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Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Organização Industrial

Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Organização Industrial Prof. Luis Roberto de Mello e Pinto. Objetivo da Disciplina.

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Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Organização Industrial

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Presentation Transcript


  1. Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Organização Industrial Prof. Luis Roberto de Mello e Pinto

  2. Objetivo da Disciplina • Apresentar ao aluno as diversas estruturas de métodos, processos e avaliação dos tempos dentro da organização, além de definição de lay outs e movimentação dentro da indústria, capacitando-o para o entendimento e gerenciamento da mesma. Prof. Luis R.M.Pinto

  3. Bibliografias renovadas • Bibliografia Básica • 1. ZILSTRA,K. D. Distribuição Lean, porto alegre. Bookman, 2008 • 2. WOMACK, J.P. et al. A Máquina que Mudou o Mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992. • 3. Rocha, D. R., 2008, Gestão da Produção e Operações, Rio de Janeiro, Ed. Ciência Moderna . • 4. Rodrigues, P.S.A., 2007, Gestão Estratégica da Armazenagem, 2ª ed., São Paulo, Ed. Aduaneiras. • Bibliografia Complementar • 1. Zilstra, K.D., 2008, Distribuição Lean, Porto Alegre, Bookman Prof. Luis R.M.Pinto

  4. Avaliação • 2 provas (1 por bimestre), ou • Trabalhos • Freqüência Mínima: 75% • (onde N1 e N2 são as médias bimestrais e MS é a média semestral) Prof. Luis R.M.Pinto

  5. Avaliação • MS >= 70 e freqüência > 75% - Aprovado • 35 > MS >70 – Exame Final • MS < 35 – Reprovado • Freqüência < 75% - Reprovado Prof. Luis R.M.Pinto

  6. Avaliação MF = Média Final MS = Média do semestre EF = Nota do Exame Final MF > 50 - Aprovado Prof. Luis R.M.Pinto

  7. Horário de Aula • Terças das 21:00 as 22:40 • Quartas das 19:00 as 20:40 Prof. Luis R.M.Pinto

  8. Ementa da disciplina • Noções básicas de organização. (da produção em massa para a produção enxuta) • Processo de Projeto. • Projeto de Método (Estudo de Movimento): Técnicas de Registro e Análise • Economia de Movimentos. • Técnicas de Medida do Trabalho: Estudo de Tempos, Amostragem do Trabalho, Tempos Pré-determinados, avaliação/ritmo, Diagrama Homem-máquina. • Balanceamento de linhas. • Tempo Padrão. • Estudo do arranjo físico ‘’Layout’’. Prof. Luis R.M.Pinto

  9. Capítulo 1: Organização : Da Produção em Massa para a produção Enxuta. Prof. Luis R.M.Pinto

  10. Organização Da Produção em massa para a produção enxuta • Conceitos serão estudados com ajuda de estudos de caso. • A indústria escolhida é a automobilística por ser historicamente didática na apresentação dos conceitos. Prof. Luis R.M.Pinto

  11. Organização Da Produção em massa para a produção enxuta : 1.1. A Indústria automobilística em transição: Prof. Luis R.M.Pinto

  12. 1.1 A Indústria automobilística em transição • A indústria automobilística é uma das maiores em atividade industrial, com mais de 50 milhões de veículos produzidos a cada ano. • Por duas vezes no século passado esta indústria alterou nossas noções de como produzir bens. Prof. Luis R.M.Pinto

  13. 1.1 A Indústria automobilística em transição • Após a 1º guerra mundial, Alfred Sloan (GM) e Henrry Ford (Ford) conduziram uma mudança importante: de séculos de produção artesanal (com liderança de indústrias européias) para a era da produção em massa (início da liderança dos EUA) Prof. Luis R.M.Pinto

  14. 1.1 A Indústria automobilística em transição • Após a 2º guerra mundial, Eiji Toyoda e Taiichi Ohno da Toyota japonesa, foram os pioneiros no conceito da Produção Enxuta. Com as outras companhias japonesas copiando este sistema, o Japão logo saltou para a atual proeminência econômica. Prof. Luis R.M.Pinto

  15. 1.1 A Indústria automobilística em transição • Histórico comparativo: • Produção Artesanal • Produção em massa • Produção enxuta Prof. Luis R.M.Pinto

  16. 1.1 A Indústria automobilística em transição • Produção Artesanal: Características • Trabalhadores muito qualificados • Ferramentas simples e flexíveis • Um item por vez conforme desejo do cliente • Ex; móveis por encomenda, trabalhos de arte decorativa, alguns modelos de super-carros, etc. Prof. Luis R.M.Pinto

