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Terminologia e Linguística Documentária

Terminologia e Linguística Documentária. Linguística Documentária Profa. Marilda L. G. de Lara. Prólogo – Sager. Acordo geral – as terminologias, ou seja, as palavras e frases utilizadas no discurso especializado constituem um elemento da linguagem de crescente importância.

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Terminologia e Linguística Documentária

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Presentation Transcript


  1. Terminologia e Linguística Documentária Linguística Documentária Profa. Marilda L. G. de Lara

  2. Prólogo – Sager • Acordo geral – as terminologias, ou seja, as palavras e frases utilizadas no discurso especializado constituem um elemento da linguagem de crescente importância. • A terminologia constitui, para os especialistas, o vocabulário essencial para uma comunicação eficaz.

  3. Prólogo – Sager • Desacordos

  4. Prólogo – Sager • A razão de ser das terminologias Facilitar a comunicação entre os especialistas e o público profano, superando assim os obstáculos terminológicos criados pelos contatos entre línguas.

  5. Prólogo – Sager • Dificuldades da terminologia Existe uma ignorância perdoável, que consiste em não ter consciência do pouco que sabemos sobre o que é a informação e sobre a complexidade de qualquer processo de comunicação.

  6. Prólogo – Sager • Até os dias atuais a Terminologia não é estudada como disciplina autônoma porque considera-se a mesma como parte de uma língua.

  7. Prólogo – Sager • A terminologia, assim como o conhecimento de línguas estrangeiras (francês, inglês, alemão, etc.) é considerada como uma segunda língua, já que a mesma necessita da língua materna (no caso, o português) para se expressar. Português – língua materna (primeira língua) Terminologia médica – segunda língua Francês – segunda língua

  8. Prólogo – Sager • Ou seja, de modo mais simplificado, podemos dizer que a definição em uma linguagem de especialidade é sempre realizada com base na metalinguagem (português).

  9. Prólogo – Sager • Um dos problemas enfrentados pelos profissionais de diversas áreas do conhecimento é que, em seus cursos não estão incluídas disciplinas de aprendizado da linguagem específica. • Por exemplo, o engenheiro tem muitas disciplinas de ciências exatas, porém não tem uma que faça o estudante aprender e dominar a linguagem da área.

  10. Prólogo – Sager • As deficiências na formação dos especialistas podem ser explicadas por uma concepção errônea que trata de modo separado a linguagem e as matérias de especialidade, ou, mais concretamente, que separa o conhecimento de sua forma de expressão apropriada.

  11. Prólogo – Sager • Há necessidade de admitir que o especialista não tem consciência da linguagem que adquire, e portanto não pode antecipar os possíveis obstáculos que podem surgir na comunicação com especialistas de outras matérias ou com o grande público.

  12. Prólogo – Sager • Aquisição da linguagem Quando crianças aprendemos nossa língua materna de forma automática e progressiva, com ajustes subconscientes de acordo com nossas necessidades e capacidade mental, e com diferentes orientações segundo certas condições psicológicas.

  13. Prólogo – Sager • Aquisição da linguagem A língua aprendida desta maneira, por uma criança ou um adulto analfabeto, pode ser chamada de língua geral ou materna, já que serve a um grande número de necessidades cotidianas de comunicação e expressão.

  14. Prólogo – Sager • Aquisição da linguagem Já na escola secundária, aprendemos a separar a física da química e da biologia, e mais adiante aprendemos a subdividir essas matérias gerais em matérias específicas, como a zoologia, a botânica, ou, a química orgânica da inorgânica. Desta maneira aprendemos a linguagem apropriada para falar de física ou de química, que é como aprender uma segunda língua.

  15. Prólogo – Sager • Aquisição da linguagem Segunda língua Biologia Física Francês Inglês

  16. Prólogo – Sager • Aquisição da linguagem Ao superar a visão unitária do mundo e da língua de nossa infância, à medida que avança nossa sofisticação social e intelectual, o mundo vai se dividindo em compartimentos, cada um com sua linguagem correspondente. À essa superação corresponde maior fragmentação do mundo, fragmentação essa que ocorre também na linguagem.

  17. Prólogo – Sager • Aquisição da linguagem A primeira língua, ou língua materna, serve como metalinguagem. A primeira língua se aprende por imitação; A segunda língua se aprende e se ensina através da primeira. Explica-se, descreve-se, parafraseia-se conceitos na primeira língua. Depois disso, consegue-se dar uma definição formal e designações terminológicas numa segunda língua.

  18. Prólogo – Sager • Aquisição da linguagem Ensinamos o significado de uma palavra técnica, de um termo, do mesmo modo que ensinamos o significado de uma palavra inglesa ou francesa, por exemplo. Por meio da repetição deste processo é que se constitui todo um sistema de designações especiais, uma terminologia que constitui a essência do vocabulário da segunda língua, sendo que esta permanece sempre acessível através da primeira.

  19. Prólogo – Sager • Aquisição da linguagem É lamentável que a maioria dos estudantes e professores não se deem conta da interação entre essas duas línguas.

  20. Prólogo – Sager • Aquisição da linguagem O estudo da terminologia pressupõe o rechaço da concepção de uma língua como um instrumento unitário multifuncional e a aceitação, em troca, de uma concepção da língua como um conjunto de diversas linguagens de vários graus de especificidade.

