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O Luteranismo

O Luteranismo. Cátia Oliveira nº3 Elsa Silva nº6. A história da Igreja Luterana.

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Presentation Transcript


  1. O Luteranismo Cátia Oliveira nº3 Elsa Silva nº6

  2. A história da Igreja Luterana A 10 de Novembro de 1483, na cidade de Eisleben, na Alemanha, nasceu Martinho Lutero, um jovem que, contrariando a vontade dos pais, decidiu tornar-se monge. No mosteiro, Lutero vivia em angústias e desespero por dúvidas que tinha sobre seus méritos espirituais. Quanto mais se penitenciava, tanto mais cresciam suas dúvidas e incertezas. Não possuía, por isso, paz de alma e via Deus como um severo juiz pronto a castigar os pecadores. Lutero tornou-se Doutor em Teologia e passou a leccionar na Universidade de Wittenberg. Sendo um dos privilegiados a ter acesso a uma Bíblia, Lutero desenvolveu nova visão teológica lendo as palavras de Romanos 1.17: "O justo viverá por fé". Segundo sua interpretação, dizia que o perdão e a vida eterna não são conquistados por nós mediante boas obras, mas nos são dados gratuitamente por meio da fé em Jesus Cristo, O Filho de Deus, que morreu e ressuscitou para perdão de toda a humanidade. Em 1517, na Alemanha, o professor e monge Martinho Lutero fixou à porta da Catedral de Wittenberg 95 teses criticando a actuação do Papa e do alto clero. Elas se propagaram rapidamente, mesmo com a intervenção da Igreja. Lutero foi apoiado por parte da população e pela nobreza que, desejosa de conquistar novas terras sob domínio de Roma (na região da actual Alemanha), o protegeram da perseguição do papa, poupando-o da fogueira, mas não da Ex-comunhão.

  3. Alguns exemplos dessas teses: Tese 27: Pregam a doutrina humana os que dizem que, tão logo seja ouvido o tilintar da moeda lançada na caixa, a alma sairá voando. Tese 32: Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de cartas de indulgência. Tese 86: Por que o papa, cuja fortuna é hoje maior que a dos mais ricos crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos a Basílica de São Pedro, em vez de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis? Lutero, então, passou a participar de vários debates teológicos com autoridades civis e eclesiásticas que tentavam fazê-lo abrir mão de suas ideias e retratar-se de críticas à Igreja e ao Papa. Em 1520, Lutero foi excomungado pelo Papa e, no mesmo ano, queimou a Bula de Excomunhão em praça pública, rompendo assim com a Igreja Católica da época. Em 1530, surgiu a Confissão de Augsburgo que foi escrita por Lutero e Melanchthon, um fiel companheiro seu. Este documento trazia um resumo dos ensinos luteranos. Uma das principais preocupações de Martinho Lutero, era que todas as pessoas pudessem ler o livro no qual os ensinamentos católicos estariam escritos e assim poderem tirar suas próprias conclusões. Por isto Martinho Lutero traduziu a Bíblia para o Alemão para que todos pudessem lê-la em sua própria língua. Alguns anos mais tarde, a bíblia foi traduzida para o Inglês, Francês e Espanhol as pessoas passaram a ler a Bíblia e terem suas próprias conclusões. Aos poucos a Igreja Católica foi perdendo poder e influência. Depois de Lutero a Igreja Católica nunca mais conseguiu exercer o forte domínio sobre a Europa como tinha antes da Reforma Protestante. Pouco a pouco, o ideal de reforma da Igreja Católica que Lutero possuía foi sendo sufocado e o Reformador viu-se obrigado, juntamente com seus seguidores, a formar um grupo separado de cristãos que queriam permanecer fiéis às suas ideias. Surgia assim a Igreja Luterana.

  4. As Confissões Luteranas As Confissões Luteranas podem também ser consideradas como estandarte, em torno do qual os luteranos cerram fileiras em defesa de suas visões doutrinárias da Escritura contra o erro, ou podem ser consideradas como uma bandeira, à qual os mestres da igreja prestam juramento de fidelidade. Cada membro da Igreja Luterana deve subscrever não apenas a Bíblia, mas também as confissões como exposição correcta das doutrinas bíblicas. Para o leigo isto significa, ao menos, o Catecismo Menor de Lutero; para o pastor e professor significam todas as confissões adoptadas pela Igreja Luterana. Em suas constituições, os grupos luteranos – congregações, bem como sínodos – geralmente definem sua posição doutrinária mais ou menos nestas palavras: "Confessamos que os livros canónicos do Antigo e do Novo Testamento são a palavra de Deus inspirada e, portanto, a única regra de fé e vida, e que as confissões da Igreja Luterana são uma exposição correcta das doutrinas desta palavra". Por que esta firme insistência, como resumido nas confissões luteranas? Porque para luteranos não pode haver nada mais importante do que as doutrinas expostas conforme sua interpretação da Bíblia. Em vista do precedente, segundo sua interpretação, o termo "igreja" jamais deveria ser empregado para definir um grupo religioso que não pertence ao Senhor como seu corpo (Ef. 1.22,23). Uma seita que, de acordo com sua visão, nega a divindade de Jesus, como a dos unitaristas não deveria ser chamada igreja.

