1 / 46

A RELIGIÃO EM DURKHEIM, WEBER E MARX

A RELIGIÃO EM DURKHEIM, WEBER E MARX. 1858-1917. 1858-1917. 1818-1883. 1. ATUALIDADE DOS CLASSICOS. A Sociologia ingressou na época do globalismo . [...] As três teorias sociológicas que mais influenciam as interpretações da globalização são o funcionalismo,

kerri
Download Presentation

A RELIGIÃO EM DURKHEIM, WEBER E MARX

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. A RELIGIÃO EM DURKHEIM, WEBER E MARX 1858-1917 1858-1917 1818-1883

  2. 1. ATUALIDADE DOS CLASSICOS A Sociologia ingressou na época do globalismo. [...] As três teorias sociológicas que mais influenciam as interpretações da globalização são o funcionalismo, o marxismo e a teoria weberiana. [...] Essas são três poderosas matrizes do pensamento científico na Sociologia, exercendo influências diretas e indiretas. Mesmo porque essas teorias nunca deixaram de contemplar o indivíduo, a ação social, o cotidiano e outras manifestações das diversidades da vida social. Estas teorias “fertilizam a maior parte de tudo o que se produz e se discute sobre as configurações e movimentos da sociedade global” Octavio Ianni

  3. POR QUE OS CLASSICOS? Que seja considerado interprete autêntico e único de seu tempo, cuja obra seja utilizada como instrumento indispensável para compreendê-lo. Do ponto de vista teórico: as obras dos clássicos possuem um valor muito maior do que os clássicos das rígidas ciências naturais. Que seja sempre atual, de modo que cada época, ou mesmo cada geração, sinta a necessidade de relê-lo e, relendo-o, de reinterpretá-lo. Norberto Bobbio, Teoria Geral de Política Que tenha construído teorias-modelo das quais nos servimos continuamente para compreender a realidade, até mesmo uma realidade diferente daquela a partir da qual as tenha derivado e à qual as tenha aplicado, e que se tornaram, ao longo dos anos, verdadeira e próprias categorias mentais.” “Considero clássico um escritor ao qual possamos atribuir as seguintes caracteristicas:

  4. Paradigma positivista-funcionalista O principio da integração social Consenso e equilibrio Paradigma compreensivo-hermenêutico O principio da coesão social Interesses e dominação O principio da contradição Paradigma dialético-marxista Conflito e transformação

  5. durkheimiana (ou funcionalista) vão inspirar outros pensadores que, refletindo sobre a realidade em que viveram, mesclando-se ou não contribuições de diferentes linhas teóricas, demonstraram a possibilidade de responder aos desafios do homem contemporâneo. weberiana (ou compreensiva) As tres vertentes marxista (ou histórico-cultural)

  6. PARADIGMA POSITIVISTA/FUNCIONALISTA Origem Robert Merton Análise funcional TalcottParsons Estrutural-Funcionalismo Positivismo Funcionalismo Jeffrey Alexander NikolasLuhmann Neo-funcionalismo Teoria sistêmica

  7. PARADIGMA COMPREENSIVO/HERMENEUTICO Origem Teoria Compreensiva Max Scheler Alfred Schutz Teoria Fenomenológica Teoria Fenomenológica Peter Berger/Thomas Luckman Teoria Fenomenológica

  8. PARADIGMA DIALÉTICO/MARXISTA Origem Eduard Berstein/KarlKaustsky Marxismo Revisionista Lenin/Trotski/ Stalin Marxismo-Leninismo Materialismo Histórico Lucaks/Horkheimer/Adorno/ Marcuse/Benjamin/Fromm Marxismo europeu

  9. Durkheim : está presente no estruturalismo e na teoria sistêmica, pois autores modernos redescobrem o principio da causação funcional com o qual nasceram e desenvolveram os funcionalismo e os neo-funcionalismos. Weber : torna-se presente na medida em que multiplicam os estudos sobre a mundialização e a racionalização do mundo, a ocidentalização de outras sociedades, tribos, nações e nacionalidades. Marx : serve de inspiração a muitos autores modernos dedicados a interpretar as configurações e os movimentos da sociedade global, baseados no principio da contradição.

  10. Para Durkheim, a sociedade é tudo e o individuo deve ser submetido ao que é geral. três modos diferentes de se posicionar diante da mesma questão Para Weber, o individuo e sua ação são os elementos constitutivos das ações sociais. Para Marx, a preocupação é conjunto dos indivíduos inseridos nas classes sociais.