  21. Prólogo – Sager • Aquisição da linguagem Ninguém domina toda a matéria de uma determinada área. Sendo assim, também não domina todo o vocabulário desta área. Podemos dizer então, que cada pessoa tem um domínio parcial de seu idioma, e que este domínio está determinado por sua educação, seu nível cultural, sua profissão, sua procedência geográfica, etc.

  22. Prólogo – Sager • Proposição de Terminologia “Estudar uma matéria equivale a aprender as linguagens desta matéria”.

  23. Prólogo – Sager Porém, existem vários níveis de compreensão para este “aprender uma matéria”. • Exemplo: tradutores e intérpretes, sem serem especialistas de uma matéria, compreendem os textos especializados a ponto de poder reexpressá-los em outro idioma, apesar de não serem capazes de construir pontes, de produzir automóveis ou de analisar substâncias químicas.

  24. Prólogo – Sager Neste ponto pode-se concluir que tradutores, intérpretes, documentalistas e terminólogos desempenham uma posição de ponte entre a linguagem e as matérias de especialidade, ou seja, entre o conteúdo e o instrumento. Estes profissionais conhecem a linguagem da matéria, mas não conhecem a matéria como conhecem os especialistas.

  25. Prólogo – Sager A exploração da ideia de diversos níveis do saber aproxima a terminologia da psicolinguística e da ciência cognitiva.

  26. Prólogo – Sager Se distinguimos níveis de compreensão de uma matéria também é útil distinguir entre os níveis de linguagem. Assim teríamos: • Linguagem que existe somente na forma escrita (ex.: símbolos da matemática; fórmulas químicas); • Linguagem escrita e falada com variações segundo seus interlocutores; • Linguagens usadas pelos especialistas para comunicarem-se entre si; • Linguagens que os especialistas usam para comunicar-se com interlocutores menos especializados, ou para comunicar-se com especialistas de outras matérias; • Linguagens diferentes do discurso científico e do discurso técnico, e entre o discurso de divulgação e o discurso didático; • Linguagens que os especialistas usam para se comunicar com o público geral.

  27. Prólogo – Sager • Corrigindo a primeira proposição “Conhecer uma matéria equivale a ter um domínio de parte das linguagens desta matéria; dominar as linguagens de uma matéria equivale a ter certa compreensão da matéria”

  28. Prólogo – Sager • O estudo da terminologia • É complexo porque deve satisfazer 3 inquietudes distintas: • A dos especialistas da matéria; • A do público geral; e, • A dos mediadores da comunicação.

  29. Prólogo – Sager • O conhecimento é incompleto sem uma introdução à ferramentas existentes para resolver problemas de comunicação como são os dicionários e tesauros (impressos e eletrônicos), os bancos de dados terminológicos e outros instrumentos que facilitam a comunicação mono e multilingue.

  30. Prólogo – Sager • Os trabalho de Maria Teresa Cabré e sua trajetória docente e organizadora tem permitido ver a necessidade de apresentar a terminologia como uma preocupação que afeta todos os aspectos da informação e da comunicação, bem como de encontrar um nível de expressão capaz de chegar a um público diverso.

  31. Linguística Documentária • O termo Linguística Documentária foi originalmente proposto por García Gutierrez (1990) a partir do pressuposto de que os problemas relacionados à informação são problemas de linguagem.

  32. Linguística Documentária • No interior da Ciência da Informação, a Linguística Documentária constitui um campo de estudos que se propõe a observar os problemas que caracterizam a linguagem documentária como uma forma específica de linguagem inscrita no universo da linguagem geral. Esse é um dos motivos que explica o fato da Linguística Documentária recorrer à Terminologia (teórico-metodológica e concreta).

  33. Terminologia • A Terminologia desenvolve reflexões teóricas sobre suas bases conceituais, como metodologias de trabalho. Seus objetivos aplicados se relacionam à observação dos discursos especializados nas áreas do saber ou de atividade, visando principalmente a construção de dicionários e glossários especializados. • Funcionalmente, a Terminologia é veículo de conhecimento, aspecto importante para a descrição e recuperação da informação.

  34. Terminologia e LD • A Terminologia modeliza o conhecimento como campo nocional; a linguagem documentária, modeliza a informação para construir sistemas informacionais.

  35. Terminologia e LD • O diálogo entre a Terminologia e a Linguística Documentária se realiza no plano teórico e metodológico, não se restringindo, portanto, ao empréstimo pontual dos termos utilizados nas áreas do saber ou de atividade. • Do ponto de vista da Linguística Documentária, a organização e representação da informação requer, necessariamente, a integração sistemática e articulada do vocabulário de especialidade.

  36. Terminologia e LD • Trata-se de uma apropriação que obedece, também, a critérios documentários: ‘tornar próprio’ um conhecimento se traduz como atitude que orienta a pesquisa para a interdisciplinaridade enquanto categoria de ação, cujos resultados prevêem a reorganização dos conceitos sob a ótica das práticas documentárias. O processo não é simples e sua sedimentação depende, também, da experimentação prática.

  37. Referências SAGER, J. C. La terminología: puente entre varios mundos. In: CABRÉ, M. T. La terminología: teoria, metodología e aplicaciones. Barcelona: Antártida; Empúria, 1993. p. 11 – 17. LARA, M. L. G. de; TÁLAMO, M. de F. G. M. Uma experiência na interface Linguística Documentária e Terminologia. Datagramazero – Revista de Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 8, n. 5, out./2007. Disponível em: <http://www.dgz.org.br>. Acesso em: 18 maio 2011.

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