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Módulo 1: Introdução à Gestão do Conhecimento (11/08/14). 1ª Parte. Conteúdo do Módulo. O que é Gestão do Conhecimento (GC)? Por que a GC é importante hoje na Economia do Conhecimento (knowledge-based Economy)? Quais são os marcos, principais contribuições de autores e eras da GC?
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Conteúdo do Módulo • O que é Gestão do Conhecimento (GC)? • Por que a GC é importante hoje na Economia do Conhecimento (knowledge-based Economy)? • Quais são os marcos, principais contribuições de autores e eras da GC? • Quais são as principais formas de conhecimento? • Quais são os principais benefícios da GC?
Dado = fato objetivo e distinto relativo a um fenômeno (DAVENPORT e PRUSAK, 1998) • Exemplo: Brasil teve crescimento econômico de 0,9% em 2012 • Informação: mensagem com dados para influenciar a opinião do receptor (DAVENPORT e PRUSAK, 1998) • Exemplo: Brasil teve o menor crescimento entre os Brics em 2012 (China = 7,8% / India = 5% / Rússia = 3,4% / África do Sul = 2,5% / Brasil = 0,9%) • Conhecimento = experiência condensada, informação contextualizada, insight, crenças e valores (DAVENPORT e PRUSAK, 1998)
Thomas Davenport • Professor e diretor do Programa de Gestão de Sistemas de Informação da Universidade do Texas, Austin (EUA)
Laurence Prusak • Larry Prusak é professor do Programa em Informação e Conhecimento da Columbia University. Tem 20 anos de experiência como pesquisador e consultor em GC e aprendizagem organizacional
“Gestão do conhecimento é o processo pelo qual nós gerenciamos ativos centrados no ser humano ...a função da gestão do conhecimento é preservar e promover o crescimento do conhecimento dos indivíduos, e quando possível, transformar esse ativo em uma forma que pode ser compartilhada com outros funcionários da empresa” (BROOKING, 1999)
“A gestão do conhecimento desenvolve sistemas e processos para adquirir e compartilhar capital intelectual. GC aumenta a geração de informação útil, passível de ser colocada em prática e significativa e busca aumentar a aprendizagem individual e da equipe. Além disso, a GC pode maximizar o valor da base intelectual da organização por meio de funções e em vários locais. Negócios bem sucedidos – na perspectiva da GC – são uma coleção não de produtos, mas de bases de conhecimento distintas. Este capital intelectual é a chave que irá dar a empresa vantagem competitiva junto a seus clientes alvo. GC busca acumular capital intelectual que irá criar competências essenciais únicas que conduzirá a empresa a alcançar resultados superiores” (RIGBY, 2009)
“Conhecimento – os insights, entendimentos e know-how prático que todos nós possuímos é o recurso fundamental que nos permite trabalhar de maneira inteligente. Ao longo do tempo, parte considerável do conhecimento assume outras formas: livros, tecnologias, práticas e tradições – em todo tipo de organização e na sociedade em geral. Essas transformações resultam em especialização acumulada e, quando usada adequadamente aumenta a efetividade. O conhecimento é um, se não O, principal fator que torna possível o comportamento inteligente do indivíduo, da organização e da sociedade (WIIG, 1993)
Karl Wiig • Consultor sênior da Cutter Consortium's Bussiness Inteligence Practice (EUA) • Colaborador do Business Intelligence Advisory Service • Chairman do Knowledge Research Institute, Inc. (presta consultoria a empresas na área de gestão do conhecimento)
“GC é predominantemente visto como gestão da informação com outro nome (derivação semântica)” (DAVENPORT e CRONIN, 2000)
Gestão do conhecimento “é entendida como os fluxos de informação organizacional e a implementação de práticas de aprendizagem organizacional quer tornam explícitos aspectos chave da base de conhecimento ... Diz respeito a aumentar o uso do conhecimento organizacional por meio de práticas de gestão da informação e aprendizagem organizacional” (BROADBENT, 1997. 8-9).