  11. 2. A RELIGIÃO NOS CLASSICOS AS FORMAS ELEMENTARES DA VIDA RELIGIOSA - 1912 DURKHEIM BIBLIOGRAFIA A ETICA PROTESTANTE E O ESPIRITO DO CAPITALISMO (1904) WEBER MARX A IDEOLOGIA ALEMÃ - 1845

  12. toma a religião como espaço primeiro de produção do sagrado, que possibilita a vida em sociedade, ao estabelecer normas e conteúdos morais fundamentais para a socialização dos indivíduos. Fato Social Consciência Coletiva Sagrado e Profano como resposta aos problemas básicos da condição humana: “contingência, impotência e escassez”, mostra que as religiões, ao criar respostas a tais problemas , influem de maneira mais íntima nas atitudes práticas dos homens com relação às várias atividades da vida diária . Ação Social Etica Protestante Calvinismo Salvação Racionalidade Desencantamento a religião está presente juntamente com as formulações ideológicas resultantes de um sistema de exploração, que reproduziam e justificavam tal sistema, além de indicar em si uma forma de alienação. Classes Sociais Superestrutura Ideologia Alienação

  13. DURKHEIM E A RELIGIÃO um estudo sobre a religião na tentativa de formular uma teoria geral da religião um modo de entender a natureza desse fenômeno e sua importância para a vida social, até onde a ciência pode demonstrar no entendimento mais abstrato Desvenda as formas elementares da vida religiosa a fim de descobrir a gênese do pensamento AS FORMAS ELEMENTARES DA VIDA RELIGIOSA é em primeiro lugar e antes de mais nada, um estudo da sociologia do conhecimento Ao buscar debaixo do símbolo a realidade que ele (o símbolo) representa e que lhe confere significado", compreender-se ia a "necessidade humana" que produz o pensamento.

  14. DURKHEIM E A RELIGIÃO Iniciou sua sociologia da religião explicando o que a religião não é. Usa a técnica da eliminação das explicações concorrentes, onde percorre os principais conceitos de religião e os nega, até que, por fim, insere o seu próprio conceito O QUE NÃO É RELIGIÃO Ela não gira em torno do "sobrenatural", tampouco do "divino”. Refuta a ideia de que tudo que é religioso deve vir do sobrenatural, e por isso, vem de um mundo do mistério, incognoscível, enigmático, incompreensível. Se tomássemos como base essa ideia mostraríamos que a religião é “uma espécie de especulação sobre tudo o que escapa à ciência e, de maneira geral, ao pensamento claro” Por isso, ao longo do texto, tentará, com a ajuda das ciências positivas e da sociologia refutar essa ideia.

  15. DURKHEIM E A RELIGIÃO o conceito de sobrenatural, que comumente ligado à religião, não pode ser considerado como sendo algo característico da mesma, já que é associado ao extraordinário e imprevisto: “as concepções religiosas têm por objeto exprimir e explicar (…) o que elas têm de constante e de regular”. Além disso, o sobrenatural é um conceito estranho a muitas sociedades. Para chegar a isso, o autor, vai buscar na analise “etno-historica” o que há de universal na religião Um segundo ponto pelo qual se tentou por muitas vezes definir religião foi pela ideia de divindade. Mas essa ideia não é algo que se estenda a todas as religiões, um exemplo é o budismo, jainismo e outras religiões da Índia, onde a ideia de Deus ou de um Espirito Superior está ausente

  16. DURKHEIM E A RELIGIÃO É preciso “saber qual a religião mais primitiva e a mais simples” O sistema religioso mais primitivo deve ser baseado em dois critérios: primeiramente, tal religião deve ser a mais simples possível, e depois, para explica-la não deve ser utilizada nenhum elemento tomado de alguma religião anterior O QUE É RELIGIÃO Se houver uma comparação entre as formas mais elevadas do pensamento religioso com as mais baixas, possivelmente haverá um rebaixamento das primeiras ao nível das segundas, e isso não deve ser feito, pois afirma que “Todas são igualmente religiões, como todos os seres vivos são igualmente vivos, desde os mais simples até o homem.” 

