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Interconexão viária bioecânica Atlântico-Pacífico: Porto de Santos aos Portos de Iquique e Arica. Raphael Padula Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Interconexão viária bioceânica. Interconexão viária bioceânica.
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Interconexão viária bioecânica Atlântico-Pacífico: Porto de Santos aos Portos de Iquique e Arica Raphael Padula Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Interconexão viária bioceânica • corredores viários com cerca de 3.500 quilômetros de extensão; • Facilitar o escoamento da produção e viabilizar o aumento da exportação. • Interconexão da costa do Atlântico ao Pacífico, percorrendo: Brasil, Bolívia e Chile, e dependendo do trajeto incluem o Paraguai (Assunção e o norte do país).
Interconexão viária bioceânica Uma infra-estrutura viária e logística eficiente para estas regiões impacta basicamente: • custos de escoamento dos seus produtos, • custos de importação de produtos, • capacidade de viabilizar e atrair investimentos produtivos, • capacidade de atrair crédito e financiamento, • produção de serviços logísticos (transportes e armazenamento) – funcionando como ponto estratégico de passagem de produtos no comércio entre países e regiões da América do Sul e do mundo.
Interconexão viária bioceânica • crescente importância dos mercados do Sudeste da Ásia, especialmente da Índia e China, • acesso eficiente para abastecer as crescentes demandas dos mercados de Bacia do Pacífico, tais como: China, Coréia do Sul, Japão, Tailândia, Malásia, Indonésia, Austrália, Nova Zelândia, México, Estados Unidos e Canadá. • não somente para a área mediterrânea, mas também para o Sudeste brasileiro (região mais desenvolvida do país).
A criação de rodovias facilitará o crescimento da economia brasileira no setor agropecuário e permitirá maior vazão dos produtos para o mercado externo, especialmente os da Ásia. De acordo com o governo brasileiro, produtos como a cana-de-açúcar, soja e algodão serão os principais beneficiados pela iniciativa. A pecuária em grande escala e a agroindústria também sentirão os efeitos positivos destas rodovias. A principal vantagem será a redução no custo do transporte e, conseqüentemente, o ganho de competitividade, visto que o Brasil gasta até dez vezes mais do que os norte-americanos no transporte da soja até a China.
2 – Eixo Interoceânico Central • A Iniciativa para Integração de Infra-estrutura Regional Sul-americana (IIRSA) • gerenciada por bancos multilaterais: o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Corporação Andina de Fomento (CAF) e o Fundo para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (FONPLATA). • Seu objetivo principal é promover a integração de infra-estrutura regional sul-americana, dentro do marco do regionalismo aberto e de fórmulas inovadoras de financiamento, promovendo parcerias Público-Privadas. • A IIRSA elegeu Eixos de Integração e Desenvolvimento (EID) multinacionais como base geoeconômica para sua planificação territorial. Um destes eixos foi o Eixo Inter-oceânico Central, que envolve a ligação viária entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico.
2 – Eixo Interoceânico Central • O Eixo Inter-oceânico Central é um eixo transversal, cuja área de influência (mapa abaixo) envolve cinco países da América do Sul: Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Peru. • Abarca oito dos nove departamentos da Bolívia (com exceção de Pando); cinco estados do Brasil: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo; a primeira região do Chile (ao norte do país); todo Paraguai e as províncias de Arequipa, Moquegua e Tacna do Peru.
2 – Eixo Interoceânico Central • Superfície: cerca de 3,3 milhões de km², equivale a: 28% da superfície dos cinco países 19% da superfície total da América do Sul. • População estimada: cerca de 90 milhões de habitantes(36% da população total dos cinco países), • Principais centros urbanos:São Paulo, Rio de Janeiro, Campo Grande, Corumbá, Cuiabá, Santos, Campinas, Assunção, Santa Cruz de laSierra, Cochabamba, La Paz-El Alto, Oruro, Tarija, Potosí, Moquegua, Tacna, Iquique y Arica. • Densidade da população média: 28,6 habitantes por km2. • aproximadamente 46% do PIB de seus países e 26% do PIB sul-americano
2 – Eixo Interoceânico Central • perfil produtivo orientado tanto à produção primária como à industrial. • Importante superfície cultivada de: soja e oleaginosas, cana de açúcar, mamão e produtos forrageiros, ... o que permite uma significativa inserção comercial do Eixo no plano internacional.
2 – Eixo Interoceânico Central Seu potencial de desenvolvimento envolve: • Produção de cítricos de enorme competitividade, situada de maneira particular no estado de São Paulo (uma capacidade exportadora de US$ 1,5 bilhão/ano). Em produtos animais, também tem uma destacada • participação na produção de carnes de frango, carne de vaca e bezerro, com mais de 7 milhões de toneladas anuais; • Forte atividade mineral extrativa (parte majoritária dentro da América do Sul): estanho, zinco, ferro e cobre.