“As ferramentas, as técnicas e as estratégias para reter, analisar, organizar, melhorar e compartilhar a expertise da empresa” (GROFF e JONES, 2003, P.2)
Definição • Técnica utilizada nas ciências sociais (ex.: Educação e Filosofia) para gerar definições de termos complexos • Pode ser útil para lidar com a falta de consenso sobre termo Gestão do Conhecimento (GC) • Razão da falta de consenso sobre a definição de GC: subjetividade da palavra conhecimento • Recomenda-se utilizar a técnica para clarear o que GC significa para a organização • Técnica de Análise Conceitual busca obter consenso sobre três dimensões de um conceito: • Lista de atributos chave que devem estar presentes na definição • Lista de exemplos ilustrativos • Lista de contraexemplos
Técnica de Análise Conceitual Conceito: _________________ Trabalho para a próxima aula (18/08/14): Aplicar a Técnica de Análise Conceitual para esclarecer os seguintes termos: 1) capital intelectual versus ativos físicos; e 2) conhecimento tácito versus conhecimento explícito
Atributos de GC – Exemplo 01 • Gera conhecimento novo • Acessa conhecimento valioso de fontes externas • Usa conhecimento disponível no processo de tomada de decisões • Adiciona conhecimento a processos, produtos e serviços • Facilita a geração de conhecimento por meio de sistema de reconhecimento e recompensa • Transfere conhecimento disponível para outras áreas da organização • Mede o valor dos ativos de conhecimento e o impacto da GC
Atributos de GC – Exemplo 02 Gestão do Conhecimento “É um método integrado de criar, compartilhar e aplicar o conhecimento para aumentar a eficiência, melhorar a qualidade e a efetividade social; e contribuir para a legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade na administração pública e para o desenvolvimento brasileiro”(BATISTA, 2012, p. 49)
Referências BATISTA, F. F. Modelo de gestão do conhecimento para a administração pública brasileira. Brasília: Ipea, 2012. BROADBENT, M. The emerging phenomenon of knowledge management. Australian Library Journal, 1997, 46 (1), pp. 6 – 24. BROOKING, A. Corporate memory: Strategies for knowledge management. London: International Thomson Business Press DAVENPORT, E., e CRONIN, B. Knowledge management: Semantic drift or conceptual shift? Journal of Education for Library and Information Science, 2000, 41 (4): pp. 294 – 306. DAVENPORT, T. H. e PRUSAK, Laurence. Working Knowledge. How organizations manage what they know. Boston: Harvard Business Review, 1998. GROFF, T. e JONES, T. Introduction to knowledge management: KM in business. Burlington, MA: Butterworth-Heineman, 2003.
Referências RIGBY, D. Management tools 2009: A n executive´s guide. Disponível em: http://www.bain.com/Images/Management_Tools_2009_Executive_Guide.pdf. Acessado em 23 de fevereiro de 2014. WIIG, K. Knowledge management foundations. . Arlington, Texas: Schema Press, 1993
2. Por que a GC é importante hoje na Economia do Conhecimento (knowledge-based Economy)?
Conhecimento = principal fator de geração de riqueza na Economia do Conhecimento • Conhecimento = commodity (mercadoria) ou ativo intelectual valioso. Agregada a produtos (de alta tecnologia). Agregada ao conhecimento tácito de funcionários (alta rotatividade) • A capacidade de gerenciar o conhecimento é, portanto, decisiva • A criação e disseminação do conhecimento tornaram-se fundamentais para a competitividade • GC = ferramenta para a inovação
Paradoxo • Conhecimento não acaba quando utilizado • É possível transferir conhecimento e não perdê-lo • O conhecimento é abundante. A capacidade das organizações em utilizá-lo é limitada • A maior parte do conhecimento valioso da organização se retira do ambiente de trabalho no final dia
Armadilha da Renda Média Países que entram na faixa de renda média com PIB que varia de 3 000 a 16 000 dólares por habitante têm maior propensão a passar por um período de estagnação econômica (Renda per capital do Brasil em 2012 = 11 303 dólares) O fenômeno ocorre sobretudo em nações que estão nas faixas de 11 000 e 15 000 dólares per capita. Fonte: Revista EXAME – 07/08/13 (Edição 1046 Ano 47 No 14)
Por que isso ocorre? As nações de renda média têm sérias dificuldades competitivas Na exportação de commodities, concorrem com países pobres, que muitas vezes levam vantagem por ter custo mais baixo de produção. Na indústria, não conseguem oferecer serviços e produtos sofisticados e inovadores como os países de renda alta. Fonte: Revista EXAME – 07/08/13 (Edição 1046 Ano 47 No 14)
Os exemplos Quem está preso na armadilha? Alguns dos principais exemplos são Brasil, Peru, México, China e Malásia Quem já saiu? Ao longo das últimas cinco décadas apenas 13 países de renda média atingiram a faixa de renda elevada. Entre eles, Japão e Correia do Sul Fonte: Revista EXAME – 07/08/13 (Edição 1046 Ano 47 No 14)
Como Escapar? Os países que superaram a armadilha deixaram de ter uma economia baseada na imitação de produtos e serviços dos países ricos e passaram a inovar. Para isso, investiram em áreas como infraestrutura tecnológica, empreendedorismo e educação superior. Em paralelo incentivaram a internacionalização de suas empresas Fonte: Revista EXAME – 07/08/13 (Edição 1046 Ano 47 No 14)
Plano para Sair da Armadilha Abertura comercial Infraestrutura tecnológica Inovação e Empreendedorismo Educação superior Instituições sólidas
Fôlego para a Inovação O investimento em pesquisa torna os países mais competitivos no mercado global (Gastos com pesquisa e desenvolvimento em % do PIB) 4,4% Israel Coréia do Sul 3,7% 3,6% Japão Estados Unidos 2,7% 1% Brasil
Fôlego para a Inovação O investimento em pesquisa torna os países mais competitivos no mercado global Exportações de produto com alto valor agregado, em % das exportações totais (1) 3,3% 22% 16% 14,3% 9,7% Coreia do Sul Brasil Japão Israel EUA (1) Em 2011. Fontes: Banco Mundial, MDIC e CIA
O que é inovar? É colocar uma ideia em prática (produzir e aplicar conhecimento novo) e obter resultados. Exemplos: Produção de carros movido a álcool Método de torcer a massa da Matsushita (Ikuko Nanaka) Carro “Menino Alto” da Honda (Hiroo Watanabe)