  17. DURKHEIM E A RELIGIÃO pressupõe a classificação de todas as coisas reais e ideais, sobre as quais os homens pensam, em classes ou grupos opostos, geralmente designados por dois termos distintos bem traduzidos pelas palavras profano e sagrado. Esta divisão do mundo em dois domínios: o primeiro contendo o que é sagrado, e o segundo, tudo o que é profano. É a principal característica do pensamento religioso; as crenças, os mitos, os dogmas e as lendas são as representações ou sistemas de representações que expressam a natureza das coisas sagradas, as virtudes e os poderes que lhe são atribuídos, ou suas relações umas com as outras e com as coisas profanas (DURKHEIM, 1996, p. 19-20)  A religião é um sistema de ideias integradas de crenças, coisas sagradas que:

  18. DURKHEIM E A RELIGIÃO os fenômenos religiosos se ordenam sob duas categorias fundamentais: as crenças e os ritos. “As primeiras são estados da opinião, consistem em representações; os segundos são modos de ação determinados”. Como então definir religião? “Um sistema solidário de crenças seguintes e de praticas relativas a coisas sagradas, ou seja, separadas, proibidas; crenças e práticas que unem a mesma comunidade moral, chamada igreja, todos os que a ela aderem”.

  19. DURKHEIM E A RELIGIÃO Os ritos, as crenças que se manifestam, são feitas pelas representações coletivas, pois não há o que se conhece por religião sem uma sociedade. a função da religião seria a de conservação da unidade e a integração. A religião é um fato social as coisas sagradas são símbolos da vida social, o que revela uma compreensão de que a religião é um elemento constitutivo da vida e da sociedade, porém, apresentando-se como um variável dependente, isto é, depende das formas da sociedade. As representações religiosas são representações coletivas que exprimem realidades coletivas; os ritos são maneiras de agir que só surgem no interior de grupos coordenados e se destinam a suscitar, manter ou refazer alguns estados mentais desses grupos.

  20. WEBER - RELIGIÃO E CAPITALISMO Weber se interessa pelo aspecto cognitivo das religiões Weber associa a objetividade do conhecimento a uma ordenação da realidade segundo categorias subjetivas, as quais representam, segundo ele, o pressuposto do nosso conhecimento Weber toma as religiões como respostas racionais a indagações referentes aos problemas do sofrimento e do destino, quaisquer que sejam os termos em que esses se colocam. Sua sociologia da religião está referida a uma teoria da mudança social que se traduz no estudo de processos de racionalização na história

  21. WEBER - RELIGIÃO E CAPITALISMO POR QUE O CAPITALISMO SE DESENVOLVEU APENAS NO OCIDENTE ? arnaldolemos@uol.com.br

  22. “A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO” (1904) ÉTICA PROTESTANTE ESPIRITO DO CAPITALSIMO ETICA DA SALVAÇÃO ETICA CALVINISTA ASCETISMO RACIONALIDADE BUSCA RACIONAL DO LUCRO VALORIZAÇÃO DA PROFISSÃO DISCIPLINA PARCIMÔNIA DISCRIÇÃO POUPANÇA arnaldolemos@uol.com.br

  23. “A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO” (1904) A vivência espiritual da doutrina e da conduta religiosa exigida pelo protestantismo organizou uma maneira de agir econômica, necessária para a realização de um lucro sistemático e racional. A ETICA PROTESTANTE E O ESPIRITO DO CAPITALISMO Weber descobre que os valores do protestantismo, como a disciplina ascética, a poupança, a austeridade, a vocação, o dever e a propensão ao trabalho atuavam de maneira decisiva sobre os indivíduos arnaldolemos@uol.com.br

  24. “A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO” (1904) Weber relaciona o papel do protestantismo, principalmente da ética calvinista, na formação do comportamento típico do capitalismo ocidental moderno. ETICA PROTESTANTE levou, ao extremo, a noção de predestinação : o homem é salvo por vontade de Deus. ETICA CALVINISTA Nenhum homem merece a salvação porque ninguém é digno dela. A salvação existe para a maior glória de Deus. arnaldolemos@uol.com.br

  25. “A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO” (1904) No protestantismo, o termo “vocação” passou a significar “profissão” O homem é “chamado” por Deus não apenas para que tenha uma atitude contemplativa, mas sim para cumprir sua missão no mundo através do trabalho e de sua profissão ETICA CALVINISTA O calvinismo difunde uma ética segundo a qual o homem deve manter uma contabilidade diária de seu tempo. O desperdício do tempo é pecado pois o homem deve empregá-lo para servir a Deus e assegurar o seu lugar de “eleito” arnaldolemos@uol.com.br

  26. “A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO” (1904) É marca da cultura ocidental O ESPIRITO DO CAPITALISMO O “impulso para o ganho” ou a “ânsia de lucro” nada tem a ver em si com o capitalismo • Há dois elementos no capitalismo ocidental: • a formação de um mercado de trabalho formalmente livre • o uso da contabilidade racional RACIONALIDADE Sem estes dois elementos, a moderna organização racional da empresa capitalista não seria viável no Ocidente. arnaldolemos@uol.com.br

