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Do Mito à Realidade: Michael Jackson

Do Mito à Realidade: Michael Jackson Cláudio Meneghello Martins Mestre em Psiquiatria-Univiversity of London Coordenador de saúde mental do Celp Cyro Chefe do Serviço de Psiquiatria HMIPV www.claudiomartins.med.br claudiomartins@terra.com.br Mito Deriva do grego:

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  1. Do Mito à Realidade: Michael Jackson Cláudio Meneghello Martins Mestre em Psiquiatria-Univiversity of London Coordenador de saúde mental do Celp Cyro Chefe do Serviço de Psiquiatria HMIPV www.claudiomartins.med.br claudiomartins@terra.com.br

  2. Mito Deriva do grego: mythos, palavra, narração ou mesmo discurso. Verbos: mythey(contar, narrar) mytheo (anunciar e conversar). Sua função, por tanto é a de  descrever, lembrar e interpretar todas as origens, seja ela a do cosmo(cosmogonia),das forças e fenômenos naturais (vento, chuva, relâmpago, acidente geográfico, seja ela a da causas primordiais que impuseram ao homem as suas condições de vida e seus comportamentos. Em síntese, é a primeira manifestação de um sentido para o mundo”.

  3. Mito O mito é a mais antiga forma de conhecimento, de consciência existencial e ao mesmo tempo, de representação religiosa sobre a origem do mundo, sobre os fenômenos naturais e a vida humana.

  4. Mito no dicionário • Mito sm. 1. Relato sobre o seres e acontecimentos imaginários acerca dos primeiros tempos ou de épocas heróicas • 2. Narrativa de significação simbólica, transmitida de geração em geração dentro e determinado grupo, e considerada verdadeira por ele. • 3. Idéia falsa, que distorce a realidade ou não corresponde a ela. • 4. Pessoa, fato ou coisa real valorizados pela imaginação popular, pela tradição, etc. • 5. Fig. Coisa ou pessoa fictícia, irreal; fábula.

  5. O mito na linguagem: • Enfim, o mito cria uma compensação simbólica e imaginária para dificuldades, tensões e lutas reais tidas como insolúveis; o mito se refere a esse fundo invisível e tenso e o resolve imaginariamente para garantir a permanência da organização. • Omito na cultura da sociedade conta uma história (real) dramática, na qual a ordem do mundo (o reino animal, mineral, vegetal e humano) foi criada e constituída.

  6. O mito na realidade humana: • .....  De tempos em tempos, morreram os mitos. Mas a realidade que os fez nascer está sempre aí a desafiar os homens e buscando irromper na consciência do espírito. Por isso, nascem de novo outros mitos, que por sua vez serão outras tantas tentativas de apreender o inapreensível, de formular o informulável, e deixar falar o que é de per si, indizível (Boof,Leonardo)

  7. Mito:

  8. Fernando Antônio Nogueira PessoaPortugal[1888-1935]Poeta • Manufacturamos Realidades • Damos comummente às nossas ideias do desconhecido a cor das nossas noções do conhecido: se chamamos à morte um sono é porque parece um sono por fora; se chamamos à morte uma nova vida é porque parece uma coisa diferente da vida. Com pequenos mal-entendidos com a realidade construímos as crenças e as esperanças, e vivemos das côdeas a que chamamos bolos, como as crianças pobres que brincam a ser felizes. Mas assim é toda a vida; assim, pelo menos, é aquele sistema de vida particular a que no geral se chama civilização. A civilização consiste em dar a qualquer coisa um nome que lhe não compete, e depois sonhar sobre o resultado. E realmente o nome falso e o sonho verdadeiro criam uma nova realidade. O objecto torna-se realmente outro, porque o tornámos outro..... Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego'

  9. Reflexão

  10. O Paradoxo da Representação da Realidade Farei, porém, um esforço para vos dar aquela realidade que vocês julgam ter, ou seja, esforçar-me-ei por vos querer em mim como vocês se querem. Já sabemos que não é possível, dado que, por mais esforços que eu faça para vos representar à vossa maneira «à vossa, será sempre maneira» apenas para mim, não «à vossa maneira» para vocês e para os outros........... Luigi Pirandello (escritor italiano, 1867-1936), in "Um, Ninguém e Cem Mil"

  11. Realidade(do latimrealitas isto é, "coisa") significa em uso comum "tudo o que existe". Em seu sentido mais livre, o termo inclui tudo o que é, seja ou não perceptível, acessível ou entendido pela ciência, filosofia ou qualquer outro sistema de análise. Realidade significa a propriedade do que é real. Aquilo que é, que existe. O atributo do existente. O real é tido como aquilo que existe, fora da mente. Ou dentro dela também. A ilusão, a imaginação, embora não esteja expressa na realidade tangível extra-mentis,

  12. Fictício, imaginário, idealizado no sentido de tornar-se idéia e ser idéia, pode - ou não - ser existente e real também no mundo externo. O que não nega a realidade da sua existência enquanto ente imaginário, idealizado. Naturezeza do real (o idealismo e o realismo). Imagem - a representação sensível do objeto Idéia - o sentido do objeto a sua interpretação mental