  17. 1.1 A Indústria automobilística em transição • Produção Artesanal: resultado • Bens produzidos muito caros, o que levou à produção em massa. Prof. Luis R.M.Pinto

  18. 1.1 A Indústria automobilística em transição • Produção em Massa: Características • Trabalhadores menos qualificados. • Máquinas complexas e dispendiosas. • Alto volume de produção de cada item. • Necessita suprimentos, trabalhadores e espaço extra para garantir a continuidade da produção. Prof. Luis R.M.Pinto

  19. 1.1 A Indústria automobilística em transição • Produção em Massa: resultado • Mudança de Produto muito cara, mantém os modelos padrão pelo máximo tempo possível. • Bens produzidos muito baratos, porém com pouca variedade. • Métodos de trabalho tediosos Prof. Luis R.M.Pinto

  20. 1.1 A Indústria automobilística em transição • Produção Enxuta: Características • Mescla os dois métodos anteriores. • Evita o alto custo do processo artesanal. • Evita a rigidez do processo de produção em massa. • Emprega trabalhadores multiqualificados nos diversos níveis da Organização. • Máquinas mais flexíveis e automatizadas Prof. Luis R.M.Pinto

  21. 1.1 A Indústria automobilística em transição • Produção Enxuta: resultado • Produção de grandes volumes de produtos com ampla variedade Prof. Luis R.M.Pinto

  22. 1.1 A Indústria automobilística em transição • A produção Enxuta foi uma expressão definida pelo pesquisador John Krafcik. É “Enxuta”, por empregar menores quantidades de tudo em comparação com os métodos de produção em Massa. Prof. Luis R.M.Pinto

  23. 1.1 A Indústria automobilística em transição • Vantagens da Produção Enxuta. • Menos esforço dos operários da fábrica. • Menos espaço para a fabricação. • Menos investimento em ferramentas. • Menos tempo para planejamento e desenvolvimento de novos produtos. • Menos estoques no local de fabricação. • Menos defeitos de fabricação. • Maior e sempre crescente variedade de produtos. Prof. Luis R.M.Pinto

  24. 1.1 A Indústria automobilística em transição • Diferenças de Mentalidade (Enxuta x Massa). • Massa: • Objetivo – meta limitada, que seja boa o suficiente. • Quantidade tolerável de defeitos. • Nível máximo de estoques aceitável • Limitada variedade de produtos padronizados. Prof. Luis R.M.Pinto

  25. 1.1 A Indústria automobilística em transição • Diferenças de Mentalidade (Enxuta x Massa). • Enxuta: • Objetivos: Custos declinantes. • Ausência de itens defeituosos. • Nenhum estoque. • Grande variedade de novos produtos. Prof. Luis R.M.Pinto

  26. 1.1 A Indústria automobilística em transição • Para o trabalhador a principal vantagem é que para cada produto os processos diferem, tornando o trabalho mais desafiador e menos monótono que o processo relacionado com a produção em massa. • Isso torna o trabalho mais estimulante. Prof. Luis R.M.Pinto

  27. Organização Da Produção em massa para a produção enxuta : 1.2. Ascensão e queda da Produção em Massa: Prof. Luis R.M.Pinto

  28. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • História: • 1894: S.EX.A Evelyn Henry Ellis – Abastado membro do Parlamento Inglês saiu para comprar um carro. • Não na concessionária, nem em qualquer loja, pois na Inglaterra não existia. • Foi à fábrica de ferramentas “Panhard e Levassor” ou “P&L” na França. • 1887: A P&L obteve licença para fabricar o motor de Gottilieb Daimler. Prof. Luis R.M.Pinto

  29. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • História: • Início da década de 1890: P&L fabricava algumas centenas de automóveis por ano. • Processo artesanal com artesãos habilidosos que montavam a mão um pequeno número de carros. • Peças vinham de oficinas artesanais por toda Paris. • Os contatos com clientes eram feitos pelos próprios donos. • Não existia um carro igual ao outro ( processos de metalurgia da época não permitiam isso) Prof. Luis R.M.Pinto

  30. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • Solicitações de Ellis: • Aceitou o motor e os chassis • A carroceria pediu de uma fábrica de carruagens • Controles e volante no centro do carro Prof. Luis R.M.Pinto

  31. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • Teste do carro de Ellis: • Contratou um mecânico e um motorista e ficou um bom tempo em Paris para testar o carro (que era um protótipo) Prof. Luis R.M.Pinto

  32. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • Em Londres – Fora da Lei: • Junho de 1895: Ellis foi o 1º a dirigir um automóvel na Inglaterra. • 90 km em 5 h e 32 min • Média de 16 km/h (ilegal – máxima = 4 m/h = 6,44 km/h) Prof. Luis R.M.Pinto