  27. O ESPIRITO DO CAPITALISMO “Espírito do Capitalismo” : um conjunto de convicções e valores defendidos pelos primeiros mercadores e industriais capitalistas RACIONALIDADE Para Weber, as atitudes envolvidas no espírito capitalismo tinham sua origem na teologia protestante arnaldolemos@uol.com.br

  28. Desprendimento dos bens materiais deste mundo CATOLICISMO Trabalho como verdadeira maldição, somente para sobrevivência e não como meio de salvação A contemplação como elemento fundamental arnaldolemos@uol.com.br

  29. A vocação como sinônimo de profissão A realização de uma vocação por meio do trabalho PROTESTANTISMO Renúncia de todos os prazeres do desperdício do tempo e da ociosidade Valorização positiva do trabalho e da riqueza criada pelo trabalho Reinvestimento da riqueza: assegurar o lugar de eleito, de “salvo” arnaldolemos@uol.com.br

  30. O capitalismo é a cristalização objetiva destas premissas teológicas e éticas, segundo as quais o homem, em virtude de seu trabalho e da riqueza criada por este trabalho, encontra um modo completo e sensível de conquistar sua salvação individual. arnaldolemos@uol.com.br arnaldolemos@uol.com.br

  31. - O importante neste mundo é trabalhar para criar riqueza e criar riqueza não para o desfrute pessoal e esbanjamento, mas para que se crie novamente trabalho. Esta é a base da salvação do homem. - Esta mentalidade acabou configurando a tipologia do empresário moderno. arnaldolemos@uol.com.br

  32. MARX – ÓPIO, IDEOLOGIA E ALIENAÇÃO Marx nunca estudou a fundo a religião, e esta só foi objeto de suas reflexões em virtude da religião fazer parte da estrutura social e econômica, esta sim seu objeto principal de estudo. Sua preocupação principal é o estudo da sociedade capitalista “A angústia religiosa é ao mesmo tempo a expressão da dor real e o protesto contra ela. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, tal como o é o espírito de uma situação sem espírito. É o ópio do povo”- Sobre a Crítica da Filosofia do Direito de Hegel (1844)

  33. Quando Marx escreveu a passagem mencionada era ainda um discípulo de Feuerbach, e um neo-hegeliano. Sua análise da religião era, por conseguinte, “pré-marxista”, sem referência a classes e a-histórico. Mas já tinha uma qualidade dialética, demonstrando o caráter contraditório da “angústia” religiosa: mostra uma legitimação de condições existentes e um protesto contra estas. um produto tóxico, que entorpece, aliena e enfraquece  porque a esperança de consolação e de prometida justiça no "outro mundo" transforma o explorado e oprimido num ser resignado, tende a afastá-lo da luta contra as causas reais do seu sofrimento. ÓPIO a religião hipnotiza os homens com falsa superação da miséria e assim destrói sua força de revolta, atuando assim como uma força conservadora no campo social e econômico. 

  34. PRESSUPOSTOS PARA O CONHECIMENTO DA SOCIEDADE Conceito de Homem Conceito de Trabalho Conceito de História

  35. CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE HOMEM ser de necessidades satisfação das necessidades produção de bens materiais produção de bens materiais TRABALHO

  36. CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE Relações A ) com a Natureza Forças de Produção (instrumentos de produção) + B ) dos Homens entre si Relações de Produção (divisão do trabalho) Modo de Produção História Antigo Feudal Capitalista

  37. CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE SUPER ESTRUTURA IDEOLÓGICA IDEOLÓGICA CONSCIÊNCIA POLÍTICA JURÍDICA ESTADO DIREITO FORÇAS DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (MODO DE PRODUÇÃO) EXISTÊNCIA INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA

  38. Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política A explicação das formas jurídicas, políticas, espirituais e de consciência, encontra-se na base econômica e material da sociedade, no modo como os homens estão organizados no processo produtivo “O modo de produção da vida material CONDICIONA o processo da vida social, política e espiritual em geral” “Não é a consciência do homem que DETERMINA a sua existência, mas ao contrário, é a sua existência que determina a sua consciência” “Ao mudar a base econômica revoluciona-se, mais ou menos, toda a imensa superestrutura erigida sobre ela”

  39. Marx sempre considerou a religião como uma super - estrutura, ou seja, uma dimensão que reflete e é condicionada pela infraestrutura de uma determinada sociedade, ou seja, pelo modo como se verificam as relações entre os homens no processo económico ou produtivo. A RELIGIÃO COMO SUPER-ESTRUTURA Nesse processo produtivo há uma classe dominante: aquela que detém a propriedade privada dosmeios de produção(instrumentos, máquinas, fábricas, etc.) e que por isso submete ao seu poder aqueles que não podendo produzir por si mesmos a sua subsistência têm de  vender a sua força de trabalho.

