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1. Medicina Forense II Tanatologia forense
2. Tanatologia Conceito - A Tanatologia médico-legal ou forense é o ramo da medicina legal que estuda o morto e a morte, assim como os fenômenos dela decorrentes.
3. Conceito de morte O conceito mais simples de morte e que não corresponde com a realidade, é o de cessação total e permanente das funções vitais.
Modernamente temos basicamente dois conceitos de morte. a morte circulatória, que corresponde à parada cardíaca irreversível, e a morte cerebral, definida como a morte encefálica geral e não apenas da porção cortical, ainda que o coração esteja em atividade.
O conceito de morte cerebral passou a ter grande importância com o advento dos transplantes de órgãos e tecidos.
4. Fenômenos cadavéricos
5. Fenômenos cadavéricos
6. Rigidez cadavérica A rigidez cadavérica se instala em razão do aumento do teor de ácido lático nos músculos e conseqüente coagulação da Miosina:
inicia-se entre 03 (três) a 05 (cinco) horas após a morte;
instala-se completamente entre 08 (oito) e 12 (doze) horas; e
permanece por um período de 12 (doze) a 24 (vinte e quatro) horas.
7. Rigidez cadavérica
8. Rigidez cadavérica Segundo a Lei da Rigidez Cadavérica de Nysten, no momento em que se inicia a rigidez, a intensidade e a duração são valores que estão intimamente relacionados. Quando a rigidez é precoce, a intensidade é baixa e tem duração limitada. Quando o início é tardio, a intensidade é maior e a duração prolongada.
Com relação às circunstâncias que modificam a rigidez cadavérica, podemos distinguir dois grupos:
as que seguem a Lei de Nysten;
as que não seguem a lei de Nysten.
9. Rigidez cadavérica Circunstâncias que seguem a Lei de Nysten:
Idade: as crianças e idosos apresentam rigidez precoce e curta;
desenvolvimento muscular e estado de nutrição: nos indivíduos atléticos, a rigides é mais tardia e intensa que nos que possuem uma musculatura débil ou apresentem quadro de desnutrição;
Cansaço: a rigidez é precoce e fraca;
Causa mortis: nas mortes violentas e repentinas a rigidez é tardia, intensa e duradoura. Ao contrário, nas mortes por enfermidades agudas hipostenizantes, crônicas caquetizantes e que esgotam o sistema muscular, a rigidez é precoce, fraca e curta;
Anasarca (edema generalizado) torna mais lenta a instalação da rigidez;
Hemorragias: se são intensas levam a uma rigidez precoce, curta e fraca.
10. Rigidez cadavérica Circunstâncias que se afastam da Ley de Nysten
Mortes por processos convulsivos: a rigidez é precoce, intensa e duradoura;
Algumas intoxicações (óxido de carbono, arsênico, clorofórmio): rigidez precoce, intensa e duradoura. Quando a intoxicação se dá por hidrato de cloral, cocaína, curare e cicuta, o momento de aparecimento é retardado;
Electrocução: a rigidez é precoce, mas não intensa.
Lesões mortais de cérebro e medula: adiantam a instalação da rigidez;
Morte por calor: a rigidez é precoce, intensa, mas breve;
Morte pelo frio: a rigidez é precoce, intensa e duradoura;
Enfermidades que levam a paralisia muscular ou atrofias: em geral a rigidez é tardia, e fraca, porém duradoura. Existem, entretanto, inúmeras exceções.
11. Rigidez cadavérica Importância médico-legal
Diagnóstico de morte real;
Determinação do momento da morte;
Reconstituição das circunstâncias em que se produziu a morte.
12. Espasmo cadavérico Em alguns casos, quando a morte ocorre bruscamente, a última atitude da vítima fica fixada instantaneamente porque o corpo não passa pela fase de relaxamento muscular, entrando em rigidez quase que imediata. Existen duas variedades de espasmos cadavéricos:
generalizado, em que todo o corpo experimenta uma rigidez súbita, conservando a posição do instante da morte; e
localizado, quando apenas certos grupos musculares entram em estado de rigidez instantânea. Às vezes o corpo mantém a última expressão facial ou um movimento com os braços, o que pode ser bastante útil nos diagnósticos de suicídio.