  13. Fatores que influenciam a resposta do eixo HPA ao estresse •Genética •Estresse precoce (trauma: abuso físico, sexual, negligência, perda parental) •Resposta do ambiente ao trauma (apoio-resiliência?) •Idade em que ocorreu trauma (timing) •Temperamento (personalidade)

  14. Luto Peculiar Joseph Jackson

  15. Katherine Jackson

  16. Estresse Precoce

  17. Depressão, Estresse e eixo HPA (Juruena, Cleare and Pariante, 2004)

  18. Pituitary Gland Viewed in Sagittal and Coronal Brain Images

  19. “As doenças mentais são doenças crônicas das crianças e dos jovens” The WHO World Mental Health Survey Consortium. JAMA 2004;291:2581-59

  20. Álcool, drogas e violência • O uso de bebidas alcoólicas reforça a violência por parte dos casais, aumentando a vitimização física e sexual. Buzy, 2005 • Homens alcoolistas agridem 3 X mais suas mulheres do que homens abstêmiosMurphy, 2005 • 60% dos pais de filhos usuarios de cocaína tiveram boletins de ocorrência para abuso ou negligência Kelley, 1992 • Número significativo de crianças que vão para o juizado de menores relaciona-se ao consumo de cocaína e crack • Curtis & McCullough, 1993

  21. Inicio de Dependencia Química 67% 26% 5.5% Inicio uso de maconha, (%) 1.5% Criança <12 Adolescente 13-17 Adulto jovem18-25 Adulto >25

  22. Em adultos as emoções ativam o Cortex Frontal e em adolescentes a ativação ocorre na Amigdala Deborah Yurgelon-Todd 2000.

  23. O Fundamental Funcionamento Ocupacional 1,2 Funcionamento Físico1,2 Funcionamento Social1,2 Funcionamento Marital 4 O Fundamental Probabilidade de episódios futuros 1,2 Bem-estar mental dos filhos 3 Risco de suicídio 5 1.Sobocki P, et al. Int J Clin Pract. 2006;60:791–798. 2. Keller MB. JAMA. 2003;289:3152–3160. 3. Weissman MM, et al. JAMA. 2006;295:1389–1398. 4. Bromberger JT, et al. J Nerv Ment Dis. 1994;182:40–44. 5. Judd LL, et al. J Affect Disord. 1997;45:5–17.

  24. Álcool: É umaDroga Jim, masnãocomonósconhecemos.

  25. Transtorno Dismórfico Corporal

  26. Dianna Ross 1990

  27. Diana Ross - 2009

  28. Transtorno Dismórfico Corporal *defeitos faciais, como por exemplo, em relação à forma ou tamanho do nariz, do queixo, calvície, etc. *As queixas geralmente envolvem falhas imaginadas ou, se existem são bem mais leves que o paciente imagina, na face ou na cabeça, tais como perda de cabelos, acne, rugas, cicatrizes, marcas vasculares, palidez ou rubor, inchação, assimetria ou desproporção facial, ou pêlos faciais excessivos .

  29. Transtorno Dismórfico Corporal Histórico • Descrição na literatura européia e japonesa (Warnick, 1996) • Variedade de nomes , mais comum dismorfofobia • Sentimento de feiúra ou defeito físico que o paciente percebe a despeito de sua aparência normal. (Morselli) • O termo dismorfia é uma palavra grega que significa feiúra, especialmente na face. A primeira referência aparece na história de Herodutus, no mito da garota feia de Esparta, que era levada por sua enfermeira, todos os dias, ao templo para se livrar da sua falta de beleza e atrativos.

  30. Classificação Diagnóstica Kraeplin, em 1909, (considerava a Dismorfia Corporal) como uma neurose compulsiva; Janet, em 1903, como obsessão com a vergonha do corpo, enfatizando a extrema vergonha dos indivíduos que se sentiam feios e ridículos; Jahrreiss, em 1930, como hipocondria da beleza Stekel, 1949, que escreveu sobre um grupo peculiar de idéias obsessivas que as pessoas apresentam a respeito de seu próprio corpo.Embora sua presença seja clara na literatura européia, a dismorfofobia não apresenta na CID - Classificação Internacional de Doenças (1993) -, uma categoria nosológica, estando inclusa na categoria da hipocondria. .....

  31. Transtorno Dismórfico Corporal • Critérios de diagnósticos para F45.2 (CID.10) ou 300.7 (DSM.IV) do Transtorno Dismórfico Corporal • Preocupação com um imaginado defeito na aparência. Se uma ligeira anomalia física está presente, a preocupação do indivíduo é acentuadamente excessiva. • B. A preocupação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. • C. A preocupação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (por ex., insatisfação com a forma e o tamanho do corpo na Anorexia Nervosa).

