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DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO

DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO. Durabilidade das estruturas de concreto.

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DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO

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Presentation Transcript


  1. DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO

  2. Durabilidade das estruturas de concreto O concreto é um material complexo, constituído de três fases: pasta, agregado e a zona de transição pasta-agregado. Por sua própria constituição, o concreto é necessariamente poroso, pois normalmente utiliza-se uma quantidade de água superior à que se precisa para hidratar o cimento, e essa água ao evaporar deixa vazios, além do ar que inevitavelmente incorpora-se à massa durante a mistura. O concreto não é um sólido perfeito, mas sim um sólido poroso, pois externamente tem aparência de sólido, mas possui internamente uma fina rede de poros contendo água e ar.

  3. Zona de Transição: definição A zona de transição é interface existente entre as partículas grandes de agregado e a pasta de cimento do concreto de cimento Portland. Embora constituída dos mesmos elementos que a pasta, a estrutura e as propriedades da zona de transição diferem das da matriz de pasta. Em função disto, deve-se tratar a zona de transição como uma fase distinta da estrutura do concreto, sendo responsável por muitos comportamentos do concreto.

  4. Estrutura de formação da Zona de Transição Devido a dificuldades experimentais, há pouca informação sobre a zona de transição no concreto. Pode se ter algum entendimento das suas características estruturais, acompanhando a seqüência do seu desenvolvimento a partir do momento em que o concreto é lançado.

  5. Estrutura de formação da Zona de Transição No concreto recém-lançado e compactado forma-se um filme de água ao redor das partículas grandes de agregado. Isto pode levar à uma relação água/cimento mais elevada na proximidade do agregado graúdo do que na matriz da argamassa. Em seguida, os íons de cálcio, sulfato, hidroxila e aluminato combinam-se para formar etringita e hidróxido de cálcio.

  6. Estrutura de formação da Zona de Transição Devido à relação água/cimento elevada, estes produtos cristalinos vizinhos ao agregado graúdo, cristais relativamente grandes, formam uma estrutura mais porosa do que na matriz de pasta de cimento ou na matriz de argamassa. Os cristais em placa de hidróxido de cálcio tendem a formar-se em camadas orientadas com eixo e perpendicular à superfície do agregado.

  7. Estrutura de formação da zona de transição Representação diagramática da zona de transição e da matriz de pasta de cimento no concreto

  8. Representação esquemática do mecanismo de formação da Zona de Transição No concreto recém-lançado forma-se um filme de água ao redor das partículas grandes de agregado

  9. Representação esquemática do mecanismo de formação da Zona de Transição Cristais de portlandita e etringita formam a zona de transição. O C-S-H predomina em regiões mais afastadas

  10. Zona de Transição em concreto usual Zona de transição em concreto usual, aos 28 dias, com aumento de 1500 vezes AGREGADO PASTA

  11. Resistência da Zona de Transição A resistência da zona de transição em qualquer ponto depende do volume e do tamanho dos vazios presentes. Será sempre menor do que na matriz de argamassa; conseqüentemente, a zona de transição é mais fraca em resistência.

  12. A influência da Zona de Transição nas propriedades do concreto A Zona de Transição, geralmente o elo mais fraco da corrente, é considerada a fase de resistência limite no concreto. É devido à presença da Zona de Transição que o concreto rompe a um nível de tensão consideravelmente mais baixo do que a resistência dos dois constituintes principais.

  13. A influência da Zona de Transição nas propriedades do concreto As características da Zona de Transição também influenciam a durabilidade do concreto. O efeito da relação água/cimento sobre a permeabilidade e a resistência do concreto é geralmente atribuído à dependência que existe entre a relação água/cimento e a porosidade da pasta no concreto. Quanto maior for a relação a/c, menos resistente e mais permeável será o concreto.

  14. Melhorando a resistência da Zona de Transição No concreto usual (relação água/aglomerantes de 0,5 a 0,7), a zona de transição tem tipicamente de 0,05 a 0,1mm de espessura, e contém poros relativamente grandes, assim como cristais dos produtos de hidratação. Naturalmente a situação mudaria se o elo mais fraco no concreto usual, ou seja, a Zona de Transição, fosse de alguma forma reforçada de tal forma que, sob crescente tensão, ela não fosse o primeiro componente a falhar. A redução da relação água/cimento e o uso de adições, por exemplo a Sílica Ativa ou Metacaulim, tendem a reduzir a espessura e a fraqueza da Zona de Transição.