De qualquer forma é um fenômeno pouco frequente e produzido, quase sempre pelas mesmas circunstâncias:
emoção ou extrema tensão nervosa que antecede o momento da morte;
alguns tipos particulares de morte.
Entre as causas que podem levar ao espasmo podem ser citados: processos convulsivantes; ferimentos por arma de fogo que produzam morte repentina por lesão dos centros nervosos superiores ou do coração; morte por lesões espontâneas do sistema nervoso central, como hemorragias cerebrais e fulguração.
13. Espasmo cadavérico A importância médico-legal está relacionada com a fixação da última expressão ou atitude da vítima, facilitando o diagnóstico da causa jurídica da morte.
Fonte: http://criminologiaycriminalistica.wordpress.com/2008/09/23/rigidez-rigor-mortis-y-espasmo-cadaverico/
14. Espasmo cadavérico
15. Livores cadavéricos e hipóstases Cessada a circulação, o sangue, pela ação da gravidade, tende a depositar-se nas partes mais baixas do corpo, de acordo com a posição do cadáver.
Quando as coleções são encontradas dentro dos órgãos e cavidades, temos as chamadas hipóstases e quando são superficiais constituem os livores cutâneos.
Tanto os livores quanto as hipóstases surgem em torno de 2 (duas) a 3 (três) horas após a morte. Passadas 8 (oito) a 12 (doze) horas, fixam-se para não mais mudar de posição, ainda que o corpo tenha sua colocação alterada.
Têm grande importância na determinação da posição do cadáver no momento do óbito.
16. Livores cadavéricos e hipóstases
17. Fenômenos transformativos destrutivosAutólise Com a morte e cessada a circulação, as células deixam de receber os nutrientes necessários à manutenção dos fenômenos biológicos. O meio vivo, que era neutro, passa a ser ácido, tornando impossível a realização dos fenômenos vitais. Com a alteração do pH e pela ação da pressão osmótica, as membranas celulares se rompem desintegrando os tecidos.
A acidificação dos tecidos, sinal evidente de morte, pode ser comprovada por várias provas laboratoriais como o uso de indicadores químicos (Sinal de Lesa Marzo, De Dominicis ou Silvio Rebelo).
18. Fenômenos transformativos destrutivosAutólise
19. Fenômenos transformativos destrutivosPutrefação A putrefação inicia-se logo após a autólise pela ação de germes aeróbicos e anaeróbicos. Inicia-se geralmente a nível do intestino grosso, dando origem à chamada mancha verde abdominal e espalha-se pelo organismo.
Embora exista uma variação muito grande na marcha da putrefação, variando com o local em que o cadáver está colocado ou mesmo em decorrência da causa mortis, a putrefação obedece 4 (quatro) fases:
20. Putrefação - Fase da coloração
21. Putrefação - Fase gasosa
22. PutrefaçãoFase de esqueletização
23. Fenômenos transformativos destrutivosMaceração A maceração é um fenômeno transformativo destrutivo que é observado basicamente em duas situações:
os submersos em meio líquido contaminado (maceração séptica); e
os fetos retidos a partir do 5º mês de gestação (maceração asséptica).
Na maceração os ossos soltam-se dos tecidos, o abdome se achata e o tegumento se desprende sob a forma de largos retalhos.
24. Fenômenos transformativos destrutivosMaceração
25. Fenômenos transformativos conservativosSaponificação ou adipocera A saponificação ou adipocera é um fenômeno transformativo conservador, em que o cadáver adquire consistência untuosa e mole como sabão ou cera.
Normalmente a saponificação atinge apenas partes do cadáver podendo, entretanto, atingir todo o corpo.
A saponificação é um fenômeno que se inicia já quando o corpo se encontra em adiantado estado de putrefação e é facilitado por solos argilosos onde não há muita aeração.
26. Fenômenos transformativos conservativosSaponificação ou adipocera
27. Fenômenos transformativos conservativosMumificação A mumificação é um processo conservativo que pode ser natural ou artificial.
A mumificação artificial os corpos são submetidos a processos especiais destinados à conservação do corpo, como por exemplo as múmias dos faraós egípcios.
O processo natural ocorre quando as condições climáticas favorecem uma rápida desidratação do corpo, impedindo a ação das bactérias que levam à putrefação.
28. Fenômenos transformativos conservativosMumificação