  32. Incidência • Os transtornos derivados da excessiva preocupação com o corpo estão se convertendo em uma verdadeira epidemia. • Desejar com muito ardor uma imagem perfeita não significa sofrer de uma doença mental, mas aumenta as possibilidades de que este transtorno emocional apareça. • Ainda que haja hipóteses biológicas para o Transtorno Dismórfico Corporal, como por exemplo, eventuais alterações nos desequilíbrios nos níveis de serotonina e outros neurotransmissores cerebrais, não cabem dúvidas de que os fatores sócio-culturais e educativos têm uma grande influência em sua incidência.

  33. Transtorno Dismórfico Corporal • aproximadamente igual em homens e mulheres, iniciando-se em geral na adolescência de forma gradual ou súbita e seu curso é flutuante e crônico. • Porém, os portadores do tipo Vigorexia (Transtorno Dismórfico Muscular) são, em sua maioria, homens entre 18 e 35 anos, os quais começam a dedicar demasiado tempo (entre 3 e 4 horas diárias) as atividades de modelação físicas, resultando em algum tipo de prejuízo sócio-ocupacional. • A idade de início mais comum do Transtorno Dismórfico Corporal também é no final da adolescência ou início da idade adulta. A média de idade está em torno dos 20 anos, • Entre 9 milhões de norte-americanos que freqüentam academias de ginástica, existe perto de um milhão de pessoas afetadas por um transtorno de ordem emocional que os impede ver-se como são na realidade, e normalmente esse transtorno é o Transtorno Dismórfico Corporal (ou Muscular). • Interferência nas demais areas da vida. • . :

  34. Causas • Influência do meio sociocultural • neurotransmissores do sistema nervoso central, mais precisamente da serotonina. • disfunção dos gânglios da base nestes quadros. Essa mesma hipótese tem sido emprestada ao Transtorno Obsessivo-Compulsivo e outros transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo.

  35. Tratamento • Psicoterapia – cognitiva comportamental • psicodinãmica • Psicofarmacológico - Inibidores seletivos de Recaptação da Serotonina (ISRS)

  36. Comportamento Excêntrico

  37. Transtorno de Personalidade HISTRIÔNICO (DSM IV) Desconforto em situações que não é o centro das atenções Interação com os outros frequentemente se caracteriza por comportamento inadequado, sexualmente provocante ou sedutor Exibe mudança rápida e superficialidade na expressão da emoção Exibe autodramatização, teatralidade e expressão emocional exagerada Considera os relacionamentos mais intimos que realmente são

  38. Critérios diagnósticos para Pedofilia (302.2 – DSMIV) • Ao longo de um período mínimo de 6 meses, fantasias sexualmente excitantes recorrentes e intensas, impulsos sexuais ou comportamentais envolvendo atividade sexual com uma (ou mais de uma) criança pré-púbere (geralmente com 13 anos ou menos). • As fantasias , impulsos sexuais ou comportamentos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou emem outras áreas importantes da vida do individuo. • O individuo tem no minimo 16 anos e pelo menos 5 anos mais velho que a criança ou no Critério A

  39. Ballone GJ, Moura EC - Transtorno Dismórfico Corporal e Muscular - in. PsiqWeb Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2008ReferênciasChoi PY, Pope HG Jr, Olivardia R. - Muscle dysmorphia: a new syndrome in weightlifters - Br J Sports Med. 2002 Oct;36(5):375-6; discussion 377.Diaz Marsa M, Carrasco JL, Hollander E.- Body dysmorphic disorder as an obsessive-compulsive spectrum disorder- Actas Luso Esp Neurol Psiquiatr Cienc Afines 24(6): 331-7, 1996Grant JE, Kim SW, Eckert ED- Body dysmorphic disorder in patients with anorexia nervosa: prevalence, clinical features, and delusionality of body image- Int J Eat Disord 32(3): 291-300, 2002Hollander E, Allen A, Know J, Aronowitz B, Schmeidler J, Wong C, Simeon D- Clomipramine vs desipramine crossover trial in body dysmorphic disorder: selective efficacy of a serotonin reuptake inhibitor in imagined ugliness- Arch Gen Psychiatry 56(11): 1033-9,1999Hollander, E.- Obsessive-compulsive disorder-related disorders: the role of selective serotonergic reuptake inhibitors- Int Clin Psychopharmacol 11(Suppl 5):75-87, 1996

  40. Kanayama G, Cohane GH, Weiss RD, Pope HG. - Past anabolic-androgenic steroid use among men admitted for substance abuse treatment: an underrecognized problem? - J Clin Psychiatry.64(2):156-60, 2003.Kanayama G, Pope HG, Cohane G, Hudson JI. - Risk factors for anabolic-androgenic steroid use among weightlifters: a case-control study - Drug Alcohol Depend.71(1):77-86, 2003.Mangweth B, Hausmann A, Walch T, Hotter A, Rupp CI, Biebl W, Hudson JI, Pope HG Jr. - Body fat perception in eating-disordered men - Int J Eat Disord. 35(1):102-8, 2004.Mangweth B, Hudson JI, Pope HG, Hausmann A, De Col C, Laird NM, Beibl W, Tsuang MT. - Family study of the aggregation of eating disorders and mood disorders - Psychol Med. 33(7):1319-23, 2003Leia

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