2 – Eixo Interoceânico Central • Atividade industrial diversificada, destacando-se o pólo produtivo de Belo Horizonte-Rio de Janeiro-São Paulo (maior concentração industrial da América do Sul). • Atividade agroindustrial dedicada à elaboração de produtos derivados de leite e de carne no Brasil (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo), • Viticultura e vinicultura na Bolívia (Tarija e Chuquisaca). • Recursos naturais: gás, petróleo e importantes reservas de minério de ferro, estanho, ouro, lítio e potássio, prata e zinco. • Reservas provadas de gás em Tarija, Chuquisaca e Santa Cruz de laSierra (Bolívia) e na Bahia de Santos (Brasil). A produção hidroelétrica desta zona é muito importante (Itaipú y Yacyretá), e possui áreas cobertas de bosques com produção madeireira.
2 – Eixo Interoceânico Central A economia da região está dominada pelos setores: • agropecuário: soja, milho, gado, avicultura, frutas e nozes; • Mineiro: cobre, ferro, estanho e zinco; • Exploração de gás para geração elétrica, consumo doméstico e exportação. Setores com grandes potenciais de crescimento, tanto em volume como através do desenvolvimento de processos na cadeia de valor agregado e de serviços de apoio.
Potenciais: • Sua riqueza biológica pode servir de base para o desenvolvimento da biotecnologia, farmacêuticos e serviços ambientais para os mercados mundiais. • Turismo cultural e ecológico. • Localização do EIXO: atrativo para a localização de empresas de alcance sul-americano.
2 – Eixo Interoceânico Central LIGAÇÃO DO BRASIL COM O PACÍFICO: BRASIL- BOLÍVIA-CHILE Corumbá/Puerto Suarez-Arica Corumbá/Puerto Suarez-Iquique
Grupo 3: Conexão Santa Cruz – Corumbá (MS)Projeto prioritário em execução:Rodovia PAILÓN - SAN JOSÉ - PUERTO SUÁREZ (Corumbá)
2 – Eixo Interoceânico Central • Puerto Suarez (Bolívia) tem sua geração de riqueza voltada à pecuária, ao comércio, e vem apostando no turismo e na mineração; com a entrada efetiva em operação de Mutum, uma das maiores reservas de minério do mundo, se encontra a poucos Kms da cidade. • Conta com um aeroporto e um dos principais portos fluviais da Bolívia, comunicando-se com o Rio Paraguai. • Apoio ao setor de turismo na região Pantanal.
Grupo 4:Conexão Santa Cruz-Cuiabá (MT) (passando por San Matías, fronteira)
2 – Eixo Interoceânico Central • Grupo 4:Conexão Santa Cruz-Cuiabá (MT) - CARRETERA CONCEPCIÓN - SAN MATÍAS (550 km)FRONTERA CON BRASIL: Projetoprioritário, em fase de estudos de viabilidade (financiamento do tesouro previsto), estimado em US$ 265 milhões. -PAVIMENTACIÓN DEL PUENTE BANEGAS - OKINAWA - PUENTE BANEGAS • PAVIMENTACIÓN PORTO LIMÃO - FRONTERA CON BOLIVIA (SAN MATÍAS) Potencial: energético, agroindustrial, com a zona agropecuária e turística da Chiquitanía na Bolivia.
2 – Eixo Interoceânico Central • Grupo 5 é denominado “Conexões do Eixo ao Pacífico: Ilo / Matanari – Desaguadero – La Paz + Arica – La Paz + Iquique – Oruro – Cochabamba – Santa Cruz”,: • completa a ligação dos Grupos 3 e 4 à Costa do Pacífico, aos portos de Iquique e Arica no Chile.
Reabilitação do Tramo Rodoviário El Sillar • É um projeto prioritário da agenda da IIRSA. Encontra-se em fase de pré-execução, com investimento estimado em US$ 120 milhões, com financiamento do Tesouro Nacional (não iniciado). Possui estudos concluídos desde 2008, mas não possui licenciamento ambiental. Reabilitação de um tramo da rodovia nova Santa Cruz - Cochabamba de 30 Km (entre Paracti e Villa Tunari) de zona instável em épocas de chuva.
Grupo 5: “Conexões do Eixo ao Pacífico • RODOVIA TOLEDO - PISIGA (Bolívia) • Este é um projeto prioritário da IIRSA, estimado em US$ 54,5 milhões, contando com pavimentação (obra nova), estudos completos e licenciamento ambiental, sendo implementada por tramos (2 tramos, 45% do total já concluídos).
Grupo 5: “Conexões do Eixo ao Pacífico • REABILITAÇÃO DA ANTIGA ESTRADA SANTA CRUZ - COCHABAMBA • Projeto de âmbito nacional (Bolívia), que se encontra em fase de execução, no valor estimado de US$ 35 milhões, financiado pelo Tesouro Nacional. • REABILITAÇÃO E CONCESSÃO DA FERROVIA ARICA - LA PAZ (TRAMO CHILENO)
Tramo Ferroviário Aiquile - Santa Cruz: • 388 Km de longitude • Objetivo: unir as Redes Ferroviárias Andina com a Oriental, como último elo para concretizar o Corredor Ferroviário Central, • Possibilitará a conexão com os Oceanos Pacífico e Atlântico: • Santos – Campo Grande – Corumbá – Santa Cruz – Cochabamba – La Paz - Arica.