  15. Melhorando a resistência da Zona de Transição O aumento da resistência é obtido, principalmente, pela redução da porosidade da pasta de cimento hidratada, conseguida pela adição de mais cimento ao mesmo tempo em que se reduz a quantidade de água de mistura, através do uso de superplastificante e pela substituição, quando for factível e econômico, de uma parte do cimento por um volume igual de material cimentício suplementar.

  16. Melhorando a resistência da Zona de Transição A porosidade baixa, devido ao uso de muito menos água de mistura que no concreto usual, proporciona que as partículas de cimento e de material cimentício suplementar estejam muito mais próximas umas das outras do que nos traços de concreto usuais. À medida que a porosidade da pasta diminui, a resistência do concreto aumenta.

  17. Melhorando a resistência da Zona de Transição Os efeitos benéficos da Sílica Ativa ou Metacaulim na microestrutura e nas propriedades mecânicas do concreto são devidas não apenas à rápida reação pozolânica, mas também ao efeito físico das partículas, que são muito finas, o qual é conhecido como “efeito filler”, responsável também pelo aumento na fluidez de concreto. Como as adições reduzem a porosidade da pasta de cimento na sua interface com o agregado, a permeabilidade do concreto é muito reduzida.

  18. Melhorando a resistência da zona de transição C-S-H denso em concreto com Sílica Ativa em torno do agregado. Nota-se ausência de Zona de Transição entre o agregado e a pasta

  19. Melhorando a resistência da Zona de Transição Concreto de alto desempenho

  20. PRÁTICAS QUE INFLUENCIAM A DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO

  21. Generalidades Muitas estruturas de concreto apresentam deterioração precoce, devido a muitos erros cometidos na fase de projeto e na execução obra. A falta de detalhes construtivos importantes, erro na especificação dos materiais, uso de dosagens inadequadas, deficiência de conhecimentos da mão-de-obra, incluindo os encarregados e engenheiros, cura insuficiente, etc, determinam a redução da vida útil do concreto, onde os maiores problemas referentes à durabilidade são a alta permeabilidade, baixa compactação e deficiência da camada de cobrimento das armaduras.

  22. Diretrizes normativas no Brasil A NBR 6118:2003 da Associação Brasileira de Normas Técnicas, pela primeira vez no Brasil, introduziu diretrizes para a durabilidade das estruturas de concreto. A referida Norma apresenta um quadro com a classificação das agressividades ambientais, onde as estruturas deverão estar enquadradas. A partir deste quadro são feitas exigências quanto à classe do concreto, relação água/cimento e ao cobrimento nominal das armaduras.

  23. Diretrizes normativas no Brasil A Norma cita também, de forma simplificada, outros procedimentos que se devem observar para a obtenção da durabilidade, como cuidados com a drenagem, formas arquitetônicas, detalhamento das armaduras, controle da fissuração, etc. O documento chama atenção ainda para a importância de se elaborar um manual de utilização, inspeção e manutenção preventiva.

  24. Agressividade do ambiente A agressividade do meio ambiente está relacionada com as ações físicas e químicas que atuam sobre a estrutura de concreto, independente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica e da retração hidráulica. As obras devem ser classificadas de acordo com a exposição ambiental da estrutura ou suas partes.

  25. Classe de agressividade ambiental

  26. Qualidade do concreto A durabilidade das estruturas é diretamente relacionada com a qualidade do concreto. Ensaios que comprovam o desempenho da durabilidade da estrutura, frente ao tipo e nível de agressividade ambiental, devem ser realizados para estabelecer os parâmetros mínimos que devem ser utilizados no projeto e execução das obras. Na ausência destes ensaios, quase sempre constatada, e devido a uma forte correlação entre relação água/cimento e a resistência à compressão do concreto, a Norma permite adotar alguns requisitos mínimos quanto à qualidade do concreto.

  27. Correspondência entre classes de agressividade e qualidade do concreto (NBR 6118, 2003)

  28. Cobrimentos nominais O cobrimento mínimo da armadura deve ser considerado como o menor valor obtido ao longo de todo o elemento estrutural. Para garantir o cobrimento mínimo (Cmin) o projeto e a execução devem considerar o cobrimento nominal (Cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução (Δc), que deve ser maior ou igual a 10mm para as obras correntes e 5mm para as obras com controle de qualidade rígido.

  29. Correspondência entre classes de agressividade ambiental e cobrimento nominal para ∆c = 10mm (NBR 6118, 2003)

  30. Detalhes a serem observados nos projetos Os projetistas têm como objetivo elaborar um projeto econômico, dentro de todas as exigências das normas, de forma que a estrutura conserve sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço, durante o período correspondente à sua vida útil. O projeto estrutural passa por diversas etapas visando a segurança e a estabilidade da estrutura, mas é necessário que os projetistas se atentem à alguns detalhes para alcançar também a durabilidade da obra, o que muitas vezes não acontece.

