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AVALIAÇÃO INTRA-OPERATÓRIA DA PRESSÃO PORTAL E RESULTADOS IMEDIATOS DO TRATAMENTO CIRÚRGICO DA HIPERTENSÃO PORTAL EM PACIENTES ESQUISTOSSOMÓTICOS SUBMETIDOS A DESCONEXÃO ÁZIGO-PORTAL E ESPLENECTOMIA. Walter De Biase da SILVA – NETO , Adalberto CAVARZAN e Paulo HERMAN. INTRODUÇÃO.
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AVALIAÇÃO INTRA-OPERATÓRIA DA PRESSÃO PORTAL E RESULTADOS IMEDIATOS DO TRATAMENTO CIRÚRGICO DA HIPERTENSÃO PORTAL EM PACIENTES ESQUISTOSSOMÓTICOS SUBMETIDOS A DESCONEXÃO ÁZIGO-PORTAL E ESPLENECTOMIA. Walter De BiasedaSILVA – NETO, AdalbertoCAVARZAN e Paulo HERMAN
INTRODUÇÃO • A esquistossomosemansônica se apresenta no Brasilcomodoençaendêmica de altaprevalência, acometendocerca de 12 milhões de pessoas. • A forma hepatoesplênicaatingecerca de 1 milhão de pessoas. • Maiorcausa de hipertensão portal emnossomeio.
INTRODUÇÃO • O tratamentoclínico tem eficáciaduvidosa, poisnãoalcança o objetivo principal (impedir o ressangramento). • O tratamentocirúrgico é a terapeutica de escolhanamaioria dos Serviçosquelidam com estadoença.
INTRODUÇÃO • Duasopçõesdividem a indicação dos autores: Cirurgias de Derivação Portal Seletiva Cirurgia de DerivaçãoEsplenorrenalSeletiva. Procedimentos de Desvascularização DesconexãoÁzigo-Portal.
INTRODUÇÃO • As cirurgias de Derivação Portal Seletiva são efetivas no controle do ressangramento, porém são acompanhadas de índices consideráveis de encefalopatia portossistêmica pós-operatória ( 3,3% e 14,8%). • As cirurgias de Desconexão Ázigo-Portal apresentam indíces de ressangramento significativo (6% e 29%), porém sem o incoveniente da encefalopatia.
INTRODUÇÃO • Estudos realizados mostraram queda significativa no índice de ressangramento, quando se associa à cirurgia a escleroterapia endescópica no P.O. • Estes resultados fazem com que a DAPE tenha a preferência da maioria dos autores como tratamento de escolha em pacientes esquistossomóticos com varizes sangrantes.
METODOLOGIA • Foram estudados retrospectivamente 19 pacientes com H.P. decorente de esquistossomose hepatoesplênica. • 11 Homens e 8 Mulheres. • Idade média: 37,9 anos (18 a 61 anos). • História de H.D.A. por ruptura de varizes de esôfago. • Sem tratamento clínico ou endescópico prévio. • Todos submetidos a tratamento cirúrgico de forma eletiva (DAPE).
METODOLOGIA Critérios de inclusão: • Diagnóstico de esquistossomosemansônicabaseadoemevidênciasepidemiológicas, clínicas e confirmadasporexameshistopatológicos; • Presença de antecedentente de H.D.A. porruptura de varizes de esôfago.
METODOLOGIA Critérios de exclusão: • História de etilismocrônico; • Evidênciaclínicaou laboratorial de insuficiênciahepatocelular; • SorologiapositivaparaHepatite B e/ou C; • Evidências de outrashepatopatiasaoexamehistológico.
METODOLOGIA Foram analisados: • Parâmetros hemodinâmicos (sistêmicos e portais) intra-operatórios P.A.M. F.C. P.V.C. P.P. • Calibre das varizes esofagianas Pré-operatório Pós-operatório precoce (60 dias).
METODOLOGIA • Análise de resultados: testes estatísticos Variáveis quantitativas: teste paramétrico t de Student Variáveis qualitativas: testes não-paramétricos de Wilcoxon. • Após a alta hospitalar, os pacientes eram acompanhados em ambulatório e submetidos à avaliação endoscópica cerca de 60 dias após a cirurgia.
RESULTADOS • Todos os pacientes apresentavam provas de funções hepáticas dentro do limite da normalidade. • Tanto a P.A. quanto a F.C. e P.V.C. aferidas, concomitantementes às medidas do início ao fim da operação nao apresentaram variação significativa. • Todos os pacientes apresentaram queda da pressão portal, quando se comparou ao início e ao final do procedimento 10,5% dos pacientes com queda <10%; 26,3% dos pacientes com queda >40%.
RESULTADOS • A pressão portal média apresentou queda significativa de 31,3 cm de H2O, para um valor médio de 22cm de H2O. • O tempo operatório médio foi de 282,1 min (255 a 360 min).
RESULTADOS As complicações decorrentes do ato operatório ocorreram em 36,8% dos pacientes e foram: • Íleo adinâmico – 5 pacientes; • Isquemia mesentérica – 2 pacientes; • Trombose parcial da veia porta – 1 paciente; • Trombose total da veia porta – 1 paciente; • I.T.U. – 1 paciente; • Abscesso subfrênico – 1 paciente; • Necrose de fundo gástrico – 1 paciente.
RESULTADOS 3 pacientes evoluíram a óbito: • Um por septicemia secundária a pneumonia; • Outro por CIVD; • Outro por septicemia pós perfuração por necrose isquêmica da transição corpo/fundo gástrico.
Discussão • Os autores do presenteestudocorroboram a hispótese de que o tratamentocirúrgico, via DAPE, é a conduta de eleiçãoparadiminuir o índice de ressangramento. • Vale ressaltarque, paramaioreficácia do tratamento, deve-se associar a escleroterapiaendoscópicaaomomentopós-operatório, paraquehajamelhoresresultados. • Salienta-se que a diminuiçãonapressão portal foi de 31,3%.
Discussão • A provável causa da queda na pressão portal após da DAPE é a retirada da circulação esplênica do circuito sistêmico-portal como resultado da esplenectomia.
Conclusão • A Desconexão Ázigo-Portal e Esplenectomia (DAPE) promoveu queda imediata na pressão portal, com consequente diminuição do calibre das varizes esofagianas. Entretanto, essa operação é passível de complicações graves e apresenta risco significativo de mortalidade.