2 – Eixo Interoceânico Central LIGAÇÃO DO BRASIL COM O PACÍFICO: BRASIL-PARAGUAI-BOLÍVIA-CHILE (LIGAÇÃO MAIS AO SUL)
Conexão Chile - Bolívia - Paraguai – Brasil (Grupo 1) • Envolve a ligação de regiões mineiras, como Collahuasi (Norte do Chile, fronteira com a Bolívia) e Potosí(Bolívia), e do Centro-Oeste brasileiro com o Pacífico. • Facilita o acesso permanente de zonas de exploração mineiras a mercados regionais e internacionais, promovendo a saída de produtos da Bolívia e do Chaco Central aos portos do Pacífico e aos principais mercados andinos, fomentando o intercâmbio comercial entre os países do grupo, especialmente nos seguintes bens: sal, fosfatos, fertilizantes, vinhos, madeira, frutas, flores, gás, entre outros.
CONSTRUÇÃO DA ESTRADA CAÑADA ORURO - VILLAMONTES - TARIJA - ESTAÇÃO ABAROA • Projeto prioritário da IIRSA, de âmbito nacional da Bolívia, será implementada por tramos, e se encontra em fase de execução. • zona estratégica de reservas gasíferas, comunicando a Bolívia ao Paraguai com estradas principais em direção aos portos do Pacífico.
MELHORAMIENTO DA ROTA 9 TRANSCHACO (INFANTE RIVAROLA - ASUNCIÓN) • O tramo da Rota 9 compreende Asunción-Mariscal Estigarribia 530 km, Ramal Mca.Estigarribia-La Patria 122 km, e La Patria-Infante Rivarola 122 km. • se encontra em execução, com vários tramos a serem reabilitados e melhorados, com financiamento por parte do BID, CAF, FONPLATA e do Tesouro Nacional, com um investimento aproximado de U$S 170 milhões.
PAVIMENTAÇÃO CARMELO PERALTA - LOMA PLATA eCONSTRUÇÃO DA PONTE CARMELO PERALTA – PORTO MURTINHO • Governos do Paraguai e Brasil tinham priorizado a obra e a construção da ponte conforme a Declaração Conjunta firmada pelos presidentes Lugo e Lula em 25 de julho de 2009.
PAVIMENTAÇÃO CARMELO PERALTA - LOMA PLATA • valor da obra estimado em US$ 140 milhões • financiamento a definir • O estudo de viabilidade do Projeto se encontra em etapa inicial e ainda não possui licença ambiental.
CONSTRUÇÃO DA PONTE CARMELO PERALTA – PORTO MURTINHO • extensão estimada: 2.500 metros • um projeto nacional, Brasil-Paraguai: • está em discussão de viabilidade, sem estudos iniciados e sem licença ambiental. • valor estimado de US$ 150 milhões, será financiado pelo Tesouro Nacional.
CORREDOR CORUMBÁ - SÃO PAULO – SANTOS - RIO DE JANEIRO (GRUPO 2)
Anel Ferroviário de São Paulo (Tramo norte-sul): em avaliação de alternativas (estudos básicos completos) • Arco Viário do Rio de Janeiro e acesso ao Porto de Itaguaí: em andamento • Anel Viário de Campo Grande: licitada e não iniciada • Anel Viário de Corumbá: concluído • Construção das Avenidas Perimetrais do Porto de Santos: devem começar no fim de 2010/início de 2011 • Dragagem do Porto de Santos • Contorno Ferroviário de Campo Grande: concluído • Melhora do tramo ferroviário de Bauru – Santos (SP): em execução • Melhora do tramo ferroviário Campo Grande (MS) – Bauru (SP): em fase de elaboração do projeto • Melhora do tramo ferroviário Corumbá – Campo Grande (Ferrovia do Pantanal) : em execução por tramos (partes concluídas)
Tramo Ferroviário Aiquile - Santa Cruz: • 388 Km de longitude • Objetivo: unir as Redes Ferroviárias Andina com a Oriental, como último elo para concretizar o Corredor Ferroviário Central, • Possibilitará a conexão com os Oceanos Pacífico e Atlântico: • Santos – Campo Grande – Corumbá – Santa Cruz – Cochabamba – La Paz - Arica.
Projetos Energéticos: - PROJETO GASÍFERO TERMOELÉTRICO BOLÍVIA – PARAGUAI • PROJETO GEOTERMICO LAGUNA COLORADA • Hidrelétricas (com eclusas) no rio Madeira
Além de Santo Antônio e Jirau, • terceira hidrelétrica no trecho entre Abunã, no Brasil, e Guayaramerín, na Bolívia; • quarta hidrelétrica na Cachoeira Esperanza, localizada no rio Beni, 30 km acima da sua confluência com o rio Mamoré, no estado de Pando, na Bolívia. • Complexo de barragens e eclusas viabiliza: hidrovia para a navegação de barcaças, com extensão de 4.200 km.
IIRSA: Eixo Perú-Brasil-BolíviaGrupo 3: corredor fluvial Madeira – Madre de Dios - Beni
Gasodutos Sul-americanosde Integração Fonte: DLC Consultoria.