  5. Em vista do precedente, segundo sua interpretação, o termo "igreja" jamais deveria ser empregado para definir um grupo religioso que não pertence ao Senhor como seu corpo (Ef. 1.22,23). Uma seita que, de acordo com sua visão, nega a divindade de Jesus, como a dos unitaristas não deveria ser chamada igreja. Escreve Lutero nos Artigos de Esmalcalde: "Graças a Deus, (hoje) uma criança de sete anos de idade sabe o que é a igreja, a saber, os santos crentes e cordeiros que escutam a voz do seu Pastor" (parte III, art. XII, cf. Livro de Concórdia, p.  338). Em seu Catecismo Maior, ele apresenta essa definição clássica: "Eu creio que há sobre a terra um pequeno grupo santo e congregação de santos puros sob uma cabeça, Cristo, chamados pelo Espírito Santo para uma fé, uma mente e uma compreensão, com dons multiformes, entretanto concordando em amor, sem seitas nem cismas. Também faço parte do mesmo, sendo participante e co-proprietário de todos os bens que possui, trazido a ele e incorporado nele pelo Espírito Santo pelo ouvir e pelo continuar a ouvir a palavra de Deus, que é o processo de iniciação nele. Pois, anteriormente, antes de termos alcançado isto, pertencíamos ao diabo, nada sabendo de Deus e de Cristo. Assim, até o último dia, o Espírito Santo permanece com a santa congregação, ou cristandade, por intermédio da qual ele nos traz a Cristo, e é ela que o Espírito Santo utiliza para nos ensinar a pregar a palavra; pela igreja ele age e promove a santificação, fazendo-a crescer diariamente e fortalecendo-a na fé e nos frutos que ele faz produzir". (O Credo. art. III, cf. Livro de Concórdia, p.  454).

  6. Os Credos Ecuménicos Em reposta à acusação de que a Igreja Luterana se desviou da antiga fé da Igreja Cristã e era, por isso, uma nova seita, os pais luteranos oficialmente declararam sua concordância total com os credos ecuménicos. No prefácio da Fórmula de Concórdia declararam: "E porque imediatamente depois do tempo dos apóstolos e mesmo enquanto eles ainda viviam, falsos mestres e hereges se levantaram, símbolos, isto é, confissões breves e concisas, foram compostos contra eles na igreja primitiva, que foram considerados como a unânime, universal fé cristã e a confissão da Igreja Ortodoxa e verdadeira, a saber, o Credo Apostólico, o Credo Niceno, e o Credo Atanasiano; juramos fidelidade a eles, e deste modo rejeitamos todas as heresias e doutrinas, que, contrárias a eles, têm sido introduzidas na igreja de Deus". A primeira confissão da fé cristã foi o Credo Apostólico. Divergências posteriores levaram à formulação do Credo Niceno (325) e do Credo Atanasiano (451). Essas três confissões são conhecidas como Credos Ecuménicos ou Universais. Contudo, com o passar dos tempos, segundo a visão Luterana, a igreja foi se desviando da verdade bíblica. Vozes que clamavam contra o erro foram silenciadas. Martinho Lutero, monge agostiniano, doutor em Teologia e professor da Bíblia na Universidade de Wittemberg, Alemanha, Postulou que a igreja estava desviada da verdade bíblica. A Igreja Luterana vê em Lutero um instrumento de Deus para reconduzir a igreja às verdades bíblicas e considera ainda que Deus preparou outros homens fiéis que participaram da causa da Reforma.

  7. Os seguintes documentos formam as Confissões Luteranas: • Catecismo Menor (1529), um resumo de interpretações bíblicas, escritas para o povo. • O Catecismo Maior (1529), as mesmas interpretações detalhadamente explicadas para adultos. • A Confissão de Augsburgo (1530), a principal confissão luterana. • A Apologia (1531), uma defesa da Confissão de Augsburgo. • Os Artigos de Esmalcalde (1537) reafirmam os ensinos da Confissão de Augsburgo e expõem, com mais profundidade, a doutrina da Santa Ceia, segundo a visão Luterana. • A Fórmula de Concórdia (1577), que define o pecado original, a impossibilidade de o homem salvar-se por suas próprias forças e a pessoa e obra de Cristo. • As Confissões foram reunidas no Livro de Concórdia, em 1580, que é aceito hoje por muitas igrejas luteranas no mundo. Essas igrejas afirmam: " • Aceitamos todos os livros canônicos das Escrituras Sagradas do Antigo • e Novo Testamentos, como palavra infalível de Deus e, como exposição • correcta da Escritura Sagrada, aceitamos os livros simbólicos reunidos • no Livro de Concórdia." A Escritura ou Bíblia Sagrada é a única norma • na igreja para doutrina e praxe.