  33. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • Em Londres – Mudando a Lei: • 1896: Ellis assume a liderança do parlamento Inglês e muda o limite para 12 m/h (19,32 km/h) Prof. Luis R.M.Pinto

  34. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • Características que derrubaram a Produção Artesanal: • Força de trabalho altamente qualificada e cara. • Alguns trabalhadores se tornavam empreendedores autônomos e conduziam suas próprias firmas. • Organizações descentralizadas. • Peças provinham de pequenas oficinas Prof. Luis R.M.Pinto

  35. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • Características que derrubaram a Produção Artesanal: • Utilização de máquinas gerais para todas as funções. • Volume de produção muito baixo. • Menos de 1000 carros por ano, dos quais 50 ou menos conforme o mesmo projeto. • Produtos sem qualidade e sem confiabilidade (todos protótipos sem testes. Prof. Luis R.M.Pinto

  36. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • Características que derrubaram a Produção Artesanal: • Incapacidade de pequenas oficinas fornecedoras desenvolverem tecnologia. Prof. Luis R.M.Pinto

  37. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • O início da Produção em Massa: • 1903: Ford inicia a produção do Modelo A. • 1908: Ford inicia a produção do Modelo T. Prof. Luis R.M.Pinto

  38. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • Modelo T: • Carro projetado para a Manufatura. • User-friendly (amigo do usuário) • Não precisava motorista (qualquer um podia dirigir) • Nem mecânico (qualquer um podia concertar) Prof. Luis R.M.Pinto

  39. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • Uma Grande sacada financeira: • Ford percebeu que a padronização de medidas se converteria em benefícios financeiros. Prof. Luis R.M.Pinto

  40. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • Uma Grande sacada metalúrgica: • Ford se beneficiou do avanço das máquinas e ferramentas que possibilitaram o trabalho com metais pré endurecidos. • O arqueamento resultante do aquecimento das peças impedia a padronização anteriormente. • Ford fundiu o bloco do motor em uma peça única eliminando ajustadores qualificados Prof. Luis R.M.Pinto

  41. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • Uma Grande sacada para o tempo de montagem: • Com a produção especializada (uma tarefa por trabalhador) o tempo médio de um montador caiu de 514 minutos para 2,3, graças a não necessidade de ajustes das peças. • Com a produção em linha (o carro ia ao trabalhador) o tempo médio de um montador caiu de 2,3 minutos para 1,19minutos. Prof. Luis R.M.Pinto

  42. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa Prof. Luis R.M.Pinto

  43. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • 1920: Ford fabricou 2 milhões de modelos T idênticos derrubando se custo para 1/3 do inicial em 1908. • A Ford se tornou a maior fabricante de automóveis do mundo e encaminhou para o fim a maioria da indústrias artesanais, com exceção de alguns produtores artesanais europeus de carros de luxo. Prof. Luis R.M.Pinto

  44. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • A produção em massa de Henry Ford orientou a indústria automobilística por 50 anos, sendo adotada em quase todas as atividades industriais na Europa e na América do Norte. • Estudaremos a seguir algumas das suas características mais importantes. Prof. Luis R.M.Pinto

  45. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • Características da Produção em massa para estudo: • Força de trabalho • Organização • Ferramentas • Produtos Prof. Luis R.M.Pinto

  46. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • 1) Força de Trabalho: • Os operários das linhas passaram a ser tão intercambiáveis quanto os carros. • Troca da mão de obra especializada em montagem e ajuste de peças por mão de obra menos qualificada par a linha de montagem. • Surgimento dos engenheiros de produção ou engenheiros industriais com a incumbência de projetar e garantir o funcionamento das linhas. Prof. Luis R.M.Pinto

  47. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • 1) Força de Trabalho: • Somente os supervisores e fiscalizadores mantinham as qualidade de montagem dos operários originais. • Equipes mais qualificadas reparavam partes com defeitos ao final da linha. Prof. Luis R.M.Pinto

  48. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • 1) Força de Trabalho: • Surgem os trabalhadores da “inteligência” que contrastavam com os pouco qualificados trabalhadores da linha, que não passavam de supervisores ao longo da carreira. • Os engenheiros tinham agora uma carreira executiva e substituíram os trabalhadores especializados que acabavam abrindo suas firmas. Prof. Luis R.M.Pinto

  49. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • 2) Organização: • Ford era inicialmente um montador. • Motor = Irmãos Dodge • Itens diversos de outras firmas Prof. Luis R.M.Pinto

  50. 1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa • 2) Organização: • 1915 – Ford iniciou a incorporação de todas as funções em sua empresa. • 1931 Ford conclui a incorporação Prof. Luis R.M.Pinto

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