  31. Detalhes a serem observados nos projetos A Norma Brasileira não define o estado limite de durabilidade que deve ser adotado, nem qual o período de vida útil a ser alcançado, ficando esta previsão a ser definida pelo autor do projeto estrutural e seu contratante, no início dos trabalhos de elaboração do projeto. A constatação que a durabilidade foi inferior ao previsto, normalmente é feita após o período de garantia do construtor e antes do término da vida útil de projeto.

  32. Detalhes a serem observados nos projetos As atenções normalmente se concentram na durabilidade dos materiais utilizados, desprezando-se o fato que a forma estrutural afeta a durabilidade do concreto no longo prazo. Alguns princípios básicos que devem ser seguidos pelos projetistas, pois eles influenciam a durabilidade das estruturas, que podem não alcançar a vida útil de projeto.

  33. Detalhes a serem observados nos projetos • Resistência mínima (fck) • Relação A/C máxima • Consumo mínimo de cimento • Tipo de cimento • Tipo de agregado • Aditivos e adições • Módulo de elasticidade • Requisitos de durabilidade

  34. Detalhes a serem observados nos projetos Cimento Portland

  35. Detalhes a serem observados nos projetos Evitar que a água acumule ou escorra pela superfície do concreto, causando a penetração de agentes agressivos e a lixiviação pela passagem da água. As superfícies expostas devem ser convenientemente drenadas. Todas as juntas de movimentação devem ser seladas e estanques à percolação de água. Os topos das platibandas e paredes devem ser protegidos por rufos. Todos os beirais devem ter pingadeiras e os encontros em diferentes níveis devem ter rufos de proteção.

  36. Detalhes a serem observados nos projetos Ausência de pingadeira provoca escorrimento de água

  37. Detalhes a serem observados nos projetos

  38. Detalhes a serem observados nos projetos As formas arquitetônicas e estruturais devem ser feitas de forma a não reduzir a durabilidade, fornecendo proteção às superfícies lisas com pontas arredondadas e minimizando as áreas expostas ao ambiente. Deve ser previsto em projeto o acesso para inspeção e manutenção de partes da estrutura com vida útil inferior, como aparelhos de apoio, insertos, impermeabilização, etc.

  39. Detalhes a serem observados nos projetos

  40. Detalhes a serem observados nos projetos As obras com caixões perdidos devem ser projetadas com janelas de inspeção, com dimensões e quantidades apropriadas para facilitar o acesso de vistoriadores.

  41. Detalhes a serem observados nos projetos Quando isto não ocorre, o custo para abertura das janelas é muito elevado, obrigando a utilização de técnicas de corte e demolição.

  42. Detalhes a serem observados nos projetos Fornecer proteção para as armaduras contra a corrosão, recorrendo a maiores cobrimentos, películas, etc. Em condições de exposição adversa projetar barreiras adequadas como argamassas, cerâmicas e outros revestimentos. Aplicação de revestimento para proteção do concreto contra altas temperaturas

  43. Detalhes a serem observados nos projetos Cuidados no detalhamento das armaduras evitando o congestionamento das barras de aço, o que pode dificultar o lançamento e adensamento do concreto. A dimensão máxima característica do agregado graúdo não deve superar 20% da espessura nominal do cobrimento. Para garantir um bom adensamento é preciso prever o espaço suficiente para a entrada da agulha do vibrador.

  44. Detalhes a serem observados nos projetos

  45. Detalhes a serem observados nos projetos Congestionamento das armaduras, provocou deterioração precoce da estrutura

  46. Detalhes a serem observados nos projetos 3ª Ponte de Vitória (ES)

  47. Detalhes a serem observados nos projetos Controle de fissuração para reduzir o risco e a evolução da corrosão nas armaduras

  48. Detalhes a serem observados nos projetos Estruturas em balanço

  49. Detalhes a serem observados nos projetos Elaborar manual de inspeção periódica de modo a identificar com antecedência problemas e introduzir rotinas de manutenção. Adiar uma intervenção significa aumentar os custos diretos em progressão geométrica de razão 5 (cinco)

  50. Detalhes a serem observados na construção A análise de diversas estruturas que apresentaram deterioração precoce mostra que a causas mais constantes estão relacionadas com falhas na execução da obra. Esta porcentagem chega a 50%, ficando a outra metade distribuída entre falhas do projeto, materiais, uso e planejamento.

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