  8. Martinho Lutero O que hoje chamamos de Alemanha era, desde a Idade Média, parte do Sacro Império Romano Germânico. Criado no século 11 como uma extensão temporal do poder do papado, houve momentos em que o poder imperial entrou em choque com o papa, como na questão envolvendo as investiduras de bispos, no século 16. A vitória do papado nessa que ficou conhecida como a Querela das Investiduras aprofundou o poder político da Igreja na região.Por outro lado, o poder enorme exercido pela Igreja tornava-a o local ideal para a venda de relíquias e indulgências. Empenhado na construção da Basílica de São Pedro, o papa Leão 10º (1513-1521) encarregou o dominicano John Tetzel de realizar uma maciça venda de indulgências por toda a Alemanha.Foi contra isso que se voltou o duque Frederico da Saxônia, impedindo a entrada de Tetzel em seu território. A alegação para a proibição foi o fato de a Igreja ter feito um acordo com a família de banqueiros alemães, os Függer, no qual os banqueiros emprestavam à Igreja o dinheiro necessário em troca da garantia de metade da renda obtida com a venda de indulgências.

  9. Nesse conflito envolveu-se Martinho Lutero (1483-1546), monge agostiniano e professor de teologia na Universidade de Wittenberg, com o apoio de Frederico. Na verdade, as críticas de Lutero à prática da Igreja já eram antigas, encontrando nesse contexto o espaço certo para sua disseminação.Em 1517, Lutero fixou na porta da catedral de sua cidade um documento intitulado "95 Teses Contra as Indulgências". Nele, não apenas Lutero criticava violentamente a prática da Igreja, denunciando que o dinheiro das indulgências era usado para financiar o luxo do clero e atacando seu desregramento, como também se opunha a dogmas da Igreja. Ao afirmar que as indulgências eram incorrectas, pois o fiel se salva não pelos actos que pratica, mas pela fé, Lutero incorria numa negação à doutrina da Igreja, uma heresia do ponto de vista da Igreja Católica, expondo-se assim à acção da Inquisição.Excomungado como herege em 1520 pelo papa, Lutero recusou-se também a se retratar na Dieta de Worms, convocada pelo imperador Carlos 5º (Carlos de Habsburgo) e composta por todos os nobres laicos e eclesiásticos do Sacro Império. Estes, por sua vez, tinham interesse em apoiar Lutero, interessados em livrar-se da autoridade papal e em limitar o poder do imperador, defensor do catolicismo. Foram os príncipes alemães e a alta nobreza que ocultaram Lutero num castelo da Saxônia, impedindo sua execução.

  10. Guerras e revoltas Durante os três anos em que ficou oculto, Lutero traduziu a Bíblia para o alemão, numa forma de tornar seu conhecimento mais difundido entre a população, de modo a provar o quanto a Igreja havia se afastado dos propósitos cristãos. Em sua maioria, os príncipes alemães declararam-se adeptos da nova religião proposta por Lutero. Vendo nisso uma clara ameaça a seu poder, o imperador Carlos 5º impôs o catolicismo como religião oficial do império. Os príncipes protestaram contra essa imposição (daí advindo o termo "protestante"), dando início a um longo processo de guerras de religião na Alemanha.Por outro lado, além do apoio da nobreza, por razões políticas, as ideias de Lutero despertaram o apoio dos camponeses, vendo nos ataques à Igreja uma oportunidade de reduzirem o grau de profunda desigualdade e exploração a que estavam submetidos. Várias revoltas camponesas eclodiram na Alemanha, entre elas a principal, liderada por Thomas Müntzer.Lutero voltou-se violentamente contra esses movimentos, posto que, dependente do apoio dos nobres, ele jamais poderia colocar-se ao lado de revoltas camponesas. Assim, Lutero defendeu a postura mais agressiva possível contra eles ("[...] É preciso estrangulá-los; é preciso matar o cão raivoso que se lança contra ti ou ele te matará."). A repressão aristocrática aos camponeses durou de 1524 a 1536 e produziu mais de cem mil mortos.

  11. Mudanças Já em 1527, Lutero, juntamente com Melanchton, elaborou a Confissão de Augsburgo, que estabelecia os princípios de sua doutrina. Por ela estabelecia-se: que as Escrituras Sagradas eram o único dogma da nova religião; a fé era vista como a única fonte da salvação; a livre interpretação da Bíblia passava a ser permitida; negava-se a transubstanciação (transformação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo, presente na fé católica) e a crença de que a presença de Cristo na Eucaristia era espiritual; adoptava-se o alemão, e não mais do latim, como idioma nos cultos religiosos; a Igreja passava a ficar submetida ao Estado; e, finalmente, permaneciam apenas dois sacramentos: o baptismo e a eucaristia.Em 1555, a Dieta de Augsburgo permitiu que cada príncipe escolhesse a sua religião, que passaria a ser também a de seus súditos ("cujus regio ejus religio" - tal príncipe, sua religião). O luteranismo triunfara na Alemanha. Foi adoptado também na Suécia, em 1527, e na Dinamarca e Noruega, em 1536, como forma de afirmação dos poderes reais contra a interferência de Roma.

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