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SERVIÇO DE PSICOLOGIA. INSTITUTO MÉDICO LEGAL INSTITUTO GERAL DE PERÍCIAS SSPDC-SC. OS PSICÓLOGOS NA SSP-SC BREVE HISTÓRICO:. Lei 6.704 de 10/12/85 –criação da categoria funcional Psicólogo Policial, dentro do Subgrupo Atividades de Nível Superior do Grupo Polícia Civil
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SERVIÇO DE PSICOLOGIA INSTITUTO MÉDICO LEGAL INSTITUTO GERAL DE PERÍCIAS SSPDC-SC
OS PSICÓLOGOS NA SSP-SCBREVE HISTÓRICO: • Lei 6.704 de 10/12/85 –criação da categoria funcional Psicólogo Policial, dentro do Subgrupo Atividades de Nível Superior do Grupo Polícia Civil • 1986 – 1º semestre - ingresso de 70 psicólogos concursados nas Ciretrans do Estado • 1986 – 2º semestre - derivação de psicólogos para outros setores da SSP
ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR • Delegacia da Mulher – setembro de 1986 • Serviço de Psicologia do Setor de Lesões Corporais do IML – maio de 1987
PSICÓLOGOS NAS DELEGACIAS DA MULHER DO ESTADO: • FLORIANÓPOLIS – 8 • JOINVILLE – 4 • BLUMENAU – 1 • ITAJAÍ - 1
ATUAÇÃO DOS PSICÓLOGOS NO INSTITUTO MÉDICO LEGAL: A implantação do Setor de Psicologia no então Departamento de Polícia Técnica, em 25 de maio de 1987, foi realizada através da elaboração de um Projeto de Atendimento no Instituto Médico Legal, contemplando vítimas de violência física intrafamiliar e vítimas de violência sexual no Estado de Santa Catarina.
Ao longo dos últimos vinte anos os Psicólogos lotados no IML têm sido responsáveis pelas seguintes atribuições: • Relatório ou Parecer Psicológico quando solicitado por Juiz, Ministério Público ou Delegado de Polícia, como Auxiliar da Justiça, segundo o Código de Processo Penal Brasileiro, ou como Auxiliar da Autoridade Policial, segundo o Estatuto da Polícia Civil.
Atendimento Emergencial de Apoio a vítimas de violência sexual e/ ou violência física, com encaminhamento para órgãos públicos federais, estaduais, municipais ou para profissionais e/ou instituições privadas.
Atendimentos de Violência Física Intra-familiar e Violência Sexual realizados pelo Serviço de Psicologia:
IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO NO SETOR DE PSICOLOGIA DO IML Para Vítimas de Violência Doméstica - • Espaço privilegiado para que ela possa se reorganizar psicologicamente. • Avaliação de dano psicológico. • Orientações e encaminhamentos pertinentes ao caso.
Para Vítimas de Violência Sexual – • Avaliação de Dano Psicológico. • Elaboração do Relatório Psicológico para instrução do IP. • Espaço de “escuta” terapêutica. • Orientações e encaminhamentos à vítima e/ou responsáveis.
OUTROS TRABALHOS DESENVOLVIDOS PELO SETOR DE PSICOLOGIA • Levantamento de dados para pesquisa, através de um programa informatizado para preenchimento de fichas de atendimento, que nos permite configurar: • Características das vítimas de agressão. • Características dos autores da agressão. • Bairros de maior incidência de violência sexual e/ou intrafamiliar, e outras informações interessantes.
CARACTERÍSTICAS DAS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CRÔNICA • Baixa auto-estima • Defensividade excessiva • Falta de confiança nas pessoas próximas ou confiança exagerada (dependência) • Medo • Cautela • Sentimento de culpa
Comunicação pobre • Manipulação • Tradicionalismo • Isolamento • Desesperança • Queixas psicofisiológicas Manual de Treinamento do NCADV
PRINCIPAIS MOTIVOS PARA AS MULHERES PERMANECEREM NA RELAÇÃO ABUSIVA (PCADV-1990) • Esperança de que o marido mude o comportamento • Isolamento • Negação social • Ameaças • Crença no tratamento do agressor • Riscos do rompimento • Autonomia econômica • Deixar a relação é um longo processo
CAUSAS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA MAIS APONTADAS PELAS VÍTIMAS • Bebida • “Problemas de cabeça” ou “de nervos” • Ciúmes • Sexo • Dinheiro
VIOLÊNCIA DE GÊNERO OU VIOLÊNCIA DOMÉSTICA?
“ É uma raça de todas as raças. É uma nação que ocupa o mundo inteiro. Uma tribo de milhões. Tem uma particularidade física em comum – são pequenos – mas fora isso são diversificados, sem feições características. Até uma certa idade, falam a mesma língua indecifrável, depois começam a usar idiomas diferentes. Em geral se entendem. Sua cultura também é variada, mas apresenta um dado interessante ainda não explicado. Durante um certo tempo todos
desenham e pintam do mesmo modo. Alguns com mais ou menos talento mas todos com o mesmo traço que se pode chamar de “naif”. Não importa em que condições tenham nascido ou que distância os separe, todos fazem a árvore e o homem no mesmo estilo. Talvez esse exotismo explique a maneira paradoxal com que eles são tratados. Despertam interesse e ternura, desprezo e ódio em partes iguais. Muitos são rejeitados, sofrem discriminação em alguns lugares e até
campanhas de extermínio. Para muitos, a única maneira certa de escaparem desse destino é abandonarem sua tribo e aderirem ao inimigo, se transformando em nós, como camuflagem. Mas isso só acontece com o tempo e, até que aconteça, a vida é um risco.” Luiz Fernando Veríssimo (In:O traço e o risco. Calendário. Ed. Gráficos Burti, 1997).
Dados da Pesquisa Nacional de Violência Familiar (1975), realizada por Murray Straus e Richard Gelles, sugerem: • Homens que testemunharam agressões cometidas pelos pais – 3x mais chance de agredir suas esposas • Homens que não apenas testemunharam mas também sofreram abusos – taxas 1.000% mais altas
TRABALHO EM REDE • REDE PRIMÁRIA: parentes, amigos, vizinhos • REDE INTERMEDIÁRIA: link entre as redes • REDE SECUNDÁRIA: instituições governamentais e não-governamentais
Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos. João Cabral de Melo Neto – Tecendo a Manhã