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, direito, costume e outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Dias apud Tylor , p. 51, 2005).
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“Cultura é aquele todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, direito, costume e outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Dias apud Tylor, p. 51, 2005)
Dias acrescenta “... compreende a totalidade das criações humanas. Inclui idéias, valores, manifestações artísticas de todo tipo, crenças, instituições sociais, conhecimentos científicos e técnicos...
... instrumentos de trabalho, tipos de vestuário, alimentação, construções, animais domésticos, plantas desenvolvidas e aperfeiçoadas pelo homem etc.” Dias , p. 57, 2005). Pergunta: o que são instituições sociais?
AMPLIANDO CONHECIMENTOS: o que são instituições sociais? As principais instituições sociais são: família, religião, instituição econômica, política, educação e recreação. Instituições sociais são o conjunto de regras e procedimentos padronizados, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade e que tem grande valor social.
As instituições sociais servem como um meio para a satisfazer as necessidades da sociedade. Nenhuma instituição surge sem que tenha surgido antes uma necessidade. Mas, além desse papel, as instituições sociais cumprem também o de servir de instrumento de regulação e controle das atividades do homem.
Família: primeiro grupo social a que pertencemos. É um tipo de agrupamento social cuja estrutura varia no tempo e no espaço. Essa variação pode ser quanto ao número de casamentos, quanto à forma, relações de parentesco e dos componentes básicos da sociedade.
Religião: todas as sociedades conhecem alguma forma de religião. A religião é um fato social universal. Não resta dúvida de que a religião é uma das instituições mais importantes para a organização social, pelo seu conteúdo moral. A religião inclui crença ao sobrenatural, ritos e cerimônias.
Econômica: As atividades econômicas são institucionalizadas à medida que são explicadas por crenças, valores e reguladas por normas. Nas sociedades modernas a instituição econômica apresenta um elevado grau de importância em face do desenvolvimento tecnológico e da divisão mais diversificada do trabalho social.
Política: são instituições políticas fundamentais a autoridade, o governo, o Estado (com os três poderes), partidos políticos e as constituições.
Educação: constitui uma instituição universal pelo fato de que em todas as sociedades é necessário garantir a estrutura educacional como processo de transmissão de conhecimentos e valores presentes na sociedade.
Recreação: em todas as sociedades, existem modos culturalmente estabelecidos para o alívio das tensões acumuladas nos indivíduos em decorrência das frustrações geradas pelas restrições da vida social.
VOLTAMOS A CULTURA Como adquirimos cultura? Como herdamos hábitos culturais?
Professamos determinada religião, falamos um idioma, temos uma moral que nos orienta a considerar o que é certo e o que é errado, comemos feijão com arroz e nos espantamos ao saber que um chinês se alimenta de insetos, estabelecemos diferentes papéis sociais para mulheres e homens,
gostamos de um determinado estilo musical, julgamos que é belo e feio segundo uma visão estética, entre outras manifestações. Tudo isto, como adquirimos? Já nascemos com esses hábitos?
Não nascemos com esses hábitos: eles nos foram passados pelo processo de socialização. A cultura é transmitida por herança cultural.
É pelo processo de socialização que herdamos, por meio do aprendizado, o patrimônio cultural de nossa sociedade. Somos socializados pela família, grupos de amigos, mídia, grupos do ambiente profissional, grupos religiosos, entre outros.
Exemplo 1: posso ser biologicamente filho de brasileiros, mas se, ao nascer, tivesse sido levado para outro país, seria um indivíduo completamente diferente, com outros hábitos culturais e percepções.
Exemplo 2: o caso de brasileiros descentes de japoneses que emigram para o Japão em busca de melhores oportunidades e têm sérios problemas de adaptação aos costumes culturais japoneses.
“O homem é um animal frágil, provido de insignificante força física, dominou toda a natureza e se transformou no mais temível de todos os predadores. Sem asas dominou os ares; sem guelras ou membranas dominou os mares. Tudo isto porque difere dos outros animais por ser o único que possui cultura”. (Laraia, 1977, p. 24)
“... um dos mais significativos fatos sobre nós pode ser finalmente a constatação de que todos nascemos com um equipamento para viver mil vidas, mas terminamos no fim tendo vivido uma só!
Em outras palavras, a criança está apta ao nascer a ser socializada em qualquer cultura existente. Esta amplitude de possibilidades, entretanto, ser limitada pelo contexto real e específico onde de fato ela crescer”. (Geertz apud Laraia, pp. 63 e 64, 1997).
A cultura determina a forma como os membros de determinada sociedade enxergam o mundo, e o mundo abriga uma grande diversidade cultural. Assim, cada sociedade estabelece sua cultura como uma norma a ser seguida por todos.
Imagine o que um indiano sente quando presencia um ocidental se alimentar de carne bovina, animal sagrado para eles; ou uma mulher ocidental, ao visitar um país islâmico, ter que usar véu e não freqüentar certos lugares reservados apenas aos homens.
ETNOCENTRISMO e RELATIVISMO Em vários períodos históricos a diversidade não veio acompanhada de coexistência pacífica e nem tampouco da tolerância e respeito pelo diferente, ou seja, pelo outro, de outra cultura.
ETNOCENTRISMO: tendência de utilizar como referência padrões culturais de sua própria cultura para julgar outras normalmente consideradas inferiores.
Segundo Everardo Rocha, trata-se da “visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência.
No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc.
De um lado conhecemos o "nosso" grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, conhece problemas do mesmo tipo, mora no mesmo estilo, distribui o poder da mesma forma, empresta à vida significados em comum e procede, por muitas maneiras, de modo semelhante.
De repente, nos deparamos com um "outro", o grupo do "diferente" que, às vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou quando as faz é de forma tal que não reconhecemos como possíveis. E, mais grave ainda, este “outro" também sobrevive à sua maneira, gosta dela, também está no mundo e, ainda que diferente, também existe.”
Roberto da Matta, no texto “Você tem cultura?” demonstra que é uma experiência antropológica buscar compreender a lógica da vida do outro. Isto se chama RELATIVISMO.
Portanto, antes de cogitar se “aceitamos” ou não esta outra forma de ver o mundo, a antropologia nos convida a compreendê-la, e verificar que ao seu jeito uma outra vida é vivida, segundo outros modelos de pensamento e de costumes.
O fato de atribuir superioridade. Exemplo: pensar que o homem é superior a mulher, que a raça branca é superior a outras raças.
Exemplos de fatos históricos relacionados ao etnocentrismo: o Nazismo, com sua idéia de superioridade ariana e a pregação do extermínio de pessoas que julgavam inferiores, no caso os judeus e outros povos; ou o processo de colonização da África e da Ásia por ingleses e franceses, por exemplo.
RELATIVISMO: oposto ao etnocentrismo, defende que nenhuma sociedade e sua cultura pode servir de parâmetro para o julgamento de outras. Cada cultura deve ser julgada dentro de seu contexto cultural.
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