  40. A exploração do homem pelo homem tem a sua raiz no fato de a propriedade dos meios que permitem produzir e assegurar a subsistência ser privada e não social, ou seja, de alguns e não de todos A RELIGIÃO COMO SUPER-ESTRUTURA Ora, segundo Marx, as ideias dominantes (religiosas, filosóficas, morais, etc.) são o reflexo ou, pelo menos, são condicionadas pelos interesses económicos da classe materialmente dominante.

  41. Por que os homens conservam essa realidade ? Como entender que o trabalhador não se revolte contra uma situação na qual não só lhe foi roubada a condição humana, mas ainda é explorado naquilo que faz ? Como explicar que essa realidade nos apareça como natural, normal, racional, aceitável ? De onde vem o obscurecimento da existência das contradições e dos antagonismos sociais ? De onde vem a não percepção da existência das contradições e dos antagonismos sociais ? A resposta a essas questões nos conduz diretamente ao fenômeno da ALIENAÇÃO e da IDEOLOGIA

  42. ALIENAÇÃO alienum = alheio - outro Vender = separar o proprietário da propriedade Alienar um imóvel Os trabalhadores são expropriados dos seus meios de produção da vida material e do saber do qual dependia a fabricação de um produto e a própria posição social do artesão ALIENAÇÃO ECONÔMICA O capitalismo reduziu o trabalhador à execução de tarefas simplificadas, parciais e repetitivas na linha de produção da fábrica O trabalhador só aprende que deve trabalhar para receber o salário e viver, pois esta é a percepção que tem da realidade na vida cotidiana O trabalho é percebido pelo trabalhador como algo fora de si, que pertence a outros. Daí adquire uma consciência falsa do mundo em que vive: IDEOLOGIA

  43. “A produção das ideias, das representações e da consciência está em primeiro lugar direta e intimamente ligada à atividade material e ao comércio material dos homens, é a linguagem da vida real. As repre­sentações, o pensamento, o comércio intelectual dos homens, apa­recem ainda aqui como a emanação direta do seu comportamento material. (…) Ao encontro da filosofia alemã que desce do céu para a terra, é da terra para o céu que se sobe por aqui “ ( A IDEOLOGIA ALEMÃ, MARX-ENGELS, 1972, p. 87) ALIENAÇÃO IDEOLOGICA Em A Ideologia Alemã (1846), mostra que o elemento chave para a análise da religião é entende-la como uma das diversas formas de ideologia –ou seja, da produção espiritual de um povo, da produção de idéias, representações e consciência, necessariamente condicionadas pela produção material e as correspondentes relações sociais.

  44. É aquele sistema ordenado de idéias e concepções, de normas e de regras (com base no qual as leis jurídicas são feitas) que obriga os homens a comportarem-se segundo a vontade do “sistema”, como se estivessem se comportando segundo sua propria vontade. A ideologia dominante numa dada época histórica é a ideologia da classe dominante nessa época. ALIENAÇÃO IDEOLOGICA Os homens não percebem isso por causa da ideologia que é uma concepção de mundo gerada pela classe dominante e assumida pela classe dominada como se fosse sua.

  45. Segundo Marx, não basta criticar a religião: é preciso não só criticar a raiz material (a alienação do trabalho, a exploração económica) da alienação religiosa, como também eliminar revolucionariamente as condições de  miséria terrestre das quais deriva a necessidade do "mundo celeste". ALIENAÇÃO IDEOLOGICA Marx considera que a religião é uma forma de alienação. Nela verifica-se o fosso entre o mundo concreto e um mundo ideal, entre o mundo em que o homem vive e o mundo em que ele desejaria viver. o mundo celeste é o resultado de um protesto da criatura oprimida contra o mundo em que vive e sofre. Ou seja, procura-se um refúgio no mundo divino porque o mundo em que o homem vive é desumano.

  46. a religião exerce a função de legitimadora da ordem social a religião como uma das causas do desenvolvimento do capitalismo. A teologia da prosperidade. A religião se articula com as forças emergentes em sua luta contra a dominação de tal modo que ela tem um lugar dentro da estratégia de libertação do povo. A teologia da libertação

More Related